9 resultados para Portugal. [Ordenações Filipinas]

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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O presente trabalho acadmico aborda a situao e a relao da mulher no mercado de trabalho. Propomo-nos perceber como funciona a dinmica do mundo do trabalho e que impacto traz nas relaes sociais do indivduo e na identidade de um pas. A questo fundamental deste estudo, se a desigualdade de oportunidades afecta diferentemente em relao ao gnero e como vivida essa situao em cada um dos pases estudados: Portugal e Brasil. Centramo-nos especificamente, nos seguintes objectivos: identificar os agentes que determinam a existncia da discriminao sexual no mercado de trabalho, reforar a importncia de combater situaes discriminatrias para o desenvolvimento de sociedades benficas, justas e equitativas e finalmente promover o intercmbio de conhecimentos entre Portugal e Brasil. Com este trabalho de pesquisa terico-histrica e emprica, conclumos que a desigualdade de oportunidades existe em ambos os pases participantes. Deriva primordialmente, de factores econmicos, histricos e culturais ainda enraizados nas sociedades actuais. Nitidamente a mulher, ainda hoje, vtima de uma entrada e presena no mercado de trabalho mais difcil e precria comparativamente ao homem.

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O propsito desta dissertao apresentar uma anlise da pobreza e da mobilidade social na obra de Ea de Queirs no perodo de 1878 a 1888. Para tanto, examinaremos os personagens pobres, refletindo sobre seu papel na diegese, sua construo no texto e sua influncia na concepo artstica do autor; sobre a subjacente viso de mundo que nelas se expressa; e, finalmente, confrontamo-las, enquadradas no que tem sido considerado esttica realista-naturalista. Esta pesquisa justifica-se pela proposta de criao de um novo foco de anlise dentro da crtica queirosiana: aquele voltado s personagens que se dedicam de modo especfico ao trabalho, e, ao faz-lo, revelar a perspectiva do romancista relativamente sociedade e ao momento histrico. O estudo que fazemos de alguns estratos sociais pouco valorizados (o pessoal domstico, por exemplo) uma lacuna nos estudos queirosianos. Algumas das personagens que acompanhamos passam quase despercebidas nos romances. Com exceo de Juliana, de O primo Baslio, tm interveno mnima na ao. Ainda assim tm uma caracterizao bastante elaborada, mesmo que por vezes com poucos traos, e no deixam de compor uma viso mais alargada da sociedade portuguesa do sculo XIX, desmentindo a ideia ainda hoje corrente de que Ea teria posto nos seus livros apenas os extratos sociais privilegiados de seu tempo. Para alm da designao to vaga de crtico social, Ea testemunhou um processo de transformao de um mundo em runas, que j no podia mais ser o que sempre fora

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Este trabalho contemplou a anlise das relaes entre imigrao, negcios e poder a partir da insero do imigrante portugus no comrcio da cidade do Rio de Janeiro entre 1850 e 1875. Nesse perodo, as relaes internacionais entre Brasil e Portugal caracterizaram-se essencialmente por duas foras sociais: o fluxo migratrio e o comrcio. Atravs do intercruzamento de fontes documentais, identificou-se o perfil dos membros da elite mercantil portuguesa instalada na capital do Imprio brasileiro, bem como suas estratgias de ascenso econmica e projeo poltica junto sociedade e aos Estados de Portugal e Brasil. Avaliou-se, ainda, o estmulo causado pelas trajetrias de sucesso na realimentao do movimento de emigrao portuguesa. Concluiu-se que os imigrantes lusos, atravs do comrcio, tornaram-se agentes dinmicos das relaes bilaterais Brasil-Portugal.

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Com as transformaes do Estado-Providncia e das sociedades contemporneas no que concerne ao exerccio de direitos, observam-se alteraes substantivas na estrutura, dimenses de ao e estratgias prprias dos mecanismos de reivindicao. No caso do direito sade, a anlise dos casos de Brasil e Portugal permite discutir a interface entre Estado, sociedade e instituies jurdicas a partir da dimenso da cultura de participao dos cidados, das redes de solidariedade que constituem no espao local e na utilizao de mecanismos estatais e no-estatais. A respeito do arcabouo jurdico-institucional similar, a diversidade de repertrios de ao coletiva para reivindicar a efetivar este direito em ambos os pases foi a tnica desta pesquisa, que se desenvolveu em 2011 em ambas as localidades. O objetivo do trabalho consiste em discutir as estratgias e formas de efetivao da sade como direito, de modo a refletir sobre as oportunidades polticas e a cultura poltica de cada experincia. Para tal, foi realizada uma pesquisa qualitativa e quantitativa, com o objetivo de discutir os desafios de efetivao do direito sade com foco no acesso justia e nos repertrios de ao coletiva. As hipteses foram: a) h diferenas no que concerne aos itinerrios do cuidado em sade, ora enfatizando a centralidade do Estado no cuidado (Brasil), ora responsabilidade o indivduo pela sua prpria sade (Portugal), o que enseja impactos na prpria cultura de participao dos indivduos em ambos os pases; b) h diferenas no que concerne relao ente Judicirio e sociedade, ora estabelecendo polticas de proximidade com o cidado (Brasil), ora estabelecendo polticas de desjudicializao (Portugal), o que enseja repercusses na prpria forma como os indivduos concebem o sistema judicial e o ativam em seu cotidiano; c) os sistemas de sade de ambos os pases foram construdos por influncia predominantemente internacional (Portugal) ou dos movimentos sociais (Brasil), de modo que isto permitiu constituir em cada um destes pases formas distintas de lidar com o direito sade pelos cidados. Os resultados videnciam que a complexidade da eleio do mecanismo estatal ou no-estatal est fortemente relacionada cultura poltica dos cidados, alm de fatores polticos e econmicos oriundos das oportunidades polticas de cada um dos pases

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Esta tese tem como propsito analisar as relaes poltico-diplomticas entre Portugal e a Santa S na primeira metade do sculo XVIII, tendo como principal problemtica o corte das relaes diplomticas entre as duas cortes -, ocorrido entre 1728-1731. O episdio resultou, no nvel mais imediato, da recusa de Roma em conceder paridade a Portugal diante das outras cortes europeias, negando a ascenso do nncio apostlico Vicente Bichi, ao ttulo de cardeal. Tal poltica inseria-se em uma linguagem diplomtica tradicional, para a qual Roma permanecia o centro da cristandade e distribuidora de privilgios. A opo de D. Joo V em manter-se fiel a uma linguagem tradicional no o impediu de se apropriar e de utilizar uma linguagem moderna, expresso compartilhada pelos loci de poder setecentistas, representados pelas monarquias que se consolidavam na Frana, na Inglaterra, na ustria, na Prssia e at na Rssia, operando a partir de uma razo de Estado, a linguagem diplomtica moderna, que configurou o tabuleiro poltico europeu entre os congressos de Utrecht e de Viena. Linguagem esta que fora traduzida pelos embaixadores ou chefes de misso portugueses, o que permitiu a participao de Portugal nas grandes decises do perodo e consolidou a poltica de privilgio de D. Joo V, consagrando o monarca Fidelssimo e, consequentemente, o reino portugus numa Europa em transformao.

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Alexandre Herculano foi uma figura muito importante na Histria de Portugal. Primeiramente como historiador, recolhendo materiais que continham a Histria da Nao e que serviu como estudo para a preservao e divulgao de um passado glorioso. Como intelectual, engajou-se na poltica e assuntos sociais em benefcio da nao portuguesa. Escrevendo e publicando artigos em importantes jornais e revistas da poca, ou seja, o sculo XIX, sua figura identifica-se com a de um intelectual. Como tal, denunciou e alertou o povo sobre seus principais direitos e deveres como cidados portugueses. Sua grande preocupao tambm era em relao educao porque, segundo ele, Portugal estava atrasado em relao a outros pases europeus. Descrever Herculano como intelectual de Portugal uma das propostas deste trabalho

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Tendo como foco de reflexo a produo de novas identidades em situao de deslocamento, o presente trabalho compara as trajetrias de estudantes cabo-verdianos em trnsito no Brasil (Rio de Janeiro) e em Portugal (Lisboa) em busca da elaborao de seus projetos de vida e formao superior. A partir da anlise de suas narrativas, aborda como esses estudantes constroem suas identidades, em contexto ps-colonial e transnacional, em contato com diversas pessoas e grupos sociais (estudantes brasileiros, portugueses e de outras nacionalidades) e como vivenciam as tenses raciais nos distintos contextos de destino. Deixar Cabo Verde para emigrar para outros pases vivido por muitos jovens cabo-verdianos no s como um destino e um sonho de vida melhor, de ter uma formao superior no exterior, mas tambm de conhecer outras pessoas e lugares dos quais eles tm notcias de sucessos atravs de outros estudantes e imigrantes. Longe de casa, da famlia e dos amigos, as narrativas ressaltam a importncia das escolhas na elaborao de seus projetos e das redes de relaes construdas nos pases de destino para minimizar a saudade, ajudar no acolhimento na universidade e integrao na sociedade. Assim, com base nas estratgias de adaptao, vivenciando processos de incluso e excluso em diversas situaes sociais, no Rio de Janeiro e em Lisboa, o trabalho discute o impacto do trnsito para a reconfigurao de identidades e pertencimentos dos estudantes.

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O Simbolismo surge na Frana em meio a um turbilho de transformaes advindas da modernidade. Estas transformaes levaram os indivduos a repensarem os pressupostos racionalistas e cientificistas. Desta maneira, o esprito da decadncia, que est na base do movimento simbolista, se instaura em 1857, quando Charles Baudelaire lana sua obra As flores do mal, desenvolvendo uma poesia voltada para a inovao do estilo e para uma temtica nova. Para isso, aborda assuntos tabus naquela sociedade, fala da monotonia dos tempos modernos, da solido existencial e inclui coisas consideradas srdidas e repugnantes em seus versos. O movimento, ento, se desenvolve pelo mundo seguindo os pressupostos decadentistas inaugurados por Baudelaire e chega a Portugal e ao Brasil. Nestes pases, veremos que a esttica do Simbolismo no ter o mesmo prestgio que na Frana, porque se desenvolver em oposio ao esprito nacionalista, patritico e positivista, praticado pelo Realismo na prosa e o Parnasianismo na poesia. Assim, o movimento simbolista no ter um lugar de destaque dentro do campo literrio nesses dois pases, permanecendo margem dos cnones hegemnicos. Observaremos como o gnero gtico de lvares de Azevedo e A Gerao do Trovador, anteriores ao Simbolismo no Brasil e Portugal, respectivamente, se constituem como precursores desse movimento esttico. Analisamos ainda o lugar, a potica e a crtica de Nestor Vtor no campo literrio brasileiro e o lugar e a potica de Camilo Pessanha no campo literrio portugus, buscando, com base nas conceituaes tericas de Pierre Bourdieu e Dominique Maingueneau sobre a gnese do campo literrio e o discurso literrio, os diferentes posicionamentos dos agentes, suas cenas de enunciao e seus espaos, responder ao porqu do desprestgio do movimento simbolista no Brasil e em Portugal

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O futuro verbal caracteriza-se por uma conformao cognitiva e semntica bastante distinta da verificada nos demais tempos verbais, distintos do tempo cronolgico. Tal fato apresenta-se abrangente nas lnguas e traz consequncias morfossintticas apreciveis na constituio de tal tempo verbal em portugus, tanto em perspectiva sincrnica quanto em diacrnica. Hoje, em lngua portuguesa, presenciamos uma nova mudana na manifestao desse futuro verbal, com a crescente difuso da forma perifrstica composta por ir e infinitivo, como gramaticalizao da expresso de futuro. Tal processo de mudana ainda se encontra em curso na lngua, fato atestvel em vrios usos. Objetivamos aqui a descrio dos tempos verbais futuros da lngua portuguesa, que no se confundem com a simples expresso de futuridade, bem como o estabelecimento de um estudo comparativo entre trs variedades do portugus, a brasileira, a europeia e a moambicana, quanto a usos e valores do futuro do presente, tempo verbal prototpico dos futuros