24 resultados para Leucemia mileóide aguda Genética

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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A sndrome mielodisplsica primria (SMD) compreende um grupo de doenas hematopoticas clonal de clula tronco pluripotente cacacterizada por vrios graus de pancitopenia e alteraes morfolgica das clulas hematopoeticas e risco aumentado de transformao para leucemia mielide aguda. A citogenética e a morfologia da medula ssea desempenham um papel fundamental para o diagnstico e o prognstico desses pacientes. Alteraes cromossmicas so encontradas em aproximadamente 30-50% dos casos. Devido importncia da anlise desses fatores para escolha teraputica, torna-se necessrio definir as alteraes morfolgicas e citogenéticas que possam contribuir para o prognstico. Esse trabalho visa correlacionar as caractersticas morfolgicas e citogenéticas da medula ssea em pacientes com SMD primria com as classificaes OMS e FAB e com o IPSS. Foram estudados 32 pacientes com SMD primria diagnosticados entre 2000 e 2009 no HUPE-UERJ. As caractersticas clnicas foram analisadas atravs do levantamento de pronturios. A anlise citogenética foi feita pela tcnica de bandeamento GTG em clulas da medula ossea. A anlise morfolgica da bipsia de medula ssea e do mielograma foram realizadas atravs da reviso de lminas. Vinte e trs pacientes foram classificados em estgios iniciais da doena (22 AR, 1 ARSA) e 9 em estgio avanado AREB de acordo com a FAB. Alteraes cromossmicas foram detectadas em 16 pacientes (50%). As mais frequentes foram: del(11)(q23) e del(17p). Dos pacientes com doena avanada, seis (66%) apresentaram aumento significativo da relao M:E (p=0,003) e sete (77%) possuam alteraes arquiteturais acentuadas (p<0,001) em comparao ao grupo de doena inicial. Pacientes classificados como intermedirio 2 e alto risco pelo IPSS tiveram importante perda arquitetural (p<0,001), nmero significativamente maior de micromegacaricitos (p=0,017) e seis (85%) sofreram transformao leucmica (p=0,006). ALIP foi significantemente aumentada nos pacientes de pior prognstico (p=0,0 1) e naqueles com doena avanada (p=0,001). Nossos resultados apresentaram implicaes potenciais para o diagnstico e o prognstico da SMD primria. As alteraes morfolgicas foram associadas com as classificaes FAB, OMS e com os grupos de risco segundo o IPSS.

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As sndromes mielodisplsicas (SMD) se caracterizam por terem uma hematopoese displsica, citopenias e pelo risco de progresso para leucemia mielide aguda. O diagnstico baseia-se na clnica e nos achados citomorfolgicos da medula ssea (MO) e citogenticos. Na fase inicial ou quando a MO hipocelular o diagnstico difcil e a citogenética frequentemente normal. A imunofenotipagem (IMF) tem sido cada vez mais utilizada nos casos de SMD em adultos e pouco explorada na SMD peditrica. Os nossos objetivos foram: estudar os casos de SMD e doenas correlatas (LMA relacionada SMD: LMA-rMD; leucemia mielomonoctica crnica: LMMC e leucemia mielomonoctica juvenil: LMMJ) em adultos e crianas, associando os dados clnicos e laboratoriais aos obtidos pela IMF, que utilizou um painel de anticorpos monoclonais para as vrias linhagens medulares. No perodo compreendido entre 2000 e 2010 foram estudados 87 pacientes (64 adultos e 23crianas) oriundos do HUPE/UERJ e IPPMG/UFRJ e 46 controles (23 adultos e 20 crianas). Todos os doentes realizaram mielograma, bipsia ssea, citogenética, citoqumica e estudo imunofenotpico. Segundo os critrios da OMS 50 adultos foram classificados como SMD, 11 como LMA-rMD e 3 LMMC. Entre as crianas 18 eram SMD, 2 LMA e 3 LMMJ. Os pacientes adultos com SMD foram divididos em alto risco (n = 9; AREB-1 e AREB-2) e baixo risco (n=41; CRDU, CRDM, CRDM-SA, SMD-N e SMD-5q-). As crianas com SMD em CR (n=16) e AREB (n = 2). Anormalidades clonais recorrentes foram encontradas em 22 pacientes adultos e em 7 crianas. Na anlise da IMF foi utilizada a metodologia da curva ROC para a determinao dos valores de ponto de corte a fim de identificar os resultados anormais dos anticorpos monoclonais nos pacientes e nos controles, permitindo determinar a sensibilidade e especificidade desses em cada linhagem. A IMF foi adequada para a anlise em todos os pacientes e 3 ou mais anormalidades foram encontradas. A associao da IMF aumentou a sensibilidade da anlise morfolgica na linhagem eritride de 70 para 97% nos adultos e de 59 para 86% nas crianas; na linhagem granuloctica de 53 para 98% nos adultos e de 50 para 100% nas crianas. Nos moncitos, onde a morfologia no foi informativa, mostrou uma sensibilidade de 86% nos adultos e 91% nas crianas. Enquanto que na linhagem megacarioctica, no analisada pela IMF, a morfologia mostrou uma sensibilidade de 95% nos adultos e 91% nas crianas. Na populao de blastos foi expressiva a ausncia de precursores linfide B (em 92% dos adultos e em 61% das crianas). Os resultados observados nas crianas com SMD foram semelhantes aos encontrados nos adultos. Em concluso, nossos resultados mostraram que a IMF um mtodo complementar ao diagnstico da SMD e doenas correlatas tanto em adultos quanto em crianas podendo contribuir para o reconhecimento rpido e precoce dessas enfermidades, devendo ser incorporado aos procedimentos de rotina diagnstica.

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O presente estudo compreende 96 transplantes de medula ssea (TMO) de doadores HLA-idnticos em pacientes portadores de Leucemia Mielide Crnica, no perodo de Junho de 1986 a Junho de 1998. A autora selecionou diversas covariveis para serem estudadas como fatores prognsticos de cinco desfechos principais: ocorrncia de doena enxerto contra hospedeiro (DECH) aguda e crnica, incidncia de recada, sobrevida livre de doena (SLD) e sobrevida global (SG). As covariveis estudadas foram: idade, sexo, escolaridade, tempo entre o diagnstico e o transplante, fase da doena ao transplante, regime de condicionamente, profilaxia de DECH, compatibilidade de sexo entre doador e receptor, sexo do doador, tamanho do bao e do fgado, percentagem de blastos e nmero de plaquetas no sangue perifrico na primeira consulta ao CEMO, ocorrncia e grau de DECH aguda, ocorrncia de DECH crnica e tempo para recuperao de plaquetas aps o TMO. No foi encontrada associao estatisticamente significativa num nvel de 95% de confiana entre qualquer das covariveis e a ocorrncia de DECH crnica ou de recada. A ocorrncia de DECH aguda mostrou-se associada apenas com a fase da doena ao transplante. As covariveis que se mostraram associadas com a sobrevida global e a sobrevida livre de doena foram: a percentagem de blastos no sangue perifrico e tamanho do bao na primeira consulta ao CEMO, a fase da doena ao transplante, o tipo de profilaxia de DECH, a ocorrncia e o grau de DECH aguda e o tempo para recuperao de plaquetas num nvel acima de 20 x 103/mm3.

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A introduo de espcies em locais fora de sua distribuio natural uma preocupao importante na conservao da biodiversidade. A espcie Callithrix aurita endmica das regies de floresta de altitude da Mata Atlntica do Sudeste do Brasil. Os critrios mais relevantes que a enquadram como espcie ameaada de extino so: destruio do habitat, incapacidade de adaptao a florestas secundrias degradadas, declnio populacional, distribuio restrita e introduo de espcies exticas invasoras. Estes critrios, aliados evidente raridade, explicam a sua incluso na Lista Oficial de Espcies da Fauna Brasileira Ameaadas de Extino. Os objetivos do trabalho so: estimar o tamanho populacional de C. aurita, C. penicillata e seus hbridos no Parque Nacional da Serra dos rgos, avaliar a hibridao entre as espcies por caracteres morfolgicos e laboratoriais, verificar o estado de sade e confirmar a participao de C. aurita na paternidade dos animais capturados, propor um plano de erradicao e de controle de invaso de C. penicillata no Parque. Os tamanhos populacionais das duas espcies de primatas foram estimados atravs do mtodo Distance Sampling. Um total de sete sagis foi capturado com armadilhas de captura viva para a conteno fsica e qumica e posterior realizao dos procedimentos. Para o hemograma, as dosagens bioqumicas e as anlises genéticas, o sangue foi recolhido em um tubo de ensaio contendo anticoagulante e mantido em temperatura de refrigerao at o momento da manipulao / processamento das amostras. Callithrix aurita parece estar bem preservada apenas na rea do Parque correspondente ao trecho situado no municpio de Petrpolis. As anlises citogenéticas e moleculares dos hbridos so uma ferramenta til para confirmar se h ou no hibridao, identificando as espcies envolvidas e verificando se h tendncia nos retrocruzamentos. Pode-se sugerir que existe uma tendncia diferenciao das espcies e identificao de indivduos hbridos pelo padro hematolgico e bioqumico, a ser confirmada com uma amostragem maior de animais da espcie C. aurita, preferencialmente da mesma localidade e nas mesmas condies. No caso de C. aurita, as principais recomendaes para sua conservao incluem pesquisas para o registro de outras populaes em reas de distribuio livres de invaso, para que se possa avaliar as chances de recuperao populacional e sobrevivncia da espcie. A criao de novas Unidades de Conservao deve ser estimulada, assim como estudos mais aprofundados sobre a espcie nos locais j conhecidos de ocorrncia, alm de um programa seguro de criao em cativeiro.

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A Echinodorus macrophyllus (Alismataceae), conhecida como chapu de couro no Brasil, usada popularmente para tratar doenas reumticas e inflamatrias. Neste trabalho, foram avaliados os efeitos antiinflamatrios do extrato aquoso de E. macrophyllus (EAEm) e suas fraes etanlicas no modelo murino de air pouch. Para a obteno das fraes, 7 g do EAEm foram aplicadas em uma coluna cromatogrfica aberta de slica gel eluda com diferentes concentraes de etanol. Os cromatogramas do EAEm/fraes foram obtidos usando um sistema de HPLC. Foram obtidas quatro fraes, duas delas com maior rendimento. Resumidamente, a bolha de ar foi induzida pela injeo de 5 mL de ar estril (s.c) no dorso de camundongos SW machos (25-35 g). Aps 3 dias, mas 3 mL de ar estril foram injetados para manter a bolha. No sexto dia, cada grupo (n = 4) foi tratado intraperitoneal (ip) ou oralmente (v.o) com EAEm (25 ou 250 mg/kg), Fr20 ou Fr40 (2,5, 25, 50 ou 100 mg/kg) e os controles com indometacina (10 mg/kg, v.o.) ou veculo (salina). Uma hora depois, 1 mL de salina ou de carragenina 1% estril foi injetada dentro da bolha. Aps 4 h, a cavidade foi lavada com NaCl 0,9%, EDTA 2 mM (1 mL), para a determinao do nmero de leuccitos, volume do exsudato e concentrao de protenas. Clulas do exsudato foram preparadas em citocentrfuga e coradas pelo mtodo do Pantico para a contagem diferencial dos leuccitos. Cortes histolgicos coletados dos diferentes grupos foram fixados com formol tamponado 10% (pH 7,4) por 7 dias, corados com HE e analisados em MO. A anlise da expresso da iNOS e da COX-2 foi realizada em clulas do exsudato por RT-PCR. O acmulo de nitrito (NO2&#8722;) no sobrenadante do cultivo de clulas RAW 264.7 foi determinado usando um ensaio colorimtrico baseado na reao de Griess. Os resultados foram expressos como mdia EP e comparados usando ANOVA seguido de teste de Dunnet. Os experimentos foram realizados em triplicata. No modelo air pouch, a injeo de carragenina 1% aumentou tanto a migrao celular quanto a concentrao de protena no exsudato. Contudo, enquanto o pr-tratamento com a Fr40 aumentou a resposta inflamatria, o pr-tratamento com o EAEm e a Fr20, sobretudo por via i.p., inibiu esta resposta quando comparado ao grupo controle tratado apenas com o veculo. Assim, foram observadas as seguintes razes de inibio da migrao de clulas: EAEm, i.p. a 25 mg/kg (66,44%) e a 250 mg/kg (87,27%) e Fr20 a 2,5 mg/kg (26,89%), 25 mg/kg (60,06%), 50 mg/kg (63,13%) e a 100 mg/kg (77,47%). Em relao contagem diferencial, o EAEm e a Fr20 afetaram principalmente o nmero de neutrfilos, inibindo sua migrao no exsudato. O EAEm e a Fr20 tambm reduziram a concentrao total de protenas no exsudato principalmente no tratamento i.p.; EAEm a 25 e 250 mg/kg mostrou 3,33 0,55 e 2,05 0,51 mg/mL, respectivamente, quando comparado aos grupos controles (Indometacina 2.88 0.64 mg/mL; Veculo 5.48 0.88 mg/mL). A Fr20 a 2,5, 25, 50 e 100 mg/kg mostrou 4,788 0,444, 1,417 0,519, 2,474 0,529 e 2,215 0, 361 mg/mL. A anlise histolgica mostrou infiltrado celular, principalmente composto de leuccitos polimorfonucleares ao longo da derme inflamada de animais tratados com veculo. O tratamento com o EAEm ou Fr20 reduziu a infiltrao de leuccitos no tecido inflamado. Alm disso, o tratamento com o EAEm e a Fr20 mostrou atividade supressora sobre a expresso de iNOS e COX-2, e mostrou efeitos inibitrios na produo de NO induzida por LPS. Concluindo, todos estes resultados confirmam o potencial antiinflamatrio sugerido para esta planta e fornecem uma base para a compreenso de seus mecanismos moleculares de ao. Contudo, outros estudos devem ser realizados para melhor elucidar as vias pelas quais o EAEm e a Fr20 exercem seus efeitos antiinflamatrios. Alm disso, estudos fitoqumicos devem ser realizados para identificar os compostos ativos no EAEm e na Fr20.

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O objetivo desse trabalho foi avaliar as alteraes no tecido cardaco e pulmonar de camundongos dislipidmicos, esquistossomticos e seus controles que haviam sido eutanasiados com 9 (fase aguda) e 17 (fase crnica) semanas de infeco. Foram estudados quatro grupos de camundongos, segundo a dieta e tempo de infeco: dieta padro (SCa e SCc), dieta hiperlipdica (HFCa e HFCc), dieta padro infectados (ISCa e ISCc) e dieta hiperlipdica infectados (IHFCa e IHFCc). O corao e o pulmo foram retirados, seccionados e os fragmentos foram submetidos a processamento histolgico e corados com Hematoxilina e Eosina e Picrosirius red. Foram realizadas anlises histopatolgicas dos dois rgos, alm de estudos estereolgico (dissector ptico) e morfomtrico (vasos, cardiomicitos e quantificao de colgeno) do corao. Os grupos foram comparados pelos Testes T de Student e/ou ANOVA. Todos os animais com dieta hiperlipdica, infectados ou no, apresentaram menor densidade de nmero e nmero total de cardiomicitos (p<0,05), alm de vasos intramiocrdicos com lmen mais reduzido e paredes mais espessas que os controles, independente da semana em que foram eutanasiados. Os cardiomicitos dos grupos IHFCa e IHFCc estavam mais hiperplsicos (p<0,0001) e continham mais colgeno ao redor (p<0,05) que os dos demais grupos estudados. Os coraes dos grupos IHFC, nas duas fases, apresentaram maior quantidade de nichos inflamatrios, inmeras regies contendo coagulao de fibras cardacas, maior nmero de reas com desaparecimento de fibras e proliferao de fibroblastos quando comparados aos grupos ISC. Os pulmes de camundongos do grupo IHFCc apresentaram aumento do nmero de reaes granulomatosas e infiltrados perivasculares quando comparados aos demais grupos infectados. Esses dados sugerem que a infeco por S. mansoni causa danos s estruturas miocrdica e pulmonar que se intensificam com a interao com a dieta rica em lipdios.

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A Mata Atlntica (MA) est entre as regies com maior biodiversidade e mais ameaadas do planeta. Esforos em diversas reas do conhecimento tm sido feitos para que se tenha uma estimativa mais refinada da diversidade existente e sua organizao ao longo do bioma. O crescente nmero de estudos que buscam reconstituir a histria da diversificao da MA apontam para um cenrio espacial e temporal complexo, havendo ainda uma lacuna no conhecimento dos processos em pequena escala. Vertebrados em miniatura tm se mostrado uma boa ferramenta para estudos de processos evolutivos em pequena escala. Assim, o gnero Euparkerella, endmico de uma pequena regio da MA dos Estados do Rio de Janeiro (RJ) e Esprito Santo (ES), foi escolhido como modelo para este estudo. No primeiro captulo buscou-se descrever a diversidade existente dentro do gnero a partir de uma filogenia molecular. Para isso, utilizaram-se mtodos bayesianos para gerar genealogias de genes e de espcies a partir de um fragmento de gene mitocondrial e quatro fragmentos de genes nucleares. Os resultados obtidos apontaram para uma grande diversidade crptica no gnero. Foram identificadas seis unidades evolutivas significativamente divergentes para o RJ: duas em Euparkerella cochranae, trs em Euparkerella brasiliensis, e Euparkerella sp.. A espcie mais basal recuperada foi Euparkerella robusta, do ES, e estimou-se o incio da diversificao do gnero para o final do Mioceno. O segundo captulo descreve onze marcadores de microssatlites desenvolvidos para Euparkerella brasiliensis atravs do mtodo de pirosequenciamento de nova gerao 454. No terceiro captulo estudou-se apenas uma unidade evolutiva, Euparkerella brasiliensis da rea dos Trs Picos/ RJ. A partir de marcadores de evoluo rpida (microssatlites) e lenta (sequncias de DNA) buscou-se compreender a estrutura e a dinmica populacional desta unidade evolutiva em uma rea bastante pequena (aprox. 20 km) sob influncia de um gradiente ambiental altitudinal (40 m 1000 m). Foram identificadas, a partir dos microssatlites, duas subpopulaes geneticamente distintas nas bordas do gradiente. O fluxo gnico se deu predominantemente das bordas para a zona de contato, onde foi observado o maior efetivo populacional. Tais resultados indicam que pequenas variaes ambientais podem atuar no isolamento populacional em Euparkerella e corroboram o padro de formas microendmicas identificadas na filogenia. Futuros estudos devem ser feitos no sentido de buscar caracterizar morfologicamente as unidades evolutivas aqui identificadas; preencher as lacunas amostrais, especialmente no ES; e descrever os processos que atuam em pequena escala nas zonas de contato entre as unidades evolutivas e fatores limitantes a distribuio das mesmas.

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A doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC) causa a reduo da capacidade respiratria e seu desenvolvimento associado fumaa de cigarro. O cigarro possui mais de 4800 substncias txicas e causa a morte de seis milhes de pessoas por ano no mundo. Estudos buscam meios de reverter os males causados pela fumaa de cigarro. A prpolis (P) um produto produzido por abelhas que possui vrias propriedades. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos antioxidantes da P em macrfagos murinos e na inflamao pulmonar aguda induzida pela fumaa de cigarro (CS) em camundongos. A anlise dos compostos fitoqumicos do extrato alcolico da P (EAP) foi feita por cromatografia gasosa acoplada espectrometria de massa (GC-MS). Clulas da linhagem RAW 264.7 foram tratadas em diversas concentraes de P durante 24 horas. Aps tratamento, as seguintes anlises foram realizadas: polifenis totais; viabilidade celular (MTT); potencial redutor (DPPH); espcies reativas de oxignio totais (ROS) e de malondialdedo (MDA). Trinta camundongos C57BL/6 foram divididos em 3 grupos (n=10/grupo): Controle+P, CS e CS+P. Ambos os grupos CS foram expostos a 6 cigarros/dia durante 5 dias. O grupo CS foi tratado com veculo. O pulmo e o lavado broncoalveolar (BAL) foram coletados para anlise histolgica e contagem diferencial de clulas. As anlises para mieloperoxidase (MPO), superxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), glutationa reduzida (GSH) e oxidada (GSSG), MDA, nitrito e western blotting para TNF-alfa foram realizadas. A anlise fitoqumica do EAP mostrou a presena dos cidos hidrocinmicos e coumrico, a artepilina C e a drupanina. Foi observado o aumento concentrao-dependente dos nveis de polifenis totais (p<0,001), do MTT (p<0,001) e do DPPH (p<0,001), e o inverso com o MDA (p<0,001). Os nveis de ROS diminuem nas concentraes de 15,6 e 31,2 mg/mL (p<0,05, ambos). A histologia pulmonar do grupo Controle+P foi similar ao do CS+P e foi observado um influxo de macrfagos e neutrfilos no grupo CS (p<0,01 e p<0,001, respectivamente). Os nveis de MPO foram aumentados no grupo CS (526,534,72 mU/mg ptn, p<0,01), mas houve uma reduo no grupo CS+P (385,127,64 mU/mg ptn, p<0,05) comparvel ao Controle+P (13412,99 mU/mg ptn, p<0,001), o mesmo aconteceu com as enzimas antioxidantes: SOD (Controle+P: 523,529,6 U/mg ptn; CS: 523,529,6 U/mg ptn, p<0,001; CS+P: 246,815,69 U/mg ptn, p<0,001); CAT (Controle+P: 37,383,39 U/mg ptn; CS: 92,686,24 U/mg ptn, p<0,001; CS+P: 59,844,55 U/mg ptn, p<0,05); GPx (Controle+P: 2,230,17 (M/min/mg ptn) x 10-1; CS: 4,510,31 (M/min/mg ptn) x 10-1, p<0,001; CS+P: 2,640,19 (M/min/mg ptn) x 10-1, p<0,05). O inverso ocorreu com a relao GSH/GSSG (Controle+P: 1,0880,17; CS: 0,7360,07, p<0,05; CS+P: 1,2580,10, p<0,05). Os nveis de MDA (Controle+P: 0,2660,05 nMol/mg ptn; CS: 0,940,076 nMol/mg ptn, p<0,001; CS+P: 0,4980,06 nMol/mg ptn, p<0,01) e de nitrito (Controle+P: 50,014,19 Mol/mg ptn; CS: 108,77,73 Mol/mg ptn, p<0,001; CS+P: 58,843,42 nMol/mg ptn, p<0,01) estavam aumentados no CS que em outros grupos. A expresso de TNF-&#945; foi observada no grupo CS. O tratamento da P apresentou ao anti-inflamatria e antioxidante em macrfagos e em camundongos expostos fumaa de cigarro, possivelmente pela ao dos polifenis presentes nela

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Nosso objetivo foi determinar que tipo de estatina pode atenuar a leso pulmonar aguda (LPA) induzida por lipopolissacardeo (LPS) em camundongos da linhagem C57Bl/6. Trinta camundongos machos ( 23 g) foram divididos em 5 grupos (n=6 cada): grupo LPS (10 mg/kg) administrado intraperitonealmente (i.p.), LPS mais atorvastatina (10 mg/kg/dia; grupo LPS+A), LPS mais pravastatina (5 mg/kg/dia; grupo LPS+P) e LPS mais sinvastatina (20 mg/kg/dia; grupo LPS+S). O grupo controle recebeu salina i.p.. Em um grupo separado de camundongos (n=5), a soma das presses pulmonares resistivas e viscoelsticas (DeltaPtot) e elastncia esttica (E[st]) foram medidas. Um dia aps a administrao de LPS os camundongos foram sacrificados (24 h) por deslocamento cervical e logo em seguida foi realizado lavado broncoalveolar (LBA). Os pulmes foram removidos para anlise histopatolgica e homogeneizados para anlises bioqumicas (ELISA, catalase, superxido dismutase, mieloperoxidase, substncias reativas ao cido tiobarbitrico, carbonilao de protenas e mtodo de Griess). A quantidade de leuccitos foi menor no grupo LPS+P (p<0,01) e LPS+S (p<0,05) em comparao ao grupo LPS. Os nveis de MCP-1 e IL-6 reduziram no grupo LPS+P (p<0,01), enquanto o grupo LPS + S mostrou reduo apenas nos nveis de IL-6 (p<0,05) em comparao ao grupo LPS. Marcadores redox (superxido dismutase e catalase) foram menores no grupo LPS+A (p<0,01) em comparao ao grupo LPS. A peroxidao lipdica (malondialdedo e hidroperxidos) diminuiu em todos os grupos tratados (p<0,05) quando comparados ao grupo LPS. A mieloperoxidase foi menor no grupo LPS+P (p<0,01) quando comparado ao grupo LPS. DeltaPtot e E(st) foram, significativamente, maiores no grupo LPS do que nos outros grupos. Nossos resultados sugerem que atorvastatina e pravastatina, mas no a sinvastatina, exibiram aes anti-inflamatrias e antioxidantes na LPA induzida por LPS.

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Streptococcus pneumoniae um importante agente etiolgico de infeces invasivas e no invasivas, incluindo meningite, pneumonia e otite mdia. A cpsula polissacardica o principal fator de virulncia desse microrganismo, sendo tambm considerada um importante marcador em estudos epidemiolgicos. Dentre os mais de 90 tipos capsulares conhecidos, o sorotipo 14 se destaca pela prevalncia elevada em vrias regies, inclusive no Brasil. A avaliao da diversidade genética desse microrganismo tambm inclui a aplicao de mtodos moleculares, como PFGE e MLST. Entretanto, essas metodologias so relativamente onerosas, consomem muito tempo e os resultados obtidos com a tcnica de PFGE so de difcil comparao entre diferentes laboratrios. A tcnica de anlise do polimorfismo numrico de segmentos repetitivos em mltiplos loci [MLVA, do ingls Multiple Loci VTNR (Variable-Number Tandem Repeat) Analysis] se apresenta como uma alternativa, embora ainda necessite de padronizao e avaliao mais ampla para a espcie em questo. No presente estudo, 60 amostras de Streptococcus pneumoniae pertencentes ao sorotipo 14, isoladas de diversas fontes clnicas, em diferentes locais e perodos de tempo, foram caracterizadas pelas tcnicas de MLVA (baseada na anlise de 18 loci distintos), MLST, PFGE e tipagem do gene pspA. O gene pspA2 predominou entre as amostras analisadas, seguido pelo gene pspA1. Os tipos de MLVA, perfis de PFGE, e STs encontrados apresentaram resultados, em geral, concordantes, indicando o elevado poder discriminatrio da verso da tcnica de MLVA empregada. Cinco complexos clonais (CC) de MLVA e cinco singletons puderam ser definidos. O CC de MLVA denominado de L7 foi o predominante, compreendendo 36,7% da amostragem estudada. O CC L7 mostrou-se relacionado com genes pspA da famlia 2, com o CC1 de MLST, com o CC Pen14-H de PFGE, e com a no susceptibilidade penicilina, Entre os complexos clonais de MLST, o CC1 foi o prevalente e incluiu predominantemente o ST156, pertencente ao clone internacional Spain9V-3. O CC L3 e o singleton L17 de MLVA apresentaram-se associados ao CC de PFGE Eri14-A, a famlia 1 de PspA e ao CC2 de MLST, que por sua vez tambm estava relacionado com o clone internacional England14-9. O CC L15 de MLVA esteve associado ao CC de PFGE Pen14-A, ao gene pspA2, aos CC3 e CC4 de MLST e ao clone internacional do PMEN Tennessee14-18. A tcnica de MLVA revelou-se significativamente mais discriminatria que as tcnicas de PFGE e MLST, conforme exemplificado pela deteco de 21 perfis de MLVA, 13 perfis de PFGE e cinco STs, entre as 22 amostras pertencentes ao CC de MLVA L7. Uma verso de MLVA, compreendendo um painel com os oito loci de maior poder discriminatrio, pde ser proposta a partir da anlise dos resultados obtidos. Estes aspectos, aliados ao menor tempo e custo de execuo, indicam que a tcnica de MLVA constitui uma alternativa importante e satisfatria para uso em estudos sobre a diversidade genética de S. pneumoniae.

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Introduo: A associao entre a presena de anticorpo anti-HLA doador especfico (DSA), em pacientes com prova cruzada negativa por citotoxicidade dependente de complemento (CDC), e a ocorrncia de episdios de rejeio mediada por anticorpos (RMA) e menor sobrevida do enxerto j foi demonstrada por diversos autores. Entretanto,estimar a relevncia clnica da presena desses anticorpos, em um determinado receptor, um grande desafio e portanto novas estratgias de monitorizao imunolgicas so necessrias. Objetivo: O objetivo desse estudo foi monitorar a presena de DSA, bem como a variao dos seus ttulos durante o primeiro ano aps o transplante renal e correlacionar com episdios de rejeio aguda e funo do enxerto ao final desse perodo. Metodologia: Foram analisados 389 soros de 71 pacientes includos no estudo. A pesquisa de DSA foi realizada utilizando os testes LABScreen single antigenbeads nas amostras correspondentes aos tempos: pr-transplante, 14, 30, 90, 180 e 365 dias aps o transplante. Episdios de rejeio aguda comprovados por bipsia foram analisados de acordo com a classificao de Banff 2007. A taxa de filtrao glomerular (TFG) ao final do primeiro ano foi estimada utilizando a frmula Modificationof Diet in Renal Disease (MDRD). Os pacientes foram inicialmente separados em 3 grupos de diferentes riscos imunolgicos (pr-transplante): A) DSA-, B) DSA+ com MFI >1000 e < 5000 e C) DSA+ com MFI > 5000. Num segundo momento, foram novamente agrupados de acordo com o perfil de mudana nos valores de MFI (intensidade de fluorescncia mdia) ao longo do primeiro ano. Resultados: DSA estavam presentes pr-transplante em 15 pacientes. RMA foi mais frequente no grupo C (p = 0,02). De acordo com a variao dos ttulos de DSA ps-transplante os pacientes foram novamente agrupados: grupo I) permaneceu DSA- durante todo acompanhamento = 50 pacientes, II) diminuiu ou manteve ttulos de DSA em relao ao tempo zero = 13 pacientes e III) aumentou ttulos em relao ao tempo zero = 8 pacientes (6 foram DSA de novo). Trs pacientes dos grupos I e um paciente do grupo II apresentaram episdios de rejeio aguda celular. No foi observada oscilao significativa nos ttulos de anticorpos durante esses eventos. Nenhum paciente desse grupo apresentou episdio de RMA. Episdio de RMA ocorreu em dois pacientes do grupo III. Em ambos os pacientes foi detectado aumento significativo nos valores de MFI dos DSA em relao ao tempo zero. No foi observada diferena significativa na TFG entre os grupos analisados nesse estudo. Entretanto, observou-se uma diferena estatisticamente significativa na TFG entre os pacientes que apresentaram episdio de rejeio aguda em relao aos que no tiveram, sendo menor nos primeiros (p = 0,04). Concluso: A monitorizao prospectiva dos anticorpos pode ajudar a identificar pacientes em maior risco para ocorrncia de RMA e o aumento nos valores de MFI DSA deve ser interpretado como um sinal de alerta, sobretudo em pacientes previamente sensibilizados.

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O objetivo do presente deste trabalho foi avaliar a toxicidade aguda, crnica e a genotoxicidade sobre E. andrei causadas por solo recm-contaminado com leo lubrificante usado e aps biorremediao por diferentes estratgias, aps 22 meses, e paralelamente ao estudo de ecotoxicidade, foi conduzida uma investigao comparativa de trs mtodos de extrao de HTP e HPA de solos para anlise cromatogrfica. A comparao das tcnicas de extrao evidenciou que para HTP, a tcnica de extrao acelerada por solvente-ASE foi a que melhor recuperou n-alcanos; j para as fraes HRP e MCNR as tcnicas soxhlet e micro-ondas-MARS no apresentaram diferenas significativas e foram melhores que ASE. Para HPA, a tcnica de extrao por soxhlet foi a que apresentou melhor recuperao em todos os solos. O teste de mortalidade apresentou, aos 14 dias, taxas crescentes de mortalidade de 10 6%, 20 0%, 73 25%, 93 12% e 100 0% para amostras de CONT (solo controle, sem contaminao artificial), BIOS (solo contaminado com 5% de OLU e biorremediado por bioestimulo), BIOA1 (solo contaminado com 5% de OLU e biorremediado por bioestimulo + bioaumento com adio de 10% de RSU maturado), e BIOA2 (solo contaminado com 5% de OLU e biorremediado por bioestimulo + bioaumento com adio de 10% de RSU semi-maturado) e OLU (solo contaminado com 5% de OLU), respectivamente. Aos 28 dias, entretanto, BIOS e OLU apresentaram taxas de mortalidade de 97 % 6 % e de 100 % 0 % respectivamente, valores estes significativamente superiores ao CONT. Foram observadas deformaes anatmicas nos indivduos mantidos em BIOS e OLU, assim como diminuio da biomassa em todas as amostras, evidenciando efeitos crnicos. O teste de reproduo, aos 28 dias, foram observadas grandes quantidades de indivduos jovens nos solos biorremediados e recm-contaminado. No entanto, aos 56 dias houve uma diminuio dessas formas e o controle (CONT) exibiu uma quantidade maior de formas juvenis. O teste de densidade e viabilidade celular mostrou ser indicador sensvel para toxicidade crnica apresentando queda nos solos BIOS e OLU em relao ao CONT com diferenas significativas (p <0.05). No foram observados microncleos nos solos em estudo. Tal observao refora a necessidade de testes de ecotoxicidade para avaliar a real eficcia de tecnologias de tratamento.

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O objetivo do presente deste trabalho foi avaliar a toxicidade aguda, crnica e a genotoxicidade sobre E. andrei causadas por solo recm-contaminado com leo lubrificante usado e aps biorremediao por diferentes estratgias, aps 22 meses, e paralelamente ao estudo de ecotoxicidade, foi conduzida uma investigao comparativa de trs mtodos de extrao de HTP e HPA de solos para anlise cromatogrfica. A comparao das tcnicas de extrao evidenciou que para HTP, a tcnica de extrao acelerada por solvente-ASE foi a que melhor recuperou n-alcanos; j para as fraes HRP e MCNR as tcnicas soxhlet e micro-ondas-MARS no apresentaram diferenas significativas e foram melhores que ASE. Para HPA, a tcnica de extrao por soxhlet foi a que apresentou melhor recuperao em todos os solos. O teste de mortalidade apresentou, aos 14 dias, taxas crescentes de mortalidade de 10 6%, 20 0%, 73 25%, 93 12% e 100 0% para amostras de CONT (solo controle, sem contaminao artificial), BIOS (solo contaminado com 5% de OLU e biorremediado por bioestimulo), BIOA1 (solo contaminado com 5% de OLU e biorremediado por bioestimulo + bioaumento com adio de 10% de RSU maturado), e BIOA2 (solo contaminado com 5% de OLU e biorremediado por bioestimulo + bioaumento com adio de 10% de RSU semi-maturado) e OLU (solo contaminado com 5% de OLU), respectivamente. Aos 28 dias, entretanto, BIOS e OLU apresentaram taxas de mortalidade de 97 % 6 % e de 100 % 0 % respectivamente, valores estes significativamente superiores ao CONT. Foram observadas deformaes anatmicas nos indivduos mantidos em BIOS e OLU, assim como diminuio da biomassa em todas as amostras, evidenciando efeitos crnicos. O teste de reproduo, aos 28 dias, foram observadas grandes quantidades de indivduos jovens nos solos biorremediados e recm-contaminado. No entanto, aos 56 dias houve uma diminuio dessas formas e o controle (CONT) exibiu uma quantidade maior de formas juvenis. O teste de densidade e viabilidade celular mostrou ser indicador sensvel para toxicidade crnica apresentando queda nos solos BIOS e OLU em relao ao CONT com diferenas significativas (p <0.05). No foram observados microncleos nos solos em estudo. Tal observao refora a necessidade de testes de ecotoxicidade para avaliar a real eficcia de tecnologias de tratamento.

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Atualmente no cenrio mundial a qualidade da gua tem gerado muitas preocupaes, pois milhares de produtos sintticos so produzidos para facilitar muitas prticas industriais, domsticas e pessoais e com isso diversas substncias qumicas utilizadas para esses fins so introduzidas no meio ambiente. Os parabenos so substncias qumicas utilizadas pelas indstrias farmacuticas, de alimentos e cosmticos e que cuja funo a conservao, sendo que h muitos questionamentos em relao a sua segurana, pois alguns relatrios tm mostrado que a exposio a esses parabenos pode modular ou perturbar o sistema endcrino e com isso gerar consequncias prejudiciais sade humana e aos ambientes aquticos. Esse estudo teve como objetivo avaliar a presena dos Parabenos Metilparabeno e Propilparabeno no ambiente aqutico e os seus potenciais estrognicos e a toxicidade aguda. A metodologia se desenvolveu a partir do ensaio in vitro YES para a determinao da atividade estrognica, ensaios de toxicidade aguda em Daphnia similis e em Aliivibrio fischeri e a quantificao dos parabenos na gua do Rio Maracan-RJ atravs da cromatografia lquida acoplada ao espectrmetro de massa. Os resultados obtidos para a CE50 dos MP e PP, a partir do ensaio in vitro YES, foi de 18,91 mgL-1 e 7 mgL-1 e a magnitude da resposta foi de 10-5 e 10-4 menos potente que 17-estradiol para o MP e o PP, respectivamente. A partir do ensaio de toxicidade aguda, os valores de CE50 obtidos em Daphnia similis, foi de 29,42 mgL-1 e 9,94 mgL-1e em Aliivibrio fischeri foi de 3,047 mgL-1 e 1,946 mgL-1, respectivamente, com isso observou-se que o PP mais txicos em todos os organismos testados, sendo mais txicos para um e menos para outros. A gua do Rio Maracan no foi txica para a Daphnia similis em nenhum dos dois pontos, j para o Aliivibrio fischeri foi txica em apenas um ponto. As concentraes encontradas de MP e PP foram maiores no ponto onde, de acordo com os parmetros fsico-qumicos, a qualidade da gua no est dentro dos padres exigidos pela legislao, sendo quantificados na ordem de ngL-1, contudo vlido ressaltar que os DEs no so encontrados no meio ambiente separados, eles interagem entre si e provocam efeitos aditivos ou sinrgicos, sendo muito difcil de prever qual o efeito, por isso importante o conhecimento do potencial estrognico das substncias simples, pois em um estudo com uma matriz ambiental, pode-se observar se houve algum efeito aditivo ou sinrgico de outras substncias.

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A contaminao de ambientes aquticos decorrente de acidentes com gasolina, lcool combustvel e misturas binrias representa um risco crescente, tendo em vista as projees do setor para os prximos 50 anos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a toxicidade aguda da Gasolina C, Gasolina P e lcool combustvel isoladamente e em misturas binrias, assim como de suas respectivas Fraes Solveis em gua (FSA) e Fraes Dispersas em gua (FDA) sobre Daphnia similis. O estudo ainda incluiu a avaliao da toxicidade aguda remanescente na matriz gua de uma contaminao antiga (intemperismo) com a Gasolina C. Paralelamente, foram conduzidos ensaios de toxicidade aguda com amostras ambientais (gua subterrnea, superficial e elutriato a partir de sedimentos) de uma rea alagada com histrico de contaminao antiga. O cultivo e os ensaios com D. similis foram de acordo com a NBR 12.713 (2009). Tanto a gasolina C quanto a P foram extremamente txicas para os organismos, apresentando valores mdios de CE50% em 48 h de 0,00113% e 0,058% respectivamente. As diferenas entre os resultados obtidos com a Gasolina C e aqueles obtidos com suas fraes FSA e FDA foram significativas (p < 0,05), sendo que no houve diferena significativa entre a toxicidade aguda da FSA e da FDA (p < 0,05). Os resultados obtidos com os ensaios com Gasolina P e FDA no apresentaram diferenas significativas entre si (p < 0,05), mas, foram significativamente diferentes daqueles obtidos com FSA (p < 0,05). Os resultados dos ensaios de toxicidade aguda com misturas binrias sugeriram efeito menos que aditivo (antagonismo). Os resultados da simulao de uma contaminao antiga demonstraram reduo acentuada da toxicidade para D. similis ao longo de apenas 28 dias. Entretanto, com relao aos ensaios com as amostras ambientais da rea com histrico de contaminao, apesar da ausncia ou baixa toxicidade nas amostras de gua superficial (sugerindo intemperismo), toxicidade alta foi observada em amostras de gua subterrnea e no elutriato de sedimentos, sugerindo condies de adsoro aos sedimentos com alto teor de argila e/ou aprisionamento dos compostos em zona saturada.