1 resultado para Cervantes Saavedra, Miguel de, 1547-1616. Don Quijote de la Mancha-Crítica i interpretació

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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Don Duardos, como comprovam as palavras preambulares da Copilaam de 1586, surge como uma obra de viragem no tocante produo teatral de Gil Vicente. Seria um servio oferecido ao novo rei, D. Joo III, um servio qualitativamente diferente do at ento exercido. A diferena reside, segundo Vicente, no tratamento da temtica amorosa, uma vez que sob o reinado de D. Manuel quanto en caso de amores apenas teria trabalhado com personagens das camadas baixas da sociedade, enquanto no novo servio colocaria em cena figuras do estrato nobre. A presente dissertao empreende uma anlise de trs cannicos autos vicentinos, que tematizam a relao (extra)conjugal: Auto da ndia (1509) representado sob os auspcios da rainha D. Leonor de Lencastre , Tragicomedia de Don Duardos (1522) e Farsa de Ins Pereira (1523) tecidos durante o reinado de D. Joo III. Buscou-se comparar as protagonistas das referidas farsas e o modo como se desenvolvem suas relaes extramatrimoniais, com o objetivo de evidenciar-lhes os pontos de convergncia e divergncia. Procurou-se, no Don Duardos, revelar a existncia de uma escala de perfeio na qual se inserem as trs diferentes relaes amorosas apresentadas na pea. Sempre que pertinente, foram ressaltadas as aluses, por aproximao ou oposio, aos preceitos do amor corts ditados pelo Tratado de Andr Capelo. Foi possvel observar que somente os personagens no-nobres do vazo aos anseios sexuais e mantm relaes adulterinas e que o fato de Gil Vicente se mostrar condescendente para com essas figuras ameniza o comportamento infiel das mesmas. Notou-se tambm que o autor condena de modo impiedoso a falsa galanteria praticada essencialmente por escudeiros ambiciosos e falsos cortesos e que a figura do cavaleiro, como se pde perceber no Don Duardos, um modelo no somente na guerra, mas tambm no amor