66 resultados para Juventude séc.XXI

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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Este trabalho tem como objetivo estudar e discutir as maneiras pelas quais os jovens na atualidade vm construindo trajetrias, narrativas e projetos de vida a partir das novas configuraes assumidas pelo trabalho. Com a finalidade de atingir o objetivo proposto alm do levantamento de referencial terico-bibliogrfico foi realizada pesquisa de campo. O referencial terico-bibliogrfico foi desenvolvido em torno das trs principais categorias que envolvem o tema e dos desdobramentos delas provenientes: cenrio atual, trabalho e juventude. Nessa abordagem, tanto sujeito quanto subjetividade so compreendidos como produes culturais e sociais, modos de ser e de estar no mundo que emergem dentro de contextos histricos especficos. O trabalho entendido como uma instncia privilegiada de insero social e, portanto, como categoria que contribui de modo central para as produes de subjetividade, possuindo fundamental papel para que os jovens possam construir projetos de vida que possibilitem o desenvolvimento de trajetrias e narrativas consistentes. Pelo carter mltiplo e heterogneo da juventude, foi realizado um recorte desse universo para a realizao do trabalho de campo, participando deste jovens entre 21 e 26 anos pertencentes classes mdias e media alta, moradores do Rio de Janeiro que exercem funo de estagirios em uma empresa nacional privada localizada no mesmo Estado. Foi utilizada metodologia qualitativa para a realizao da pesquisa baseada em entrevistas individuais como instrumento de coleta de dados. A anlise dos resultados seguiu pressupostos terico-metodolgicos da anlise de discurso. Os principais resultados mostraram que os projetos de vida dos jovens carregam em si muitas caractersticas inerentes ao contexto contemporneo e s maneiras como o trabalho se configura: as idias de flexibilidade, mudana, acelerao, movimento constante, abertura ao novo, entre outras. So projetos de vida mltiplos caracterizados pela mutabilidade, nos quais uma das poucas certezas que os guia a de que ningum pode ficar parado. As trajetrias so marcadas pelo movimento e pela lgica do cada um por si havendo um enorme comprometimento consigo mesmo. Os projetos possuem carter individual, no sendo a eles integrados interesses coletivos. De um modo geral, pode-se observar que os projetos se mostram como tentativas de adaptao ao complexo cenrio atual que parece facilitar a emergncia de modos de ser e estar cada vez mais individualizados.

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Esta tese apresenta como um dos seus aspectos fundamentais a compreenso de outra cultura, outra verso, outro conjunto de valores: o pensamento indiano, bero da Ahamkra a conscincia individual, o eu e das prticas ascticas de origem pr-ariana e autctone. No interior dessa tradio, foram escolhidos os ensinamentos do Buddha Shkyamuni, por sua absoluta originalidade na concepo da individualidade, transformando radicalmente as concepes de subjetividade existentes em sua poca. O intuito, ao buscar uma tradio em tudo diferente da nossa, , por dirigir o foco para o mais contrastante, iluminar nossa prpria tradio, enriquecer o campo de discusso das novas matrizes de subjetivao em nossa sociedade ocidental ps-moderna e globalizada. Com essa abordagem objetiva-se contribuir para o debate em torno do despertar do budismo ocidental, no sc. XXI, lanando algumas linhas de reflexo que auxiliem, por um lado, a contextualizar esse acontecimento, e, por outro, a ampliar o debate sobre as questes relativas noo de sujeito, utilizada pelos tericos da psicanlise, atravs da apresentao de uma outra verso, a do eu budista. A comparao entre uma forma de individualidade oriunda de uma sociedade tradicional e holista e a forma da individualidade contempornea, oriunda de uma sociedade secularizada e individualista, possvel atravs do que Harpham denomina imperativo asctico, uma fora estruturante primria e transcultural. Nesse sentido visualiza-se uma relao entre as prticas ascticas e a construo do eu. Segundo Mauss, o eu tambm uma categoria universal, presente em todas as culturas. Assim como se encontram variaes sobre o repertrio das prticas ascticas disponveis em diferentes culturas, encontram-se variaes na forma da subjetividade, de acordo com o seu solo cultural e sua paisagem mental. Fizemos uma conexo entre as prticas ascticas indianas e o que denominamos de identificao mstica, a partir da qual foi possvel inferir essa imbricao entre ascetismo, construo e sacralizao do eu nos primrdios da civilizao indiana. Com o budismo ocorre uma espcie de descentramento, a sacralizao estendida a todo o cosmo, as prticas de meditao sintonizam com todos os seres, com todos os animais, para eliminar as causas do sofrimento. O budismo nasce com uma vocao universalista e leva para fora das fronteiras da ndia esse eu construdo a partir dos conceitos da himsa, a no-violncia, e da noo de ausncia de existncia inerente, inscritos no pensamento budista h dois mil e quinhentos anos, despertando o interesse do ocidente aps um longo perodo de obscurecimento.

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No sculo XXI podemos caracterizar as relaes por sua complexidade, o que se expressa em diferentes aspectos, como nas relaes familiares, sociais, valores, crenas. Sendo assim, fatores como gnero, transgeracionalidade e a coexistncia de antigos padres e novas demandas relacionais, compem a construo dos papis contemporneos. E dentre um dos mais importantes papis desempenhados pelo homem, podemos citar o de pai, com isto. Dessa forma, com base nas necessidades e na carncia de literatura sobre o papel atribudo a este novo pai, o presente trabalho pretendeu investigar os aspectos semelhantes e diferentes nas crenas de homens e mulheres de geraes distintas. Participaram desta pesquisa 100 pessoas residentes na cidade de Mag (estado do Rio de Janeiro), divididas em quatro grupos (25 por contexto: gnero e idade, grupos de 25 a 35 anos e 55 a 65 anos). O estudo incluiu questionrio sociodemogrfico, questionrio sobre Funo Paterna, aplicao da Escala sobre Crenas e Prticas Paterna (ECPP) e Escala sobre Crenas e Prticas Paterna Pretritas (ECPP-P). Os resultados mostraram concordncias e divergncias, tanto entre os gneros quanto entre as geraes, mas acreditamos que discusses como estas propiciam novos entendimentos acerca das prticas parentais paterna.

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O trabalho consiste em um exame da produo potica de Glauco Mattoso, tendo como horizonte a noo de transgresso e utilizando como corpus sua produo de sonetos e o Jornal Dobrabil. Com uma produo iniciada na dcada de 1970, o autor um dos escritores mais prolficos do cenrio literrio brasileiro contemporneo, levantando questes referentes perverso formal, crtica do poder autoritrio e criao ficcional da persona autoral por meio da escrita de si. Acreditamos que, por sua tcnica apurada e sua vasta produo, trata-se de um autor que merece um estudo acadmico aprofundado, buscando o dilogo entre seus temas e as questes culturais que se apresentam ao pensamento contemporneo

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Este texto reflete sobre os processos de comunicao constituidores da relao obra-espectador, tratando a mediao em sua forma ampliada. A recepo de uma obra se organiza por inmeros canais comunicativos equivalentes aos vrios modos possveis de sua presena. Esses vetores so permeados por fatores que envolvem o pblico a partir do ponto de expectativa desse encontro, assim como a recepo se desenvolve como possibilidade de ao de intercmbio com o artista em seu projeto de elaborao da obra. Os vetores ligam os dois pontos − produo e recepo − e, a, apresentam-se tambm os mecanismos que institucionalizam a produo como obra de arte. Essa cadeia de aes mediadoras se estabelece como nosso objeto de estudo e pesquisa. A Bienal do Mercosul se caracterizou como campo privilegiado para este trabalho

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Essa dissertao uma escrita performtica que procura entender a arte como elemento para enxergar melhor o cotidiano; um conjunto de observaes e reflexes sobre trabalhos que lidam com regras autoimpostas pelos artistas; uma explanao sobre jogos que mudam os caminhos do cotidiano, transformando o olhar e a sensibilidade. Aes de artistas como Sophie Calle, Tracey Emin, Marina Abramovic, Tania Bruguera, entre outros, so analisados, junto a uma descrio e exposio dos trabalhos desenvolvidos pela prpria autora. O captulo I dedicado aos modos como a fotografia serve s aes performticas, a partir da exposio do trabalho Lhtel, de Sophie Calle. O captulo II pensa o lugar dos afetos na arte, como eles fazem parte da composio de trabalhos artsticos. O terceiro um olhar sobre a exposio Cuide de voc, de Sophie Calle, para refletir sobre o livro no campo expandido do espao de exposio. No captulo final, trabalhos das artistas cariocas Caroline Valansi e Julia Debasse, prximas da autora, so analisados, instigando o pensamento sobre como a proximidade entre artistas pode gerar criaes artsticas

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Esta dissertao focaliza o dilogo entre dana contempornea e artes visuais a partir dos anos 1990 e as novas configuraes e discusses presentes nos trabalhos de criadores que transitam entre esses dois campos. Procura pensar a dana como arte contempornea, indagando a si mesma sobre sua condio: o que a constri e define nesses termos. As relaes entre dana contempornea e o conceitualismo so traadas observando obras que, abandonando o formalismo e o puro exerccio da esttica, propem-se a acrescentar algo em termos de concepo da arte e questionar sua prpria natureza. Repensar as convenes da prpria dana, o modelo de espetculo, os espaos e formas de visibilidade so as principais questes investigadas. Especificamente, so abordados os trabalhos de Tino Sehgal (Londres, 1976- ), Wagner Schwartz (Volta Redonda, 1972- ) e a prpria produo artstica da autora para pensar essas relaes, reivindicando uma condio conceitual da dana contempornea nas obras prprias e nas dos artistas estudados. As desestabiliza-es e fissuras que essa condio provoca so as ferramentas para potencializar e ampliar a viso da dana como arte contempornea

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Na virada para o sculo XXI artistas e curadores em bienais e outras exposies internacionais esto adotando formas colaborativas e educacionais de fazer arte e curadoria envolvendo artistas e no artistas, comunidades, escolas e outras instncias sociais. Essas iniciativas criam encontros interdisciplinares onde imbricaes entre arte e no-arte so colocadas em questo, considerando contextos sociopolticos mundiais, a globalizao e outros temas ps-colonialistas. A dissertao examina as aproximaes e atravessamentos de culturas e identidades, questes de centro e periferia, local e global gerando entre-lugares e o interesse por propostas de site-oriented, geradoras de situaes de convivncia, compartilhamento de experincias coletivas e prtica educativa. A pesquisa reflete sobre as intenes dos artistas, curadores, a participao do pblico e o dilogo entre diferentes discursos crticos e campos do conhecimento em projetos com essas caractersticas. O estudo de caso o projeto Cadernos de Viagem, projeto de residncia artstica e exposio, realizado na 8 Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, Brasil, 2011. Diversos tericos como Homi Bhabha, Jacques Rancire, Nicolas Bourriaud, Claire Bishop, Grant Kester, Miwon Kwon, Moacir dos Anjos e Flix Guattari, so abordados, entre outros

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Conforme os percursos que fiz, buscarei mostrar que as prticas cineclubistas se ampliaram em consonncia com o alargamento das possibilidades de criao videocinematogrficas propiciados pelos avanos da tecnologia da imagem e de sua popularizao a partir dos anos 2000, sem se afastar dos seus sentidos iniciais que so a democratizao do audiovisual e a organizao do pblico. Sob a designao de cineclube h uma rede de criadores que, em suas aes, realizam, alm de obras audiovisuais, espaos-tempos de convivncia e intercmbio de experincias e novas idias, caracterizando um territrio identitrio, que o cineclubismo contemporneo, e que, a despeito dos interesses e elementos de identificao de seus sujeitos, desfronteirado. Pois assim, mostra-se aberto a contribuies e atravessamentos diversos que de alguma forma envolvem a cultura visual em sua complexa presena na atualidade

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A pesquisa surgiu a partir de investigaes e experincias prprias com a escuta, a produo de sonoridades, a criao de ambientes e a realizao de derivas intersensoriais. A articulao se d segundo uma perspectiva transdisciplinar e em relao a alguns trabalhos artsticos e textuais especialmente significativos. A construo do sensorial e das subjetividades e suas possibilidades de transformao e emancipao, atravs de uma arte vinculada vida, so questes centrais. Os conceitos de fabulao, linhas, cartografias e desterritorializaes desenvolvidos por Deleuze, a ecosofia de Flix Guattari e a noo de corpos vibrteis em Suely Rolnik so fundamentais, assim como as observaes de Lygia Clark e Hlio Oiticica a respeito de suas prprias experincias. Estudos histricos e culturais dos sentidos, como os de Constance Classen e David Howes, alm de observaes de tericos distintos como Karl Marx, Walter Benjamin, Michel Serres e Jacques Rancire auxiliam a traar um panorama inicial do constructo sensorial no Ocidente moderno e contemporneo. Questes relativas a som, silncio e rudo levaram utilizao de conceitos como escuta e ressonncia em um sentido ampliado, que no se restringe a fenmenos sonoros ou fsicos. A articulao entre escuta, intersensorialidade, imaginao e memria contribuiu para o desenvolvimento inicial do conceito de terceiro som aqui presente. A percepo do texto como ativador de sensaes e devaneios, as relaes entre conceito e concreto e o relato no-realista de acontecimentos levaram s fices experimentadas. O ato da deriva relaciona-se ao desregramento de todos sentidos e implica a vivncia de margens, desvios e extremos, fronteiras em dissoluo, disporas nos interstcios. Poticas e polticas da alteridade, da diferena e do estranhamento fazem-se presentes em experincias de um ambiente-vivo, paisagem-corpo-outro. Tais questes atravessam meus trabalhos, que so realizados de diferentes maneiras, em cartografias e rituais que podem incluir sons, textos, desenhos, objetos, fotografia, vdeos, vestimentas, aes, situaes, etc. A abordagem das questes presentes se d atravs de algumas passagens por escritores como Rimbaud, Borges e Italo Calvino; tericos de diferentes reas, como Guy Brett, Douglas Kahn, De Certeau, Michel Onfray, James J.Gibson e Donna Haraway; e trabalhos e textos de diversos artistas fundamentais, como Marcel Duchamp, John Cage, Allan Kaprow, George Maciunas e o Fluxus, Yoko Ono, Laurie Anderson, Gordon-Matta-Clark, Robert Smithson, Bill Viola, Cildo Meireles e Lygia Pape, entre outros

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Verificamos, na fico brasileira infanto-juvenil contempornea, uma srie de aspectos envolvendo personagens, narradores, cenrios que favorecem uma abordagem crtica baseada na presena do duplo. Podemos observar a presena do duplo na obra de Lygia Bojunga, objeto desta dissertao, que tem por finalidade principal identificar e analisar algumas das manifestaes do duplo em nove de suas vinte e duas obras: A bolsa amarela (1976), Tchau (1984), Ns Trs (1987), Livro: um encontro com Lygia Bojunga (1988), Fazendo Ana Paz (1991), Seis vezes Lucas (1995), O abrao (1995), Dos vinte 1 (2007), Querida (2009). Como base terica, utilizamos textos de Otto Rank, Nicole Bravo, Berenice Sica Lamas, entre outros. Num segundo momento, identificamos as manifestaes do duplo nas narativas de Lygia Bojunga. O duplo aparece na fico da autora como representao das incompatibilidades do ser humano, que levam fragmentao do eu. O encontro do eu e o outro, nem sempre amistoso, nos traz questes que servem de base para a pesquisa do duplo na obra de Lygia Bojunga. Por fim, o trabalho metaficcional presente na obra desta autora tambm foi analisado como forma de manifestao do duplo

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Esta dissertao teve por objetivo conhecer as perspectivas infantis sobre as crianas que atuam na televiso brasileira. O estudo parte do entendimento de que na contemporaneidade o contato de crianas com diferentes mdias intenso e que isto, aliado a outras experincias, proporciona a estruturao de modos de ser e estar no mundo. Interessada em aproximar-se desses modos de ser e estar, a pesquisa organizou-se no sentido de travar um contato direto com as crianas espectadoras atravs da dinmica dos Grupos de Discusso, numa abordagem de Pesquisa-Interveno. Alm de traar uma abordagem histrica da televiso no Brasil e da relao desta mdia com as crianas neste pas, o trabalho aponta possibilidades de reflexo sobre processos de subjetivao e significao do mundo por parte dos meninos e meninas interlocutores da pesquisa. Noes de recepo, de fama e beleza, de trabalho etc. so discutidas com e a partir do que as crianas formulam e enunciam. Os principais autores que fundamentaram a pesquisa so Mikhail Bakhtin, Lucia Rabello de Castro e Solange Jobim e Souza.

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A retomada do processo de acumulao de capital no ps-crise dos anos 1970 demandou profundas alteraes no capitalismo mundial, que se traduziram, fundamentalmente, em uma nova estratgia (autointitulada) de desenvolvimento que disputasse a hegemonia terica, ideolgica, poltica e econmica com o keynesianismo. Esta nova estratgia, denominada neoliberal (e o receiturio de polticas dela resultante) foi amplamente difundida nos pases da periferia do capitalismo mundial. O neoliberalismo, por um lado, mostrou-se incapaz de retomar o crescimento/desenvolvimento econmico com distribuio de renda e, por outro lado, aprofundou a dependncia dos pases perifricos em relao aos centros do capitalismo mundial, pela via da intensificao da superexplorao da fora de trabalho. Nesse contexto, ao final do sculo XX, se estabeleceu uma crise do neoliberalismo (ainda que no se trate de uma derrota) que, em grandes linhas, colocou em xeque tais polticas e teve, como consequncia, a subida ao poder de vrios governos na regio latino-americana que foram eleitos a partir do descontentamento social com seus resultados. Na Venezuela, mais especificamente, o projeto de transformaes proposto para o pas no ps-1999 manifestao de rechao ao neoliberalismo. Como o cenrio histrico para compreenso dos conflitos, que resultaram na constituio de um projeto de sociedade anti-hegemnico na Venezuela (a hegemonia do povo) nos ltimos anos, remonta ao marco da insero do pas no capitalismo dependente e perifrico, possvel afirmar que as transformaes ps-1999 transitaram da constituio de um projeto antineoliberal para uma proposta anticapitalista (o chamado Socialismo do Sculo XXI). Esse projeto de transformaes no est, entretanto, isento de contradies e limites (internos e externos). Em que pese essa afirmao, o captulo mais recente da trajetria histrica de constituio da sociedade venezuelana possui inequvocos avanos, capitaneados pelo papel central que assume o Estado. Este, ao retomar o efetivo controle sobre os recursos petroleiros em benefcio da maioria da populao, promove progressos em direo a consolidao da soberania nacional, da justia social e tambm da constituio de uma democracia participativa e protagnica.

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O presente trabalho faz uma anlise da obra de Artur Barrio a partir de uma aproximao da materialidade de sua obra. Aps um estudo preliminar de aspectos histricos e da fortuna crtica do artista, os Cadernos livros surgiram como um aprofundamento dessa questo, pois so um misto de rascunho, lugar de memria e obra de arte, configurando o cerne da obra de Barrio. Nesse contato, surge a escrita em simbiose com a prpria materialidade da obra, a ponto de no ser possvel discernir onde comea a obra e onde termina a escrita. Surgem traos de abjeo, de lembrana, de silncio, de risco. Uma escrita fragmentria que se alastra por todos os lados, fugindo aos Cadernos e tomando todos os espaos da ocupao implementada por Barrio: salas, museus, ruas, cidades. Ao deixar seus rastros, seus vestgios, essa escrita caminha para um grau zero, agregando contaminaes e se transformando num ato quase primitivo. Torna-se, assim, a fundao da materialidade e do trabalho de Artur Barrio

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A pesquisa em questo aborda questes referentes prtica da Capoeira e seus praticantes, a partir dos conceitos de Cultura, Memria, Oralidade e Identidade, e de aes de Polticas Pblicas, Polticas Culturais e Salvaguarda. Foi objetivo desse estudo, propor uma discusso sobre a Capoeira, a fim de compreender o contexto sociocultural que a possibilitou se inserir na sociedade brasileira, e compreender como o Estado tem se articulado para atender as demandas de Polticas Pblicas para a Capoeira. Observamos que a partir da constituio de 1988 o conceito de Cultura e Bem Cultural no Brasil tem inaugurada uma nova fase. Somente a partir de aes do Ministrio da Cultura no incio do Sc. XXI, que a Capoeira passar a ser reconhecida como uma manifestao digna de apoio e fomentos por parte do Governo Federal. Para tanto, Programas de fomento so criados e planos de salvaguarda e preservao so institudos. Tudo com o objetivo de manter, difundir e preservar as tradies, as memrias e a ancestralidade imbuda nessa manifestao que j alcana mais ou menos cento e cinquenta pases.