18 resultados para Nocardia brasiliensis.

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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Elementos-trao, de fontes naturais ou antropognicas, so despejados continuamente nos rios, fato que acarreta srios problemas, devido a sua toxicidade, longa persistncia, bioacumulao e biomagnificao na cadeia alimentar. O sistema lagunar Tijuca-Jacarepagu-Marapendi recebe um enorme aporte de nutrientes e poluentes devido aos impactos antrpicos em seus rios. Este estudo tem como objetivo principal avaliar os nveis de cobre, zinco, chumbo e alumnio em msculo e vscera na espcie Sardinella brasiliensis (sardinha), que habita a sada do Canal de Sernambetiba, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ). Ao total foram analisados 44 indivduos. O cobre em msculo apresentou uma concentrao mdia de 0,5 0,66 mg/Kg e de 1,3 10,13 mg/Kg em vscera. Os valores de zinco em msculo e vscera foram de 5,2 3,69 mg/Kg e 25,6 48,16 mg/Kg, respectivamente. A concentrao de chumbo foi de 2,48 3,09 mg/Kg (msculo) e 25,6 48,16 mg/Kg (vscera), enquanto a concentrao de alumnio variou de 1,68 3,67 mg/Kg em msculo e 28,72 26,99 mg/Kg em vscera. Dentre as amostras, 56,8% apresentaram valores acima do limite estabelecido para consumo humano pela legislao brasileira para chumbo. Os elementos-trao apresentaram tendncias de acumulao diferentes de acordo com o local (msculo ou vscera). As concentraes dos metais em msculo foram menores do que em vsceras. Os valores encontrados devem servir de alerta para uma contaminao da populao de Sardinella brasiliensis que habita a sada do canal de Sernambetiba. Concluiu-se que a concentrao de chumbo nos peixes encontrados esto acima dos limites permitidos para o consumo humano, e que a regio encontra-se impactada

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A malria uma doena infecciosa causada por protozorios do gnero Plasmodium, transmitidos ao homem, principalmente, atravs da picada do mosquito infectado. O tratamento realizado por meio do uso de drogas, como a cloroquina, uma vez que no h vacina eficiente contra a doena. Porm, a resistncia dos parasitos aos medicamentos tem levado busca por novas substncias com atividade antimalrica, inclusive de origem vegetal. Nesse contexto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a atividade antimalrica de extratos metanlicos de Norantea brasiliensis cultivada sob condies in vivo e in vitro, espcie nativa ocorrente em restingas, com potencial medicinal j comprovado para vrias atividades. Foram desenvolvidos protocolos de calognese e cultura de razes da espcie visando definio de um sistema de produo de metablitos. Para a cultura in vitro, explantes foram inoculados em meio lquido e slido contendo diferentes fitorreguladores e concentraes. A partir da cultura de tecidos, foram testados extratos do material produzido biotecnologicamente para comparao com o material botnico cultivado no campo. Os testes sobre o potencial antimalrico foram realizados in vivo, utilizando-se camundongos infectados pelo Plasmodium berghei ANKA, e in vitro utilizando o Plasmodium falciparum. Em seguida foram administrados a cloroquina e os extratos vegetais. A parasitemia foi observada seguindo os protocolos j estabelecidos pelo Laboratrio de Imunofarmacologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Resultados mostraram que explantes foliares e caulinares de plantas germinadas in vitro, inoculados em meio slido B5 suplementado com 2,0 mg.mL-1 de ANA, so as melhores fontes para a produo de razes, apresentando maiores valores de peso fresco e peso seco, mostrando-se um sistema promissor para a produo in vitro de metablitos da espcie. A avaliao da atividade antimalrica in vivo revelou seu potencial a partir de extrato de razes de planta cultivada in vivo, na concentrao de 50 mg/kg apresentando reduo significativa da parasitemia quando comparada com o controle no tratado. Paralelamente, nos testes in vitro a concentrao de 100 μg/kg do extrato de razes de planta cultivada in vivo apresentou diferena significativa quando comparada com as outras concentraes testadas e o controle negativo. Alm disso, h uma tendncia de aumento do efeito inibitrio conforme o aumento da concentrao do extrato. Os resultados indicam o potencial de atividade antimalrica em razes de N. brasiliensis, sendo este estudo o primeiro realizado para a espcie

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Sabendo que os peixes so bioacumuladores de contaminantes do ambiente aqutico e com isso representam riscos para seus consumidores, podendo ampliar tal poluentes para a cadeia trfica, este estudo tem por objetivo determinar os nveis de cdmio e chumbo presentes na espcie de peixe Acar (Geophagus brasiliensis), tradicional do consumo da populao ribeirinha, devido a grande quantidade de indivduos na regio industrial do Sul Fluminense, no rio Paraba do Sul, do estado do Rio Janeiro, alm de comparar as faixas de concentrao destes elementos-trao com dados estabelecidos pela ANVISA, utilizando estes peixes como bioindicadores das regies estudadas. Os peixes foram capturados ao longo do rio Paraba do Sul, nos municpios de Pinheiral, Barra Mansa e Volta Redonda. A identificao e quantificao dos metaisforam realizados, por um sistema de pr-concentrao, baseado na adsoro de metais por uma resina quelante (chelex100) acoplada em linhacom um espectrmetro de absoro atmica com chama (FAAS). O mtodo de pr-concentrao permitiu a deteco de cdmio em nveis maiores que ao limite de deteco do FAAS e quando comparados com os valores estabelecidos pela ANVISA, indicou que o peixe estaria imprprio para o consumo humano. Nas anlises de pr-concentrao para chumbo, no houve sinal expressivo a ser comparado, apresentando somente sinais de rudo do equipamento. O cdmio e o chumbo foram escolhidos para anlise uma vez que so regulamentados como contaminantes inorgnicos pela ANVISA e no foi encontrado na literatura nenhum dado sobre esses metais em Geophagus brasiliensis

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Os bastonetes Gram positivos irregulares (BGPIs) compem um grupo de espcies bacterianas com ampla diversidade fenotpica e que podem estar presente no meio ambiente, na microbiota humana e de animais. A identificao acurada de BGPIs em nvel de gnero e espcie empregando mtodos bioqumicos convencionais bastante limitada, sendo recomendado, portanto, o uso de tcnicas moleculares. No presente estudo, foram identificadas amostras de BGPIs oriundas de espcimes clnicos de humanos, de produtos farmacuticos e de reas limpas atravs da anlise de sequencias do gene 16S rRNA e de outros genes conservados (housekeeping genes). Os resultados obtidos pelo sequenciamento dos genes 16S rRNA e rpoB demonstraram C. striatum multi-resistente (MDR) como responsvel por surto epidmico em ambiente hospitalar da cidade do Rio de Janeiro. Quinze cepas de C. striatum foram isoladas em cultura pura a partir de secreo traqueal de pacientes adultos submetidos a procedimentos de entubao endotraqueal. A anlise por eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE) indicou a presena de quatro perfis moleculares, incluindo dois clones relacionados com cepas MDR (PFGE I e II). Os dados demonstram a predominncia de PFGE I entre cepas MDR isoladas de unidades de terapia intensiva e enfermarias cirrgicas. Uma potencial ligao causal entre a morte e a infeco por C. striatum MDR (PFGE tipos I e II) foi observada em cinco casos. Adicionalmente, acreditamos que este seja o primeiro estudo de identificao de espcies de Nocardia relacionadas com infeces humanas pela anlise da sequencia multilocus (MLSA) no Brasil. Diferente dos dados observados na literatura (1970 a 2013) e obtidos pelos testes fenotpicos convencionais, a caracterizao molecular de quatro lcus (gyrB-16S-secA1-hsp65) permitiu a identificao das espcies N. nova, N. cyriacigeorgica, N. asiatica e N. exalbida/gamkensis relacionadas com quadros de nocardiose em humanos. Cepas de N. nova isoladas de diferentes materiais clnicos de um nico paciente apresentaram padres de susceptibilidade antimicrobianos idnticos e dois perfis PFGE, indicando a possibilidade de quadros de co-infeco por N. nova em humanos. Em outra etapa da investigao, amostras de BGPIs obtidos de ambientes de salas limpas que no puderam ser identificadas por critrios convencionais foram submetidas a anlise da sequncia do gene 16S rRNA e caracterizadas 95,83% em nvel de gnero e 35,42% em espcies. Para gneros mais encontrados no estudo, foram analisados os genes rpoB e recA de dezessete cepas de Microbacterium e utilizado o MLSA para a identificao de sete cepas identificadas como Streptomyces. Os ensaios permitiram a identificao de trs cepas de Microbacterium e de uma nica amostra de Streptomyces ao nvel de espcie. A anlise da sequencia do gene rpoB tambm se mostrou eficaz na identificao de espcies de cepas de Corynebacterium. Finalmente, para as cepas ambientais pertencentes classe Actinobacteria os dados morfolgicos, bioqumicos e genotpicos permitiram documentar a cepa 3117BRRJ como representante de uma nova espcie do gnero Nocardioides, para o qual o nome Nocardioides brasiliensis sp. nov. e as cepas 3712BRRJ e 3371BRRJ como representante de um novo gnero e espcie para o qual o nome Guaraldella brasiliensis nov. foi proposto.

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A esporotricose uma micose subcutnea, crnica, causada por espcies termo-dimrficas do complexo <i>Sporothrix schenckii</i>. Esta micose apresenta diferentes manifestaes clnicas sendo mais comum a forma linfocutnea. Casos graves causados por <i>Sporothrix brasiliensis</i> tm sido descritos recentemente, exigindo um tratamento prolongado com antifngicos de alta toxicidade como a anfotericina B-desoxicolato ou suas verses menos txicas, mas de alto custo. Neste trabalho visamos testar <i>in vitro</i> e <i>in vivo</i> a eficcia de uma nova formulao intravenosa de anfotericina B poliagregada (P-AmB) e testar <i>in vivo</i> sua verso semi-slida (AmB tpica), comparando-a com o itraconazol (ITC) e a anfotericina B-desoxicolato (D-AmB). Ensaios de susceptibilidade <i>in vitro</i> com <i>S. brasiliensis</i> mostraram que esta espcie suscetvel aos antifngicos testados. Para os testes de eficcia <i>in vivo</i> foram estabelecidos um modelo de esporotricose disseminada e outro de esporotricose subcutnea, causados por <i>S. brasiliensis</i>. No modelo de esporotricose disseminada camundongos BALB/c foram inoculados intravenosamente com leveduras de <i>S. brasiliensis</i> e, 72 h ps-infeco, tratados sob diferentes regimes teraputicos: i) uma monoterapia de ITC, D-AmB ou P-AmB; ii) uma combinao teraputica entre D-AmB e ITC ou P-AmB e ITC; iii) um regime de pulso com D-AmB ou P-AmB. A sobrevivncia (n= nove) e a carga fngica em rgos internos (n= trs, no mnimo) foram avaliadas, sendo observado que o regime de pulso com D-AmB ou P-AmB foi o mais efetivo em prolongar a sobrevivncia dos animais e reduzir a carga fngica nos rgos, seguido pela combinao teraputica, porm o tratamento com D-AmB e ITC foi a combinao mais efetiva. A monoterapia com ITC e P-AmB e D-AmB foram menos eficazes, sendo corroborados pelas anlises histopatolgicas. Ensaios de toxicidade <i>in vivo</i> com as diferentes drogas revelaram que ITC e D-AmB induziram a uma toxicidade heptica e renal nos animais, respectivamente, mas P-AmB no induziu a nenhuma toxicidade. Nos ensaios de citoxicidade <i>in vitro</i> foi observado que ITC foi a menos citotxica e hemoltica e a mais seletiva das drogas testadas, seguida por P-AmB, que foi menos citotxica e mais seletiva que D-AmB. No modelo de esporotricose subcutnea camundongos da mesma linhagem foram inoculados por via subcutnea com condios de <i>S. schenckii</i> e de <i>S. brasiliensis</i> (n=9/ grupo). Os animais infectados com <i>S. brasiliensis</i> apresentaram regresso das leses primrias e disseminao. Usando o modelo de esporotricose subcutnea murina causada por <i>S. brasiliensis</i> testamos peliminarmente a formulao tpica de AmB poliagregada, que reduziu a extenso das leses de animais infectados. Este o primeiro trabalho a avaliar diferentes regimes de tratamento da esporotricose disseminada murina causada por <i>S. brasiliensis</i> utilizando ITC, D-AmB e uma nova formulao menos txica de anfotericina B poliagregada. O estudo revelou que o regime de pulso foi o mais eficaz para as formulaes intravenosas de AmB. Nosso estudo tambm estabeleceu pioneiramente um modelo de esporotricose subcutnea induzido por <i>S. brasiliensis</i>, que se revelou uma ferramenta til para comparar a virulncia das espcies do complexo <i>S. schenckii</i> e para testar a eficcia de antifngicos contra essas novas espcies.

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O estudo objetivou avaliar a composio florstica e estrutural dos componentes arbustivo-arbreo da Floresta Ombrfila Densa submontana em diferentes estgios de regenerao natural, na vertente sudeste do Parque Estadual da Ilha Grande/RJ. Para o inventrio florstico foram realizadas coletas assistemticas em diferentes trechos nessa vertente. A complementao da lista de espcies foi feita a partir, da consulta s exsicatas dos herbrios do Rio de Janeiro (FCAB, GUA, HB, HRJ, R, RB, RBR, RFA, RFFP e RUSU) e do inventrio fitossociolgico. Foi verificado o status de conservao das espcies inventariadas para a Flora Brasileira. Para o inventrio fitossociolgico foram estabelecidas 34 parcelas amostrais, totalizando 1,02 ha de rea amostrada. Todos os indivduos arbustivo-arbreos com DAP &#8805; 5 cm foram registrados e, aps identificao, foram depositados no Herbrio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HRJ). O pacote estatstico FITOPAC 2.1. foi utilizado para a anlise dos dados. A similaridade entre o remanescente investigado neste estudo e as outras quatorze reas distintas do Rio de Janeiro, da prpria Ilha Grande ou no, foi avaliada, utilizando-se o coeficiente de Similaridade de Sorensen; pelo critrio de agrupamento por ligao mdia no ponderada (UPGMA) e pelo mtodo de autorreamostragem para a estrutura de grupos; utilizados os programas PAST v1.34 e Multiv 2.4. A partir do levantamento em herbrios e dos inventrios florstico e fitossociolgico realizados neste trabalho, foram analisados 3.470 registros, sendo 1.778 do levantamento de herbrios, 1.536 do levantamento fitossociolgico e 156 do inventrio florstico. Esses registros corresponderam a 606 espcies ou morfo-espcies de Angiospermas e uma de Pteridfita. Os resultados obtidos revelaram a existncia de 22 espcies ameaadas de extino para a Flora do Brasil. Dentre, as quais, sete so exclusivas da amostragem fitossociolgica: Abarema cochliacarpos (Gomes) Barneby & J.W. Grimes, Chrysophyllum flexuosum Mart., Ficus pulchella Schott ex Spreng., Macrotorus utriculatus Perkins, Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.Berg, Rudgea interrupta Benth e Urbanodendron bahiense (Meisn.) Rohwer. No estudo fitossociolgico, inventariou-se 1.536 indivduos de 217 espcies, subordinadas a 53 famlias. O ndice de diversidade de Shannon (H) calculado foi de 4,702 nats/ind e equabilidade (J) de 0,874. As 10 famlias com maior riqueza foram: Myrtaceae (31 spp.), Rubiaceae (21), Fabaceae (17), Lauraceae (12), Euphorbiaceae (11), Monimiaceae (8), Melastomataceae (7), Sapindaceae (7), Sapotaceae (6) e Annonaceae (6). Os 10 maiores Valores de Importncia das espcies foram para Chrysophyllum flexuosum (3,43%), Lamanonia ternata Vell. (3,40%), Hyeronima alchorneoides Allemo (2,83%), Actinostemon verticillatus (Klotzsch) Baill. (2,55%), Psychotria brasiliensis Vell. (2,55%), Eriotheca pentaphylla (Vell.) A. Robyns (2,28%), Guatteria australis A. St.-Hil. (2,12%), Mabea brasiliensis Mll. Arg. (2,04%), Miconia prasina (Sw.) DC. (1,89%) e Rustia formosa (Cham. & Schltdl. ex DC.) Klotzsch (1,82%). Amostraram-se 27% de espcies representadas por apenas um indivduo. As anlises florsticas avaliadas a partir do ndice de Similaridade de Sorensen indicaram como principais variveis para a formao dos blocos, os diferentes valores de diversidade para as reas e a distribuio fitogeogrfica das espcies. Os resultados obtidos junto aos dados dos grupos ecolgicos, para os indivduos da fitossociologia, indicaram maior percentual de indivduos secundrios tardios amostrados. Conclui-se que a rea de estudo uma floresta secundria em estgio intermedirio de regenerao, com grande riqueza de espcies, muitas das quais de relevante importncia ecolgica.

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Sporothrix schenckii um fungo dimrfico e agente etiolgico da esporotricose, uma micose profunda que apresenta diferentes manifestaes clnicas. As diversas manifestaes clnicas desta e de outras doenas infecciosas podem ser relacionadas ao status imune do hospedeiro, a fatores de virulncia do patgeno ou a diferentes gentipos. Dados anteriores do nosso grupo demonstram que diferenas na expresso de adesinas do S. schenckii para fibronectina esto diretamente relacionadas virulncia de diferentes cepas. Neste trabalho visamos avaliar caracteres morfolgicos bioqumicos e genotpicos de doze isolados de geoflicos, zooflicos e antropoflicos de S. schenckii, de diferentes origens geogrficas, que apresentam diferentes graus de virulncia. Foi analisada a morfologia das formas de miclio e levedura de cada isolado. Foi observado que a fase de miclio dos isolados estudados apresentaram morfologia tpica com hifas finas e septadas, com condios obovides ou ovides alongados. As leveduras apresentaram pleomorfismo tpico da espcie, com clulas variando do formato ovide ao alongado. Verificamos ainda a expresso de adesinas para fibronectina e laminina, do antgeno gp70 e, o padro de bandas antignicas reconhecidas por anticorpos IgG presentes em soro de pacientes com esporotricose ou de camundongos infectados. Para isso, foram extradas protenas de superfcie da forma de levedura de cada isolada, sendo os extratos ensaiados por Western blot. Nestes ensaios observamos que os isolados mais virulentos de S. schenckii expressavam mais adesinas para fibronectina e laminina. A presena da gp70 foi detectada em dez dos doze isolados, sendo que apenas os isolados zooflicos no expressam esta glicoprotena. O padro antignico foi varivel entre os isolados, no havendo clara relao com a origem e/ou distribuio geogrfica. Os dados fenotpicos foram confrontados com dados genotpicos. Para isso, sequenciamos os loci da calmodulina (CAL) e do Internal Transcribed Spacer 1/2 (ITS 1/2) a fim de averiguar se haviam diferenas genotpicas entre os isolados estudados. As anlises do sequenciamento do loci CAL e ITS, contudo, apontam a diviso dos isolados em duas espcies filogenticas, S. schenckii e S. brasiliensis no correlacionada com a distribuio geogrfica dos mesmos. Nosso estudo refora a hiptese de haver uma correlao entre virulncia e expresso de adesinas, porm, sem qualquer relao entre a distribuio geogrfica dos isolados zoofilicos, antropoflicos ou geoflicos, bem como dos gentipos encontrados.

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A esporotricose uma doena mictica, infecciosa e crnica, que envolve o tecido cutneo e subcutneo, e que pode afetar seres humanos e animais. Esta micose sempre foi atribuda a um nico patgeno, o Sporothrix schenckii, um fungo termodimrfico, que cresce como levedura a 37 C e como miclio temperatura ambiente. No entanto, nos ltimos anos, foi demonstrado que isolados identificados como S. schenckii apresentavam grande variabilidade gentica, sugerindo que este txon consiste em um complexo de espcies. Esta doena causada pela implantao traumtica do patgeno fngico, porm, os mecanismos de invaso e disseminao deste microorganismo, bem como as molculas envolvidas nestes processos, ainda so pouco conhecidos. Com base nessas informaes, este trabalho visa identificar molculas de superfcie deste patgeno envolvidas na interao deste fungo com protenas matriciais, bem como analisar diferenas fenotpicas entre espcies do denominado complexo Sporothrix. Foram utilizados, neste estudo, cinco isolados de Sporothrix spp., sendo trs isolados clnicos, um isolado ambiental e um isolado de gato. A virulncia de cada isolado foi comparada capacidade adesiva protena matricial fibronectina. Foi observado que os isolados com maior capacidade infectiva eram os que apresentavam maior capacidade adesiva fibronectina. Verificamos ento a expresso de adesinas para fibronectina na superfcie de cada isolado, por Western blot, e observamos que os isolados mais virulentos e com maior capacidade adesiva expressavam mais adesinas para fibronectina. Bandas reativas com o anticorpo monoclonal contra adesina gp70 (mAb P6E7) foram reveladas nos extratos de parede celular dos isolados estudados. Anlises por microscopia confocal revelaram a co-localizao da gp70 com a adesina para fibronectina na superfcie dos isolados. Anlises filogenticas demonstraram que os isolados estudados possuam diferenas genotpicas capazes de agrup-los em duas espcies, S. schenckii e S. brasiliensis. Esta anlise revelou que o isolado avirulento era S. brasiliensis e no S. schenckii, como se pensava. Este dado novo nos levou a verificar se a virulncia e as caractersticas fenotpicas estariam relacionadas ao gentipo. A avaliao da virulncia mostrou que outro isolado de S. brasiliensis era to virulento quanto os isolados de S. schenckii. Alm disso, as caractersticas morfolgicas, como tamanho, forma e perfil de crescimento, das fases miceliana e leveduriforme, e caractersticas microscpicas da parede das leveduras tambm foram avaliadas. Porm, no foi possvel correlacionar, de forma clara, a morfologia celular com a especiao do gnero Sporothrix. A expresso da gp70 na superfcie das duas espcies foi verificada e foi observado que o isolado virulento de S. brasiliensis quase no expressa a gp70 na sua superfcie em contraste com o isolado avirulento de S. brasiliensis, que alm de expressar esta glicoprotena em grande quantidade ainda a libera para o meio extracelular. Este estudo mostra que h uma correlao direta entre virulncia e expresso de adesinas, porm, sem qualquer relao entre caractersticas fenotpicas e gentipo.

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Os telesteos so o grupo mais diversificado entre os vertebrados e seu registro mais antigo data do Jurssico. Sua atual classificao inclui quatro clados, dentre os quais Euteleostei o mais avanado e variado. Apesar de todos os trabalhos a respeito do grupo, ele ainda no possui diagnose, definio e composio precisas. A discordncia entre autores ilustrada pelas nove diferentes propostas filogenticas elaboradas nos ltimos 30 anos. Muitos fsseis do Cretceo so classificados como eutelesteos basais por falta de conhecimento morfolgico, enquanto outros fsseis possuem classificao sistemtica controversa ou compartilham aspectos estruturais com eutelesteos basais. Nesse contexto, os objetivos da presente dissertao so avaliar o monofiletismo de eutelesteos basais e recuperar relaes filogenticas de txons do Nordeste do Brasil, frica, Europa, sia e Amrica do Norte atribudos aos eutelesteos basais. Sete txons brasileiros (i.e., Beurlenichthys ouricuriensis, Britoichthys marizalensis, Clupavus brasiliensis, Santanasalmo elegans, Santanichthys diasii, Scombroclupeoides scutata e novo eutelesteo da Bacia de Pelotas) e 14 txons de localidades estrangeiras (i.e., Avitosmerus canadensis, Barcarenichthys joneti, Chanoides macropoma, Clupavus maroccanus, Gaudryella gaudryi, Humbertia operta, Kermichthys daguini, Leptolepides spratiiformis, Lusitanichthys characiformis, Nybelinoides brevis, Orthogonikleithrus leichi, Pattersonella formosa, Wenzichthys congolensis e Tchernovichthys exspectatum) foram analisados atravs de observao direta, fotografias, desenhos e descries e submetidos a uma anlise de Sistemtica Filogentica utilizando o princpio da parcimnia. Trs espcies recentes (i.e., Elops saurus, Hoplias malabaricus e Salmo trutta) foram usadas como grupo externo. Sessenta e dois caracteres foram selecionados e, como resultado, seis rvores igualmente parcimoniosas foram obtidas com 325 passos, ndice de consistncia (CI) de 0,2523 e ndice de reteno (RI) de 0,4309. O consenso estrito representado pela seguinte topologia: ((C. marocanus), (C. brasiliensis, (H. malabaricus + S. diasii))) ((G. gaudryi, (C. macropoma + L. characiformis)), (K. daguini), ((A. canadensis, (novo eutelesteo, (S. elegans + W. congolensis), (B. ouricuriensis + B. marizalensis)), (L. spratiiformis, (S. scutata, (N. brevis + P. formosa))), (B. joneti), (O. leichi), (H. operta + T. exspectatum), indicando que eutelesteos basais no formam um grupo monofiltico e que as atuais sinapomorfias propostas so insuficientes para suportar o grupo.

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O alto crescimento populacional tem desencadeado uma elevada ocupao das reas urbanas com a expanso de edificaes e estradas causando alteraes no meio ambiente com a consequente minimizao das reas verdes e da infiltrao de gua no solo. Estes fenmenos acarretam problemas como enxurradas, inundaes, aumento da temperatura local e diminuio da biodiversidade com inmeros efeitos adversos, tanto econmicos quanto ambientais e sociais. Uma das alternativas para minimizar estes problemas a construo de telhados verdes, que tem como uma das principais funes retardar o escoamento devido ao aumento da infiltrao e reteno da gua das chuvas atenuando o efeito avassalador das enchentes e das zonas de calor, principalmente em climas muito quentes, alm de colaborar para recuperao de ecossistemas, atravs do replantio de mudas. Este projeto faz parte de um conjunto de aes integradas de cidadania e incluso social na regio hidrogrfica da baixada de Jacarepagu, especificamente envolvendo a Comunidade da Vila Cascatinha, em Vargem Grande, a fim de gerar subsdios para polticas pblicas em reas de assentamentos informais, integrado ao projeto HIDROCIDADES (CNPq, FAPERJ, FINEP), que visa a conservao da gua em meios urbanos e periurbanos associado cidadania, incluso social e melhoria da qualidade de vida nas grandes cidades. Este trabalho utiliza uma tecnologia adaptada dos telhados verdes para edificao popular (telhado de fibrocimento) muito comum no Brasil, com o objetivo de verificar uma espcie com potencial de gerao de renda (visando o social) de ecossistema regionais como restinga, em edificao; analisar o crescimento e biomassa da espcie de restinga cultivada em telhados; e avaliar qualidades das mdias em funo do plantio em anlise de armazenamento (reteno) de gua no solo. A partir da metodologia empregada na implantao dos telhados verdes em habitaes populares, os resultados obtidos so desenvolvimento da espcie Ipomoea pes caprae Brasiliensis, em trs tipos de mdias de crescimento e tambm eficincia dessas mdias no escoamento superficial. Observou-se reteno de 69,24L de gua para o bagao de cana de acar e 64,7L para a fibra de coco. E foi observado tambm um retardo da ocorrncia do pico de at 14 minutos no telhado vegetado em relao ao telhado controle (convencional).

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Este estudo tem por objetivo ampliar o conhecimento sobre a flora da Ilha Grande, Angra dos Reis, RJ, atravs da avaliao florstica e fitossociolgica da comunidade arbustivoarbrea, com Circunferncia Altura do Peito &#8805; 15,7 cm (CAP &#8805; 5,0 cm) em trechos de Floresta Atlntica montana. Foram alocadas 34 parcelas retangulares e permanentes de 10x30 m, totalizando uma rea amostral de 1,02 ha. Foram amostrados todos os indivduos arbustivoarbreos vivos, que tiveram aferidas a circunferncia do caule, estimada a altura total, altura do fuste e realizada a coleta de material botnico. A identificao dos espcimes foi realizada atravs da anlise das estruturas vegetativas e reprodutivas, comparao em herbrios, consultas a literatura especializada e, quando possvel, com auxlio de especialistas. O material botnico coletado est sendo incorporado coleo do Herbrio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HRJ). Procedeu-se a avaliao do status de conservao das espcies determinadas para identificar o grau de ameaa. A estrutura da comunidade inventaria foi analisada atravs do pacote estatstico FITOPAC 2.1. Inventariou-se 1.847 indivduos arbustivo-arbreos vivos, subordinados a 225 espcies ou morfo-espcies de 27 gneros e 53 famlias botnicas. Este estudo constatou que a Ilha Grande uma nova rea de ocorrncia para 53 espcies fanerogmicas. As famlias mais abundantes foram: Myrtaceae (391 indivduos), Rubiaceae (337), Euphorbiaceae (100), Fabaceae (84) e Sapotaceae (72). Myrtaceae (69 spp.), Rubiaceae (14), Fabaceae (13), Lauraceae e Sapotaceae (11) foram as famlias que apresentaram as maiores riquezas. O ndice de diversidade de Shannon & Weaver (H) obtido foi de 4,609 nats/indvs. e o de equabilidade (J) de 0,851. Os parmetros fitossociolgicos calculados indicaram que Amaioua intermedia Mart. (5,17%), Eriotheca pentaphylla (Vell.) A. Robyns (4,84%), Qualea glaziovii Warm. (2,74%), Vochysia bifalcata Warm. (2,69%), Xylopia brasiliensis Spreng. (2,48%), Heisteria silvianii Schwacke (2,43%), Coussarea nodosa (Benth.) Mll. Arg. (2,38%), Guapira opposita (Vell.) Reitz (2,37%), Manilkara subsericea (Mart.) Dubard (2,02%) e Inga lanceifolia Benth. (1,86%) so as espcies com maiores Valores de Importncia (VI). Entre as txons inventariados foi possvel identificar 69 espcies raras, representadas na comunidade por um nico indivduo, e nove espcies com problemas de conservao, dais quais Chrysophyllum flexuosum Mart., Micropholis crassipedicellata (Mart. & Eichler ex Miq.) Pierre e Manilkara subsericea (Mart.) Dubard esto categorizadas como dependentes de conservao; Eugenia prasina O. Berg como vulnervel; Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.Berg como futuramente ameaada de extino; Ocotea odorifera Rohwer como ameaada de extino e/ou vulnervel a extino; Pradosia kuhlmannii Toledo como ameaada de extino; Solanum carautae Carvalho como espcie rara e Urbanodendron bahiense (Meisn.) Rohwer em perigo de extino. A distribuio dos indivduos em classes diamtricas apresentou uma tendncia exponencial negativa, sugerindo que a comunidade possui capacidade de autoregenerao. Os resultados da composio florstica e da estrutura da vegetao montana do PEIG evidenciaram expressiva riqueza e diversidade de espcies arbreas, cuja preservao fundamental para o funcionamento e o equilbrio desta formao. Palavras-chave: Mata Atlntica. Floresta montana. Fitossociologia. Parque Estadual da Ilha Grande.

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A Mata Atlntica (MA) est entre as regies com maior biodiversidade e mais ameaadas do planeta. Esforos em diversas reas do conhecimento tm sido feitos para que se tenha uma estimativa mais refinada da diversidade existente e sua organizao ao longo do bioma. O crescente nmero de estudos que buscam reconstituir a histria da diversificao da MA apontam para um cenrio espacial e temporal complexo, havendo ainda uma lacuna no conhecimento dos processos em pequena escala. Vertebrados em miniatura tm se mostrado uma boa ferramenta para estudos de processos evolutivos em pequena escala. Assim, o gnero Euparkerella, endmico de uma pequena regio da MA dos Estados do Rio de Janeiro (RJ) e Esprito Santo (ES), foi escolhido como modelo para este estudo. No primeiro captulo buscou-se descrever a diversidade existente dentro do gnero a partir de uma filogenia molecular. Para isso, utilizaram-se mtodos bayesianos para gerar genealogias de genes e de espcies a partir de um fragmento de gene mitocondrial e quatro fragmentos de genes nucleares. Os resultados obtidos apontaram para uma grande diversidade crptica no gnero. Foram identificadas seis unidades evolutivas significativamente divergentes para o RJ: duas em Euparkerella cochranae, trs em Euparkerella brasiliensis, e Euparkerella sp.. A espcie mais basal recuperada foi Euparkerella robusta, do ES, e estimou-se o incio da diversificao do gnero para o final do Mioceno. O segundo captulo descreve onze marcadores de microssatlites desenvolvidos para Euparkerella brasiliensis atravs do mtodo de pirosequenciamento de nova gerao 454. No terceiro captulo estudou-se apenas uma unidade evolutiva, Euparkerella brasiliensis da rea dos Trs Picos/ RJ. A partir de marcadores de evoluo rpida (microssatlites) e lenta (sequncias de DNA) buscou-se compreender a estrutura e a dinmica populacional desta unidade evolutiva em uma rea bastante pequena (aprox. 20 km) sob influncia de um gradiente ambiental altitudinal (40 m 1000 m). Foram identificadas, a partir dos microssatlites, duas subpopulaes geneticamente distintas nas bordas do gradiente. O fluxo gnico se deu predominantemente das bordas para a zona de contato, onde foi observado o maior efetivo populacional. Tais resultados indicam que pequenas variaes ambientais podem atuar no isolamento populacional em Euparkerella e corroboram o padro de formas microendmicas identificadas na filogenia. Futuros estudos devem ser feitos no sentido de buscar caracterizar morfologicamente as unidades evolutivas aqui identificadas; preencher as lacunas amostrais, especialmente no ES; e descrever os processos que atuam em pequena escala nas zonas de contato entre as unidades evolutivas e fatores limitantes a distribuio das mesmas.

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A rea de Proteo Ambiental de Massambaba concentra diversas formaes vegetais com uma grande riqueza florstica e endemismos. Infelizmente esta rea est sujeita ao antrpica tanto que alguns fragmentos se encontram degradados. Para recuperar ecologicamente esta vegetao importante compreender os mecanismos de sucesso ecolgica. Como se sabe pouco sobre interaes entre plantas de restinga, e menos ainda sob o prisma da alelopatia (efeito negativo que uma planta exerce em outras, ao liberar metablitos secundrios para o seu entorno),objetivou-se a realizao de ensaios biolgicos com espcies nativas. Inicialmente determinamos as melhores condies de extrao de metablitos, e por fim realizamos bioensaios com 18 espcies (Allagoptera aenaria, Andira legalis, Byrsonima sericea, Clusia fluminensis, Couepia ovalifolia, Erythroxylum ovalifolium, Eugenia copacabanensis, Eugenia selloi, Garcinia brasiliensis, Guapira opposita, Maytenus obtusifolia, Myrsine parvifolia, Neomitranthes obscura, Ocotea notata, Pouteria caimito, Renvoizea trinii, Tocoyena bullata e Vitex megapotamica). A aplicao dos extratos foi sobrea germinao e ocrescimento inicial de sementes de alface. Para isso, folhas destas espcies foram coletadas sazonalmente na formao arbustiva aberta no inundvel (fcies alta) na restinga de Massambaba para o preparo de extratos aquosos. Os extratos foram obtidos a atravs da secagem das folhas 60C para posterior macerao, aquecimento, diluio e filtrao, obtendo-se as concentraes de 5 e 10% de concentrao (peso/volume). Os parmetros para avaliar a fitotoxidez foram:a porcentagem ea velocidade de germinao e o comprimento da raiz aps sete dias de crescimento em placas de Petri umedecidas com os extratos. Alm desses trs parmetros, foi utilizado o ndice de efeito global, que transforma as trs variveis em um ndice nico e uma analise de agrupamento (distncia euclidiana, mtodo de Ward) para classific-las em espcies de fraca, mdia ou alta fitotoxidez de acordo com o valor do ndice. A inibio do crescimento foi observada em todas as espcies, e verificou-se diferenas sazonais significativas, com destaque no inverno. Isso sugere que as diferenas os entre nveis de fitotoxidez estejam correlacionada so ambiente e gentica. Se a ao inibitria das espcies com maior efeito aleloptico for comprovada, novas estratgias podem ser elaboradas para a reintroduo em projetos de conservao ambiental

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Representados aualmente por apenas duas espcies: Latimeria chalumnae e L. menadoensis, os celacantos (Infraordem Actinistia) j foi muito mais numeroso, prolfico desde os tempos de seu surgimento no Devoniano Inferior. Dentro de Actinistia a famlia Mawsoniidae se destaca por abranger as maiores espcies do grupo, algumas atingindo at trs metros de comprimento. A entrada de Mawsoniidae no continente Gondwana se deu durante o Jurssico superior, perodo o qual atribudo a espcie Parnaibaia maranhoensis da bacia do Parnaba (Maranho). No cretceo a famlia se ramificou em dois outros gneros Mawsonia (com conhecidas ocorrncias brasileiras e africanas) e Axelrodichthys (gnero brasileiro com alguns indcios de presena na frica). Este trabalho teve por objetivo realizar uma redescrio e comparao de seis espcies do ramo gondwnico da famlia Mawsoniidae: Parnaibaia maranhoensis, Axelrodichthys araripensis, Mawsonia gigas, M. minor, M. lavocati e M. brasiliensis. Os espcimes esto depositados em oito instituies: trs nacionais e cinco internacionais. Aps uma criteriosa descrio anatmica dos exemplares caracteres foram selecionados para a realizao de uma anlise filogentica restrita ao grupo. Os resultados das observaes anatmicas revelaram diversas estruturas ainda no descritas na literatura, incluindo o primeiro elemento medial do esqueleto apendicular de Mawsoniidae a ser observado, alm de diversas diferenas e afinidades entre as seis espcies. P. maranhoensis apresentou um conjunto de caracteres plesiomrfico que foram interpretados como sendo o resultado de um evento de neotenia, algo indito na literatura de celacantos. Todas as espcies do gnero Mawsonia apresentaram caractersticas diagnsticas que validam sua separao em espcies distintas. A anlise filogentica resultou em duas rvores igualmente parcimoniosas. Ambas concordam com a posio de Parnaibaia na base do grupo. Mas diferem com relao posio de A. araripensis e as espcies do gnero Mawsonia. Conclui-se que Parnaibaia o gnero mais plesiomrfico do grupo, estando na base do ramo gondwnico da famlia. Axelrodichthys representa a ligao deste com as demais espcies do gnero.

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Os anfbios anuros que habitam o bioma Mata Atlntica, especialmente em sua floresta ombrfila densa, so pouco conhecidos sob diversos aspectos de sua ecologia, existindo poucas informaes disponveis na literatura cientfica. Estes dados esto limitados a poucas localidades, geralmente estudos realizados em fragmentos remanescentes do sudeste brasileiro. A mata bem conservada que recobre os 3300 ha da Serra do Mendanha, apesar de localizada na regio metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, ainda no tinha sua anurofauna conhecida. No presente estudo, recolhemos informaes ecolgicas sobre as espcies que habitam a regio, especialmente da assemblia encontrada no folhio que recobre o solo, com o uso de diferentes metodologias: armadilhas de queda; parcelas cercadas; procura visual e auditiva em transeces e encontros ocasionais; assim como dados abiticos do ambiente regional (profundidade do folhio; nveis de pH; taxa de oxignio dissolvido; temperaturas do ar e da gua; umidade do ar). Exemplares-testemunho foram fixados e depositados na coleo de anfbios do Museu Nacional, Rio de Janeiro. A anurofauna da Serra do Mendanha composta por pelo menos 44 espcies que esto distribudas em 12 famlias, sendo a famlia Hylidae com o maior nmero de espcies (50%, n = 22), enquanto que Physalaemus signifer foi a espcie mais abundante (18%, n = 272), sendo habitante do folhio. A espcie Rhinella ornata contribuiu com a maior biomassa (m = 548 g). Identificamos uma nova espcie de anuro (Brachycephalidae), que tambm habita o folhio das cotas altimtricas acima de 700 m. Biogeograficamente a comunidade de anuros da rea estudada indicou ser mais similar (68%) com a comunidade da regio da Serra da Tiririca e arredores. Comparando-se os trs tipo de fisionomias, ou mesohbitats, existentes na Serra do Mendanha, em termos de riqueza e diversidade, a floresta secundria indicou ter os mais elevados ndices, seguido pela floresta pouco perturbada e pela monocultura de bananeiras. A assemblia de anuros que habita o folhio da Serra do Mendanha composta por nove espcies, que pouco diferiu ao longo de um gradiente altitudinal (0 a 900 m), com o registro das espcies Euparkerella brasiliensis, H. binotatus, Leptodactylus marmoratus e Zachaenus parvulus na maioria das cotas altimtricas. A altitude, a declividade e profundidade do folhio foram as variveis abiticas que mais influenciaram na distribuio de abundncia e de riqueza de espcies do folhio. Na estao mida (setembro a maro) a densidade de anuros no folhio foi de 10,4 ind./100m2, enquanto que na estao seca (abril a agosto) houve uma reduo de 34,6% (6,8 ind./100m2). As assemblias de anuros utilizam os recursos hdricos disponveis na Serra do Mendanha (gua da chuva, crregos, fitotelmas, rios e umidade do ar), de diferentes formas, associadas diretamente ao modo reprodutivo de cada espcie. A altitude, a temperatura da gua e o pH afetaram a distribuio de espcies de girinos nos diferentes stios reprodutivos. O modo reprodutivo 1 foi o mais freqente (n = 18) entre os 14 modos identificados. O estudo de 12 poas (lnticas e lticas) indicou que estas diferiram consistentemente entre si, seja nas suas dimenses, na composio de suas assemblias de girinos e nos seus componentes abiticos. Diversos predadores de girinos foram encontrados em algumas poas. A assemblia de girinos de cada poa indicou ser moldada pela interao de diferentes fatores ambientais, ecolgicos e filogenticos de cada espcie