263 resultados para Rilke, Rainer Maria, 1875-1926 - Crítica e interpretação

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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O Simbolismo surge na Frana em meio a um turbilho de transformaes advindas da modernidade. Estas transformaes levaram os indivduos a repensarem os pressupostos racionalistas e cientificistas. Desta maneira, o esprito da decadncia, que est na base do movimento simbolista, se instaura em 1857, quando Charles Baudelaire lana sua obra As flores do mal, desenvolvendo uma poesia voltada para a inovao do estilo e para uma temtica nova. Para isso, aborda assuntos tabus naquela sociedade, fala da monotonia dos tempos modernos, da solido existencial e inclui coisas consideradas srdidas e repugnantes em seus versos. O movimento, ento, se desenvolve pelo mundo seguindo os pressupostos decadentistas inaugurados por Baudelaire e chega a Portugal e ao Brasil. Nestes pases, veremos que a esttica do Simbolismo no ter o mesmo prestgio que na Frana, porque se desenvolver em oposio ao esprito nacionalista, patritico e positivista, praticado pelo Realismo na prosa e o Parnasianismo na poesia. Assim, o movimento simbolista no ter um lugar de destaque dentro do campo literrio nesses dois pases, permanecendo margem dos cnones hegemnicos. Observaremos como o gnero gtico de lvares de Azevedo e A Gerao do Trovador, anteriores ao Simbolismo no Brasil e Portugal, respectivamente, se constituem como precursores desse movimento esttico. Analisamos ainda o lugar, a potica e a crítica de Nestor Vtor no campo literrio brasileiro e o lugar e a potica de Camilo Pessanha no campo literrio portugus, buscando, com base nas conceituaes tericas de Pierre Bourdieu e Dominique Maingueneau sobre a gnese do campo literrio e o discurso literrio, os diferentes posicionamentos dos agentes, suas cenas de enunciao e seus espaos, responder ao porqu do desprestgio do movimento simbolista no Brasil e em Portugal

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Durante a segunda metade do sculo XIX, a ateno dada cincia, que ganha ento maior espao na literatura, cresce muito. A Medicina estava em ascenso, e grande foi a sua importncia no controle de enfermidades e reduo do nmero de mortes prematuras. Alm disso, os mdicos ainda enfrentavam, apesar de tudo, dificuldades para se estabelecerem socialmente, uma vez que ainda existia o costume da busca de curandeiros, boticrios e benzedeiras. Ea de Queirs, que, neste particular, traa um panorama diversificado e valioso da situao portuguesa, aborda o cientificismo, colocando-o em xeque, juntamente com o discurso religioso, ambos ainda com tanto prestgio na esfera dos assuntos pblicos. Muitos estudiosos ainda veem na obra de Ea um carter exclusivamente doutrinador, e no discurso cientfico percebem apenas um contraponto ao discurso religioso. A anlise de trs obras que trazem mdicos como personagens secundrios ou como protagonistas na trama mostra que no era somente este o papel do cientificismo queirosiano em O Primo Baslio, O Crime do Padre Amaro e Os Maias. Atravs dos mdicos dos romances da fase mais marcadamente realista-naturalista de Ea (Julio, Dr. Gouveia e Carlos Eduardo) possvel perceber o quanto Ea avana de posies mais doutrinrias (da dcada de 70) para posies mais complexas e problematizadoras (da dcada de 80)

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A presente pesquisa objetiva, em essncia, discutir questes referentes expressividade em textos literrios, como tambm observar a riqueza de suas mltiplas possibilidades de construo esttica. Esse material burilado pelos recursos fnicos, morfossintticos e lxico-semnticos do sistema lingustico. Foram utilizados como corpus para o trabalho os contos de Ana Maria Machado e as poesias de Jos Paulo Paes, produes inseridas no Programa Literatura em Minha Casa e que sensibilizaram os leitores pelo jogo verbal primoroso, resultado das escolhas e das combinaes dos autores. Foram tomados como referncia para anlise dos textos os recursos lingustico-expressivos neles observados, pretendendo demonstrar o potencial expressivo, com vistas a propor alternativa pedaggica, de carter produtivo para o ensino, despertando a sensibilidade frente ao texto literrio e contribuindo para promover o prazer de ler dos alunos do ensino fundamental. Para tanto, a autora buscou na estilstica fundamentos tericos e metodolgicos que aprofundassem a temtica em tela

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Esta tese tem como objetivo analisar o folhado textual da crnica jornalstica de Antnio Maria e de Joaquim Ferreira dos Santos, investigando os operadores que agem na produo de sentido, sobretudo os aspectos enunciativos, como as vozes presentes na situao discursiva e os contextos em que se do tais relaes, e ainda atentar para a importncia da palavra que desperta a paixo pelo texto, que leva a uma reflexo crítica sobre o seu tempo e sua histria.Por meio da crnica desses dois autores, investigar a importncia deste gnero textual nos atuais veculos miditicos, reconhecendo neste gnero um importante papel de identidade cultural da sociedade brasileira. Perceber que, de certa forma, a funo catrtica da crnica jornalstica de Antnio Maria e de Joaquim Ferreira dos Santos pode levar o leitor a sua prpria identificao com o mundo que o cerca e com o espao em que est inserido papel, afinal, da leitura de um texto, mais ainda, de um texto com traos literrios. Sabendo, certamente, que a lngua, a palavra, a sustentao de todo esse processo

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O objetivo central deste estudo apresentar, no mbito da psicologia com bases na fenomenologia e na filosofia da existncia, uma prtica clnica frente indeciso com relao escolha da atividade profissional a seguir. Para situarmos o lugar no qual buscamos nossos fundamentos, iniciamos este trabalho apresentando as diferentes perspectivas em Orientao Vocacional. Para tanto, utilizamos como critrio de identificao de cada uma dessas modalidades as nfases em que cada uma delas sustenta seus fundamentos e consequentes prticas. So elas: o psiquismo, o social e a existncia, sendo essa ltima a nfase na qual situamos a nossa proposta. A fim de preparar as bases desta proposta, buscamos na fenomenologia hermenutica de Martin Heidegger as condies de possibilidade para outra modalidade de atuao frente indeciso profissional e dialogando com a literatura, que mostramos a viabilidade dessa prtica. Em Cartas a um jovem poeta, de Rainer Maria Rilke, e A repetio, de Sren Kierkegaard, apresentamos como esses dois escritores apontam para a crítica a uma orientao que dirige a escolha, para ento exemplificar como podemos acompanhar a escolha do outro sem proceder a uma orientao diretiva. Por fim, de posse dos fundamentos filosficos de Martin Heidegger e com as indicaes dos poetas Rilke e Kierkegaard, apresentaremos um modo de atuao clnica frente indeciso da escolha profissional, que denominamos de Anlise da Escolha Profissional.

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Este trabalho tem como objetivo propor um dilogo terico entre as obras O Ato de Leitura: uma teoria do efeito esttico (1996, 1999), de Wolfgang Iser, e O Prazer do Texto (2006), de Roland Barthes. Da primeira obra, interessa-nos particularmente a formulao terica sobre o vazio que, a nosso ver, pode ser articulada a outras elaboradas por Barthes na sua referida obra, sobretudo delicada distino entre gozo e prazer. A partir do entretecimento de uma rede terica fundamentada nesta inter-relao, poderemos propor um ponto de vista concatenador que permita observar o objeto literrio simultaneamente sob algumas noes oriundas da Teoria do efeito e outras vindas do pensamento barthesiano. A nosso ver, possvel demonstrar que as noes barthesianas de texto de prazer e textos de fruio ou gozo podem se adequar observao do texto literrio, quando considerado em relao forma e abundncia dos vazios que eclodem na sua relao dialtica com o leitor

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Desde que foi publicado, em 1975, Lavoura arcaica vem intrigando os leitores com a sua dessemelhana. Em meio a livros que absorviam a violncia do regime militar brasileiro, Raduan Nassar surgiu com uma obra estranha, que se nutria de uma linguagem potica profundamente ressonante, do pensamento monotesta mediterrneo, da herana cultural rabe, da subverso pela via da sexualidade. O tempo passou, o escritor abandonou a literatura, muita coisa interessante foi dita sobre o romance, mas seus enigmas so ainda sementes lanadas em solo frtil. Lavoura arcaica mais uma releitura da prolfica parbola do filho prdigo, presente no Evangelho de Lucas e reelaborada inmeras vezes ao longo dos seus dois mil anos de existncia. A histria do jovem rebelde que decide romper os laos com a famlia para se lanar no mundo tem se mostrado generosa para com a imaginao de muitos autores, que se dispuseram a reescrev-la com o filtro de suas ticas particulares. Alguns deles esto no presente trabalho: Gide, Kipling, Kafka, Rilke, Dalton Trevisan, Lcio Cardoso e tambm o telogo catlico Henri Nouwen. Apesar das variaes, a volta para casa ocupa em todas as narrativas um lugar privilegiado. Essa uma histria, afinal, sobre os motivos que levam o sujeito a ir embora e, mais ainda, sobre as razes que fazem com que regresse. Arrependimento, recomeo, fraqueza, derrota, amor? A despeito das muitas antteses que encontramos no texto de Raduan, elas no exigem que faamos uma escolha entre o arcaico e o moderno, entre ficar ou partir, entre o individual e o coletivo, entre a conteno e a entrega. Essa a questo: Lavoura arcaica no um livro sobre a luta do bem contra o mal, da liberdade contra a opresso, mas um painel que mostra como tudo isso se mistura na mesma paisagem ou, parafraseando o personagem Andr, como as coisas s se unem se desunindo

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Pesquisar sobre escritoras portuguesas do sculo XIX no tarefa das mais simples. A barreira maior a escassez de fontes, que se deve, principalmente, ao papel que cabia mulher na sociedade de oitocentos. Sem direitos polticos e restrita ao espao privado, deveria estar sempre sob a dependncia de um homem. Ao penetrar num espao que no era o seu, compreensvel que as mulheres que ousaram se afirmar como escritoras o tenham feito a princpio sob o signo do anonimato. o caso de Maria Peregrina de Sousa (1809-1894). Teve participao profunda nos peridicos literrios da poca, nos quais publicou romances, poemas e contos populares, utilizando pseudnimos como Uma obscura portuense, Mariposa ou suas iniciais, D. M. P. Por meio de um dilogo com a Histria, estudamos as obras Retalho do mundo (1859), Maria Isabel (1866), Henriqueta: romance original (1876) e Pepa (1846), da qual tambm fizemos a edio. Nosso objetivo investigar, nesses textos, como o discurso do senso comum ora se confirma s vezes, ora desestabilizado, e como algumas personagens poderiam contornar os interditos sociais. Ao trazer essa obscura portuense luz, pretendemos tambm refletir sobre como uma autora pensava a sua realidade e qual o reflexo disso na sua produo literria.

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O livro Contos de amor rasgados, de Marina Colasanti, foi publicado em 1986, dcada de consolidao das conquistas do movimento feminista (Pinto, 2003). O feminismo almejava uma mudana de mentalidade, mudana nas prticas sociais e nos discursos sobre a mulher (ibid.). Entretanto, a mulher nos contos representada de forma peculiar, frustrando as expectativas de uma imagem positiva esperada de uma literatura produzida por uma autora feminista. Este estudo prope a anlise dos contos de Marina Colasanti, destacando algumas questes acerca da representao dos atores sociais em textos-contos que pretendem veicular um discurso de liberao da mulher. Para tanto, dez contos representativos do todo foram selecionados para compor o corpus e utilizou-se o sistema sociossemntico para a representao dos atores sociais proposto por van Leeuwen (1997) e a Lingustica Sistmico Funcional de Halliday (2004) como ferramentas de anlise. Nosso enfoque o da Anlise Crítica do Discurso de Fairclough (1995), que tem dedicado seus estudos s mudanas sociais atravs dos discursos. Consideramos que o movimento feminista se inscreve em algumas mudanas. Nessa perspectiva, Bourdieu (2005) afirma que, apesar do movimento feminista, muito pouco mudou, prevalecendo, ainda, a dominao masculina e a violncia simblica. As categorias de van Leeuwen (op. cit.) da excluso e incluso dos atores sociais no discurso servem de instrumental para uma anlise mais detalhada das relaes homem-mulher, permitindo desvelar algumas questes feministas tematizadas nos contos, questes descritas por Pinto (op. cit.) e apontadas por Bourdieu (op. cit.). Os resultados da anlise dos contos demonstram que a mulher ora est totalmente excluda, ora representada como um pano de fundo (encobrimento), ora enfraquecida (apassivada) em favor de seu marido/amante. Assim, os conflitos gerados a partir das aes do homem sobre a mulher nos contos confirmam certas preocupaes do discurso feminista

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O propsito desta dissertao apresentar uma anlise da pobreza e da mobilidade social na obra de Ea de Queirs no perodo de 1878 a 1888. Para tanto, examinaremos os personagens pobres, refletindo sobre seu papel na diegese, sua construo no texto e sua influncia na concepo artstica do autor; sobre a subjacente viso de mundo que nelas se expressa; e, finalmente, confrontamo-las, enquadradas no que tem sido considerado esttica realista-naturalista. Esta pesquisa justifica-se pela proposta de criao de um novo foco de anlise dentro da crítica queirosiana: aquele voltado s personagens que se dedicam de modo especfico ao trabalho, e, ao faz-lo, revelar a perspectiva do romancista relativamente sociedade e ao momento histrico. O estudo que fazemos de alguns estratos sociais pouco valorizados (o pessoal domstico, por exemplo) uma lacuna nos estudos queirosianos. Algumas das personagens que acompanhamos passam quase despercebidas nos romances. Com exceo de Juliana, de O primo Baslio, tm interveno mnima na ao. Ainda assim tm uma caracterizao bastante elaborada, mesmo que por vezes com poucos traos, e no deixam de compor uma viso mais alargada da sociedade portuguesa do sculo XIX, desmentindo a ideia ainda hoje corrente de que Ea teria posto nos seus livros apenas os extratos sociais privilegiados de seu tempo. Para alm da designao to vaga de crtico social, Ea testemunhou um processo de transformao de um mundo em runas, que j no podia mais ser o que sempre fora

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O objetivo desta pesquisa analisar as marcas lingusticas que compem as relaes de sentido no que diz respeito ao humor da crnica de Aldir Blanc. A partir da percepo da estrutura da Lngua Portuguesa, verificar quais as aes na produo textual da crnica sejam estas morfolgicas, gramaticais, lexicais, sintticas, fonticas, estilsticas ou semnticas que, ao aliar-se prxis cotidiana (contexto) oferecida pelos jornais, propiciam o discurso humorstico do autor. Os pressupostos tericos que corroboram as respectivas demarcaes lingusticas tero nfase no tocante aos aspectos semnticos, com Stephen Ullman, Pierre Guiraud e Edward Lopes. Os traos caractersticos da crnica, o humor e a ironia como recursos discursivos, a seleo lexical, as inferncias, o jogo ldico da grafia das palavras, as formas textuais sero inferidos dialogicamente em grande parte pelos estudos estilsticos de Marcel Cressot, Pierre Guiraud, Mattoso Cmara, Nilce SantAnna Martins e Jos Lemos Monteiro. Desse modo, apontamos para um estudo da lngua sob uma tica semntico-discursiva, levando em conta sua expressividade estilstica. Dessa forma, valorizao do manuseamento lingustico, quer pela escritura, quer pela leitura, acrescenta-se o dado crtico da lngua atravs do discurso presente no humor, tendo em vista o gnero textual que a crnica e sua grande penetrao social pelos jornais de grande circulao

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Este trabalho, em sua forma de tese de doutorado, pretende investigar as formulaes discursivas do orador nos sermes do padre Antnio Vieira, partindo da problematizao do conceito de sujeito vigente no sculo XVII. Entendendo que a noo de sujeito no transistrica, e, sim, uma noo que veio sendo construda ao longo da histria da humanidade, investigamos elementos formadores do que se entende hoje por eu. Nesse percurso analisamos, especialmente, os conceitos de cuidado de si e de livre-arbtrio. No poderamos deixar de estudar, ainda, as particularidades dos procedimentos das produes letradas do sculo XVII, fatores essenciais para a compreenso do lugar do eu que fala na elaborao dos sermes religiosos seiscentistas. Nesse sentido, a funo que a imagem ocupava nos seiscentos vem a ser de suma importncia para a compreenso do pensamento do perodo e, consequentemente, para o entendimento da figura do eu. Enveredamo-nos tambm pela teoria de Michel Foucault, investigando a funo-autor exercida por Vieira em sua sermonstica

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Esta dissertao busca analisar como Joan Riley, escritora jamaicana que vive na Inglaterra, expe e denuncia em suas obras a submisso feminina diante da opresso e violncia sexual sofridas por mulheres negras. Objetivamos apontar a crítica ao papel dos discursos patriarcal e ps-colonial, prticas de poder que tornam o contexto social das mulheres representadas em seus romances propcio para o exerccio do jugo masculino, atravs da explorao do silncio de mulheres vtimas de abusos sexuais. O necessrio recorte do objeto restringiu a anlise s duas personagens centrais dos romances The Unbelonging (1985) e A Kindness to the Children (1992), mulheres cujas subjetividades foram anuladas pela objetificao de seus corpos e a desumanizao de suas identidades

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A tese estuda a obra potica de Adlia Prado sob o ponto de vista da Estilstica. Mostra que a metfora o recurso mais afeito a construir a lngua literria e, no caso da poetisa, model-la em portugus. O estudo atesta que a linguagem conotativa da poetisa alcana os trs nveis da lngua e promove o inesperado e o distante da expresso comum. Afirma a importncia da polifonia e da intertextualidade , alm da excelncia do discurso indireto livre na criao literria, no s da poetisa, mas de todo uso da lngua portuguesa como ferramenta de expresso potica, principalmente se a inteno do autor criar o discurso surrealista. A pesquisa mostra que h, na obra, um grande nmero de poemas em que predomina a linguagem religiosa catlica. Ocorre a expresso da alma feminina , marcada com orgulho pela poetisa. A autora cria prosodemas, inaugura neologismos ,aproveitando todos os processos de criao vocabular. Assim, a obra se notabiliza pelo aproveitamento da sonoridade das palavras, pela escolha lexical indita, por uma estrutura frasal apositiva, evocativa, sucinta e nominal, no escravizada s regras do registro culto como padro literrio. A tese reconhece que a autora lida eficientemente com as classes de palavras, com a construo nominal e com uma estruturao sinttica peculiar, em que sobressai a orao adjetiva com funo de sujeito, apesar de conter verbo: a orao adjetiva subjetivada. A essncia da pesquisa so os conjuntos metafricos, verdadeiros modelos universais, que permitem reconhecer a possvel existncia de uma lngua literria em portugus. No mesmo contexto, focaliza um grupo de poemas chamados de telegrficos, curtos e de teor filosfico. Tal qualidade metafrica mostra a importncia da poetisa Adlia Prado para a articulao da lngua literria em lngua portuguesa

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Tendo como incipt Junto dum seco, fero e estril monte, a Cano V de Lus de Cames, presente no corpus mnimo proposto pelo Professor Leodegrio de Azevedo Filho tema deste estudo que se prope a fazer uma anlise literria luz do Maneirismo, onde se buscam observar as principais caractersticas temticas presentes na mesma. Dessa forma, temas como o desconcerto do mundo, a fugacidade do tempo e da vida e, consequentemente, o pessimismo e a ausncia da amada sero relacionados poesia. H a preocupao de se atentar para a influncia tardo-gtica no Maneirismo e como isso se d nessa cano, o que faz com que se perceba no haver traos clssicos ou renascentistas na mesma. Faz-se necessrio ainda que se analisem as referncias geogrficas, as construes e os recursos estilsticos utilizados pelo poeta, uma vez que estes so significativos para uma boa compreenso da cano, bem como para um possvel questionamento acerca da obra de Cames ser considerada por alguns autores clssica