25 resultados para Lógica poética

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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A partir da Lei n. 6.938 de 31 de agosto de 1981, que constituiu o Sistema Nacional do Meio Ambiente, criou-se o Conselho Nacional do Meio Ambiente e instituiu-se o Cadastro Tcnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, a gesto ambiental pblica ganhou um espao cada vez maior nas administraes municipais, com a implementao de instrumentos de gesto ambiental propiciando aos municpios a possibilidade de aes efetivas que contribuam para uma melhor qualidade de vida a populao. Esse trabalho prope a criao de um mtodo de classificao municipal que indicar qual o nvel da gesto ambiental do municpio. Verificando o nmero de instrumentos de gesto ambiental constitudo e o nmero de problemas ambientais ocorridos em cada municpio na viso do gestor local nos anos de 2006/2008. E ainda qual a influncia do IDH tanto na implementao de tais instrumentos de gesto ambiental, como nas ocorrncias dos problemas ambientais. Tal classificao tem a inteno de verificar se o municpio encontra-se bem aparelhado no que se refere gesto ambiental, auxiliando para futuras decises nas aes da poltica ambiental local. O foco desse trabalho sero os municpios dos estados de Minas Gerais, Piau e Rio de Janeiro. Os resultados sero processados via o software MATLAB utilizando lógica nebulosa (fuzzy) e apresentados em um website utilizando as linguagens de programao JSP, HTML, JavaScript e esse website armazenado em um servidor TomCat e tais resultados sero apresentados nas formas de valores alfanumricos em tabelas e espaciais atravs de mapas temticos em uma soluo sig-web. Os dados esto armazenados em um Sistema Gerenciador de Banco de Dados PostgreSQL com sua extenso espacial PostGIS, e o acesso aos mapas ser feito atravs do servidor de mapas MapServer.

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A tese estuda a obra poética de Adlia Prado sob o ponto de vista da Estilstica. Mostra que a metfora o recurso mais afeito a construir a lngua literria e, no caso da poetisa, model-la em portugus. O estudo atesta que a linguagem conotativa da poetisa alcana os trs nveis da lngua e promove o inesperado e o distante da expresso comum. Afirma a importncia da polifonia e da intertextualidade , alm da excelncia do discurso indireto livre na criao literria, no s da poetisa, mas de todo uso da lngua portuguesa como ferramenta de expresso poética, principalmente se a inteno do autor criar o discurso surrealista. A pesquisa mostra que h, na obra, um grande nmero de poemas em que predomina a linguagem religiosa catlica. Ocorre a expresso da alma feminina , marcada com orgulho pela poetisa. A autora cria prosodemas, inaugura neologismos ,aproveitando todos os processos de criao vocabular. Assim, a obra se notabiliza pelo aproveitamento da sonoridade das palavras, pela escolha lexical indita, por uma estrutura frasal apositiva, evocativa, sucinta e nominal, no escravizada s regras do registro culto como padro literrio. A tese reconhece que a autora lida eficientemente com as classes de palavras, com a construo nominal e com uma estruturao sinttica peculiar, em que sobressai a orao adjetiva com funo de sujeito, apesar de conter verbo: a orao adjetiva subjetivada. A essncia da pesquisa so os conjuntos metafricos, verdadeiros modelos universais, que permitem reconhecer a possvel existncia de uma lngua literria em portugus. No mesmo contexto, focaliza um grupo de poemas chamados de telegrficos, curtos e de teor filosfico. Tal qualidade metafrica mostra a importncia da poetisa Adlia Prado para a articulao da lngua literria em lngua portuguesa

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Esta dissertao trata da poética de Adlia Prado. Procurei destacar, dentro da vasta obra da autora, sua ligao com o divino a partir da dessacralizao de uma linguagem que a este se atribui. A meu ver, a poeta transfere para o cotidiano toda a carga semntica relativa ao sagrado: espiritualiza o concreto e da constri sua abstrao, reformulando a escrita do corpo originalmente marcada pala imagem de pecado. O corpo representa a possibilidade de concretizao da experincia com o divino. Assim, surge uma linguagem que se dobra sobre si mesma e recompe seus significados para satisfazer as necessidades de um gnero hbrido evidenciado pelo trnsito entre o potico e o prosaico

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Este trabalho consiste de uma anlise exploratria sobre municpios do Sudeste com populao acima de 100mil habitantes abordando dois problemas: a violncia e a educao. Na violncia abordaremos ndices de homicdios na adolescncia trabalhando com a faixa de adolescentes de 12 a 18 anos. Na educao trabalharemos com o ndice de Desenvolvimento Educacionail Brasileiro referenciado ao ltimo ano do ensino fundamental. Trabalhando com os indicadores citados, abordaremos esses problemas gerando um ndice de Sade social do Adolescente utilizando a lógica Fuzzy, conjunto nebuloso. Classificando os municpios do Sudeste visando identificar municpios com qualidade de vida melhor para esses adolescentes, expectativa de vida e melhoria na educao. Baixos ndices de homicdios e altos ndices educacionais desenvolvendo uma ferramenta til para auxiliar na tomada de decises no tocante a polticas pblicas nos Municpios e Estados gerando um indicador de municpios com qualidade de vida para os adolescentes! Trabalhamos com dados do ano de 2007 tanto para o homicdio quanto para a educao, os valores apresentados nos ndices foram divididos em quintis, processados via o software MATLAB utilizando lógica nebulosa (fuzzy), classificados e apresentados nas formas de valores alfanumricos em tabelas espaciais com o software Quantum Gis atravs de mapas temticos das regies estudadas.

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A presente tese investiga as poéticas do trgico nas obras teatrais de Eurpides (Grcia, c. 484 406 a.C.), Johann Wolfgang von Goethe (Alemanha, 1749 1832) e Federico Garca Lorca (Espanha, 1898 1936) e defende que, nos trs autores, as concepes estticas do trgico se constituem principalmente sobre a representao poética do filicdio materno. A antinomia trgica engendrada, metaforicamente, no assassinato da criana pelas mos daquela que lhe deu a vida tema de Medeia (431 a.C.), Tragdia de Margarida (1790) e Yerma (1934), obras fundamentais para compreender a visada trgica dos trs poetas aqui, em respectivo, estudados. O conflito com o sagrado e com a razo, ao apontar para a afirmao trgica do corpo e do feminino, frequenta as trs obras. O paralelismo entre as dimenses poltica e esttica , por conseguinte, patente nos trs dramas, ao mesmo tempo em que cada um dos autores, com contexto e assinatura prprios, configura uma ideia esttica acerca do trgico inteiramente singular. O dilogo entre literatura e filosofia, ou entre intuio e conceito, atravessa, nesta tese, a leitura do trgico na metfora do filicdio. Sob tal perspectiva, a Medeia de Eurpides impe-se no centro do debate entre socrticos e sofistas, e aborda temas, como o domnio das paixes sobre a razo, que tambm aliciaram autores como Plato, Aristteles e Nietzsche. A Gretchentragdie, de Goethe, apresenta-se, por sua vez, como obra poética aonde convergem as mais calorosas discusses estticas do moderno pensamento alemo, como as questes do sublime (Kant, Schiller) e da vontade (Schopenhauer). Yerma, de Garca Lorca, ser tambm uma obra de convergncia filosfica, expressando a nueva manera espiritualista que marca a ltima fase da produo lorquiana: a perspectiva trgica de Nietzsche, na afirmao do corpo como grande razo, assim como o dilogo de Lorca com o pensamento de Miguel de Unamuno sobre El sentimiento trgico de la vida, caracteriza uma espcie de tragdia s avessas, que nega o sagrado e afirma o trgico como sntese libertria do eu, do corpo e do feminino

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Marco Lucchesi, em Os olhos do deserto (2000), empreende uma dupla viagem: a primeira fsica, pelas altitudes do deserto oriental; a outra interior, marcada pela sensibilidade e pelo dizer potico. A diversidade de paisagens confrontadas demandou variadas travessias tericas. De Gaston Bachelard a Nstor Canclini, passando por Georges Bataille, Stuart Hall e Philippe Lejeune, a anlise se desenvolveu de forma dialógica, articulando como campos investigativos principais: o dirio de viagem, a experincia do viajante pelo deserto e o imaginrio oriental que neles se projeta. Tais aproximaes levam a Edgar Morin e s margens do pensamento complexo, que admite junes imprevistas pelas epistemologias tradicionais e privilegia a metfora como referente para o inconceituvel e o inefvel. Os caminhos errantes e ascticos da peregrinao relatada nesta narrativa de viagem pelas areias orientais delimitam, pois, o recorte do presente trabalho, trazendo discusso, em um primeiro momento, a escrita diarstica, a errncia pelo deserto e a dimenso filosfica da caminhada. A segunda parte do trabalho focaliza a ascese realizada pelo viajante, atravs das tradies literria (das lailas) e iconogrfica (de iluminuras e caligrafias) com que a narrativa se intertextualiza e de que resulta uma poética do narrador-caminhante, etapa de culminncia da viagem, do dirio e dos efeitos da leitura (ascese esttica). A aqui designada, poética do no, ltima questo terica da pesquisa, reflete uma epistemologia que entende o conhecimento a partir de uma perspectiva negativa. Essa negatividade interessa como possibilidade de abertura para o que ainda desconhecido. Na verdade, ela se envia ao desconhecido atravs da negao do conhecido, como que apontando para alm do contorno do que est encoberto. O narrador, em sua errncia pelo deserto, vislumbra uma satisfao asctica pela imerso interior, capaz de reciclar os tradicionais cadernos de viagem que atravessam a literatura planetria, alm de projetar singular apario epistmica e redimensionar a prpria experincia da caminhada

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Este estudo parte de preocupaes filosficas, tericas e analticas para promover exerccios de leitura e de interpretao do poema A Mquina do Mundo (1951), de Carlos Drummond de Andrade. Estabelecendo pela via ensastica a noo de ontologia da propagao, busca localizar a necessidade da ontologia no fundamento pr-paradigmtico da cincia. Incorporando referncias da Fenomenologia e da Hermenutica, tenta assumir seus pressupostos e implicaes para a constituio do mtodo em Teoria da Literatura e para a definio dos campos bsicos para a analtica da existncia lógica, emprica e pragmtica: os campos que representam as instncias ontológicas do real, do simblico e do imaginrio. Da assuno fenomenológica e hermenutica, passa-se a consideraes sobre categorias pertencentes ao jargo literrio, escolhidas por sua relao com o artefato literrio em questo e correspondendo ao mbito das trs instncias ontológicas: discute-se a Poesia como sendo um fenmeno constituinte, a Literatura como uma manifestao instituinte e o Poema como uma manifestao restituinte do signo literrio A Mquina do Mundo. Em seguida, considera afetaes e interferncias de algumas correntes sociológicas, formalistas e antropológicas, buscando participar do dilogo sobre a possibilidade de aceitao da prtica literria como uma prtica de valor cognitivo, e no apenas ideolgico e esttico. Em seu terceiro momento, o estudo busca aplicar os pressupostos ontolgicos e epistmicos para estabelecer o limite dos espaos comparativos tornados possveis ao poema A Mquina do Mundo e buscando o pano de fundo histrico e historiogrfico do sculo XX a partir de suas possibilidades de relao com a obra de Drummond e segundo a orientao dos vetores dados no poema: a consolidao do veio crepuscular na tpica cannica do Novecentos brasileiro; a implicao da postura ideológica de Drummond na recepo crtica sua obra; e, por fim, a localizao posterior dos topoi cosmolgicos e existenciais. Em seu ltimo ensaio, refere-se questo cosmológica e sua afetao sobre a postura existencial do Caminhante. Recuperam-se pontos de semelhana e de diferena entre as poéticas encontradas em Os Lusadas, de Lus de Cames e em A Divina Comdia, de Dante Alighieri, para por fim remeter identificao de uma continuidade temtica entre o poema de Drummond e aquele que se costuma designar como pensamento originrio na tradio da Filosofia ocidental. A seguir, buscam-se referncias para alguns dos elementos formais do poema A Mquina do Mundo segundo sua origem no contexto da Literatura Ocidental. Consideram-se alguns traos caractersticos dos trs seres representados (A Mquina, o Mundo, o Caminhante) e, encerrando-se a tese, procede-se a um exerccio de leitura centrado especificamente no poema

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Este trabalho tem por objetivo propor um modelo de ontologia simples e generalista, capaz de descrever os conceitos mais bsicos que permeiam o domnio de conhecimento dos jornais on-line brasileiros no especializados, fundamentado tanto na prtica quanto conceitualmente, em conformidade com os princpios da Web Semntica. A partir de uma nova forma de classificao e organizao do contedo, a ontologia proposta deve ter condies de atender as necessidades comuns de ambas as partes, jornal e leitor, que so, resumidamente, a busca e a recuperao das informaes.

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Qual a Filosofia da Natureza que podemos inferir da Fsica Contempornea? Para Werner Karl Heisenberg, prmio Nobel de Fsica de 1932, a ontologia da Cincia Moderna, estruturada no materialismo, no mecanicismo e no determinismo j no pode servir de fundamento para a nova Fsica. Esta requer uma nova base ontológica, onde o antirrealismo, seguido de um formalismo puro, aparece como o princpio basilar de uma nova Filosofia Natural. Este trabalho visa investigar o pensamento filosfico, a ontologia antirrealista, formalista, a abordagem da tradio filosfica e da histria da cincia de Werner Heisenberg e sua contribuio para a interpretao da mecnica quntica.

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O fogo, do latim focus, conota uma multiplicidade de imagens levadas sempre para a intensidade, para o extremo, porque por si s, o fogo exuberante, fascinante, encantador, deriva-se em chamas, calor, brasa, paixo, erotismo, lume, incndio e, na arte, uma imaginao ardente. A partir dessas consideraes, pretende-se mostrar que a obra do poeta portugus Al Berto, Horto de Incndio, relaciona-se com a imagem poética do fogo, desdobrando-se ora em sexualidade, por meio da erotizao da palavra, ora em morte, por intermdio do uso dessa imagem como profecia do seu prprio fim, antecipado nas pginas que se queimam no jardim de incndio. Para tanto, apia-se a presente pesquisa nos livros do filsofo francs Gaston Bachelard, acerca do fogo, suas simbologias e significaes na arte poética

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Nos ltimos anos, a rea da sade vem explorando o potencial das novas tecnologias para diagnstico e tratamentos de muitos distrbios. Em especial, a tecnologia de Realidade Virtual se destaca por oferecer novas perspectivas de tratamento para diferentes distrbios neuropsiquitricos. Por outro lado, a ocorrncia de problemas causados por situaes traumticas vem crescendo em todo o mundo. Nesse contexto, o Transtorno de Estresse Ps-Traumtico (TEPT) classificado como um transtorno de ansiedade que se caracteriza por gerar uma classe de comportamentos inadequados a situaes que no representam perigo real. Em geral, este transtorno est relacionado ocorrncia de algum evento traumtico de grande magnitude no passado. Vrios trabalhos foram desenvolvidos utilizando ambientes virtuais tridimensionais (3D) para tratar e diagnosticar este distrbio. Entretanto, percebe-se uma carncia de sistemas que consigam controlar o nvel de dificuldade das atividades desenvolvidas nesses ambientes. Nesse caso, esta dissertao tem por objetivo descrever o desenvolvimento e avaliar o potencial de utilizao de dois sistemas: um que explora a Realidade Virtual (ARVET) para oferecer cenas virtuais que simulem os estmulos geradores de ansiedade similares aqueles da vida real; e outro que explora a Lógica Fuzzy (SAPTEPT) para classificar os nveis de ansiedade do paciente, possibilitando a anlise quali-quantitativa de dados psicofisiolgicos e psicomtricos. As avaliaes realizadas com especialistas na rea mostraram que o ARVET pode proporcionar um alto grau de estmulos ansiognicos e a integrao com o SAPTEPT ocorreu de forma satisfatria mostrando o potencial que os sistemas tm de serem utilizados em pacientes reais.

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O escopo desta tese a relao entre a prosa-poética da escritora norte-americana Gertrude Stein, atravs de seus retratos e peas, e tradues intersemiticas para dana contempornea. O corpus analtico articula os retratos Orta or One Dancing, If I Told Him: A Completed Portrait of Picasso, A Valentine to Sherwood Anderson, e as peas Four Saints in Three Acts, Listen to Me e Three Sisters Who Are Not Sisters de Gertrude Stein e os espetculos de dana [5.sobre.o.mesmo], Shutters Shut, Always Now Slowly, ,e[dez episdios sobre a prosa topovisual de gertrude stein]. A natureza dos campos colocados em comparao literatura & dana demandou a conjugao de duas vertentes de estudo ligadas s especificidades performtica e tradutria dos objetos selecionados: de um lado, seguimos encaminhamentos surgidos de uma derivao especfica da Comparatstica tradicional, os Estudos Interartes ou Artes Comparativas; de outro, os Estudos de Intermidialidade, relacionados aos Estudos das Mdias. A abordagem dos exemplos analisados sob a perspectiva comparativa baseia-se em Estudos de Traduo, com especial referncia noo de transcriao de Haroldo de Campos, e na semitica de Charles S.Peirce. No primeiro captulo, definimos nossa abordagem terica; a seguir, apresentamos a obra de Gertrude Stein e as principais propriedades que transformaram sua obra em uma das principais referncias literrias e estticas do sculo XX; e, para finalizar, analisamos as tradues, com especial ateno para a transcriao da percepo do tempo e da construo sinttica steineanas. Conclumos sugerindo que as tradues para dana so modos de interpretao e leitura dos textos literrios, bem como formas radicais de crtica de arte ou literria

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Esta tese apresenta um exame da lógica da negao ou ambiguidade essencial da conscincia, como ncleo metodolgico da filosofia de Gaston Bachelard. Seu ponto de partida a considerao da filosofia do no reformulao do pensamento estruturada sobre a necessidade epistemológica de opor-se ao modo de conhecimento clssico como valorizao da negatividade, da crtica e da contradio, novos vetores de progresso dos saberes esttico e cientfico. O jogo de oposies assume nesta abordagem o papel de estmulo que impulsiona a expanso da conscincia, ao ressaltar a lógica das contradies que, em tal modo, revela simultaneamente como fundamento da investigao bachelardiana a necessidade de abertura e valorizao da imaginao criadora, em sua aptido ao vislumbre de novas estratgias do saber. O primeiro captulo aborda a atuao deste dinamismo de polaridades e ambivalncias como estratgia de demonstrao e crescimento do saber epistemolgico de Bachelard; o segundo, realiza um percurso anlogo no campo da poética, estudando imaginao e devaneio como fulcros de infinitas e fecundas contradies. O terceiro captulo explora as possibilidades desta lógica das oposies, que pe em relevo a complementaridade entre cincia e arte, e possibilita a compreenso da obra bachelardiana como unidade essencial.

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Esta tese prope uma abordagem do livro ilustrado (em geral associado ao pblico infanto-juvenil) que considera as diferentes modalidades de relao entre a imagem e o texto verbal, bem como sua conexo indissocivel com o suporte. O livro ilustrado entendido como objeto esttico, polissmico, capaz de convocar a capacidade sensvel do leitor, expandindo tanto sua noo de si como sua viso de mundo. Busca-se problematizar a especificidade desse gnero literrio por meio da imbricao de categorias como as de visibilidade e legibilidade, pensadas a partir da reflexo de Vilm Flusser sobre o conflito entre a imagem e a palavra escrita ao longo do tempo. Discute-se tambm a linguagem do livro ilustrado luz do pensamento de Giorgio Agamben e Gilles Deleuze, que preferem a noo de intensidade em vez de etapa cronológica para compreender a infncia. O livro ilustrado considerado um devir-criana (ou devir-outro) do autor e/ou ilustrador capaz de desestabilizar o leitor, fazendo aflorar sensaes que reconfiguram modos de sentir e estar no mundo

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Este trabalho se ocupa da reconsiderao das noes de formao e transmisso luz dos conceitos de mquina antropológica e ociosidade, desenvolvidos pelo filsofo italiano Giorgio Agamben. Tal reconsiderao implica mudanas gnosiológicas, lingusticas, ticas e polticas. A hiptese central que aquilo que, nos limites em que tem sido concebido na tradio ocidental, se entende como o humano, no algo preexistente (uma substncia), mas o resultado de um dispositivo histrico e poltico de captura das foras vitais dos viventes. Esse mecanismo implica a distino, no interior dos indivduos, de uma regio animal e outra especificamente humana, de um corpo e uma alma, de um elemento sensvel e outro inteligvel, de uma voz e uma palavra articulada. A partir dessa distino, o humano modulado como passagem da primeira dimenso segunda; isto , o humano concebido como domnio e superao da dimenso animal, corporal, sensvel, que nos habita. A atual pesquisa distingue, no interior dessa mquina antropológica (apresentada por Agamben) o funcionamento de outras mquinas coadjuvantes da criao do humano: a mquina gramatical, hermenutica, colonial, pedaggica. O sistema educacional moderno alimenta-se, assim, das foras sinrgicas que do forma ao humano como superao do sensvel em direo ao inteligvel e que se manifesta na linguagem atravs de uma lingustica do signo; na moral, atravs do domnio do corpo pela razo; e na poltica, atravs de uma superao da barbrie por parte da civilizao. Porm, a partir do sculo XIX, uma srie de acontecimentos histricos comeam a debilitar essa maquinaria antropológica, fazendo com que a teoria do signo seja interpelada por uma poética que comea a questionar a relao entre vida (sensvel, corporal, afetiva) e significado (inteligvel, ideal, racional); por uma nova tica, que questiona a relao imperial entre o corpo e a alma; e por uma poltica, que invalida a relao tradicional entre civilizao e barbrie e, com ela, a prpria ideia da educao como processo civilizatrio ou modernizador. O presente trabalho pretende colocar em evidncia a cesura interior que organiza as relaes lingusticas, morais e polticas, nos sujeitos e entre eles, atravs da superao e do domnio de uma animalidade que se apresenta como uma exterioridade interior. No eclipse dessa maquinaria antropogentica surge a necessidade de pensar, no mbito da educao e da cultura em geral, uma forma de relao que suspende (na linguagem, na moral e na poltica) a passagem humanizante e civilizatria. Uma relao na qual a educao pode ser pensada como uma forma de estar e no como um infinito esforo de chegar a ser. J no mais um desejo de superao, mas uma arte do estar. J no mais um empenho por descobrir o significado oculto por trs das coisas, mas uma forma de habitar poeticamente a linguagem e as relaes. O cultivo de um saber, mas tambm o cultivo de uma forma de ignorncia, que no vivida como uma falta que deve ser superada, mas como uma maneira de se manter numa relao aberta com aquilo que se nos escapa.