68 resultados para Lactação Aspectos nutricionais

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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Apesar de significativos avanos obtidos no estudo da esquistossomose mansnica, as relaes existentes entre esquistossomose e m-nutrio ainda no se acham completamente esclarecidas. Sendo a fase de lactação um perodo de vida de extrema importncia para o indivduo, alteraes metablicas na gestante podem afetar diretamente o desenvolvimento do feto sugerindo uma programao (imprinting) no metabolismo deste indivduo em resposta adaptativa aos fatores ambientais encontrados em perodos iniciais de desenvolvimento. Este trabalho teve como objetivo avaliar as caractersticas do bao na fase aguda da infeco esquistossomtica de camundongos programados metabolicamente por restrio calrica e restrio protica. Os baos dos animais eutanasiados na 9 semana de infeco foram submetidos a cortes histolgicos (5m) e corados com hematoxilina-eosina. Foi realizada avaliao histopatolgica, anlise morfomtrica e estereologia. A anlise estatstica foi realizada utilizando-se o programa Graph Pad Instat. Foi observada desorganizao estrutural da polpa branca e da polpa vermelha nos grupos programados, independente da presena de infeco. Animais infectados apresentaram hiperplasia e hipertrofia da polpa branca e maior quantidade de pigmentos dispersos no tecido esplnico, bem como a presena de eosinfilos no interior de estruturas vasculares. A polpa branca dos grupos infectados tanto de restrio calrica quanto de restrio protica apresentaram medidas morfomtricas maiores quando comparados aos grupos no infectados. Os resultados estereolgicos mostraram que o grupo de restrio calrica infectado apresentou menor densidade de volume de polpa vermelha, enquanto no houve diferenas significativas na densidade de volume de polpa branca. Megacaricitos foram vistos em maior quantidade nos grupos infectados, com nfase no grupo de restrio protica. Estes dados sugerem que a programao pela desnutrio materna na lactação e a infeco esquistossomtica provocam desorganizao do tecido esplnico.

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A amamentao representa um perodo de intensa mobilizao ssea para produo de leite. Durante esta fase, a mulher sofre uma grande perda de massa ssea com evidncias de recuperao aps o desmame. Atualmente este tem sido um perodo preocupante na vida mulher, pois h suspeitas desta perda ssea na lactação gerar um efeito tardio na densidade mineral ssea (DMO) quando esta mulher est na ps-menopausa. A DMO reduzida o principal fator de risco para a osteoporose que afeta em torno de 200 milhes de mulheres com mais de cinquenta anos no mundo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da prtica da amamentao na densidade mineral ssea de mulheres na ps-menopausa. Para isto, foi realizada uma reviso sistemtica da literatura. A busca de artigos foi feita em bases dados (Lilacs, Medline via Pubmed e Scopus) complementada por checagem manual de referncias. Foi identificado um total de 181 artigos e, aps aplicao dos critrios de incluso, selecionados 24 artigos para a reviso sistemtica. Os resultados dos diversos estudos so divergentes em questes metodolgicas, de classificao da durao da amamentao, quanto s variveis confundidoras, grupo de idade e etnia, o que dificulta a comparabilidade entre eles. Parte dos estudos referem algum tipo de efeito (positivo ou negativo) e outra parte no, sendo mais frequente a observao de uma correlao inversa entre a amamentao e a densidade mineral ssea em ps-menopausadas. Porm, quando outras variveis (nmero de gestaes, idade, tempo desde a menopausa, entre outras) so consideradas na anlise em conjunto com a amamentao, este ltimo perde a relao de significncia. Ainda so necessrios mais estudos com melhor rigor metodolgico para avaliar se de fato o efeito pode ser atribudo amamentao ou a outros fatores que tambm esto relacionados com a densidade mineral ssea na ps-menopausa.

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&#945;.O objetivo deste estudo foi avaliar se a restrio alimentar materna durante a lactação altera a funo ovariana da prole na puberdade e na vida adulta. No dia do nascimento da ninhada, as ratas foram separadas aleatoriamente nos seguintes grupos: (C) controle = dieta com 23% de protena; (PER) restrio protica calrica = dieta com 8% de protena. Aps o desmame, as proles tiveram livre acesso a dieta com 23% protena e apenas os animais na fase diestro foram sacrificados com uma dose letal de pentobarbital aos 40 e 90 dias de idade. O sangue foi retirado por puno cardaca e o soro armazendo para posterior dosagem dos nveis hormonais por radioimunoensaio. O ovrio direito foi excisado, pesado e armazenado a 80C para subseqente avaliao do receptor de andrognio (AR), das isoformas dos receptores de estrognio (ER&#945;, ER&#946;1 e ER&#946;2), do receptor do hormnio folculo estimulante (FSHR), do receptor do hormonio luteinizante (LHR), das isoformas dos receptores de leptina (Ob-R, Ob-Ra and Ob-Rb), e da enzima aromatase pela tcnica de RT-PCR. O ovrio esquerdo foi incluido em parafina, seccionado em cortes de 5 &#956;m de espessura e processado por anlise histolgica de rotina, para classificao dos foliculos ovarianos. Na puberdade, o grupo PER apresentou um aumento significativo (p<0,05) no nmero dos folculos pr-antrais e antrais, enquanto o nmero de folculos primordiais, folculos de Graaf e corpo lteo foram reduzidos significativamente (p<0,05). As concentraes sericas de estradiol (pg/ml) foram significativamente aumentadas (p<0,05). Houve aumento significativo na expresso do RNAm dos FSHR (p<0.05) e LHR (p<0.05), e diminuio significativa na expresso do RNAm dos AR (p<0.05), ER&#945; (p<0.05), ER&#946;1 (p<0.05) e ER&#946;2 (p<0.05). Na vida adulta, a restrio alimentar causou uma diminuio no nmero total de folculos ovarianos, entretanto esta reduo s foi significativa no nmero dos folculos primordiais, primrios e de Graaf (p<0.05). Houve reduo significativa da expresso da enzima aromatase (p<0.01), do FSHR (p<0.05), LHR (p<0.05), Ob-R (p<0.05) e Ob-Rb (p<0.05). Podemos concluir que a restrio alimentar materna durante a lactação causa uma programao metablica no ovrio da prole, alterando a foliculognese, expresso das diferentes isoformas dos receptores de estrognio, leptina, andrognio e gonadotropinas e da enzima aromatase. Essa programao, possivelmente decorrente dos baixos nveis de leptina nos primeiros dias de vida, pode contribuir para uma senescncia precoce e reduo da fertilidade j descrita na literatura.

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O aumento da prevalncia da obesidade e osteoporose, bem como a identificao de mecanismos comuns que ligam a osteognese e a adipognese, sugerem que a obesidade e osteoporose podem ser distrbios relacionados, e alm disso, ambos podem ter suas origens no incio da vida. Em 3 modelos diferentes de plasticidade ontogentica foi observado obesidade na vida adulta. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi investigar o impacto desses 3 modelos, o desmame precoce mecnico (DPM) e o farmacolgico (DPF), e a supernutrio neonatal (SN) no tecido sseo da prole durante o desenvolvimento. Para tanto, 2 experimentos foram realizados. No experimento 1, ratas lactantes foram divididas em 3 grupos: controle - os filhotes tiveram livre acesso ao leite durante toda a lactação; DPM - as mes foram envolvidas com uma atadura nos ltimos 3 dias de lactação; DPF - as mes foram tratadas com bromocriptina (0,5 mg/duas vezes/dia) 3 dias antes do desmame padro. No experimento 2, o tamanho da ninhada foi reduzido para 3 filhotes machos no 3o dia de lactação at o desmame (SN); o grupo controle permaneceu com 10 filhotes durante toda a lactação. Realizou-se absorciometria de raios-x de dupla energia, tomografia computadorizada, microtomografia computadorizada, teste biomecnico e anlises sricas. Os dados foram considerados significativos quando P<0,05. No experimento 1, ao desmame, os filhotes DPM e DPF apresentaram menor massa corporal, massa gorda, densidade mineral ssea total (DMO), contedo mineral sseo total (CMO), rea ssea e osteocalcina srica, e maior telopeptdeo carboxi-terminal do colgeno tipo I (CTX-I). O clcio ionizado srico foi menor apenas na prole DPM, a 25-hidroxivitamina D (25(OH)D) foi maior e o PTH menor apenas na prole DPF. Aos 180 dias, as proles DPM e DPF apresentaram maior massa corporal, maior massa de gordura visceral, hiperleptinemia, maior 25(OH)D e menor CTX-I. Ambos os grupos apresentaram aumento da DMO total, do CMO, da DMO da coluna vertebral e da rea ssea aos 150 e 180 dias de idade. Nas avaliaes sseas individuais, as proles DPM e DPF tambm apresentaram aumento da DMO do fmur e da vrtebra lombar, da radiodensidade da cabea femoral e do corpo vertebral; melhora da microarquitetura trabecular ssea e da resistncia ssea. No experimento 2, observamos aumento da massa corporal, da massa gorda e da massa magra, do CMO e da rea ssea no grupo SN desde o desmame at a idade adulta. Aos 180 dias, a prole SN tambm apresentou aumento da DMO total, da DMO do fmur e da vrtebra lombar, da radiodensidade da cabea femoral e do corpo vertebral; melhora da microarquitetura trabecular ssea e da resistncia ssea, maior osteocalcina e menor CTX-I. Demonstramos que, apesar de fatores de imprinting opostos, ambos os modelos causam melhora da massa, do metabolismo, da qualidade e da resistncia ssea. Porm, parece que este efeito protetor sobre o tecido sseo no um resultado direto da programao deste tecido, mas sim consequncia das alteraes fisiopatolgicas da obesidade programada pelos trs modelos.

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A adoo do plano diettico Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) tem sido enfatizado na populao hipertensa como uma importante estratgia no controle dos nveis pressricos elevados. O objetivo deste estudo foi analisar o consumo alimentar de macro e micronutrientes em pacientes hipertensos, em especial do sdio, clcio, potssio e magnsio, e comparar com as recomendaes dietticas contidas no plano DASH. Estudo transversal envolvendo uma amostra de convenincia composta por 113 hipertensos entre 40 e 69 anos. A medida da presso arterial (PA) foi determinada com aparelho eletrnico devidamente calibrado e a avaliao diettica obtida pelo questionrio de freqncia do consumo alimentar. Os alimentos ingeridos foram convertidos em pores e distribudos em diferentes grupos alimentares. A faixa de pores recomendadas pelo plano DASH foi determinada com base na mdia das necessidades energticas desta amostra permitindo assim uma posterior comparao com o hbito alimentar dos hipertensos, utilizando um escore de pontos com pontuao mxima de 9 pontos. A amostra foi dividida em trs grupos: grupo B que obteve 2,5 a 4,0 pontos (n=34; 30%), grupo M entre 4,5 a 5,0 pontos (n=43; 38%) e grupo A que obteve 5,5 a 8,0 pontos (n=36; 32%). No foram observadas diferenas significativas na mdia da PA sistlica (14024 vs 13823 vs 13515 mmHg) e diastlica (8617 vs 8813 vs 8410 mmHg). Apesar do grupo A consumir mais protenas e gordura monoinsaturada, foi detectado um excesso pronunciado na ingesto de gordura saturada, colesterol e das calorias totais, por este grupo de pacientes. No que tange a ingesto dos micronutrientes, o grupo A apresentou consumo significativamente maior de clcio, potssio e magnsio, refletido pela maior ingesto de vegetais e frutas em comparao aos grupos B e M. A mdia de ingesto do sdio intrnseco foi significativamente maior no grupo A (4,12,0 vs 3,11,1 vs 2,71,1 g/dia). Foram detectadas, apenas no grupo A, correlaes entre PA sistlica e o percentual de protena (r = -0,5; p=0,002) e PA sistlica e o percentual de carboidrato (r = 0,4; p=0,02). Apenas um tero dos hipertensos avaliados apresentaram padro alimentar mais concordante com o plano DASH e com maior ingesto de protenas, gordura monoinsaturada, fibras, clcio, potssio e magnsio. Entretanto, o consumo mais elevado de sdio, gordura saturada, colesterol e das calorias totais por este grupo de pacientes poderia restringir uma maior queda dos nveis pressricos elevados.

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Dentre as polticas pblicas de alimentao e nutrio no Brasil, o Programa Nacional de Alimentao Escolar (PNAE) se apresenta como um espao privilegiado para promoo de alimentao saudvel. Sendo assim, o presente estudo tem por objetivo compreender as concepes de "alimentao saudvel" e "promoo da alimentao saudvel" dos atores que esto diretamente envolvidos na gesto e execuo do PNAE. Realizaram-se entrevistas individuais com 22 representantes do PNAE de 11 municpios do estado do Rio de Janeiro. Os resultados encontrados mostram que o discurso sobre "alimentao saudvel" dos gestores e responsveis tcnicos (RT) tem forte influncia do saber tcnico de nutrio, apesar de associarem outras dimenses como a cultura, a economia e a agricultura. Para os gestores a promoo da alimentao saudvel ultrapassa as questes relacionadas aquisio de conhecimento, e levantam os aspectos relacionados ao acesso alimentao saudvel, aos servios pblicos de sade e a renda. J no discurso dos RT, a promoo da alimentao saudvel est predominantemente relacionada transmisso do conhecimento tcnico no intuito de provocar mudanas de hbitos nvel individual. Tanto os gestores quanto os RT quando exemplificam a promoo da alimentao saudvel, remeteram ao PNAE como um espao que possibilita a execuo dessas aes. Finalmente, pontua-se o desafio de ampliao do conceito de alimentao saudvel e promoo da alimentao saudvel no discurso e prtica desses atores incorporando noes de direito alimentao adequada, cidadania, entre outros.

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Esquistossomose e desnutrio so graves problemas de sade pblica nos pases em desenvolvimento. A esquistossomose provoca uma srie de morbidades, que influenciada, em grande maioria, pela natureza do estmulo resposta imunolgica e ao estado nutricional do hospedeiro. Durante a infeco esquistossomtica, a resposta imune produz citocinas que so liberadas e estimulam a produo de xido ntrico. Numerosos estudos demonstraram que o estado nutricional e a resposta imune afetam as caractersticas fenotpicas dos vermes adultos. No entanto, se o xido ntrico desempenha um papel neste fenmeno desconhecido. Neste estudo, os camundongos do tipo selvagem (grupo controle) e camundongos knockout com deficincia na produo de xido ntrico foram alimentados com uma dieta comercial (UNILAB) ou uma dieta bsica regional, dieta com baixa concentrao de protena (7,87%). Por meio de um sistema digital de anlise de imagem (Image Pro Plus, USA) e microscopia confocal, estudou-se a morfologia da ventosa oral, tegumento e o sistema reprodutor de vermes machos e fmeas. Vermes machos e fmeas recuperados de camundongos desnutridos com deficincia de oxido ntrico mostraram descamao do tegumento. A superfcie dorsal de vermes desnutridos machos apresentaram tubrculos irregulares, distribudos de forma desigual, e escassos. O sistema reprodutivo de vermes fmeas desnutridas no demonstrou alteraes morfolgicas. No entanto, os machos deste grupo exibiram menor nmero de clulas no processo de diferenciao dentro dos lobos testiculares. Em concluso, nossos resultados sugerem que a deficincia de produo de xido ntrico no induz alteraes morfolgicas em nvel do tegumento e do sistema reprodutor de vermes machos. Em contraste, a desnutrio responsvel por tais alteraes morfolgicas, principalmente no sistema reprodutivo e na ventosa oral.

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Hbitos inadequados no estilo de vida, pelo consumo exacerbado de dietas ricas em gorduras e acares (frutose e sacarose), correlacionam-se positivamente com o desenvolvimento da obesidade, da resistncia insulina (RI) e da esteatose heptica no alcolica (NAFLD). O estudo teve como objetivo avaliar a magnitude dos efeitos da administrao crnica de dietas ricas em gordura e/ou frutose, e ainda, comparar os efeitos dos acares isoladamente (frutose e sacarose) sob as alteraes bioqumicas, o perfil inflamatrio, as respostas morfofuncionais e as expresses proteicas e gnicas de fatores de transcrio envolvidos na lipognese, na beta-oxidao, na gliconeognese e no estresse oxidativo no fgado. Camundongos machos C57BL/6 foram divididos em dois experimentos: 1) Dieta controle/standard chow (SC), dieta high fat (HF 42%), dieta high frutose (HFr 34%) e dieta high fat + high frutose (HFHFr - 42% fat + 34% frutose) por 16 semanas; 2) Dieta controle/standard chow (SC), dieta high frutose (HFru 50%) e dieta high sacarose (HSu 50%) por 15 semanas. Ao final dos experimentos foram observados: 1) No houve diferena na massa corporal entre os animais HFr e SC, s foi observado ganho de peso nos grupos HF e HFHFr. Houve ainda aumento do colesterol total, dos triglicerdeos plasmticos e hepticos e RI nos grupos HF, HFr e HFHFr. No fgado, foi observado NAFLD com aumento na expresso de SREBP-1c e PPAR-&#947;, e reduo de PPAR-&#945;. A gliconeognese mediada pelo GLUT-2 e PEPCK tambm foi aumentada nos grupos HF, HFr e HFHFr em relao ao grupo SC. reas de necroinflamao tambm foram observadas nos animais HFr e HFHFr; 2) No houve diferena na massa corporal entre os grupos SC, HFru e HSu. Porm, houve aumento do colesterol total, dos triglicerdeos plasmticos e hepticos, da RI, das adipocinas (IL-6, resistina, MCP-1 e leptina), e reduo da adiponectina. No fgado, abundante NAFLD com predominncia da expresso proteica e gnica de SREBP-1c, PPAR-&#947; e reduo de PPAR-&#945;; e desequilbrio antioxidante com reduo da SOD, da Catalase e da GRx nos grupos HFru e HSu quando comparados ao SC. No houve diferena na GPx entre os trs grupos. Ainda foi observado aumento na expresso proteica de G6Pase, PEPCK e GLUT-2, envolvidos na gliconeognese heptica nos grupos HFru e HSu. reas de necroinflamao, caracterstico da transio NAFLD-NASH, tambm foram observados. Os resultados permitem concluir que, independente do aumento da massa corporal, a administrao crnica de dietas ricas em frutose e sacarose tem efeitos similares aos observados com o consumo de dieta hiperlipdica. Parece que a RI e a NAFLD sejam os precursores destas alteraes.

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O nmero de pacientes idosos iniciando tratamento dialtico aumentou de maneira importante nas ltimas duas dcadas. Por esse motivo, importante conhecer sobre aspectos nutricionais desse segmento de pacientes. Poucos trabalhos at o momento investigaram a ingesto alimentar de pacientes idosos em hemodilise (HD) com foco na qualidade da dieta. Dessa forma, o objetivo deste estudo investigar o padro alimentar de idosos em HD, verificar se o dia de tratamento dialtico pode alterar o padro alimentar, avaliar se o padro alimentar se associa com marcadores do estado nutricional e averiguar se o padro alimentar de pacientes idosos em HD difere do de idosos sem doena renal crnica (DRC). Mtodos: Este trabalho tem desenho observacional e transversal. Foram avaliados 153 pacientes idosos (> 60 anos) em tratamento crnico de HD (Grupo Estudo: 70,8 7,2 anos) e 47 idosos sem DRC (Grupo Controle: 73,2 7,9 anos). A avaliao do estado nutricional, no Grupo Estudo, foi feita por medidas antropomtricas, impedncia bioeltrica, fora de preenso manual, albumina srica e avaliao subjetiva global de 7 pontos. O consumo alimentar foi avaliado a partir do registro alimentar de 3 dias, sendo 1 dia do final de semana sem dilise (FS), 1 dia da semana com dilise (HD) e 1 dia da semana sem dilise (SHD) para o Grupo Estudo; e 1 dia do final de semana (FS) e um dia da semana (dia 1) para o Grupo Controle. O padro alimentar foi avaliado pelo ndice de qualidade da dieta revisado (IQD-R), com 12 componentes e pontuao mxima de 100 pontos, indicando melhor qualidade da dieta. Para avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados, os alimentos foram categorizados em trs grupos (in natura, ingredientes de adio e ultraprocessados). Resultados: No houve diferena estatstica na pontuao total do IQD-R entre os trs dias avaliados no Grupo Estudo. No entanto, observou-se diferena quando avaliado os componentes do IQD-R. Notou-se menor consumo de frutas integrais (2,66 0,18 vs. 3,28 0,18 pontos), vegetais verde-escuros e alaranjados (2,99 0,19 vs. 3,55 0,16 pontos) no dia HD comparado ao dia SHD, respectivamente. Quanto ao consumo de alimentos ultraprocessados, apenas no dia HD a contribuio energtica desse grupo alimentar (41,6 17,6%) foi similar de alimentos in natura (41,7 15,9%), enquanto nos dias FS e SHD a contribuio de alimentos in natura foi maior. No foram observadas associaes clinicamente significantes entre a pontuao total do IQD-R e parmetros nutricionais no Grupo Estudo. Ao comparar o Grupo Estudo com o Grupo Controle, notou-se que a pontuao total do IQD-R foi menor no Grupo Estudo em todos os trs dias avaliados e as maiores diferenas foram encontradas no dia HD. O mesmo se repete quanto contribuio energtica dos alimentos ultraprocessados, que foi maior no dia HD (41,6 17,6%) quando comparado ao dia 1 do Grupo Controle (33,4 15,9%). Essa diferena no foi observada quando o dia 1 do Grupo Controle foi comparado ao dia SHD. Concluso: Pacientes idosos em HD apresentam pior padro alimentar no dia HD e pior do que de idosos sem DRC. Fica clara a importncia de rever as orientaes alimentares voltadas a esse grupo de pacientes, de forma a favorecer um padro alimentar compatvel com uma boa sade.

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A vitamina D, atualmente, relacionada tambm ao metabolismo da glicose e o desenvolvimento de rgos. Fmeas de camundongos suos (F0) foram alimentadas por uma das dietas experimentais: SC (dieta padro) ou VitD- (dieta sem vitamina D). A prole de machos foi estudada nas idades: nascimento, 10 dias, desmame e seis meses, nas geraes F1 e F2. Avaliou-se a biometria [Massa Corporal (MC), Comprimento nasoanal (CNA) e Presso Arterial (PA)], urina de 24 horas, glicemia e Teste Oral de Tolerncia Glicose (TOTG). Durante a eutansia, o sangue foi coletado para anlise bioqumica e os tecidos foram removidos para anlise estereolgica, morfomtrica e Western blotting (WB). No houve diferena de MC ao nascimento. Ao desmame, o grupo F2-VitD- teve maior MC que F2-SC (P=0,03) e aos seis meses, os grupos F1 e F2-VitD- tiveram MC mais elevada (P<0,05 vs SC). A PA foi crescente na prole VitD-, sendo maior em F1-VitD- (P=0,001). A glicemia e TOTG foram alterados somente na F1-VitD-, seguida de esteatose heptica (+99%), hipertrofia da ilhota pancretica (+40%) e elevao do triglicerdeo sanguneo (P<0,01). O WB de fgado mostrou elevao de FAS (+18%, P<0,01), no grupo com esteatose. Curiosamente, embora a F2-VitD- tenha apresentado elevao de MC, somente o colesterol total fora alterado (P<0,05). Quanto nefrognese, houve 50% mais glomrulos imaturos em F1-VitD- que F1-SC (P<0,0001). Porm, na F2 houve aumento somente de 20% (P<0,001). Aos 10 dias, F1-VitD- teve 150% mais glomrulos imaturos e 25% mais glomrulos maduros que SC-F1 (P<0,0001). O WB de rim mostrou que a prole F1-VitD- apresentou maior expresso de renina, ao desmame e aos seis meses, enquanto que a expresso de podocina foi reduzida (P=0,0004). No houve diferena na anlise de WT1. A restrio materna em vitamina D altera a morfologia do pncreas e fgado, com resistncia insulina, altera a expresso renal de importantes fatores, assim como retarda a maturao glomerular estendendo o perodo da nefrognese, principalmente na gerao F1.

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Alteraes nutricionais, hormonais e ambientais nos perodos crticos do desenvolvimento como a gestao e/ou lactação podem influenciar a estrutura e a fisiologia de rgos e tecidos, predispondo ao aparecimento de doenas na vida adulta. Esse fenmeno conhecido como programao metablica. O fumo materno na gestao/lactação tem sido associado ao sobrepeso/obesidade na infncia e na vida adulta em ambos os sexos. Porm, estudos evidenciam diferenas entre os gneros em resposta a exposio nicotina. J foi demonstrado que muitas mulheres param de fumar na gestao, mas a maioria destas volta a fumar na lactação. Anteriormente, mostramos que machos adultos cujas mes foram expostas nicotina na lactação, desenvolveram obesidade central, hiperleptinemia e hipotireoidismo. Como a nicotina afeta a funo adrenal e como catecolaminas e glicocorticides tm efeitos bem conhecidos sobre o tecido adiposo, avaliamos a funo da medula adrenal e o contedo de leptina no tecido adiposo e msculo de machos e fmeas cujas mes foram expostas nicotina na lactação. Dois dias ps-parto, implantamos minibombas osmticas nas ratas lactantes dividas em: NIC infuso de nicotina (6mg/Kg/dia s.c.) por 14 dias, e C infuso de salina pelo mesmo perodo. Estas lactantes foram divididas de acordo com o sexo das proles. O sacrifcio das proles de ambos os sexos ocorreu aos 15 (fim da exposio nicotina) e 180 dias de vida. Aos 15 dias, os machos da prole NIC apresentaram aumento de MGV absoluta e relativa ao peso corporal (+72% e +73% respectivamente), hiperleptinemia (+35%), hipercorticosteronemia (+67%), maior peso adrenal (+39%), contedo de catecolaminas totais (absoluto: +69% e relativo: +41%), embora diminuio da enzima TH (-33%). Quando adultos, os machos programados exibiram maior massa corporal (+10%), MGV absoluta (+47%) e relativa (+33%), alm de hiperleptinemia (+41%) e maior contedo de leptina no TAV (+23%). Esses animais tambm apresentaram hipercorticosteronemia (+77%), maior contedo de catecolaminas totais absoluto e relativo (+79% e +89% respectivamente) e de TH (+38%) embora tenham menor secreo de catecolaminas in vitro estimulada por cafena (-19%) e maior expresso do ADRB3 no TAV (+59%). Em relao as fmeas da prole NIC aos 15 dias de vida, estas apresentaram menor massa corporal (-6%) e hiperleptinemia (+41%) embora sem alterao da MGV. Aos 180 dias, as fmeas da prole NIC apresentaram menor contedo de leptina no TAS (-46%) e maior contedo de leptina no msculo solear (+22%) e diminuio da expresso do ADRB3 no TAV (-39%). Conclumos que a nicotina materna afeta ambos, medula adrenal e tecido adiposo de forma gnero dependente, tanto em curto prazo (quando a nicotina est presente no leite materno), quanto em longo prazo (repercusses na vida adulta). De forma geral, as fmeas da prole NIC apresentam alteraes mais discretas do que os machos em ambos os perodos estudados.

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O desequilbrio nutricional no incio da vida leva ao desenvolvimento da obesidade, diabetes e doenas cardiovasculares na idade adulta. Este estudo teve como objetivo analisar os efeitos a longo prazo da hiperalimentao na lactação por meio do modelo de reduo da ninhada na hemodinmica e bioenergtica cardaca. Vinte e quatro camundongos machos Swiss adultos foram divididos em dois grupos (controle e hiperalimentado) submetidos a duas condies (linha de base e isquemia/reperfuso) formando quatro grupos no total: grupo controle linha de base (GCLB), grupo controle isquemia/reperfuso (GCIR), grupo hiperalimentado linha de base (GHLB) e o grupo hiperalimentado isquemia/reperfuso (GHIR), todos com seis camundongos/grupo. As alteraes cardacas foram analisadas por meio da hemodinmica cardaca, da respirao mitocondrial e da biologia molecular. Os parmetros hemodinmicos analisados foram a velocidade de contrao (Max dP/dt), a velocidade de relaxamento (Min dP/dt), o tempo de relaxamento cardaco isovolumtrico (Tau) e os batimentos por minuto (BPM). A respirao mitocondrial foi avaliada por meio da razo do controle respiratrio (RCR) na oxidao de carboidratos e cidos gordos, e finalmente, a biologia molecular, atravs de protenas-chave como a protena quinase B (AKT), a protena quinase ativada por adenosina monofosfato (AMPK), a carnitina palmitoil transferase 1 (CPT-1), a protena desacopladora 2 (UCP2), o 4-hidroxinonenal (4-HNE) e a gliceraldedo-3-fosfato desidrogenase (GAPDH). Os camundongos do GH desenvolveram maior peso corporal (30,95%, P<0,001), gordura epididimal (68,64%, P<0,001), gordura retroperitoneal (109,38%, P<0,01) e glicemia de jejum (19,52%, P<0,05) comparados aos do GC. Os parmetros Max dP/dt e BPM apresentaram diminuio no GHIR quando comparado ao GHLB (P<0,001 e P<0,05). O parmetro Min dP/dt apresentou-se reduzido no GCIR e GHIR quando comparado aos grupos GCLB e GCLB (P<0,05; P<0,0001 respectivamente). Camundongos do GHIR apresentaram reduo do Tau quando comparado aos grupos GCIR e GHLB (P<0,0001). Estes desequilbrios na hemodinmica cardaca foram associados a funo mitocondrial, uma vez que, o GHLB apresenta a RCR reduzida para oxidao de cidos graxos e carboidratos (P<0,05 e P<0,01, respectivamente) e o GHIR apenas na oxidao dos cidos graxos (P<0,01). Alm disso, o GHIR apresentou diversas alteraes nas protenas-chave do metabolismo energtico cardaco, como diminuio do contedo de AKT (P<0,05) e aumento do contedo de CPT-1 (P<0,05), 4-HNE (P<0,05) e GAPDH (P<0,05) quando comparado ao CGIR. Finalmente, a expresso do mRNA para CPT1, GAPDH e UCP2 foi aumentada no GHIR quando comparado aos GCIR (P<0,05) e GHLB (P<0,05). A expresso de mRNA para UCP2 e CPT-1 foi reduzida no GCIR quando comparado ao GCLB (P<0,01 e P<0,05, respectivamente). O estudo apresenta resultados consistentes, demonstrando efeitos deletrios sobre o metabolismo cardaco adulto resultante de alteraes nutricionais durante a lactação.

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No momento em que h a agresso tecidual e a defesa inata deflagrada, mediadores qumicos so liberados no local afetado. Esses mediadores podem ser de origem celular tais como CGRP, VEGF e TGF. Os objetivos desta pesquisa foram avaliar a expresso e distribuio de CGRP, TGF e VEGF na gengiva do primeiro molar inferior esquerdo de rato no 7 e 14 dias aps a induo por ligadura; a expresso e distribuio de CGRP, TGF e VEGF na gengiva do dente contralateral correspondente sem ligadura, no 7 e 14 dias, e se a induo da periodontite por ligadura no dente experimental provoca uma inflamao na gengiva do dente contralateral correspondente no 7 e 14 dias aps a ligadura. Para o desenvolvimento deste trabalho foram selecionados 15 ratos Rattus Novergicus, Albinus, Wistar. O grupo experimental de 12 ratos foi dividido em 2 subgrupos compostos por 6 ratos cada um deles distribudos da seguinte maneira: os do subgrupo A1 permaneceram com a ligadura no primeiro molar inferior esquerdo por 7 dias e foram sacrificados; os do subgrupo A-2 -permaneceram com a ligadura no primeiro molar inferior esquerdo por 14 dias e foram sacrificados. Outros trs animais constituram o grupo controle. Aps o sacrifcio dos 12 animais dos grupos experimentais e controle suas mandbulas foram colocadas em cido etilenodiaminotetractico (EDTA) neutro para sofrerem descalcificao. Ento foram processadas para incluso em parafina e os cortes histolgicos foram corados pela hematoxilina-eosina e submetidos tcnica imunohistoqumica para imunomarcao de CGRP, VEGF e TGF. Aos 7 dias de ligadura observou-se na lmina prpria gengival, epitlio juncional e epitlio oral, expressiva marcao para CGRP. A expresso de VEGF foi intensa na lamina prpria e com pouca ou nenhuma marcao no epitlio oral e juncional. O TGF apresentou pouca marcao na lmina prpria ou nenhuma marcao no epitlio oral e juncional. Aos 14 dias de ligadura houve expressiva marcao de CGRP na lmina prpria, epitlios oral e juncional. O VEGF e o TGF apresentaram muita marcao na lmina prpria e pouca ou nenhuma marcao no epitlio oral e juncional. Na gengiva dos dentes contralaterais nos 7 e 14 dias houve pouca marcao do CGRP do TGF na lmina prpria e muita marcao do VEGF. Na gengiva dos dentes controle observou-se muita marcao do CGRP no epitlio juncional e oral e na lmina prpria. O TGF e o VEGF se expressaram muito pouco ou no se expressaram. Devido marcao expressiva do VEGF na lmina prpria dos dentes contralaterais, permanece inconclusiva a adequao do uso dos dentes contralaterais nos estudos experimentais das doenas periodontais, embora a expresso de TGF e CGRP tenham sido menores nestes dentes. A maior marcao do CGRP, VEGF e TGF nos animais com 14 dias de ligadura do que aos 7 dias demonstra a progresso do processo inflamatrio crnico, no se observando processo de reparao cicatricial.

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A presena de pacientes crnicos em instituies psiquitricas tem se constitudo como um desafio humano, poltico e programtico para esta rea assistencial. Frente a isto, definiu-se como objetivo geral deste estudo analisar a reconstruo scio-cognitiva do profissional de sade mental acerca do paciente psiquitrico crnico, contextualizando com a sua permanncia institucional e o processo assistencial. Como objetivos especficos, descrever os contedos e a estrutura das representaes sociais do paciente psiquitrico crnico para os profissionais; identificar a existncia de contedos implcitos nas formaes discursivas dos profissionais de sade referentes ao paciente crnico institucionalizado; e analisar a perspectiva assistencial implementada na ateno a esses indivduos no contexto institucional a partir das representaes sociais do paciente crnico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com o aporte terico-metodolgico da Teoria das Representaes Sociais em sua abordagem estrutural, em dois hospitais colnias localizados na cidade do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados atravs de evocaes livres em dois momentos. No primeiro, com 159 profissionais e no segundo utilizou-se a tcnica de substituio com 151 profissionais. Os dados gerados foram analisados pelo software EVOC 2003 e organizados pelo quadro de quatro casas. Utilizou-se, ainda, a anlise de similitude. Quanto representao do paciente psiquitrico, a mesma foi organizada ao redor das dimenses assistencial-institucional (cuidado), imagtica (louco) e afetividade positiva (ateno), que se desdobram nos demais quadrantes, com destaque para a primeira e a segunda. A anlise de similitude revelou que o lxico cuidado, obteve o maior nmero de ligaes. Quanto representao do paciente crnico em contexto normativo, a dimenso assistencial-institucional mostrou-se fortemente presente (cuidado, pacincia e dependente), seguida da imagtica (abandonado) e da de necessidade (carncia). No entanto, na anlise de similitude, a afetividade positiva (amor) mostra-se central com maior nmero de ligaes de lxicos. Em contextos contra-normativos, a representao revelou-se negativa (louco, no e medo). A anlise de similitude demonstrou uma representao estruturada atravs de uma imagem e de uma afetividade negativas. Conclui-se que os avanos na rea de sade mental, nos ltimos 30 anos, no foram capazes de realizar mudanas representacionais sob fenmenos que ancoram em imagens produzidas desde os primrdios da humanidade. Ressalta-se a possvel existncia de uma zona muda acerca do paciente psiquitrico crnico.

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Trata-se de uma pesquisa qualitativa cujo objeto a percepo da enfermeira sobre a prtica do aleitamento materno no contexto da feminilizao da Aids. Tem por objetivos: analisar a percepo das enfermeiras de maternidade sobre a prtica do aleitamento materno e a feminilizao da Aids e discutir a prtica da enfermeira em relao ao aleitamento materno a partir da feminilizao da Aids. Os sujeitos do estudo foram nove enfermeiras de trs maternidades municipais do Rio de Janeiro que possuem ttulo de Hospitais Amigo da Criana. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevistas semi-estruturadas. A tcnica de anlise do contedo foi baseada em Bardin. Emergiram trs categorias: a) A percepo da enfermeira sobre sua prtica quanto ao aleitamento materno; b) As percepes da enfermeira sobre a feminilizao da Aids; c) A prtica da enfermeira em relao ao aleitamento materno a partir da feminilizao da Aids. Constatamos que a enfermeira percebe sua prtica em relao ao aleitamento materno sob influncia das Polticas Pblicas voltadas para a promoo e proteo do mesmo, como a Iniciativa Hospital Amigo da Criana e o Alojamento Conjunto. Em relao Aids, o advento da feminilizao surpreende as enfermeiras que reagem com indignao, tristeza, medo e angstia. Estes sentimentos justificam-se, pois, para elas, pensar soropositividade em mulheres significa priv-las de exercer sua sade reprodutiva e sexual plenamente, ou seja, os papis esperados socialmente de uma mulher, como ser me e amamentar. A condio social e sexual da mulher (gnero) tambm emergiu dos depoimentos como determinantes para soropositividade. Ao perceberem sua prtica s mulheres soropositivas nas maternidades, as enfermeiras apontam dificuldades geradas pela dicotomia (incentivo ao aleitamento materno e inibio da lactação) tanto para elas profissionais quanto para as mulheres que no podem amamentar. O processo de feminilizao e os investimentos e recursos voltados para este acarretaram mudanas na prtica da enfermeira, que refere mais segurana pessoal aps disponibilizao de teste rpido para HIV e cursos de capacitao para os profissionais. Alm da prtica voltada para as questes tcnicas, apontam uma nova abordagem s mulheres soropositivas, como o objetivo de no exp-las s outras purperas nas enfermarias de alojamento conjunto. Desta maneira, constatamos que as mudanas ocorridas nas prticas das enfermeiras esto relacionadas com o estabelecimento de polticas pblicas voltadas para a amamentao e o HIV/Aids. Os valores pessoais ainda interferem na prtica das enfermeiras, e a Aids ainda vista como uma doena possuidora de estigmas tanto sociais quanto culturais. Reforamos a necessidade de estratgias que possam diminuir a divergncia das Polticas de Incentivo ao Aleitamento Materno e as de Preveno Transmisso Vertical, a fim de qualificar a prtica de enfermagem s mulheres soropositivas.