283 resultados para Exercícios físicos Efeito fisiológico - Teses

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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O exerccio contnuo de baixa intensidade capaz de atenuar a hipertrofia da clula muscular lisa da parede da aorta de ratos espontaneamente hipertensos (SHR), e parece atuar sobre a distribuio de fibras oxitalnicas, elaunnicas e elsticas. As alteraes funcionais das grandes artrias relacionadas com a idade, deposio de colgeno e elastina na parede arterial e a elasticidade, so tambm melhoradas com a atividade fsica. No presente trabalho objetivamos estudar os efeitos da atividade fsica aerbica de baixa intensidade no remodelamento estrutural da artria aorta em modelo de hipertenso gentica de ratos SHR. Atravs da anlise da distribuio das fibras oxitalnicas, elaunnicas e elsticas na aorta dos animais controles e SHR submetidos ou no a atividade fsica de baixa intensidade. Foram utilizados 32 ratos, sendo 16 ratos SHR machos e 16 ratos normotensos Wistar Kyoto (WKY) machos com 8 semanas de idade. Ratos machos foram alocados em 4 grupos: WKY sedentrio (WKY-SED), WKY exercitado (EX-WKY), SHR sedentrio (SED-SHR), e SHR exercitado (EX-SHR). Os ratos sedentrios foram limitados atividade na caixa, enquanto que os ratos exercitados foram submetidos a um exerccio de 1 h / dia, 5 dias / semana. Esses grupos passaram pelo protocolo de atividade fsica de 20 semanas e a presso arterial foi mensurada semanalmente (PA). As aortas foram colhidas e processadas para microscopia de luz, microscopia eletrnica e western blotting. Foram realizadas as coloraes orcinol neo-fucsina e resorcina-fucsina de Weigert. No grupo hipertenso, o exerccio mantm a PA em um nvel relativamente semelhante ao inicio do protocolo, mostrando a capacidade de prevenir o aumento da PA ao longo das 20 semanas. No grupo dos animais hipertensos no tratados, a PA aumenta. A PA aumentou progressivamente nos ratos SED-SHRs atingindo 1894 mmHg, mas o exerccio fsico impediu este processo. Ao final do experimento a PA nos ratos EX-SHRs foi similar o dos ratos WKY (1184 vs. 1144 mmHg), respectivamente. Observou-se maior expresso de elastina e maior distribuio de fibras oxitalnicas, elaunnicas e elsticas em animais que foram submetidos ao protocolo de exerccio fsico. A porcentagem de fibras elsticas e oxitalnicas foi menor em SED-SHR comparado com SED-WKY, mas o exerccio fsico aumentou a porcentagem dessas fibras em ambos os grupos. Atravs da imuno-histoqumica ultra-estrutural para elastina e fibrilina, os grupos EX-WKY e EX-SHR apresentaram uma marcao mais intensa para elastina e fibrilina. Animais hipertensos que no sofreram o protocolo de exerccio fsico apresentam espessura da parede da aorta maior que a dos animais que sofreram o exerccio. O nmero de lamelas elsticas, bem como as fibras oxitalnicas e elaunnicas, maior no grupo EX-SHR, em relao ao SED-SHR. Os grupos exercitados tiveram maior expresso de eNOS que seus respectivos grupos sedentrios, e as clulas endoteliais apresentaram caractersticas morfolgicas preservadas. A associao da atividade fsica com modelos de hipertenso gentica mostra que o exerccio fsico tem efeitos benficos nessa situao, uma vez que atenua a hipertenso e o remodelamento adverso da parede da aorta.

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Esta tese composta por trs artigos que permitiram avaliar o efeito da exposio ao tabagismo durante a gestao e no incio da infncia sobre o crescimento linear e ganho de peso do nascimento adolescncia, alm de verificar o efeito do nvel socioeconmico no incio da infncia e da mobilidade social sobre a adiposidade at a adolescncia. Foram utilizados para este fim os dados de uma coorte de crianas nascidas entre 1994 e 1999 na cidade de Cuiab-MT. Essas crianas fizeram parte de um estudo de base populacional realizado na cidade de Cuiab, entre 1999 e 2000, com 2405 crianas (0 a 5 anos) e foram selecionadas aleatoriamente em unidades bsicas de sade quando da vacinao. As mes foram entrevistadas aps a vacinao, quando foram obtidos dados relativos exposio ao tabagismo gestacional, tabagismo passivo, nvel socioeconmico das famlias e dados antropomtricos. Entre 2009 e 2011, aps aproximadamente 11 anos, essas crianas foram localizadas por meio do Censo Escolar e ento 1716 adolescentes entre 10 e 17 anos de idade (71,4% da populao) foram reavaliados nas escolas da rede pblica e privada de Cuiab, de 18 municpios do estado e outras 5 capitais do pas. A anlise por modelos lineares de efeitos mistos permitiu verificar a mudana de estatura e ndice de Massa Corporal (IMC) entre o nascimento e a adolescncia. O primeiro e o segundo artigo desta tese avaliaram o efeito da exposio ao tabagismo materno durante a gestao e no incio da infncia sobre o crescimento linear e o IMC entre o nascimento e a adolescncia. Crianas expostas ao tabagismo materno durante a gestao e no incio da infncia apresentaram menor estatura desde o nascimento at a adolescncia quando comparadas s crianas no expostas. Quanto adiposidade, entre o nascimento e a infncia a mudana do IMC foi similar entre as crianas expostas e no expostas ao tabagismo materno, porm, entre a infncia e a adolescncia, aquelas expostas apenas durante a gestao mostraram maior ganho de IMC. Em conjunto, os dados corroboram o efeito deletrio do tabagismo sobre o crescimento, efeito j bastante estudado, mas tambm indicam que avaliar e comparar exposio gestacional com ps-gestacional importante, dado que seus efeitos parecem ser diferentes. O terceiro artigo avaliou o efeito do nvel socioeconmico no incio da infncia e da mobilidade social entre a infncia e a adolescncia sobre o IMC do nascimento adolescncia. Para avaliar o nvel socioeconmico, as famlias foram classificadas em nvel econmico alto, mdio e baixo, a partir do Critrio de Classificao Econmica Brasil. Foi observada expressiva mobilidade social na populao, principalmente entre os de menor nvel econmico. Houve maior aumento do IMC entre o nascimento e a adolescncia entre aqueles de maior nvel econmico na infncia e aqueles que permaneceram nas classes mais elevadas, indicando que a posio inicial foi o maior determinante das mudanas observadas no IMC.

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A elaborao de um programa de treinamento fsico depende do controle de diferentes parmetros bioqumicos, que se relacionam com fatores como a intensidade do exerccio, imunidade e com o estado redox. Alm disso, estudos recentes tambm comearam a apontar a relevncia da funo executiva como componente determinante para o alcance de um alto nvel de desempenho esportivo. Por outro lado, poucos estudos foram realizados em atletas at o momento utilizando estes marcadores na saliva juntamente com os testes de funo cognitiva. O objetivo desse trabalho foi estudar a capacidade discriminatria das anlises bioqumicas realizadas em saliva para avaliao do desempenho fsico e sua relao com a funo cognitiva em atletas de futebol. Trinta e dois atletas foram submetidos ao Bangsbo Sprint Test (BST) para avaliao da capacidade fsica e 48 horas depois ao Teste de Stroop (TSt) e Torre de Hanoi (ToH) para avaliao da funo executiva. Os nveis de lactato na saliva aumentaram quando comparados aos valores Pr-BST (6,9 vezes; p<0,05). A protena total salivar seguiu o mesmo padro com aumento observado aps o BST (+34%; p<0,05). As concentraes de imunoglobulina-A salivar (IgA-s) no mostraram diferena significativa aps o BST. Os nveis de GSH e TBARs na saliva no mostraram diferena significativa, enquanto que a concentrao de cido rico diminuiu aps o BST (-26%; p<0,05). Interessantemente, a superxido dismutase (SOD) salivar aumentou (3,6 vezes; p<0,05), enquanto que os nveis de catalase (CAT) na saliva no alteraram significativamente. No houve correlao de nenhum dos parmetros analisados com o desempenho no TSt, entretanto atletas localizados no percentil superior (P90) de cortisol na saliva (11,2 ng/ mL 32,7 ng/ mL) apresentaram tempos mais longos para a resoluo do ToH. A eletroforese 2D mostrou que 215 spots s apareceram no momento Pr-BST, 63 spots aumentaram e 108 diminuram a sua expresso aps o BST. Concluindo, a saliva sensvel s modificaes induzidas pelo BST. A manuteno dos nveis salivares de TBARs aps o BST parece ocorrer em funo da diminuio dos nveis de cido rico, componente este que possui uma expressiva ao antioxidante. Neste sentido, o aumento de SOD ps-exerccio parece agir como uma segunda linha de defesa antioxidante contra a produo de ROS induzidas pelo BST. Alm disso, os resultados dos testes de funo executiva indicam que nveis elevados de cortisol salivar possuem um efeito deletrio no tempo de resoluo da ToH, que se refere memria de trabalho, o planejamento e soluo de problemas. No entanto o TSt, que envolve a ateno seletiva e a velocidade de processamento de informaes parecem no ser afetados pelos nveis de cortisol em repouso. E finalmente, a eletroforese 2D mostrou que o BST induziu a expresso diferencial de protenas, visto que no surgiram protenas novas aps o teste, e dezenas de protenas foram up-reguladas e down-reguladas aps o BST. Estes dados sugerem que aps uma anlise protemica, estas protenas possam ser candidatas a marcadores de desempenho fsico e/ou cognitivo em futuros estudos.

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Pesticidas organofosforados so amplamente usados e seu uso constitui um grave problema de sade pblica. A ao clssica destes compostos a inibio irreversvel da acetilcolinesterase, promovendo acmulo de acetilcolina nas sinapses e hiperestimulao colinrgica. No entanto, as consequncias da exposio a baixas doses podem se estender a outros mecanismos de ao e sistemas neurotransmissores. Considerando que crianas constituem um grupo particularmente vulnervel aos efeitos de pesticidas, neste trabalho investigamos os efeitos da exposio aos organofosforados metamidofs (MET) e clorpirifs (CPF) durante o desenvolvimento sobre os sistemas colinrgico e serotoninrgico e sobre o comportamento de camundongos. Para isso, camundongos suos foram expostos a injees subcutneas de MET, clorpirifs ou veculo do terceiro (PN3) ao nono (PN9) dias de vida ps-natal. As doses de exposio foram previamente escolhidas atravs da construo de uma curva dose-resposta que identificou como mais adequadas para este estudo as doses de 1mg/kg de MET e 3mg/kg de CPF, as quais promoveram em torno de 20% de inibio da acetilcolinesterase. Em PN10, parte dos animais foi sacrificada e foram avaliados os sistemas colinrgico e serotoninrgico no tronco enceflico e crtex cerebral. De PN60 a PN63, os animais foram submetidos a uma bateria de testes comportamentais. Em seguida, estes animais tambm foram sacrificados tendo sido avaliados os sistemas colinrgico e serotoninrgico. Em PN10, MET e CPF causaram alteraes que sugerem aumento da atividade colinrgica respectivamente no tronco e crtex em fmeas. No sistema serotoninrgico, apenas CPF promoveu alteraes, aumentando a ligao ao receptor 5HT1A e transportador 5HT em fmeas e diminuindo na ligao ao 5HT2. Em PN63, a atividade da acetilcolinesterase foi reestabelecida em todos os grupos. Ainda assim, MET diminuiu a atividade da colina acetiltransferase no crtex e a ligao ao transportador colinrgico no tronco. Quanto aos efeitos do CPF, no tronco, houve reduo da atividade da colina acetiltransferase em fmeas e aumento em machos. Sobre o sistema serotoninrgico, MET e CPF promoveram diminuies no 5HT1A respectivamente no tronco e crtex das fmeas e CPF aumentou a ligao no crtex de machos. A ligao ao 5HT2 foi aumentada aps o tratamento com MET e ao transportador 5HT foi diminuda em fmeas aps o tratamento com clorpirifs. Sobre o comportamento, identificamos comportamento associado depresso em animais expostos a MET e aumento dos nveis de ansiedade, alm de prejuzo de aprendizado/memria aps exposio CPF. Desta forma, nossos resultados indicam que a exposio metamidofs e clorpirifs durante o desenvolvimento capaz de alterar, de diferentes formas, a atividade colinrgica e serotoninrgica, mesmo que as doses de exposio sejam toxicologicamente equivalentes. Foram verificados efeitos nas vias neuroqumicas logo aps a exposio e aps um longo perodo de interrupo do tratamento, indicando efeitos tardios em sistemas importantes que podem estar associados s alteraes comportamentais. Finalmente, o presente estudo refora a associao epidemiolgica entre pesticidas e alteraes psiquitricas e a capacidade da programao de alteraes a longo-prazo quando a exposio se d durante o desenvolvimento.

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Eventos ou estmulos no incio da vida podem afetar o desenvolvimento do indivduo; dentre esses o tabagismo materno. A exposio materna isolada nicotina, principal componente do cigarro, causa na prole alteraes metablicas, em curto e longo prazo, como aumento da adiposidade, resistncia leptina, e disfuno tireoideana e adrenal. Entretanto sabido que na fumaa de cigarro esto presentes outros componentes com potenciais efeitos txicos. Assim propomos comparar o efeito de duas formas de exposio neonatal fumaa do cigarro sobre o perfil endcrino-metablico da prole em curto e longo prazo. Para isso, no 3 dia aps o nascimento, ratos lactentes foram submetidos a dois modelos: Modelo I (exposio pelo leite materno), ninhadas separadas em: exposio fumaa (EF; n=8) lactantes expostas fumaa de cigarros 2R1F (1,7 mg de nicotina/cigarro por 1h, 4 vezes ao dia), separadas de suas proles e grupo controle (C; n=8), onde as mes foram separadas de suas proles e expostas ao ar filtrado; Modelo II (exposio direta fumaa), ninhadas separadas em: exposio fumaa (EF; n=8) mes e proles expostas fumaa de cigarros 2R1F e controle (C; n=8) mes e proles expostas ao ar filtrado. A exposio ao tabaco ocorreu at o desmame. Mes sacrificadas aos desmame e proles aos desmame e aos 180 dias de idade. As mes lactantes expostas fumaa (EF) apresentaram hipoleptinemia (-46%), hiperprolactinemia (+50%), hipoinsulinemia (-40%) e diminuio de triglicrides (-53%). Quanto a composio bioqumica do leite, as lactantes EF mostraram aumento de lactose (+52%) e triglicrides (+78%). No modelo I, as proles EF apresentaram ao desmame: diminuio da gordura corporal total (-24%), aumento de protena corporal total (+17%), diminuio da glicemia (-11%), hiperinsulinemia (+28%), hipocorticosteronemia (-40%) e aumento de triglicrides (+34%). Quando adultas, as proles EF apresentaram somente alterao da funo adrenal onde observou-se menor contedo de catecolaminas (-50%) e da expresso de tirosina hidroxilase na medula adrenal (-56%). No modelo II, as proles EF aos 21 dias exibiram diminuio da MC (-7%), do comprimento nasoanal (-5%), da gordura retroperitoneal (-59%), da rea dos adipcitos viscerais (-60%) com maior rea dos adipcitos subcutneos (+95%), aumento do T4 (+59), da corticosterona (+60%), do contedo adrenal de catecolaminas (+58%) e hipoinsulinemia (-29%). Aos 180 dias, as proles EF apresentaram aumento da ingesto alimentar (+10%), dos depsitos de gordura visceral (~60%) e contedo de gordura corporal total (+50%), menor rea dos adipcitos subcutneos (-24%), aumento da leptina (+85%), glicemia (+11%), adiponectina (+1.4x), T3 (+71%), T4 (+57%) e TSH (+36,5%) com menor corticosterona (-41%) e catecolaminas adrenais (-57%) e aumento dos triglicerdeos (+65%). Somados nossos dados evidenciam o impacto negativo que a exposio fumaa do cigarro tem sobre o desenvolvimento do neonato com o surgimento de desordens endcrinas futuras, que ocorrem pelo menos em parte devido s alteraes observadas nas mes. Portanto, independente da forma de exposio, seja via aleitamento materno ou por inalao direta, de grande importncia alertar a sociedade sobre as possveis complicaes metablicas em longo prazo decorrente da exposio involuntria do neonato ao tabagismo.

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H um crescente conjunto de evidncias que tm indicado associaes significativas entre os nveis de coordenao motora e outros atributos relacionados sade, tais como os nveis de adiposidade corporal e atividade fsica. Entretanto, as associaes entre os nveis de coordenao motora, adiposidade e atividade fsica tm sido analisadas de forma bivariada, sem considerar a influncia recproca que essas variveis exercem entre si, o que pode ser a causa da produo de dados enviesados. Assim sendo, o objetivo geral do presente estudo foi analisar o inter-relacionamento entre os nveis de coordenao motora, adiposidade e atividade fsica de crianas entre 12 e 14 anos de idade. Cento e dezenove participantes (51 meninos e 68 meninas) foram recrutados. O questionrio Physical Activity Questionnaire for Older Children, o teste de coordenao motora Krperkoordinationstest fr Kinder e um plicmetro clnico foram utilizados para estimar, respectivamente, os nveis de atividade fsica, coordenao motora e adiposidade corporal dos participantes. Coeficientes de Correlao de Pearson foram usados para examinar as associaes bivariadas entre nveis de atividade fsica e coordenao motora e entre nveis de adiposidade corporal e coordenao motora. Correlaes parciais foram usadas para analisar as associaes entre os nveis de atividade fsica e coordenao motora, controlando pelos nveis de adiposidade corporal, e entre os nveis de adiposidade corporal e coordenao motora, controlando pelos nveis de atividade fsica. O teste de Anlise de Covarincia Multivariada (MANCOVA) foi utilizado para testar diferenas entre os grupos formados de acordo com o status de adiposidade e atividade fsica com o intuito de examinar a influncia combinada dessas variveis sobre os nveis de coordenao motora. De um modo geral, os resultados deste estudo indicaram que as associaes dos nveis de coordenao motora com os nveis de adiposidade corporal e atividade fsica podem sofrer alteraes de acordo com as covariveis consideradas nas anlises em meninos, mas no em meninas. O fato de tal fenmeno no ter sido observado em meninas pode estar relacionado aos baixos nveis de atividade fsica apresentados por elas. Foram sugeridas pesquisas adicionais nas quais sejam recrutadas meninas com maiores nveis de atividade fsica com o intuito de testar a hiptese acima aludida. Por fim, embora nesta oportunidade no se tenha estabelecido qualquer relao de causalidade entre as variveis estudadas, no temos dvidas de que crianas devem ser encorajadas a desenvolverem adequados nveis de coordenao motora, pois tal varivel est associada com atributos relacionados ao estado de sade.

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Introduo O exerccio resistido (ER) agudo parece resultar em importantes efeitos sobre a liberao de substncias vasoativas e sobre o controle endotlio-dependente do tnus vascular. Objetivos O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos agudos de um ER isolado sobre a presso arterial (PA), frequncia cardaca (FC), fluxo sanguneo do antebrao (FSA), condutncia vascular (CV), respostas endotelial e inflamatria de mulheres jovens com sobrepeso/obesidade (Sp/Ob). Materiais e Mtodos As voluntrias foram separadas em grupos: controle (n = 16) e Sp/Ob (n = 16). Ambos os grupos realizaram cinco sries de 10 repeties com 70% de uma repetio mxima (1-RM) no exerccio de flexo unilateral do cotovelo. A PA, FC e o FSA (medido por pletismografia por ocluso venosa), foram avaliados em repouso e durante uma hora aps o ER em ambos os grupos. Adipocitocinas e endotelina-1 (ET-1) foram avaliadas em repouso nos dois grupos e aps o ER apenas no grupo Sp/Ob. Resultados O grupo Sp/Ob apresentou massa corporal e IMC significativamente maiores que o controle (p<0,05). Surpreendentemente, o grupo Sp/Ob apresentou relao cintura-quadril significativamente menor (p<0,05). As diferenas entre grupos nas PAs diastlica e mdia observadas antes do ER (repouso) foram tambm observadas imediatamente e 20 minutos aps a sesso de ER (p<0,05). Ambos os grupos apresentaram redues significativas na PA diastlica imediatamente aps a sesso de ER (p<0,01). A PA mdia apresentou reduo significativa imediatamente aps a sesso de ER apenas no grupo controle (p<0,05). O grupo Sp/Ob apresentou valores de FSA significativamente maiores que o controle em repouso (p<0,05), em 20 (p<0,01) e em 40 (p<0,01) minutos aps o ER. A CV no apresentou diferena em repouso, porm em 20 e 40 minutos aps o ER, o grupo Sp/Ob apresentou valores significativamente maiores (p<0,01). Em repouso e imediatamente aps a sesso de ER, no foram observadas diferenas entre o grupo controle e o grupo Sp/Ob na vasodilatao endotlio-dependente. Deve-se ressaltar que em 30 minutos aps a realizao do ER, o grupo Sp/Ob apresentou maior vasodilatao endotlio-dependente que o controle (p<0,05). Surpreendentemente, a vasodilatao endotlio-independente em repouso era menor no grupo controle quando comparado ao grupo Sp/Ob (p<0,05). Entretanto, no foi observada diferena significativa entre os grupos 50 minutos aps a sesso de ER. Como esperado, o grupo Sp/Ob apresentou valores significativamente menores de adiponectina (p<0,01) e significativamente maiores de IL-6 e leptina que o grupo controle (p<0,001). Foram observadas redues significativas nos valores de IL-6 (p<0,05) e leptina (p<0,01), enquanto a ET-1 (p<0,05) apresentou aumento significativo. Concluses Em concluso, a realizao do ER resultou em melhora aguda do FSA, da CV e da vasodilatao endotlio-dependente concomitantemente com mudanas no perfil inflamatrio e ET-1 de mulheres saudveis com Sp/Ob.

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Introduo - O exerccio aerbio considerado uma ferramenta eficaz na reduo de fatores de risco cardiometablico e na melhora da qualidade de vida em adolescentes obesos. No entanto, os benefcios de um programa exclusivo com exercícios resistidos (ER) ainda no foram estabelecidos nesta populao. Objetivo - Avaliar o efeito de um programa exclusivo com ER sobre a funo endotelial, parmetros hemodinmicos e metablicos, modulao autonmica, biomarcadores inflamatrios, composio corporal e condicionamento fsico de adolescentes obesos. Materiais e Mtodos - Quarenta adolescentes participaram do estudo e foram divididos em dois grupos de acordo com o nvel de adiposidade: grupo controle (C, n = 20; 13 meninos e 7 meninas) e grupo obeso (Ob; n=24; 7 meninos e 17 meninas). O grupo Ob foi submetido a um programa de ER, trs vezes por semana, durante trs meses. A funo endotelial, o perfil metablico e hemodinmico, a modulao autonmica, os biomarcadores inflamatrios, a composio corporal e o condicionamento fsico foram avaliados antes e ao final da interveno. Na investigao de nossa hiptese utilizamos: laser-Doppler fluxometria, anlises bioqumicas e de clulas endoteliais circulantes, monitorizao da presso arterial ambulatorial, variabilidade da frequncia cardaca (Polar), densitometria com dupla emisso de raios X, anlise de fora muscular em aparelho isocintico e teste cardiopulmonar de exerccio submximo em cicloergmetro. Resultados - Aps trs meses de interveno exclusiva com ER observamos uma melhora na vasodilatao endotlio-dependente (P<0,05) e uma reduo na presso arterial sistlica (P<0,01), diastlica (P<0,01) e mdia (P<0,01), independentes de alteraes no peso corporal. Adicionalmente, tambm observamos reduo na frequncia cardaca (FC) de repouso (P<0,01), aumento na variabilidade da FC (P<0,01) e na atividade parasimptica (P<0,05). Observamos tambm reduo na circunferncia da cintura (P<0,001), na relao cintura/quadril (P<0,001), no percentual de gordura total (P<0,01), troncular (P<0,01) e de distribuio andride (P<0,01). Os nveis de fibrinognio (P<0,05), endotelina-1(P<0,05) e de insulina (P<0,01), e o ndice HOMA-IR (P<0,05) foram menores aps interveno. Aps a interveno proposta houve reduo na incidncia de sndrome metablica (16,6 vs. 0%) nos adolescentes obesos. Alm disso, os estes adolescentes aumentaram a fora muscular (P<0,05) e reduziram o consumo de oxignio, a produo de gs carbnico, a ventilao e o dispndio energtico (P <0,01) durante o teste cardiopulmonar de exerccio submximo. Concluses - Um treinamento exclusivo com ER resultou em benefcios cardiovasculares, metablicos e na composio corporal e condicionamento fsico de adolescentes obesos, independente de alteraes no peso corporal. Nossos resultados sugerem que a prtica de ER foi capaz de reduzir fatores de risco cardiovascular em adolescentes com obesidade.

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O exerccio fsico pode promover o desequilbrio oxidativo e na secreo e ao das adipocinas, leptina e adiponectina, que desempenham papel fundamental no desenvolvimento de doenas cardiometablicas, incluindo a sndrome metablica, disfuno endotelial, desordens inflamatrias e vasculares. Militares so submetidos a exercícios físicos intensos e podem apresentar maior risco de doenas cardiovasculares. A identificao de parmetros capazes de detectar o risco cardiovascular precoce em grupos muito ativos fisicamente complexa. A razo leptina/adiponectina (L/A) e a concentrao de LDL eletronegativa (LDL (-)) vem sendo considerados bons indicadores de risco cardiovascular precoce porm no h estudos que investiguem a utilidade destes marcadores em militares. Os polifenis, presentes na uva (Vitis vinfera), apresentam efeitos cardioprotetores como inibio da oxidao das lipoprotenas e controle glicmico. Na presente tese objetivou-se identificar o risco cardiovascular em jovens militares altamente treinados, utilizando diferentes parmetros, incluindo a razo L/A e investigar a influncia do exerccio militar e do uso de dose nica de Vitis vinifera sobre parmetros cardiometablicos de militares fisicamente treinados. O primeiro estudo contou com a participao de 54 militares d gnero masculino, condicionados fisicamente, aps descanso de 24h. No segundo estudo, participaram 54 militares do gnero masculino distribudos aleatoriamente, de forma duplo-cego, para receber nica dose contendo 200 mg de extrato seco de Vitis vinifera (GS, n = 27) ou 200 mg de placebo (amido) (GP, n = 27). Considerados em conjunto, os resultados sugerem que militares treinados poderiam ser classificados como limtrofes quanto ao risco cardiovascular, quando somente o perfil lipdico empregado como marcador. As medidas de CC e CC/E so parmetros de fcil obteno e podem ser empregados na identificao do potencial risco cardiovascular, enquanto outros estudos no confirmam a eficcia da razo L/A para este fim. A comparao das concentraes plasmticas de adiponectina e leptina apresentou diferena significativa apenas intragrupo para ambos os grupos. As concentraes plasmticas das adipocinas foram influenciadas pelo treinamento. Os indicadores de homeostase glicmica, glicemia de jejum e insulina plasmtica, foram semelhantes entre os grupos, no sendo sendo influenciada pelo treinamento ou suplementao. A suplementao de polifenis reduziu as concentraes de LDL(-) do GS em relao ao GP em T24h e T48h (p<0,05). Estes achados sugerem que o treinamento fsico afeta a secreo das adipocinas independentemente do uso da Vitis vinfera. Entretanto, a dose nica de polifenis pode reduzir o risco cardiometablico proveniente da oxidao da LDL (-)

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O presente estudo teve como objetivos avaliar se a aplicao de verniz fluoretado com periodicidade semestral em crianas pr-escolares reduz o nmero de crianas com leses de crie em dentina na dentio decdua, diminui a incidncia de leses de crie em esmalte e dentina, est inversamente associado ocorrncia de dor e abscesso dentrio e produz quaisquer efeitos adversos. A populao de estudo consistiu de 200 crianas na faixa etria de 12 a 48 meses, recrutadas em uma unidade de sade pblica da cidade do Rio de Janeiro, as quais foram alocadas aleatoriamente nos grupos teste (verniz fluoretado Duraphat) e controle (verniz placebo). Para o registro da incidncia de crie, as crianas foram examinadas na linha de base e a cada seis meses, durante um ano, por dois odontopediatras previamente treinados e calibrados (Kappa=0,85). A ocorrncia de dor, abscesso e efeitos adversos foi verificada a partir de entrevistas com os responsveis. Os participantes, os seus responsveis, os operadores e os examinadores desconheciam a qual grupo cada criana pertencia. No final do perodo de acompanhamento, 71 crianas do grupo teste e 77 do grupo controle foram avaliadas. Constatou-se que, nos grupos teste e controle, o nmero de crianas com novas leses de crie em dentina foi igual a 13 e 20 (teste Qui-quadrado, p=0,34) e que a mdia do incremento de crie considerando apenas leses em dentina (c3eos) foi de 1,1(dp=3,4) e de 1,4(dp=2,8), respectivamente (teste de Mann-Whitney, p=0,29). Uma criana apresentou dor de dente e abscesso dentrio e outras duas crianas apresentaram apenas dor de dente. Todas pertenciam ao grupo teste. Com relao aos efeitos adversos, encontrou-se que uma criana pertencente ao grupo controle relatou ardncia na cavidade bucal aps a aplicao do placebo e que o responsvel por um participante do grupo teste sentiu-se incomodado com a colorao amarelada dos dentes da criana aps a aplicao do verniz fluoretado. Concluiu-se que a aplicao de verniz fluoretado com periodicidade semestral em crianas pr-escolares segura e parece contribuir para o controle da progresso de crie. Contudo, necessrio um perodo de acompanhamento mais longo para se obter evidncia conclusiva a respeito da efetividade dessa interveno. No houve associao entre a ocorrncia de dor e abscesso dentrio e o uso profissional do verniz fluoretado.

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Este estudo tem como propsito analisar a eficcia de diferentes formulaes de antisspticos bucais presentes no mercado brasileiro sobre um monobiofilme de Streptococcus mutans (ATCC 25175). O experimento foi realizado expondo as amostras s formulaes por 1 minuto. Os biofilmes foram desenvolvidos semeando as cepas em tubos de ensaio contendo meio de cultura TSB acrescido de 1% de sacarose por 7 dias, com trocas de meio a cada 48 horas. A amostra foi dividida em grupos: monobiofilme tratado com soluo contendo clorexidina (controle positivo); monobiofilme tratado com soluo contendo leos essenciais; monobiofilme tratado com soluo contendo triclosan; biofilme tratado com soluo contendo triclosan acrescido de cloreto de zinco; monobiofilme tratado com soluo contendo cloreto de cetilpiridnio; monobiofilme tratado com soluo salina fisiolgica estril (controle negativo). Para a anlise do efeito ps antibiotico, as cepas foram removidas e plaqueadas imediatamente aps a exposio e aps 2 horas de crescimento em meio TSB. A mdia do crescimento bacteriano foi convertida em unidades formadoras de colnia (UFC) para anlise. Para analizar a capacidade de recolonizao as cepas foram inoculadas em TSB acrescido de sacarose por 48hs. os valores submetidos anlise estatstica pelo teste t-student e ANOVA com modificao de Tukey e Dunnett. Os resultados nos permitem concluir que: todos os grupos tratados com antisspticos apresentaram reduo das concentraes de microrganismos viveis em relao ao controle negativo, nos dois tempos analizados. As formulaes contendo triclosan e leos essenciais no apresentaram diferena nem relao ao controle positivo e nem entre eles mesmos, tambm nos dois tempos. As formulaes de antisspticos, contendo clorexidina, leos essenciais, triclosan podem alterar a capacidade de recolonizao do monobiofilme, neste modelo.

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Objetivo: Comparar a composio corporal total e regional e a distribuio de gordura de homens com leso medular LM cervical fisicamente ativos e no ativos, e sua relao com a concentrao de protena C reativa ultra-sensvel (PCR-us). Alm disso, identificar um protocolo de impedncia bioeltrica (BIA) que fornea resultados de percentual de massa gorda (MG) total concordantes com os obtidos pelo mtodo de referncia, absorciometria de dupla emisso de raios-X (DXA). Mtodos: Os participantes possuam leso medular entre C5-C7 e foram classificados em ativos (n=15) e no ativos (n=10). Consideraram-se ativos os indivduos que praticavam exercícios físicos h pelo menos trs meses, trs vezes por semana ou mais, totalizando tempo mnimo de 150 minutos de atividades fsicas por semana. A determinao da composio corporal total e regional (braos, pernas e tronco) foi realizada por DXA. A PCR-us foi mensurada por imunoturbidimetria. Os protocolos de BIA testados foram: a) para indivduos com LM (KOCINA & HEYWARD, 1997); b) para grupos que incluem idosos (GRAY et al 1989); c) validado para idosos brasileiros (DEY et al, 2003). A anlise estatstica dos dados incluiu ANCOVA para comparar a massa corporal total, composio corporal e PCR-us entre os grupos; e correlao parcial com correo pelo tempo de leso (TL) para identificar a associao de exerccio fsico com MG e da PCR-us com exerccio fsico e MG tronco. A comparao dos resultados de percentual de gordura obtidos por DXA e cada um dos protocolos de BIA foi realizada por ANOVA one way e Dunnet ps teste. A anlise de Bland-Altman foi realizada para verificao da concordncia entre os mtodos testados. Concluso: O exerccio fsico praticado de forma contnua e controlada importante para manter menores valores de MG e evitar acmulo de gordura na regio do tronco. A melhor composio corporal e distribuio de gordura corporal observadas no grupo ativo possivelmente levaram menor concentrao de PCR-us srica. Juntas, estas adaptaes provavelmente contriburam para a reduo dos riscos de desenvolvimento de doenas cardiometablicas. A semelhana na modificao da composio corporal entre idosos e indivduos com LM sugere que protocolos de BIA propostos para idosos podem ser adequados para avaliao da composio corporal de indivduos com leso medular cervical.

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O objetivo desse trabalho foi determinar a prevalncia, extenso e severidade da periodontite crnica em pacientes com cncer de boca e/ou orofaringe e verificar se essa forma de doena periodontal indicadora de risco para essas neoplasias. Trinta e cinco pacientes com cncer de boca e/ou orofaringe, atendidos no Instituto Nacional de Cncer (INCA) e 40 pacientes e/ou acompanhantes do ambulatrio do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no portadores de neoplasias de boca e/ou orofaringe, foram avaliados por meio de anamnese, exame periodontal e ndice de dentes cariados perdidos e obturados (CPOD). A populao estudada foi formada predominante por indivduos do sexo masculino, da raa branca, casados, que cursaram at o ensino fundamental e possuam renda familiar de at 6 salrios mnimos. No houve diferena estatstica significante para esses parmetros entre os grupos. No grupo caso havia significativamente mais pacientes fumantes e que ingeriam mais bebidas alcolicas. Pacientes do grupo controle praticavam mais exercícios físicos e tinham o ndice de massa corporal (IMC) significantemente mais elevado. O consumo de frutas, legumes e vegetais foi maior para o grupo controle (p>0,05), enquanto o consumo de carne vermelha foi maior no grupo caso (p>0,05). O histrico de casos de cncer na famlia era baixo em ambos os grupos. O grupo caso apresentou mais stios com placa e sangramento a sondagem e menos stios com sangramento gengival. Somente o ndice de placa teve diferena estatisticamente significante. O nmero de dentes presentes era significantemente menor no grupo caso embora no houvesse diferena estatstica significante entre os grupos para o ndice CPOD. As mdias de profundidade de bolsa a sondagem (PBS) e nvel de insero clnica (NIC) foram significantemente maiores para o grupo caso. A prevalncia da periodontite crnica generalizada foi de 100% nos pacientes com cncer de boca e ou orofaringe. Oitenta e nove por cento dos pacientes do grupo caso apresentaram periodontite crnica severa. A extenso ou a severidade da periodontite crnica permaneceram indicadores de risco para o cncer de boca e/ou orofaringe independentes mesmo aps os ajustes para fatores de confuso, lcool e fumo.

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A presena de ventilao peridica durante o exerccio confere pior prognstico a pacientes com insuficincia cardaca. Existem divergncias quanto aos critrios para identificao deste fenmeno. Alm disso, a interpretao dicotmica (presena ou ausncia) quanto a este fenmeno dificulta a estratificao de risco mais detalhada dos pacientes com insuficincia cardaca. Desta forma, esta tese avalia a utilizao de tcnicas estabelecidas para anlise de variabilidade de sinais para quantificar as oscilaes ventilatrias que ocorrem durante o teste cardiopulmonar de exerccio, em indivduos saudveis, atletas e com insuficincia cardaca. Um protocolo mais curto para realizao de teste cardiopulmonar de exerccio em cicloergmetro de brao foi proposto e validado. Tal protocolo foi utilizado em estudo posterior, onde se comprovou que, apesar dos tempos respiratrios no serem influenciados pelo tipo de exerccio realizado, a variabilidade ventilatria maior durante a realizao de exerccio dinmico com membros superiores do que com membros inferiores. A capacidade aerbica de indivduos sadios tambm influencia a variabilidade ventilatria durante o teste cardiopulmonar de exerccio. Isto foi comprovado pela menor variabilidade ventilatria no domnio do tempo em atletas do que sedentrios durante exerccio. A anlise destes voluntrios com o mtodo da anlise dos componentes principais revelou que em atletas a variabilidade do volume corrente a principal responsvel pela variabilidade da ventilao-minuto durante o exerccio, ao passo que em sedentrios a variabilidade da freqncia respiratria apresenta-se como principal responsvel por tais variaes. Em estudo randomizado e controlado comprovamos que, mesmo indivduos sadios apresentam reduo da variabilidade ventilatria ao exerccio aps 12 semanas de treinamento fsico. Comprovamos que a reabilitao cardaca reverteu a ocorrncia de ventilao peridica em um paciente com insuficincia cardaca e, finalmente, encontramos que a variabilidade ventilatria correlaciona-se inversamente com a frao de ejeo ventricular esquerda em pacientes com insuficincia cardaca. Estudos futuros devero analisar o poder prognstico da variabilidade ventilatria nestes pacientes.

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A leso medular est associada a uma srie de alteraes bioqumicas e decomposio corporal. O aumento da gordura corporal e seu acmulo na regioabdominal aliados a processos infecciosos decorrentes da leso medular podemacarretar o incremento da concentrao plasmtica da protena c-reativa (PCR).Tanto a gordura corporal quanto a elevada concentrao da PCR estimulam aproduo de espcies reativas de oxignio, favorecendo o desequilbrio oxidativo e odesencadeamento de doenas. possvel que a prtica de atividade fsica regularpossa atuar de modo benfico atravs da melhor distribuio da gordura corporal eadaptao dos sistemas antioxidantes nesses indivduos. Considerando aimportncia deste tema e a escassos estudos sobre o assunto, o objetivo desteestudo foi comparar, em indivduos com leso medular cervical a composiocorporal e indicadores bioqumicos de estado antioxidante em indivduos fisicamenteativos e no ativos. Participaram do estudo 24 tetraplgicos do gnero masculino(3210 anos de idade e 108 anos de tempo de leso), divididos em dois grupos,fisicamente ativos (n=15, com pratica de atividade fsica h pelo menos 3 meses, 3vezes/semana ou mais, totalizando tempo mnimo de 150 minutos/semana) e noativos (n=9). A composio corporal foi determinada por absorciometria de duplaemisso de raio-X. Amostras de sangue foram coletadas aps jejum de 12 horaspara determinao dos indicadores bioqumicos: de capacidade antioxidante, cidorico, bilirrubina, albumina, alfa-tocoferol, malondialdedo e PCR no plasma eatividade da superxido dismutase em eritrcitos. O grupo no ativo apresentoumaior IMC (=0,003), gordura total (%) e de tronco (%) (=<0,001) do que o grupoppfisicamente ativo. Foi encontrada relao entre a PCR e a porcentagem de gorduratotal (r=0,72, p=<0,001), de tronco (r=0,70, p=<0,001), massa gorda total (r=0,73,p=<0,001) e de tronco (r=0,67, p=0,001). No houve diferena significativa entre osindicadores bioqumicos de estado antioxidante, exceto a concentrao da PCR quefoi maior no grupo no ativo (p=0,034). Considerando todos indivduos, 50% apresentavam deficincia de alfa-tocoferol (concentrao plasmtica <11,6 mol/L).Foi observada relao negativa entre a concentrao plasmtica de alfa-tocoferol e aPCR (r=-0,18, =0,038).No grupo ativo houve correlao positiva entre a razoptempo de atividade fsica:tempo de leso e concentrao plasmtica demalondialdeido (r=0,38, =0,014). Nossos resultados, analisados em conjunto,psugerem que prtica contnua de atividade fsica aps a leso atua auxiliando a umamelhor composio corporal e, possivelmente, a uma menor concentraoplasmtica de PCR. O estado nutricional inadequado em alfa-tocoferol podecomprometer capacidade antioxidante, sendo necessrias medidas de apoionutricional para adequar a ingesto de alfa-tocoferol para este grupo.