57 resultados para Gramática comparada e geral Síntaxe

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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Alguns estudos na rea da Psicolingustica tratam sobre a interrupo da forma natural da fluncia da fala. Essas suspenses so denominadas disfluncias e podem ser de variados tipos como, por exemplo, repeties, substituies ou pausas. Entre alguns trabalhos sobre disfluncias, destaca-se o realizado por Jaeger (2005), que tratou da omisso do relativizador that na lngua inglesa e a possibilidade desse fator ser responsvel pela criao de disfluncias. Nessa mesma linha, objetivamos analisar as disfluncias na camada dos relativizadores camada CP em lngua portuguesa brasileira. Para isso, tomaram-se dados obtidos por Corra et al (2008) sobre produo de oraes relativas. Nesse estudo, os autores, buscando verificar a complexidade da formulao de oraes relativas, manipularam duas condies: plenamente planejada que reduziria a carga de processamento e, consequentemente, levaria maior produo de oraes relativas padres e parcialmente planejada a qual aumentaria a carga de processamento e, consequentemente, maior produo de oraes relativas cortadoras e resumptivas. Diante disso, sabendo que o planejamento de estruturas mais complexas pode ser um fator que gere mais sentenas disfluentes, resta saber em qual das condies, estipuladas por Corra et al (2008), haveria maior caso de disfluncias. Acreditamos que a condio parcialmente planejada resultaria mais casos de disfluncias em comparao condio inteiramente planejada. Para verificao de tal hiptese, a presente pesquisa focou suas atenes no banco de dados de Corra et al (2008). Aps determinados critrios, privilegiamos sentenas de oraes relativas genitivas, oraes relativas de objeto indireto funcional e oraes relativas de objeto indireto lexical, pois tais seriam construes sintticas mais complexas e passveis de terem mais casos de disfluncias. Identificadas e quantificadas todas as falas de interesse, criamos tabelas para melhor visualizao das disfluncias em localizaes especficas na sentena como, por exemplo, antes da orao relativa (AOR), na orao relativa (NAOR) e depois da orao relativa (DPOR). Com tais dados analisados, verificamos que eles corroboravam a hiptese levantada: na condio parcialmente planejada h mais casos de disfluncias do que na condio inteiramente planejada, principalmente quando se focalizada a localizao NAOR. Entre os principais resultados, percebemos que as disfluncias do tipo pausas preenchidas aparecem em grande quantidade na localizao NAOR, fator que revela uma caracterstica especial da orao relativa. Essa disfluncia, nesse trecho da sentena, revela que os falantes no somente fazem uma procura lexical, como tambm, um planejamento discursivo. Tais resultados nos motivaram a pensar em outras determinadas situaes de pesquisa como, por exemplo, a anlise das disfluncias em sentenas de voz passiva

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Esta tese de doutorado parte da perspectiva inicial de que a gramaticalizao se restringe a tratado sobre itens lexicais ou discursivos que se tornam itens gramaticais (o que a enquadraria dentro da Teoria da Variao, inserta esta dentro da Pesquisa Sociolingustica), mas segue em direo a um salto epistemolgico que remodele aquela perspectiva, ampliando-a a patamar do qual ela pode ser observada como teoria autnoma, investigativa de fenmenos limtrofes e nem sempre discretos entre linguagem e lngua, discurso e texto, descrio e prescrio, oralidade e escrita, lxico e gramática. Desse modo, propugna-se pela viso epistemolgica do tema, conduzido, at aqui, de modo puramente ontolgico, circunscrito a um (e apenas um) dos muitos espectros que se podem alcanar com a aludida ampliao quele que vem sendo perquirido como tratado, porm que, segundo se pretende demonstrar, pode e deve ser expandido malha de uma teoria geral, qual seja a Teoria Geral da Gramaticalizao: trata-se, aqui, de seu objetivo geral. Para esse propsito, vale-se a tese de filsofos da linguagem que atuaram sobre essa faculdade ou capacidade humana de forma direta ou indireta desde os seus primrdios ocidentais (como Scrates, Plato e Aristteles), passando pelos pensadores mais incisivamente preocupados com os aspectos cognitivos e interativos da linguagem e da lngua (como Hegel, Husserl, Saussure, Sapir, Bloomfield, Wittgenstein, Derrida, Chomsky, Labov, Charaudeau, Maingueneau, Ducrot, Coseriu), alm de ser necessria a incurso Gramaticografia mais estrita (como a empreendida por Dionsio da Trcia, Varro, Arnault e Lancelot, Nebrija, Jernimo Soares Barbosa, Eduardo Carlos Pereira, Said Ali, Bechara), e, naturalmente, a contribuio filosfica dos pesquisadores sobre a gramaticalizao (como Meillet, Vendrys, Bral, Kurilowicz, Traugott, Heine, Hopper, Lehmann). Uma vez que se tenha mostrado ser verossmil aceitar-se a gramaticalizao como teoria autnoma, esta tese pretende legar-lhe o papel instrumental de metodologia auxiliar a muitas entre as que ora se empreendem quando se trata de pesquisas em campos cuja ocupao a linguagem e a lngua: trata-se, aqui, de seu objetivo especfico. Para essa duplicidade de metas ou objetivos, ser necessrio compreender conceitos, categorias e prottipos oriundos da Filosofia da Cincia (Epistemologia), do contraste entre cincias da linguagem e outros ramos do saber, da imerso em Gramaticologia e Gramaticografia (e, em alguns aspectos, em Gramatizao e Gramatologia) referentes Lngua Portuguesa, da defesa, enfim, de que o ensino da Gramática Formal (ou Normativa) do idioma privilegia a acepo reflexiva e ativa (plena) dos usos ou atos a que a linguagem s pode chegar por meio do domnio da lngua em toda a sua tessitura epistemolgica, que gera comunicao e expressividade, raciocnio e emotividade, indo da concretude do discurso ou da oralidade abstrao da entidade pouco ou nada material, que, por sua vez, mais nitidamente representada pela escrita, seu estgio por assim dizer de forma ainda mais pura, conquanto no excludente da substancialidade com que dialoga de modo incessante no seu constante e dialtico passado-futuro ou diversidade-homogeneidade (tese e anttese) de onde emerge o seu presente ou a sua unidade (sntese)

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A proposta deste estudo confrontar a obra potica de Joo Cabral de Melo Neto pela perspectiva de uma anlise lingustico-discursiva. Procuramos de imediato estabelecer de que maneira um estudo do lxico, da sintaxe e dos aspectos discursivos pode contribuir para a compreenso e o desvendamento da obra desse poeta. Para tanto, concentramos nossas investigaes no mbito dos procedimentos lingusticos de Joo Cabral, buscando verificar os alcances de atuao da linguagem e do estilo como elementos de manifestao artstica da lngua, nos limites do lxico e da organizao sinttica. A partir da, tentamos entender como essas manifestaes produzem os efeitos de sentido na constituio potico-discursiva do texto

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Neste estudo qualitativo, objetiva-se descrever os usos do conector mas em um corpus de mediao endoprocessual, luz da Lingustica Cognitiva, baseando-se, sobretudo, na Teoria da Metfora Conceptual e nos conceitos de categorizao, esquemas imagticos e modelos cognitivos idealizados (MCIs). Investigam-se as bases cognitivas que fundamentam os sentidos do mas e a funo argumentativa desse conector na mediao, a partir de duas hipteses gerais, a saber: (i) defende-se que o conector mas funciona como um gatilho para a ativao do MCI de guerra, em termos do qual conceptualizado o conceito de discusso, como afirmam Lakoff e Johnson (2002[1980]); e (ii) acredita-se que tal conector possa ser caracterizado como uma categoria radial, formada a partir dos diferentes esquemas imagticos que fundamentam as ocorrncias desse elemento na interao. Tendo em vista essas hipteses, objetiva-se: (i) apontar as funes argumentativas do mas na mediao, sinalizadas pelos mapeamentos metafricos ativados durante a discusso e (ii) descrever os sentidos evidenciados pelos usos do mas no gnero analisado, os quais so evocados pelos diferentes esquemas imagticos em que se baseiam. Os resultados indicam que esse conector pode ser compreendido como uma categoria radial, formada a partir de esquemas de fora distintos. Alm disso, verifica-se que os trs usos mais prximos ao centro da categoria relacionam-se fortemente a um confronto ou a uma disputa de posio entre os participantes da interao, enquanto os trs mais perifricos so estreitamente ligados a uma estratgia de manuteno da posio argumentativa do falante. Considera-se que esta pesquisa possa colaborar para o estudo do conector mas, devido observao do comportamento semntico-discursivo desse item em um gnero pouco contemplado, a mediao; e, devido escolha do paradigma adotado, que permite analisar o conector em todas as suas ocorrncias, no havendo necessidade de separar os usos chamados de interfrsticos daqueles denominados incios acessrios ou pr-comeos

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Esta tese examina os critrios utilizados para a definio e identificao dos prefixos em gramáticas tradicionais e modernas, estudos lingsticos e dicionrios. Discute as diferenas entre os processos de derivao e composio, o tratamento dado prefixao por diferentes autores, a terminologia empregada na anlise mrfica, algumas propostas para distinguir os prefixos dos radicais, bem como o conceito de prefixide (ou pseudoprefixo). Apresenta ainda uma anlise das semelhanas e divergncias entre os prefixos registrados nas verses eletrnicas do Novo dicionrio Aurlio da lngua portuguesa (FERREIRA, 2004) e do Dicionrio Houaiss da lngua portuguesa (HOUAISS, 2001), a fim de contribuir para uma descrio mais coerente dos elementos prefixais do portugus

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Esta dissertao aborda a questo da transferncia entre lnguas na aquisio de segunda lngua/lngua estrangeira (L2/FL), mais especificamente, a influncia do Portugus Brasileiro (PB) como lngua materna (L1) na aquisio de ingls como L2/FL no que diz respeito ao preenchimento da posio de sujeito pronominal. Esse fenmeno investigado luz da teoria lingustica gerativista nos moldes do Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995) e da psicolingustica, no mbito das questes de aquisio de L2/FL, cincia responsvel por fornecer modelos procedimentais de como a produo e a compreenso de sentenas podem ser entendidas. A discusso sobre o modo como se d a aquisio de L2 tem se mostrado complexa na literatura. O PB e o ingls diferem em relao satisfao do trao EPP, responsvel pelo preenchimento da posio de sujeito sinttico nas lnguas naturais. O PB tem se aproximado do ingls quanto ao preenchimento de sujeitos referenciais, mas no no que concerne aos sujeitos expletivos, apresentando ainda construes de tpico-sujeito, caractersticas que podem interferir na aquisio do valor paramtrico negativo para sujeitos nulos no ingls. A fim de investigar as mudanas que vm afetando o PB nesse mbito e observar o quanto aprendizes de ingls como FL falantes de PB se mostram sensveis agramaticalidade de sentenas com sujeito nulo no ingls em diferentes contextos, foram realizados dois experimentos, ambos com uma tarefa de julgamento de gramaticalidade. O experimento piloto foi realizado com aprendizes dos nveis bsico e avanado e apresentava dois tipos distintos de sentenas (Tipo 1: sujeito nulo e Tipo 2: tpico + sujeito nulo); e um experimento final com aprendizes dos nveis bsico, intermedirio e avanado, com trs tipos de sentenas (Tipo 1: sujeito nulo, Tipo 2: tpico + sujeito nulo e Tipo 3: conjuno + sujeito nulo). Dada a complexidade da gramática do PB, nossa hiptese de trabalho de que no se observe uma transferncia total, mas o surgimento de uma interlngua que ora se aproxima, ora se afasta da gramática-alvo, refletindo a sobrecarga de processamento que lidar com as duas gramáticas impe. Os resultados sustentam a hiptese ao indicar que (i) o valor do parmetro do sujeito nulo parece ser transferido da L1 para a L2, uma vez que foi encontrado um alto nmero de respostas incorretas; (ii) a interferncia se d mais fortemente no mbito dos sujeitos expletivos; (iii) h interferncia de restries gerais da gramática da L1 (restries a V1) na L2; e (iv) a interferncia diminui em funo do aumento da proficincia em L2. Alm disso, nas sentenas do tipo 2, parece haver uma possvel interferncia do PB que acaba por mascarar a omisso do expletivo, o que indica uma dificuldade de integrao de informaes provenientes das limitaes decorrentes da necessidade de processar duas lnguas em momentos especficos de modo a evitar a interferncia da lngua indesejada, no caso a L1, que por ainda ser dominante exige mais recursos para ser inibida (SORACE, 1999, 2011).

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O objeto de estudo deste trabalho so as estruturas em lngua portuguesa padro em que ocorre a chamada indeterminao do sujeito. A partir da anlise de textos do gnero entrevista, publicados na Revista Veja (seo 'pginas amarelas'), analisam-se as principais caractersticas sintticas, semnticas, pragmticas e discursivas do sujeito indeterminado. Admitindo que a linguagem permite ao homem interpretar o mundo em que vive, busca-se apresentar os mecanismos de indeterminao do sujeito como uma forma de referenciao indeterminada. Para tanto, foram investigadas, criticamente, as principais noes de sujeito e de sua indeterminao, em diversos estudiosos da lngua portuguesa, desde pocas remotas at os dias atuais, comparando-se os critrios (sintticos, semnticos, mrficos e discursivos) apresentados nesses estudos. A partir da anlise do corpus, verifica-se que os diversos mecanismos de indeterminao possuem graus especficos e que se podem permutar. Alm disso, fica patente que h tipos verbais afins a certas estruturas de sujeito indeterminado. Desse modo, a referenciao indeterminada construda a partir do lugar sinttico sujeito caracteriza-se como poderosa estratgia discursiva

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A presente investigao se volta para a expresso de objeto direto anafrico (ODA) na produo de dados espontneos de aquisio bilngue simultnea (BFLA Bilingual First Language Acquisition) de Portugus Brasileiro (PB) e de ingls. A literatura em BFLA tem assumido que as duas lnguas so adquiridas de maneira independente (DE HOUWER, 1990, 2005; PARADIS; GENESEE, 1996), porm indica que pode haver momentos de interao entre os dois sistemas lingusticos, resultando em transferncia entre propriedades paramtricas das lnguas (HULK; MLLER, 2000; MLLER; HULK, 2001; PREZ-LEROUX, et al 2009 ; STRIK; PREZ-LEROUX, 2011; SORACE, 2011). Essa investigao conduzida com base na teoria de Princpios & Parmetros (CHOMSKY, 1981) do Gerativismo, reformulada com o Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995). PB e ingls se diferenciam em relao marcao paramtrica para ODA: o PB admite objeto nulo anafrico (ON) e o ingls no. A hiptese de trabalho adotada de que haver transferncia do PB para o ingls. Dois tipos de categorias nulas so observados: objetos nulos ditico (Odeit) e anafrico (ON). Assume-se que a manifestao do primeiro tipo indica um estgio default universal, que constituiria uma estratgia facilitadora (RIZZI, 2005). A possibilidade de uso de ONs agramaticais no ingls concebida como resultado da presena de dados ambguos, que reforariam essa possibilidade equivocadamente no ingls, em consonncia com o defendido em Hulk & Mller (2000) e Mller & Hulk (2001). Assume-se, ademais, que as restries semnticas que regem a distribuio das formas possveis para ODA no PB (CYRINO, 2006; LOPES, 2009) s poderiam ser detectadas em uma faixa etria mais alta. So analisados dados espontneos de trs bilngues simultneos (N, L e A) em interao com seus pais. N foi acompanhado dos 2;1,18 aos 3;8,24 anos de idade, enquanto L foi acompanhada dos 2;5,30 aos 3;1,1 anos e A foi acompanhado dos 3;2,6 aos 3;8,26 anos. As manifestaes de ODA foram identificadas e classificadas em DP, pronome, ON e ODeit. Comparando os bilngues, constatou-se que cada criana parece estar em um momento de aquisio: N apresenta instncias de ODeit em contextos imperativos e pronomes aparecem apenas no ingls aos 2;5,2 anos. L tem preferncia por DPs nas duas lnguas e usa pronomes apenas na lngua inglesa. Aos 2;6,22 anos, surgem instncias de ON com mais frequncia no PB, mas tambm no ingls. A criana A apresenta todos os tipos de preenchimento de ODA e ONs aparecem nas duas lnguas. Os dados indicam que ONs agramaticais esto presentes no ingls, sugerindo que h transferncia do PB para o ingls

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A designao verbo pronominal bastante recorrente na descrio gramatical e lexicogrfica brasileira. Apesar disso, a conceituao e as anlises das construes rotuladas assim nem sempre apresentam rigor cientfico, uma vez que em geral no se esclarecem quais so os critiros para a incluso de dada construo no rol dos verbos pronominais. O resultado disso que estruturas de comportamento semntico e sinttico bastantes variados so identificadas como comuns. Este trabalho apresenta uma anlise das construes pronominais que aparecem no romance Vidas Secas, do escritor alagoano Graciliano Ramos com a discriminao delas em subtipos semnticos e sintticos. Para tanto, procedemos ao estudo de processos relacionadas a essas estruturas. So eles: a reflexividade, a passividade, a ergatividade e a medialidade. Antes disso, porm, faz-se uma reviso bibliogrfica da descrio das construes pronominais na tradio gramatical e lexicogrfica brasileira. So examinados dez gramáticas consagradas e cinco dicionrios de ampla circulao. O objetivo desse estudo foi verificar a maneira como as estruturas em questo so tratadas nas referidas obras a fim de julgar a coerncia das anlises. Tomamos como referencial terico para a distribuio das construes pronominais os subtipos criados por Kemmer, conforme expostos por Camacho (2003) assim como a anlise das construes pronominais de Zorrraquino (1979).

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O presente trabalho tem por objetivo analisar o valor expressivo das frases nominais no romance Pedro Pedra, de Gustavo Bernardo. No ensino de lngua materna, comumente as frase nominais s recebem a classificao de construo que dispensa o uso do verbo. Desse modo, pouco explorado dessa construo lingustica. A presente pesquisa estabelece, portanto, como objetivo uma proposta de leitura que busca no s o valor gramatical das frases nominais, mas tambm o valor expressivo que elas podem desempenhar no texto. Alm disso, procura estreitar o elo indispensvel, na Educao Bsica, entre as aulas de lngua materna e as de literatura , a fim de articular a leitura do texto literrio com o ensino de Lngua Portuguesa. Durante a pesquisa, observou-se que as frases nominais possuem variaes e que cada uma delas apresenta uma caracterstica prpria, expressando, nas passagens em que so utilizadas, uma especificidade. no universo descritivo que as construes nominais ganham maior destaque, contribuindo para a representao mental do elemento descrito, dando-lhe realce e propiciando impresses sensoriais. Desse modo, a presente dissertao trabalha as frases nominais como um recurso expressivo da lngua. Com isso, pretende-se a reflexo sobre a produtividade do trabalho com a leitura literria nas aulas de lngua materna, levando em conta de que o texto literrio possui todas as possiblidades da lngua em potencial.

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O futuro verbal caracteriza-se por uma conformao cognitiva e semntica bastante distinta da verificada nos demais tempos verbais, distintos do tempo cronolgico. Tal fato apresenta-se abrangente nas lnguas e traz consequncias morfossintticas apreciveis na constituio de tal tempo verbal em portugus, tanto em perspectiva sincrnica quanto em diacrnica. Hoje, em lngua portuguesa, presenciamos uma nova mudana na manifestao desse futuro verbal, com a crescente difuso da forma perifrstica composta por ir e infinitivo, como gramaticalizao da expresso de futuro. Tal processo de mudana ainda se encontra em curso na lngua, fato atestvel em vrios usos. Objetivamos aqui a descrio dos tempos verbais futuros da lngua portuguesa, que no se confundem com a simples expresso de futuridade, bem como o estabelecimento de um estudo comparativo entre trs variedades do portugus, a brasileira, a europeia e a moambicana, quanto a usos e valores do futuro do presente, tempo verbal prototpico dos futuros

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Considerado pela maioria da crtica como uma literatura ptrida (cf. ULBACH, 1868) ou torpe (cf. VERSSIMO, 1894), acusado de confundir ingenuamente cincia e literatura, bem como de cientizar a linguagem literria, e em particular no Brasil, alm disso, questionado por plgio ou importao de uma moda estrangeira, o naturalismo foi relegado s margens da historiografia literria. Assumindo como ponto de partida esse panorama crtico, a tese prope uma reavaliao crtica e historiogrfica da esttica naturalista, comeando por descrever e analisar sua origem no decurso da histria, a partir do advento do realismo moderno nas obras de Stendhal e de Balzac (cf. AUERBACH, 2004). Enfoca a lenta afirmao dos termos realismo e naturalismo, bem como a importncia da contribuio de diferentes romancistas franceses no processo de consolidao da esttica realista e de seu prolongamento no naturalismo. Discute-se tambm o projeto esttico proposto por Zola, assim como se desconstroem mitos corroborados pela historiografia literria a respeito da teoria e do movimento naturalistas. Por fim, correlacionando a esttica naturalista com o ideal republicano, aborda-se a aclimatao dos princpios naturalistas no Brasil, na obra daquele que foi seu principal representante, Alusio Azevedo. A partir de uma abordagem comparativa entre o naturalismo na Frana e no Brasil, busca-se, em sntese, contribuir para o processo de reviso crtica e historiogrfica de um perodo literrio muito produtivo nos dois pases, no obstante a tendncia para sua desvalorizao em geral observada nas manifestaes da crtica novecentista

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Como gnero, o dicionrio inscreve-se na sociedade entre as obras de autoridade, que servem como referncia para a construo dos mais diferentes gneros. Alm disso, encerra um discurso pedaggico, j que, por meio das definies, consulentes partilham do conhecimento detido pelo lexicgrafo. O dicionrio tambm um gnero mltiplo, formado por diferentes subgneros, como o verbete e os textos de abertura (prefcio, apresentao, detalhamento). Espcie de colnia, que agrega outros textos, define-se tambm por suas caractersticas formais bem marcadas, como a alfabetao e a composio por verbetes. Mltiplo por sua prpria natureza e sujeito ao dialogismo da enunciao, o dicionrio atravessado por muitas vozes e enunciadores, no apenas os prprios redatores, mas tambm outras obras de referncia, tcnicas ou de outras lnguas. Essas vozes so costuradas pelo dicionarista, figura do discurso que gerencia os enunciados, envoltos na expectativa da neutralidade da descrio isenta. nosso grande interesse observar em termos prticos quais so as fronteiras entre o discurso aparentemente isento que se pretende que o dicionrio tenha e as brechas de onde emergem outras vozes que povoam essa colnia. Para busc-las, valemo-nos basicamente dos estudos de polifonia de Ducrot, da noo de ethos de Maingueneau e Charaudeau e das formas de modalizao que Castilho e Castilho (2002) arrolaram em seu estudo sobre os advrbios na Gramática do portugus falado, volume II. Por meio da pesquisa reversa com base nos termos modalizadores de Castilho e Castilho no Dicionrio Aurlio da lngua portuguesa (DALP, 2010) e no Dicionrio Houaiss da lngua portuguesa (DHLP, 2009), buscamos partir da definio para as entradas, identificando os enunciadores que se mostram ou se escondem, afianam ou refutam, negam ou afirmam uma proposio. Por meio dessas ocorrncias, podemos chegar a enunciados postos e pressupostos e explorar diferentes aspectos da enunciao, desnudando parte das vozes que povoam essa colnia

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O presente estudo trs informaes acerca da comunidade de anfbios anuros do folhio nas florestas que compem a regio da Serra das Torres, sul do Esprito Santo, sudeste do Brasil. Foram utilizados mtodos de parcelas 4 x 4 m para obter os primeiros dados de sazonalidade na composio, massa e densidade no estado do Esprito Santo. Amostragens de campo foram realizadas durante as estaes seca e de chuvas, no perodo de junho de 2009 a dezembro de 2010. Foram registrados 348 indivduos com mdia de 1,0 0,1 ind/parcela, em 14 espcies associadas ao folhio do cho da floresta. As curvas de rarefao e do coletor apresentaram assntotas tendendo a estabilizarem. A densidade de anuros na rea estudada foi de 6,59 ind/100 m e a biomassa total 413,9 g. Brachycephalus didactylus foi a espcie com maior densidade (3,8 ind/100 m) e a maior abundncia (100 indivduos ou 40,6% da comunidade geral), entretanto, apresentou biomassa relativamente baixa (16,8 g) quando comparada s demais espcies como Haddadus binotatus (239,6 g ou 57,2% da biomassa total da comunidade). No foi registrada nenhuma variao sazonal em relao densidade ou biomassa na comunidade. A umidade relativa do ar e a profundidade do folhio foram fatores ambientais significativos para a abundncia de indivduos, enquanto a temperatura e a presena de rochas ou rvores no interior das parcelas no foram importantes na estruturao da comunidade daquela rea. Este estudo aumenta a distribuio geogrfica de Brachycephalus didactylus, Zachaenus parvulus, Physalaemus crombiei, Ischnocnema cf. bolbodactyla, Ischnocnema gr. lactea e Leptodactylus cf. bokermanni.

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No ensino de lngua nacional, concordncia um dos tpicos em cujo aprendizado observa dificuldade por parte dos discentes, principalmente pelo grande nmero de regras facultativas das gramáticas, que muitas vezes no levam em conta o uso formal real da lngua. Este trabalho visa a descrever esse uso, a partir da observao de um corpus do caderno opinio de jornais de grande circulao, confrontando os resultados com as prescries da norma gramatical escolar, a fim de separar, em tais prescries, a parte aproveitvel da no coincidente com a realidade do corpus, se for o caso. Pretende-se, dessa forma, contribuir para a boa qualidade do ensino da lngua portuguesa nos nveis fundamental e mdio, especificamente no que se refere concordncia