144 resultados para Teatro português (Comédia) História e crítica
em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ
Resumo:
Lus de Cames buscou na comédia romana da Antiguidade elementos estruturais para a construo de seu teatro renascentista. Dirigiu-se, sobretudo, ao texto Amphitruo (Anfitrio), de Plauto, uma comédia paliata romana, que serve de modelo, at os dias atuais, para muitos escritores. Deste modo, este trabalho tem por escopo analisar o dilogo que se pode entrever entre o Anfitrio camoniano e o plautino, tendo como base a construo das estruturas da comicidade. Pretende-se, ainda, analisar, a partir de passagens dessas duas peas, a viso humorstica de cada autor sobre o espao-temporal e o cotidiano em que cada um se insere
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O presente trabalho tem por objetivo o estudo crtico-terico da comediografialatina pr-clssica e portuguesa humanista nas figuras de Plauto e Gil Vicente,considerando os aspectos relativos ao conceito de famlia, de casamento e de vidaprivada. Investigando as obras "" e "Comédia do Vivo", realizamosAululariainicialmente um minucioso estudo da funo e importncia social destes conceitosnos contextos especficos da Roma Antiga, no perodo republicano, e de Portugal natransio da Idade Mdia para o Renascimento. Procedendo ento a anlises dasobras, luz dos temas propostos, identificaremos como se expressam nodesenvolvimento temtico no interior da encenao. A partir do conceito decomicidade e possveis estratgias para sua obteno fundamentadas em tericoscomo Henri Bergson e Vladimir Propp, procuramos encontrar pontos deconvergncia e divergncia entre os tratamentos temticos dos autores de modo aelucidar tambm a influncia do modo de pensar social como elemento decisivo daexpresso literria. Tal estudo do elemento cmico ser aprofundado tendo comoponto de partida trabalhos filosficos e tericos de Gilles Deleuze, Mikhail Bakhtin eFriedrich Nietzsche
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Este trabalho tem como objetivo criar um dilogo entre aspectos da cultura popular presentes no teatro de Plauto na pea Os Menecmos e no teatro de S de Miranda na pea Os Estrangeiros, estabelecendo uma abordagem comparativa entre as duas obras. Pensadores separados por sculos, mas ligados por caracterstica do teatro de natureza popular da Antiguidade, recriada no teatro renascentista português do sculo XVI. Plauto ser analisado em sua pea Os Menecmos atravs do texto e das representaes no teatro romano, dos personagens tipo da sociedade e das situaes de fundo cmico. S de Miranda, o verdadeiro mensageiro do renascimento em Portugal, um grande imitador do teatro romano, ser estudado comparativamente atravs de sua pea "Os estrangeiros". O teatro romano renasceu na imitao promovida pelo teatro renascentista português do qual S de Miranda o grande representante
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Esta pesquisa tem por objetivo apontar os recursos criativos, usados por Shakespeare e Cames, para a construo de cenas, que tem como finalidade provocar o riso nos expectadores. Escolhemos trs comédias de Shakespeare (Noite de Reis, A comédia dos erros, Sonho de uma noite de vero) para fazer uma leitura comparativa com as trs comédias escritas por Cames (Filodemo, El Rei Seleuco e Anfitrio). Constatamos que, apesar da existncia de uma variedade de procedimentos tcnicos para a produo do riso, os autores recorreram aos mesmos recursos criativos: naufrgios, personagens com identidades trocadas, gmeos que so confundidos e encenao de uma pea dentro de outra pea. Esses recursos so ferramentas com a funo de criar um anteparo diante do horror da morte, o que constitui um processo de defesa do homem diante do seu inexorvel destino. Nesse sentido, a comédia uma das vias pela qual o homem ri da morte
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A recriao da comédia paliata de Plauto na literatura dramtica portuguesa: um estudo comparativo entre os Anfitries, de Cames e de Antnio Jos da Silva, um trabalho que tem como objetivo estabelecer um termo de comparao entre as estruturas dramatrgicas da Comédia Paliata de Plauto em suas verses portuguesas, de Lus de Cames e de Antnio Jos da Silva, discutindo as alteraes que sofreu a comicidade dessas peas teatrais em seu caminho histrico, da Antiguidade a Era Moderna, buscando avaliar o seu grau de permanncia e de mudana ao longo do tempo. Plauto, em seu processo de criao da comicidade de palavra, de situao e de carter, tem seu Amphytruo, como obra paradigmtica da comédia latina ao criar situaes e tipos que se perpetuaram na comédia e a tornaram uma referncia para as comédias que vieram a seguir. A obra plautina sobrevive porque h uma, histrica e permanente, reelaborao que protege seus modelos de criao de humor
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A partir da leitura crítica de Mafalda, obra do cartunista argentino Quino, e alicerados no conceito de hegemonia de Gramsci, sobretudo na noo de contra-hegemonia, buscamos analisar as possibilidades de se construir coletivamente sentidos contra-hegemnicos no ensino de História a partir do que chamamos de crítica aos elementos caractersticos da sociedade burguesa (a democracia, o individualismo, o estmulo ao consumo, a propriedade privada, a naturalizao das diferenas, a competio, dentre outros). As contribuies de Gramsci ao campo da Educao, como o vnculo dialtico entre as relaes hegemnicas e pedaggicas, sua concepo da escola como um destacado aparelho privado de hegemonia, alm das reflexes sobre os intelectuais e sua ao pedaggica na construo/difuso/legitimao de consensos, constituem pilares fundamentais das anlises. esforo fundamental da pesquisa identificar em que medida os professores, conscientes de seus vnculos de classe e compromissados com as classes dominadas, podem atuar como educadores-intelectuais orgnicos estas classes, no mbito da escola, tornando-a uma trincheira sob o conceito gramsciano de guerra de posio contra a hegemonia burguesa. Em termos metodolgicos, foram selecionadas quinze tiras de Mafalda (divididas em onze temas os elementos que caracterizam a sociedade burguesa), presentes na obra Toda Mafalda (2002), no intuito de subsidiar as reflexes aqui esboadas. Obviamente, todo recorte ideolgico e nenhuma escolha neutra. As tiras escolhidas, longe de sintetizarem o olhar do artista argentino a respeito da burguesia, atendem aos objetivos deste trabalho.
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A tragdia grega As bacantes, de Eurpides, considerada de grande relevncia, no apenas literria e teatral, mas, sobretudo, histrica e poltica, analisada, nesta dissertao, sob o vis mtico-social, observando-se os dilogos que o poeta estabelece entre um aspecto do passado mtico de sua cultura e seu prprio tempo. Para tal, apresenta-se uma pesquisa acerca do momento histrico da tragdia grega, abordando seu intrnseco valor poltico, discusses tericas a respeito de suas caractersticas, suas origens, os trs principais tragedigrafos e sua recepo, bem como um olhar especfico sobre Eurpides e seu legado. Na obra de arte em questo, ressaltamos, em especial, a relao entre as personagens Dioniso e Penteu, como indicadoras dos debates acerca do que se considera civilizado, selvagem ou brbaro. A esse respeito, verificamos, ainda, pelo lugar de cultura tradicionalmente ocupado por Apolo, em tambm tradicional oposio a Dioniso, diferentes consideraes sobre civilizado, selvagem e brbaro, bem como a indissociabilidade entre barbrie e civilizao, podendo ser balizados conforme valores polticos preponderantes. Tal indissociabilidade consiste na coexistncia de elementos de barbrie e de civilizao tanto em Dioniso quanto em Apolo, tomados como parmetros arquetpicos dentro de uma sociedade
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In me tota ruens Venus Vnus derrubando-se inteira sobre mim, esse verso de Horcio representa claramente a posio dos personagens de Fedra e Hiplito na tragdia Hiplito de Eurpides. Em linhas gerais, Fedra, enfeitiada por Afrodite, sofre de amor pelo seu enteado Hiplito, que a rejeita veementemente. Enfurecida pelo tratamento dispensado por Hiplito no s a ela, mas s mulheres em geral, Fedra acusa Hiplito de estupro, atravs de um bilhete e suicida-se logo em seguida. Teseu, pai de Hiplito, ao encontrar a esposa morta, exila o filho e providencia que ele seja morto. As tenses criadas pelos discursos de Fedra e Hiplito tm sido material de inmeros debates crticos. A anlise da fortuna crítica levanta mais perguntas que fornece respostas. De todas as linhas críticas, duas linhas antagnicas merecem ser ressaltadas. A leitura crítica do discurso misgino que ir defender que Eurpides no pregava a misoginia atravs dos seus textos, mas, muito pelo contrrio, a combatia ao fazer mudanas no mito dando voz a personagens femininas to fortes quanto Fedra. E a leitura do discurso feminista que ir defender que h um discurso misgino presente no texto de Eurpides, fruto de uma imposio ideolgica vigente na Grcia do sculo V a.C.. O presente trabalho ir discutir ambos discursos e demonstrar, que a sua maneira, Eurpides no era misgino
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O sculo XIX, no Brasil, foi marcado por uma tentativa de construo de uma identidade nacional e cultural num pas ps-independncia. Neste panorama, Jos de Alencar destaca-se, entre outros papis que exerceu, como significativo romancista e contribui para a formao de um sistema literrio em nosso pas. Porm, na obra dramtica alencariana que tambm podemos identificar uma proposta discursiva da possvel identidade do homem no Brasil a partir de suas relaes contraditrias e problemticas com os "outros" aqui presentes: o português, o ndio, o negro, e o francs representaes estas capazes de dar ao homem uma ideia de pertencimento cultural, atravs de uma seleo do que deve ou no servir para representar sua identidade e a de seu povo
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A presente dissertao discute a representao do passado em A Costa dos Murmrios. Analisa-se a maneira pela qual o perodo colonial retratado na obra, investigando as estratgias utilizadas por Ldia Jorge, para conceber um registro diferenciado desse tempo histrico. A história de Portugal reavaliada criticamente, provocando uma ruptura com os padres ideologicamente estabelecidos. Verses at ento negligenciadas, passam a contribuir fortemente para um conhecimento pluralista do passado lusitano. O estudo revela a desconstruo do discurso oficial efetuada pelo romance, que relativiza as verdades propagadas pelo cnone. O trabalho verifica de que forma a narrativa de Jorge promove a articulao entre história e fico, problematizando a tradicional distino entre elas. Alm disso, procura-se identificar como o romance A Costa dos Murmrios dialoga com as inovadoras teses de Hayden White, Walter Benjamin, Linda Hutcheon, entre outras, surgidas no clima de renovao epistemolgica que se instalou a partir de meados do sculo XX
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Trabalho de pesquisa que pretende retirar o teatro de Gil Vicente de um possvel perodo mais obscurantista, tardo-gtico, para coloc-lo em meio s grandes transformaes ocorridas na Europa durante o sculo XVI, mais propriamente o Renascimento artstico e cultural. A partir de uma crítica textual de autores contemporneos como Nicolau de Cusa e Martinho Lutero, ou da literatura da Grcia clssica como Plato e squilo, aproximamos o teatro vicentino das fontes clssicas da literatura, ao mesmo tempo em que, por uma crítica de determinadas correntes hegemnicas na anlise da literatura como as que vm do existencialismo e da psicanlise, afastamos seu teatro dessa crítica que antes obscurece do que propriamente o coloca plena luz. Posto na luz correta, vemos um Gil Vicente em meio aos grandes movimentos de transformao da civilizao mediterrnica do sculo XVI.
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Esta dissertao se insere nos estudos de Lingustica e vinculada Anlise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 1989, 2003) e Lingustica Sistmico-Funcional (HALLIDAY, 1970, 1973), investigando o que a qualidade literria para os internautas que interagem em fruns de discusso do Orkut, luz da Teoria da Valorao (MARTIN ; WHITE, 2005). De acordo com as categorias que abrangem o subsistema da Atitude da Teoria da Valorao (MARTIN ; WHITE, 2005), analisa-se como os leitores internautas se posicionam sobre a questo da qualidade literria e a ideologia que perpassa seus discursos. O conceito de ideologia adotado o proposto por Thompson (2009), para quem o conceito deve ser compreendido a partir da noo de hegemonia e poder, ou seja, a ideologia necessariamente estabelece e sustenta relaes de dominao, reproduzindo a ordem social que favorece indivduos e grupos dominantes.O corpus desta pesquisa composto de trs amostras colhidas entre 15/07/2009 e 05/01/2010 correspondentes a uma discusso iniciada em comunidade relacionada a assuntos literrios. A AMOSTRA 1 refere-se ao tpico Leitura difcil sinal de qualidade?, da comunidade Literatura; a AMOSTRA 2, se refere ao tpico Qualidade do texto literrio, da comunidade Discutindo... literatura e, por fim, a AMOSTRA 3 representa o tpico O que um bom texto literrio para voc, tambm da comunidade Literatura. Cada discusso possui congruncias e divergncias quanto s representaes sobre literatura e essas foram tambm analisadas. No obstante, o que nos interessa perceber como as ideologias perpassam seus discursos de acordo com os valores que os internautas atribuem a aspectos do texto literrio. Foram escolhidos fruns de discusso online do Orkut porque as interaes em redes sociais constituem elemento novo das prticas sociais e, portanto, relevantes pontos de apoio para a investigao da criao de sentidos sobre o conceito de boa literatura. Investigar como a literatura, objeto de estudo acadmico, analisada em tais espaos cibernticos instigante, por no ser usual. Os resultados obtidos nessa pesquisa sugerem que o internauta reproduz o discurso acadmico hegemnico acerca da qualidade literria ao debater a qualidade intrnseca do texto literrio com a ressalva de manifestar seu contentamento ou descontentamento acerca de determinados textos literrios e escritores, dado novo que revela uma caracterstica deste espao no institucional de discusso, em que os internautas se sentem vontade para manifestar sua opinio
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Esta dissertao tem por objetivo mostrar como o mito de So Tiago Maior e a peregrinao religiosa na Idade Mdia so retratados na dramaturgia portuguesa e galega. Para isso, reporta-se a duas obras: Auto de Santiago de Afonso lvares (Portugal - sc. XVI) e O Peregrino errante que cansou demo de Xavier Lama (Galcia sc. XX). Objetiva verificar como os discursos das personagens, associados aos demais elementos que estruturam as obras, tm por finalidade acentuar a importncia, no contexto da religiosidade ibrica, do culto Virgem de Guadalupe e de So Tiago em sua trplice representao: So Tiago Apstolo, Peregrino ou Mata-mouros. E, sobretudo, demonstrar o carter doutrinador e moralizante das peas, principalmente na recomendao das virtudes a serem seguidas e dos pecados a serem evitados pelo cristo em sua peregrinao existencial, objetivando a asceno espiritual
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A presente dissertao pretende analisar a viso do autor irlands Oscar Wilde sobre diferentes expresses artsticas, e discutir como ele relacionava tais formas de arte com a vida cotidiana. Para tanto, o primeiro captulo dedicado vida de Wilde por entendermos que a sua vida foi, igualmente com os seus textos, uma obra de arte. No segundo captulo, foram analisadas as conferncias proferidas pelo escritor em uma turn que ele fez pelos Estados Unidos e Canad no ano de 1882. No terceiro, e ltimo captulo, foram selecionados trs ensaios nos quais os temas debatidos sempre convergem para a discusso sobre a arte e sua relao com a vida
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Almeida Garrett engajou-se como liberal participando dos acontecimentos polticos de seu pas. Aps a Revoluo de Setembro de 1836, Passos Manuel convida-o para estruturar o teatro português, tendo em vista que considerado um meio de civilizao. Garrett elabora um plano baseado em trs pontos fundamentais: a construo de um edifcio (futuro Teatro Nacional D. Maria II, inaugurado em 1846); uma escola voltada para formao artstica e a criao de um repertrio dramtico nacional e moderno. Aprovado pela rainha D. Maria II em Decreto de 15 de novembro de 1836, nomeado Inspetor-Geral dos Teatros, para coordenar as atividades, pe em prtica o projeto at ser demitido em julho de 1841. A proposta deste trabalho analisar o teatro garrettiano, sob o ponto de vista poltico, do perodo de 1838 a 1843, por esta ser uma fase de intensa atividade do autor na tentativa de restaurar a cena portuguesa. Como corpus, temos: Um auto de Gil Vicente (1838); O alfageme de Santarm (1841); Frei Lus de Sousa (1843)