55 resultados para Japão História
em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ
Resumo:
Aps a Segunda Guerra Mundial, o Imperador do Japão perdeu sua soberania e passou a ser smbolo da nao e da unio do povo japons, de acordo com a Constituio promulgada em 1947, sendo suas funes basicamente cerimoniais e diplomticas. Pensando nesse Imperador enquanto smbolo e no futuro da instituio imperial no Japão, a presente dissertao objetivou principalmente analisar que imagem o Imperador Akihito cria de si por meio de suas alocues. Tais alocues se encontram disponveis no stio eletrnico da Agncia da Casa Imperial, tanto no original em japons quanto em ingls. Dessa forma, considerando que a disponibilidade dos textos em japons pressupe coenunciadores nipnicos e a dos textos em ingls pressupe a comunidade internacional como coenunciadores, analisaram-se as imagens criadas nos dois casos, buscando indcios de possveis diferenas na criao do etos de Akihito em cada uma das verses de suas alocues. Alm disso, buscou-se tambm pensar as relaes de poder, segundo Foucault (1995, 2010), no crpus de pesquisa. Como arcabouo terico, utilizaram-se conceitos da Anlise do Discurso de base enunciativa, mais precisamente o conceito de etos na leitura de Maingueneau (1997, 2001b). O material de anlise coletado abrange conferncias de imprensa realizadas por ocasio da comemorao de dez e vinte anos de reinado de Akihito, nos anos de 1999 e 2009, respectivamente. A metodologia de pesquisa, por sua vez, consistiu em se analisar de forma comparativa os textos em japons com aqueles em ingls, tendo como foco as ocorrncias do verbo japons omou, que expressa sentimento e julgamento, recorrente nas alocues do Imperador. Analisaram-se tambm as ocorrncias de modalidades denticas em ambas as verses do texto, acreditando-se que a pouca ocorrncia dessas tambm contribui para se pensar a imagem do Imperador. Como resultado, verificaram-se diferenas significativas entre as duas verses das alocues. O etos de Akihito nas alocues em japons sugere um Imperador amigo e prximo do povo, de tom moderado e amenizado, criando identificao entre ele e o povo. O etos apreendido na verso em ingls, por sua vez, sugere um Imperador mais firme em suas convices, ora enfatizando mais seus sentimentos e opinies, ora menos, conferindo-se certa ocidentalizao de sua imagem. Pensando-se em termos de relao de poder, que caracteriza controle e divulgao, tambm se concluiu que, sendo o Japão o maior aliado capitalista no Oriente e seu Imperador, representante simblico desse pas, parece pertinente que suas alocues estejam disponveis de forma tal que possibilite um controle constante por parte da comunidade internacional, garantindo a ordem capitalista
Resumo:
A presente dissertao tem como objetivo descrever o Tratamento Moral desenvolvido por Philippe Pinel no perodo que se estende do final do sculo XVIII ao incio do sculo XIX em Paris. Trata-se de um novo mtodo de tratamento da loucura baseado na normatizao e em uma atitude mais humana de cuidado com o louco. O asilo torna-se smbolo desse modelo, hegemnico por mais de um sculo. Neste estudo, pretendemos descrever o que foi o Tratamento Moral, quais os fundamentos deste mtodo e, principalmente quais as mudanas que engendrou na prtica do cuidado da loucura. Para tanto, faremos uma breve descrio do tipo de tratamento dado ao louco no perodo que antecede o surgimento do Tratamento Moral em Paris. Com o Tratamento Moral, nasce a Psiquiatria como especialidade mdica, surgem o alienista e o alienado, o asilo transforma-se em local de cura da loucura e a relao mdico-paciente da seus primeiros passos. A partir de uma anlise bibliogrfica de fontes primrias e secundrias buscamos oferecer aos interessados neste tema dados sobre as bases e as prticas do tratamento iniciado por Pinel, parte da história da psiquiatria e da loucura que so constituintes da realidade psiquitrica atual.
Resumo:
O estudo desenvolvido nesta tese teve por inteno investigar a relao entre a questo da arte e a história do ser, tal como esta ir progressivamente se construir na obra de Martin Heidegger, sobretudo a partir de meados da dcada de 1930. Com isso, pretendeu-se identificar e destacar o papel fundamental que a abordagem desta questo deteve para a chamada viragem (Kehre) e os rumos posteriores da obra deste filsofo, conduzindo seu pensamento para alm dos limites da analtica existencial empreendida em Ser e Tempo (1927) e em direo construo da chamada "história do ser" e questo do acabamento da metafsica como niilismo, na ltima fase de seu pensamento e em obras como o Beitrge zur Philosofie (1938). Para tal, partimos da investigao do ensaio A origem da obra de arte, publicado em meados da dcada de 1930, devido ao carter central (no apenas em sentido cronolgico) que esse texto ocupa para a abordagem do problema, posto nele Heidegger empreender a reviso de conceitos como Zuhandenheit e Vorhandenheit, de modo a assim abrir lugar, em sua ontologia, para este ente que a obra de arte , com isso permitindo que o acontecimento do ser pudesse vir a ser pensando em novas bases e em perspectiva histrico-hermenutica.
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Este trabalho tem como objetivo ressaltar a importncia dos contedos da disciplina História da Lngua Portuguesa para a formao do graduando do curso de Letras. O ensino de Lngua Portuguesa se d, por questes didticas, de forma recortada, sendo cada um de seus recortes (Morfologia, Fontica, Sintaxe etc.) trabalhado em semestres diferentes. A forma fragmentada de estudar a lngua parece induzir o graduando a uma viso tambm fragmentada (e fragmentria) de seu objeto de estudo, prejudicando a formao do futuro professor/pesquisador da lngua. A anlise dos fenmenos lingusticos sob a tica da diacronia em que uma alterao fontica pode, por exemplo, resultar em alteraes morfolgicas e sintticas possibilita a viso da lngua em seu funcionamento como um todo, com suas partes interagindo e se interpenetrando. Essa viso mais ampla, segundo cremos, poder capacitar o aluno para conectar as informaes de diferentes recortes, a fim de alcanar conhecimentos novos e mais complexos. Procuramos evidenciar os benefcios da abordagem diacrnica apresentando o contedo programtico da disciplina História da Lngua Portuguesa e tecendo comentrios que apontam a relevncia de cada contedo para a formao do graduando. Acrescentamos, algumas vezes, sugestes de atividades didticas com o intuito de granjear o interesse do aluno para a disciplina
História de Farrapos: biografia, historiografia e cultura histrica no Rio Grande do Sul oitocentista
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Este trabalho procura conhecer os caminhos pelos quais a história do movimento poltico-militar Farroupilha (1835-1845) foi escrita. Situando essa busca na produo historiogrfica do sculo XIX, optamos por enfatizar o papel da obra biogrfica História do General Osrio, nesse processo. Escrita por Fernando Luis Osrio sobre seu pai, o marqus do Herval, Manoel Luis Osorio e publicada em 1894, o primeiro volume da narrativa biogrfica da vida do General Osorio possu 7 captulos sobre sua participao nos conturbados quase 10 anos do movimento Farroupilha. nesses captulos que concentramos nossa analise, buscando estabelecer o como essa narrativa participou do processo que delegou Farroupilha um local de destaque na cultura histrica riograndense como experincia histrica valorosa, que lhe permite ser lembrada, narrada e comemorada em festa patritica at hoje. Dessa forma, procurou-se estabelecer as bases dessa cultura histrica e o papel da Farroupilha junto ela. Da mesma maneira, visitamos a produo historiogrfica do XIX na inteno de compreender seu papel no estabelecimento de valor para o movimento. Analisamos as possibilidades historiografias da obra e as caractersticas principais da narrativa como o uso documental, o narrador, as discusses historiogrficas e o personagem General Osorio que ali construdo. Identificamos na obra de Fernando Luis Osrio impulsos historiogrficos caractersticos do XIX, buscamos relaes entre a narrativa ali desenvolvida e a história da Farroupilha e pensamos a participao da mesma no estabelecimento do espao valoroso dado ao movimento na cultura histrica riograndense de fins do oitocentos.
Resumo:
As cmaras municipais constituram-se em um dos mais notveis mecanismos de manuteno do vasto imprio ultramarino portugus. Originavam-se dos antigos conselhos medievais, aglutinavam os interesses das elites coloniais ao serem compostas pelos homens bons da colnia, detinham considervel poder sobre a sociedade local alm de terem a liberdade de representar ao rei de Portugal seus anseios ou dificuldades. Paralelo, ao poder do senado da cmara municipal, encontravam-se as autoridades nomeadas pelo rei de Portugal: governadores coloniais. Este compartilhamento do poder na colnia gerava, muitas vezes, conflitos entre a cmara municipal e os funcionrios rgios. No Rio de Janeiro, setecentista, vrios fatores internos e externos colnia deterioraram as relaes entre os governadores coloniais e os membros do senado.Tal situao agrava-se com as incurses corsrias francesas de 1710 e 1711 que demonstraram a fragilidade do imprio portugus que h muito deixara de ter um poder naval significativo, perdendo espaos para potncias como a Frana, Inglaterra e Holanda. Incapaz de conter os inimigos no vasto oceano, desprovido de meios navais capazes de patrulhar os litorais de suas colnias na frica, sia e Amrica, em especial o do Brasil, o imprio portugus dependia cada vez mais dos recursos humanos de suas colnias para a manuteno do seu territrio ultramarino. A corte portuguesa sofreu duro impacto com a conquista da cidade do Rio de Janeiro por Duguay-Trouin e, ao longo dos prximos anos, procurou fortalecer o sistema defensivo de sua colnia com o envio de tropas e navios alm da construo de novas fortalezas e o reaparelhamento do sistema defensivo j existente.Todo este esforo para a guerra era bancado, em sua maior parte, com recursos da prpria colnia do Rio de Janeiro. Obviamente este nus no agradava a incipiente elite mercantil que florescia na colnia resultando no fato de que a poltica de enclausurar o Rio de Janeiro entre muralhas e fortificaes, s custas da economia colonial, colocou em campos opostos os funcionrios do rei e os membros do senado por vrias vezes nas primeiras dcadas do sculo XVIII. Surgiram inevitveis conflitos pelo uso e posse do territrio urbano do Rio de Janeiro cada vez mais pontilhado por fortalezas, sulcado por extensas valas e trincheiras a impedir-lhe o crescimento urbano. Alm do conflito territorial, em funo da expanso da atividade mercantil desenvolvida pelos colonos, as disputas comerciais envolveram as elites locais, vidas por lucros e impulsionadas ao comrcio devido descoberta do ouro na regio das Minas, e as autoridades e comerciantes lusos, uns querendo controlar a atividade comercial que crescia em acelerado ritmo, outros querendo lucrar e disputar espaos com as elites coloniais locais. No meio destes embates encontrava-se a Cmara Municipal do Rio de Janeiro, objetivo maior desta pesquisa, a defender os interesses das elites da colnia, pois delas era representante. Era uma disputa em que, muitas vezes, seus membros pagaram com a perda da liberdade e dos seus bens frente a governadores coloniais mais intolerantes
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O presente trabalho tem como propsito refletir sobre a questo da identidade do sujeito de Os cus de Judas, de Lobo Antunes, a partir do momento em que h um deslocamento espacial do narrador-personagem. Em tempos de guerra colonial, tal deslocamento para o continente africano faz com que o sujeito da narrativa se depare com o outro; isso reflete em sua existncia provocando uma crise de identidade a partir da qual ele passa a questionar sua nacionalidade, sua ptria. Ao contestar seu pas e suas razes, o personagem-narrador acaba por macular a identidade portuguesa sustentada tantos sculos por um imaginrio que j no mais existe.Obrigado a participar da guerra como combatente, o narrador-personagem observa que aqueles que esto do outro lado, os colonizados, tambm sofrem com o sistema de governo institudo por Salazar. O processo de alteridade rasurado e/ou quase desfeito medida que os laos entre colonizado e colonizador se tornam mais estreitos e se rasuram.Na obra Os cus de Judas, a experincia traumtica da guerra instiga o narrador-personagem ao autoexlio, pois o sujeito, ao retornar da guerra na frica, torna-se um refugiado dentro de si mesmo e de sua prpria nao, ensimesmado e expatriado. Tais consideraes colocam em cena os conceitos de identidade do sujeito e da nao revisitados pela memria
Resumo:
O presente trabalho tem por objetivo apresentar o papel do design no mercado brasileiro de perfumes. Parte-se da hiptese de que ele o elemento fundamental para o bom desempenho desse segmento. Na medida em que ele possibilita a diferenciao entre as diversas embalagens, criando uma segmentao para o consumo nas mais diversas camadas sociais. Inicialmente ser apresentado o universo do perfume, abordando seus aspectos tcnicos e culturais. Uma relao de matrias primas utilizadas na indstria de perfumaria ser fornecida. Seu propsito proporcionar ao designer profissional e ao designer pesquisador uma referncia visual dos elementos que compe um perfume. Adiante, os principais aspectos da história do perfume no mercado nacional de perfumaria so destacados, bem como a mudana de paradigmas de consumo ao longo dessa trajetria. Segue-se com a apresentao das peculiaridades de um projeto de embalagens para esse segmento, destacando o perfil do designer, desse mercado e uma relao de termos tcnicos. Por fim, um modelo para catalogao ser apresentado e aplicado a um grupo de perfumes nacionais e internacionais. O estudo se encerra com uma anlise das embalagens catalogadas, a fim de mostrar que existem diferentes solues de design para comunicar os conceitos de um perfume.
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Se a escrita pessoal precisa sobreviver como habilidade individual perante as novas tcnicas de produo textual, parece-nos necessria uma anlise da escrita manual sob uma nova perspectiva. Num universo regido pelas mdias tecnolgicas, no qual o computador pode ser visto como uma verdadeira extenso do homem, qual o lugar da escrita manual na atualidade? E, ainda: acreditando que o design pode auxiliar o educador, de que forma o mesmo pode interferir na aquisio da escrita manual e na formao de uma escrita legvel e funcional? O presente projeto de pesquisa procura lanar luzes sobre este tema a partir de uma sntese dos principais modelos de escrita adotados na educao fundamental no Brasil durante o sculo XX. Para tanto, vamos elenc-los e analis-los buscando relaes e pontos comuns entre esses modelos e apontando para uma reflexo futura, calcada no campo do design e, em especial, da tipografia, tendo a aquisio da escrita como pano de fundo.
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Realizada no esprito da pesquisa-ao, a presente dissertao historia a atuao de sua autora, uma fonoaudiloga escolar, na conduo de um grupo de estudos junto com um grupo de professoras da sua escola, no sentido de juntas buscarem subsdios sobre os fatores subjacentes s dificuldades ortogrficas do alunado, de modo a possibilitar o desenvolvimento de atividades pedaggicas capazes de reverter essas dificuldades. Relata como foi feito o diagnstico inicial de tais dificuldades e o desenvolvimento do processo de apropriao de conhecimentos e de reavaliao pedaggica ocorrido durante os encontros do grupo, que duraram seis meses, bem como apresenta a avaliao posterior do trabalho realizado feita pelas participantes, inclusive pela prpria pesquisadora, que tambm testemunha sobre o seu prprio desenvolvimento pessoal durante o processo. Tambm estabelecida na dissertao uma correlao entre a questo das dificuldades ortogrficas com outros aspectos da aquisio da escrita; e so ainda apresentados boa parte dos saberes, concluses e resultados obtidos pelo grupo, com o objetivo de fazer deste prprio texto uma contribuio para outros professores e tcnicos escolares que se defrontem com problemas de aquisio da ortografia
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O estudo ora apresentado pretende concentrar-se, principalmente, na anlise do romance Vida e morte de M. J. Gonzaga de S e trazer alguma contribuio no que se refere relao desta obra com aspectos do romance moderno, assim como identificao de procedimentos narrativos que explicitam traos do realismo de Lima Barreto, perpassados pela experincia da modernidade no Brasil. Nesse percurso, busca-se revelar a dinmica que se estabelece entre cidade e subjetividade na vinculao com a memria individual e as consequncias para a realizao da narrativa. Realizou-se, inicialmente, uma abordagem histrica de temas como a origem do romance, a formao do pblico leitor na Inglaterra e no Brasil e as concepes de realismo que perpassam a forma romance, a fim de se compreender e identificar o lugar da obra de Lima Barreto na história da Literatura. Apresentou-se, ainda, correlao das concepes de memria e história, que podem ser vislumbradas no romance estudado, a partir de estudos tericos de obras escolhidas de Friedrich Nietzsche e Walter Benjamin
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Nosso objetivo neste trabalho investigar como o design grfico se relaciona com os meios de produo da indstria grfica brasileira. No comum encontrar referncias abordando temas que relacionam design e tecnologia em livros sobre a história do Brasil, o que demonstra a urgncia do resgate histrico de indstrias que implementaram novas tecnologias para atender a demandas projetuais e mercadolgicas. Sediada na cidade do Rio de Janeiro, a clicheria Latt-Mayer como era comumente chamada, era sinnimo de qualidade e tecnologia. Entre seus clientes podemos apontar agncias de publicidade, editoras, escritrios de designers e grficas de todo pas. Esta pesquisa se baseia em um corpus composto por imagens, documentos, manuais tcnicos, reportagens, matrizes e depoimentos com pessoas que estiveram diretamente envolvidas com essa empresa. Catalogamos maquinaria e tcnicas utilizadas, alm de projetos grficos relevantes que tiveram matrizes e provas produzidas na empresa. Por meio deste trabalho, possvel visualizar um abrangente painel histrico, que contempla um perodo em que ocorreram significativas transformaes na relao entre designers e tecnologia na indstria grfica brasileira.
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O principal objetivo deste trabalho foi realizao de um estudo geolgico sobre os folhelhos fraturados da Formao Candeias que ocorrem em diferentes partes da Bacia do Recncavo, sendo enfatizadas suas principais relaes com a acumulao de petrleo. Este trabalho contempla, ainda, uma reviso bibliogrfica acerca da evoluo da campanha exploratria nesta bacia, desde seus primrdios, na dcada de trinta, alm de uma anlise sob as perspectivas na rea de explorao e produo. A Bacia do Recncavo, situada na regio Nordeste do Brasil, est inserida numa grande bacia tafrognica (Rifte abortado Recncavo-Tucano-Jatob), originada nos momentos iniciais de ruptura do paleocontinente Gondwana ocidental, no Eocretceo, sob os campos de tenses que produziram o Oceano Atlntico. Em termos estratigrficos, a bacia guarda um importante registro geolgico, compreendido por depsitos continentais (lacustres, fluvio-delticos, nerticos, elicos e leques aluviais), sendo subdividido em seis seqncias sedimentares, referentes aos estgios pr-rifte e rifte. As principais acumulaes de petrleo na bacia podem ser agrupadas em trs grandes sistemas: pr-rifte, rifte-Candeias e rifte-Ilhas, representando plays exploratrios distintos. As perspectivas futuras para a Bacia do Recncavo devem considerar a importncia da identificao de novos plays exploratrios, atravs da caracterizao de novos intervalos geradores e reservatrios, como o caso dos folhelhos fraturados e do shale gas. No menos importante o desenvolvimento de novas tcnicas de produo, aumentando o fator de recuperao de campos produtores.
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Oliveira Vianna claro em seu anti-liberalismo. Mas nem por isto fcil arguir simplesmente que quando fala em tom elogioso da experincia inglesa, por exemplo, o faz com finalidade argumentativa, com vistas a tornar seu discurso informado e palatvel. Nada disso. A hiptese a ser explorada aqui a de que a reflexo terica de Oliveira Vianna repousa sobre dois recursos história. Um que formula uma narrativa sobre o passado e pe para frente um objetivo, a solidariedade. E outro ao qual recorre com menos frequncia, de forma menos clara, e que guarda relao com uma finalidade mais ampla: a de inscrever o Brasil na rubrica da modernidade. Sim, como quem concebe um movimento certo para a história, mas inscrevendo nele mais de um projetos possveis. Isto , se por um lado a Europa moderna liberal, coisa que o Brasil no pode ser, por outro, a Europa do corporativismo coloca a possibilidade de uma modernidade que, como no etapa, mas substituto do liberalismo, representaria um caminho mais curto para a realidade ptria.
Resumo:
A partir da leitura crtica de Mafalda, obra do cartunista argentino Quino, e alicerados no conceito de hegemonia de Gramsci, sobretudo na noo de contra-hegemonia, buscamos analisar as possibilidades de se construir coletivamente sentidos contra-hegemnicos no ensino de História a partir do que chamamos de crtica aos elementos caractersticos da sociedade burguesa (a democracia, o individualismo, o estmulo ao consumo, a propriedade privada, a naturalizao das diferenas, a competio, dentre outros). As contribuies de Gramsci ao campo da Educao, como o vnculo dialtico entre as relaes hegemnicas e pedaggicas, sua concepo da escola como um destacado aparelho privado de hegemonia, alm das reflexes sobre os intelectuais e sua ao pedaggica na construo/difuso/legitimao de consensos, constituem pilares fundamentais das anlises. esforo fundamental da pesquisa identificar em que medida os professores, conscientes de seus vnculos de classe e compromissados com as classes dominadas, podem atuar como educadores-intelectuais orgnicos estas classes, no mbito da escola, tornando-a uma trincheira sob o conceito gramsciano de guerra de posio contra a hegemonia burguesa. Em termos metodolgicos, foram selecionadas quinze tiras de Mafalda (divididas em onze temas os elementos que caracterizam a sociedade burguesa), presentes na obra Toda Mafalda (2002), no intuito de subsidiar as reflexes aqui esboadas. Obviamente, todo recorte ideolgico e nenhuma escolha neutra. As tiras escolhidas, longe de sintetizarem o olhar do artista argentino a respeito da burguesia, atendem aos objetivos deste trabalho.