50 resultados para Carcinoma de células escamosas. Células matadoras naturais. Linfócitos. Radiação solar
em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ
Resumo:
O emprego de tcnicas imunoistoqumicas, utilizando marcadores biolgicos como o Ki67, que permite a avaliao do ndice de proliferao celular em neoplasias malignas, vem sendo preconizado como um importante caminho de investigao do comportamento biolgico das neoplasias malignas, tendo como consequncias contribuies para o estabelecimento do prognstico e desenvolvimento de novos protocolos teraputicos. Neste trabalho, utiliza-se o mtodo imunoistoqumico da avidina-biotina-peroxidase avaliada a expresso de Ki67 no parnquima de amostras de carcinomas de células escamosas da mucosa bucal com diferentes graus de diferenciao histolgica. Alm disso, a quantificao da rea de infiltrado inflamatrio foi avaliada. Os resultados demonstraram que a resposta imunolgica celular o principal mecanismo de defesa no carcinoma de células escamosas da mucosa bucal, expressada pelo grande nmero de linfócitos T e macrfagos e a expresso de Ki67 est relacionado ao ndice mittico e, consequentemente, proliferao celular e, tambm, diferenciao da neoplasia.
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O carcinoma epidermoide de esfago (CEE) representa 90% dos casos de cncer de esfago no Brasil. O CEE tem deteco tardia, um comportamento extremamente agressivo e baixa sobrevida, sendo, portanto, um alvo interessante para o estudo dos mecanismos envolvidos em sua carcinognese, a fim de se identificar possveis alvos teraputicos ou marcadores moleculares que ajudem na prtica clnica. Mudanas no metabolismo energtico da clula tumoral parecem ter papel de destaque na transformao maligna. Sabe-se que células tumorais consomem glicose avidamente produzindo cido ltico, mesmo em condies de normxia. Dentre os fatores que podem contribuir para o estmulo da gliclise em células tumorais destacam-se as alteraes em enzimas da via glicoltica tais como: as piruvato-cinases M1 e M2 (PKM1 e PKM2), a hexocinase II (HKII), isofoma 1 do transportador de glicose, GLUT-1, e o fator de transcrio induzido por hipxia (HIF1α), responsvel pela transcrio das protenas citadas. O objetivo do estudo avaliar a relao entre a expresso de HIF1α, HK2, PKM2, PKM1 e GLUT-1 e dados clnico-patolgicos no CEE. Para tal, foram avaliados tumores conservados em parafina de 44 pacientes com CEE matriculados no INCA e no Hospital das Clnicas de Porto Alegre. Alm disso, foram coletadas amostras de bipsia de esfago em 67 pacientes sem doena esofgica, que foram submetidos endoscopia no Hospital Universitrio Pedro Ernesto (HUPE). A expresso das protenas foi avaliada nos tecidos por imuno-histoqumica, enquanto que a expresso do mRNA de GLUT-1 tambm foi avaliada nas amostras controle. Foi observado que as amostras controle expressam HK2, PKM1, PKM2, HIF1α nas camadas do epitlio esofgico. J GLUT-1 e Ki-67 so vistos apenas na camada basal. Alm disso, a expresso do mRNA de GLUT-1 no teve correlao com fatores etiolgicos da doena. Em CEE a expresso de HK2, PKM2 e GLUT-1 foi vista em todos os tumores, j a expresso de HIF1α e PKM1 foi varivel. Alm disso, observou-se que maior expresso de HIF-1α apresenta correlao com invaso linfonodal e diferenciao, enquanto que a expresso de HK2 tem relao com sobrevida e PKM1 com diferenciao. As correlaes clnicas encontradas sugerem que alteraes no metabolismo energtico um alvo de estudo interessante para desenvolvimento de marcadores moleculares que auxiliem a prtica clnica.
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O cncer de esfago (CE) uma doena extremamente agressiva e um dos tumores mais incidentes e letais no Brasil e no mundo, sendo o carcinoma epidermide de esfago (CEE) o principal subtipo histolgico, apresentando como principais fatores de risco o etilismo e o tabagismo na populao ocidental. A exposio concomitante desses dois fatores representa um risco multiplicador para o desenvolvimento de CEE, sendo que o fumo parece ter um papel importante tanto na iniciao quanto na promoo do tumor, enquanto o lcool teria um papel mais relevante na promoo. Componentes do tabaco, como a nicotina e as nitrosaminas so potentes carcingenos e agonistas de alta afinidade dos receptores colinrgicos nicotnicos (CHRNs), podendo atuar ativando vias de sinalizao celular fundamentais para a progresso tumoral. Pouco se sabe sobre a expresso e regulao dos CHRNs na mucosa esofgica e no processo de carcinognese desse tecido. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar a expresso gnica dos CHRNs no epitlio esofgico normal e em CEE, bem como sua regulao pelos fatores de risco associados ao tumor. Foi observado que as subunidades α3, α5, α7 e β4 so expressas no epitlio esofgico saudvel humano enquanto as subunidades α1, α4, α9 e α10 apresentaram baixa ou nenhuma expresso nesse mesmo tecido. Alm disso, foram encontradas diferenas de expresso das subunidades α3 e α7 em indivduos etilistas e tabagistas quando comparados com indivduos no-etilistas (subunidade α3) e no-tabagistas (subunidade α7). Nas amostras de CEE, as subunidades CHRNA5 e CHRNA7 foram encontradas superexpressas no tumor quando comparado ao tecido normal adjacente e observou-se diferena de expresso da subunidade α7 no tumor comparado com o tecido saudvel e a subunidade β4 apresentou-se mais expressa no tecido tumoral e no tecido normal adjacente ao tumor do que no epitlio esofgico saudvel. Entretanto, no foram encontradas diferenas de expresso de nenhuma das subunidades avaliadas nas linhagens CEE quando submetidas a tratamento com nicotina ou etanol. Os resultados obtidos sugerem uma participao dos CHRNs na fisiologia do epitlio esofgico e que os fatores de risco associados ao desenvolvimento de CEE parecem ser capazes de afetar a expresso desses receptores no epitlio esofgico.
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O cncer colorretal (CCR) o terceiro tipo de cncer mais incidente no mundo para o sexo masculino, o segundo para o sexo feminino e a radioterapia um dos tratamentos de primeira linha no combate a este tipo de cncer. Durante a progresso do CCR as células sofrem alteraes morfogenticas, sendo a desorganizao do complexo juncional apical (CJA) um dos eventos iniciais desse processo. As junes oclusivas (JTs) so um dos principais componentes da CJA e desempenham papel importante no controle do fluxo paracelular, na determinao da polaridade celular e na transduo de sinais relacionados com a progresso tumoral. As claudinas so protenas transmembrana, constituintes das JTs e cumprem um importante papel no controle desses eventos. Alteraes na expresso das claudinas so observadas em tumores de diferentes rgos e tm sido relacionadas com a progresso tumoral. No entanto os mecanismos que regulam essas alteraes e sua consequncia na progresso do CCR so poucos conhecidos. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influncia da superexpresso da claudina-3 na radiorresposta de células CCR. Nossos resultados mostraram que a superexpresso de claudina-3 minimiza alteraes morfolgicas causadas pela radiação, causa diminuio da resistncia eltrica transepitelial e no tem efeito na permeabilidade a macromolculas aps a irradiação. Alm disso, observamos que a superexpresso de claudina-3 aumenta o potencial proliferativo das células e que esta caracterstica torna as células mais sensveis a radiação. Porm quando avaliamos eventos celulares relacionados a progresso tumoral observamos que apesar da radiação diminuir a capacidade migratria das prognies, as células que superexpressam claudina-3 apresentam migrao mais elevada. Alm disso, verificamos que a superexpresso de claudina-3 diminui a invaso e a capacidade de formao de colnias frente ao tratamento com a radiação. Em seguida fomos avaliar o efeito da inibio das vias de proliferao (MEK/ERK) e sobrevivncia (PI3K-Akt) na resposta das células que superexpressam claudina-3 frente a radiação. Observamos que a inibio de MEK capaz de sensibilizar as células que superexpressam claudina-3 radiação no ensaio de proliferao celular, no entanto a inibio de MEK e PI3K antes da exposio radiação capaz aumentar a migrao e a capacidade de formao de colnias de células que superexpressam claudina-3 contribuindo para o aumento do potencial maligno. Em conjunto nossos resultados mostram que a superexpresso de claudina-3 contribui para um fentipo mais maligno, no entanto frente ao tratamento com a radiação capaz de sensibilizar as células.
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O estudo da dinmica de crescimento em espcies arbreas permite melhor compreender a adaptao de uma espcie ao ambiente em que se desenvolve. Dados dessa natureza ainda so escassos no Brasil considerando-se a diversidade de espcies e fitofisionomias existentes. Esse tipo de estudo tem sido apontado como de grande relevncia principalmente diante das situaes atuais de desmatamento e mudanas climticas, que exigem recuperao de reas degradadas e prospectar como as espcies nativas sobreviveram diante deste ambiente de aceleradas mudanas. Nesta perspectiva, o objetivo deste trabalho foi investigar a dinmica de crescimento de Tabebuia rosea, por meio do monitoramento mensal da fenologia apical e cambial caulinar e dos teores dos pigmentos fotossintetizantes: clorofilas a, b, totais e carotenoides. Os resultados obtidos foram correlacionados entre si e tambm com a sazonalidade das variveis ambientais: temperatura, precipitao e fotoperodo. No que se refere aos teores dos pigmentos fotossintetizantes, foi tambm avaliada as oscilaes observadas nas folhas obtidas nas orientaes geogrficas: norte, sul, leste e oeste. O trabalho foi desenvolvido no Campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. A fenologia dos pices caulinares foi acompanhada mensalmente a partir de observaes qualitativas e quantitativas em 15 indivduos. As amostras contendo a zona cambial foram obtidas por mtodo no destrutivo e processadas segundo as tcnicas usuais em histologia vegetal. A extrao dos pigmentos fotossintticos foi realizada em acetona 80%, com posterior centrifugao e anlise ao espectrofotmetro em diferentes comprimentos de onda. Tabebuia rosea apresentou aumento na largura da zona cambial em nmero de camadas celulares e em micrmetros, diminuio do dimetro radial da clula inicial fusiforme e aumento em micrmetros da camada de células em processo de alongamento e diferenciao do xilema secundrio no mesmo perodo em que a copa das rvores estava ocupada por folhas adultas e com os teores mais elevados de clorofilas nas folhas, coincidindo com o perodo em que as variveis ambientais apresentaram-se elevadas, corroborando os resultados j obtidos para outras espcies nativas da Mata Atlntica se desenvolvendo no estado do Rio de Janeiro. A maior concentrao de carotenoides foi observada no perodo em que as variveis ambientais apresentavam ndices elevados e as plantas estavam mais expostas radiação luminosa, possivelmente em funo de um maior investimento em fotoproteo. Cabe destacar que o lado oeste da copa das rvores mostrou uma tendncia em apresentar maiores concentraes dos pigmentos fotossintticos estudados, resultado ainda no observado na literatura at o momento, o que pode ser uma estratgia da espcie em compensar nveis baixos de radiação solar com acmulo de clorofilas.
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O Carcinoma de Pulmo de Células No Pequenas (NSCLC) uma doena freqentemente letal e altamente resistente terapia oncolgica convencional, como por exemplo, o tratamento quimioterpico com cisplatina e paclitaxel. A superexpresso de Ciclooxigenase-2 (COX-2) constantemente observada em pacientes com NSCLC, estando associada ao prognstico ruim destes pacientes. Acredita-se que a alta expresso de COX-2 produz efeitos anti-apoptticos, porm pouco conhecido sobre os mecanismos de regulao desta enzima. Muitos sinais capazes de ativar COX-2 tambm induzem a protena supressora de tumor p53, conhecida pelo seu papel fundamental no controle da proliferao celular e apoptose. Dados recentes indicam que a protena p53 um importante regulador da expresso de COX-2. O objetivo desta dissertao foi avaliar os efeitos da quimioterapia na expresso da enzima COX-2 em linhagens celulares com diferente status do gene TP53, e ainda, correlacionar a expresso de COX-2 e o status mutacional de TP53, com as caractersticas clnico-patolgicas de pacientes com NSCLC. Como ferramentas experimentais foram usadas tcnicas de biologia celular e molecular como interferncia de RNA, PCR em tempo real, anlise mutacional e imuno-histoqumica. Com os resultados obtidos, observamos que as linhagens celulares de cncer de pulmo que apresentam p53 na sua forma selvagem, quando expostas ao tratamento com cisplatina, apresentaram induo da expresso de COX-2 (RNAm e protena), em adio ao aumento da sntese de Prostaglandina E2 (PGE2). Em contrapartida, a expresso de COX-2 no foi alterada aps o tratamento com cisplatina nas linhagens celulares que apresentavam mutao no gene TP53. Ao avaliar o tratamento com paclitaxel, foi observado um aumento da expresso de COX-2 nas linhagens A549 e H460 (linhagens celulares do tipo selvagem para p53), entretanto no foi observada alterao nos nveis de PGE2. Em adio, o tratamento com paclitaxel induziu um aumento da expresso de COX-2 na linhagem com deleo em TP53, ACC LC-319. Em seguida, aps silenciamento de p53 na linhagem celular A549, por interferncia de RNA, a cisplatina passou a no ser mais capaz de induzir o aumento da expresso de COX-2. No tratamento com paclitaxel, o silenciamento de TP53 no mudou a expresso de COX-2, indicando assim um efeito independente de p53. Dessa maneira, sugerimos que a induo de COX-2, por cisplatina, em linhagens celulares NSCLC dependente de p53. Na anlise dos pacientes NSCLC, os resultados demonstram que 54% dos pacientes apresentam expresso positiva de COX-2. Mutaes em TP53 foram observadas em 57% dos pacientes, incluindo 56% de fumantes correntes e 37% de ex-fumantes. Uma associao entre a expresso de COX-2 e o status selvagem de TP53 foi observada, entre os pacientes que apresentaram expresso positiva de COX-2, 80% apresentaram TP53 selvagem. Um nmero maior de pacientes necessrio para aumentar o poder estatstico e confirmar as tendncias observadas nesse estudo
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O cncer colo-retal a terceira neoplasia mais frequente em todo o mundo e a recorrncia local e neoplasia refratria so desafios no tratamento do cncer colo-retal aps a cirurgia convencional. Com o intuito de controlar a recorrncia e aumentar a mdia de sobrevida dos pacientes, uma estratgia multidisciplinar que combina a radioterapia (RT) e a quimioterapia com o processo cirrgico tem sido protocolo clnico de escolha. Embora esta combinao seja capaz de otimizar o tratamento, nem todos os pacientes so beneficiados com o protocolo quimio-rdio combinado, uma vez que existem os insucessos teraputicos relacionados com a incidncia de neoplasias secundrias tardias em pacientes que foram submetidos RT para tratamento de neoplasias anteriores. Alm da doena refratria, outro agravante da RT so os efeitos colaterais produzidos pela radiação ionizante (IR), em especial queles do trato gastrointestinal. Estes efeitos esto relacionados com alteraes da homeostase do epitlio intestinal, atravs da desorganizao dos complexos juncionais. Porm, os mecanismos que medeiam estes efeitos ainda no esto elucidados. Este estudo avaliou as vias de sinalizao que medeiam os efeitos da IR em células Caco-2. Foi observado que a IR causa uma desorganizao da juno aderente via Src, EGFR e MAPK, sendo estas alteraes acompanhadas por desorganizao do citoesqueleto de actina em todo o volume celular. Src, EGFR e MAPK participam de maneira diferenciada na modulao destes efeitos. Observamos tambm que a radiação aumenta a motilidade dessas células via Src e MAPK e no induz alterao na proliferao celular at 48 horas aps o tratamento. Este o primeiro trabalho que correlaciona vias de sobrevivncia celular como Src, EGFR e MAPK com alteraes nas protenas de juno aderente, alteraes do citoesqueleto e migrao celular. Estes eventos so relacionados aos efeitos colaterais primrios e tardios induzidos pela IR, e podem favorecer aquisio de um fentipo maligno herdvel durante o fracionamento de doses na RT, favorecendo a progresso tumoral do cncer colo-retal. Logo, alm da correlao das vias de sinalizao envolvidas nos eventos induzidos pela IR mostrados neste estudo, os resultados tambm corroboram para um melhor entendimento da atividade farmacolgica dos inibidores qumicos utilizados, uma vez que muitos deles encontram-se em fase de ensaios pr-clnicos e clnicos.
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A juara, Euterpe oleracea Mart., fruta indgena da Amaznia Legal, rica em fitoqumicos com atividades anti-oxidante, antiinflamatria e anti-cncer. Este estudo tem por objetivo analisar os efeitos do extrato hidroalcolico da casca, caroo e fruto total da juara em diferentes linhagens de células malignas humana. Os frutos foram coletados no Parque da Juara, localizado no Maracan, municpio de So Lus, seguida da confeco da excicata que se mantm registrada no Herbrio Rosa Mochel do Ncleo de Estudos Biolgicos da Universidade Estadual do Maranho. Os extratos hidroalcolicos da casca, caroo e fruto total foram extraidos no Laboratrio de Farmacologia e Psicobiologia da UERJ. As linhagens celulares utilizadas nos ensaios foram MCF-7 (adenocarcinoma de mama), CACO-2 e HT-20 (adenocarcinoma colo retal) e adenocarcinoma na mama (MDA-MB-468). As linhagens foram tratadas com 10, 20 e 40g/mL dos extratos por 24 e 48 horas e feitas s anlises. Células MCF-7 controle apresentaram ncleo proeminente com nuclolos evidentes. Aps tratamento com o extrato hidroalcolico da casca da juara, as células mostraram morfologia arredondada com retrao do citoplasma. O ensaio de viabilidade com MTT ((3-(4,5-Dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide)) demonstrou uma reduo na viabilidade das células. Aps 48 horas, o tratamento das células com 20g/mL do extrato da casca reduziu a viabilidade sendo que o efeito citotxico do tratamento com 40g/mL do extrato da casca foi potencializado. Células tratadas com 10g/mL do extrato do caroo de juara apresentavam-se arredondadas com consequente reduo no volume celular. A concentrao 20g/mL de extrato hidroalcolico do caroo, causou severa reduo no volume das células e ocasionou o surgimento de vacolos intracelulares. O mesmo foi observado aps tratamento com 40g/mL. O tratamento com 40g/mL do extrato hidroalcolico do fruto total, modificou drasticamente a morfologia das células MCF-7 causando vacuolizao e aparente lise com perda do contedo citoplasmtico e o ensaio da viabilidade com MTT demonstrou reduo na viabilidade das células MCF-7 tratadas com 20 e 40g/mL aps 24 horas de tratamento. Anlises por MET (Microscopia Eletrnica de Transmisso) demonstraram o surgimento de vesculas autofgicas, cuja comprovao deu-se com a identificao da expresso da protena LC3BII na membrana do autofagossoma pela tcnica de Western Blotting. Mediante o demonstrado pelos experimentos, com as linhagens MCF-7 e MDA-MB-468, confirma-se que as fraes isoladas do extrato do caroo da juara, promove modificaes celulares indicativas de autofagia a partir de 10g/mL, em 24 horas. O ncleo permaneceu ntegro, no apresentando caractersticas de ncleo apopttico. Os dados so conclusivos para ocorrncia de morte celular por autofagia em linhagem celulares de carcinoma de mama MCF-7 quando tratadas com extrato hidroalcolico da casca, caroo e fruto total da juara do Maranho, agente quimiopreventivo no cncer de mama estrognio-dependente.
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Os mecanismos de ao citotxica do inibidor de histona deacetilase LBH589 foram investigados em associao com o quimioterpico cisplatina (CDDP) em duas linhagens derivadas de cncer de pulmo de no pequenas células (CPNPC). Os resultados foram analisados em relao ao tipo de morte celular associada s alteraes em enzimas relacionadas ao metabolismo energtico e a via glicoltica. Para realizao do trabalho, foram utilizadas as linhagens tumorais A549 (selvagem para o gene de p53) e Calu-1 (nulo para o gene de p53) tratadas com LBH589 em combinao ou no com CDDP. Foram realizadas curvas de tempo e dose-resposta com as drogas isoladamente pelo ensaio de viabilidade celular (MTT) nas duas linhagens para a escolha das melhores condies para o nosso estudo. As condies dos tratamentos isolados com reduo da viabilida celular menores que o IC50 de cada frmaco foram selecionados para realizao dos tratamentos combinados. As avaliaes de apoptose foram realizadas por citometria de fluxo pelo ensaio de Anexina V/PI, e com a marcao de protenas por Western Blotting. As protenas relacionadas a via glicoltica foram avaliadas por Western Blotting e a expresso de RNAm por qPCR. Os resultados demonstraram que o LBH589 combinado a CDDP foi capaz de induzir apoptose em 70% das células (Calu-1) e 54,9% (A549) no tempo de 24 horas, e 90% (calu-1) e 62,1% (A549) em 48 horas, independendo, portanto, do status da p53. Os nveis de expresso de enzimas relacionadas com o metabolismos energtico tambm sofreram alteraes nos tratamentos estudados. O LBH589 induziu aumento de cerca de 4x dos nveis de RNAm de HK isoformas I e II em ambas as linhagens. Houve tambm um aumento na expresso proteica das isoformas de HK I e II. Outras enzimas relacionadas a via glicoltica como PFKP, PKM2 e LDHA foram analisadas e apresentaram reduo da expresso proteica, principalmente na presena do LBH589. A combinao da CDDP com LBH589 parece ser promissora para o tratamento de CPNPC induzindo apoptose atravs de alteraes no metabolismo energtico tumoral.
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O objetivo do presente trabalho comparar, do ponto de vista eltrico, a membrana do neurnio ganglionar com a da clula de neuroblastoma, analisando os efeitos das cargas fixas sobre o potencial eltrico nas superfcies da bicamada lipdica e tambm sobre o comportamento do perfil de potencial atravs da membrana, considerando as condiesfsico-qumicas do estado de repouso e do estado de potencial de ao. As condies para a ocorrncia dos referidos estados foram baseadas em valores numricos de parmetros eltricos e qumicos, caractersticos dessas células, obtidos na literatura. O neurnio ganglionar exemplifica um neurnio sadio, e a clula de neuroblastoma, que uma clula tumoral, exemplifica um neurnio patolgico, alterado por esta condio. O neuroblastoma um tumor que se origina das células da crista neural (neuroblastos), que uma estrutura embrionria que d origem a muitas partes do sistema nervoso, podendo surgir em diversos locais do organismo, desde a regio do crnio at a rea mais inferior da coluna. O modelo adotado para simular a membrana de neurnio inclui: (a) as distribuies espaciais de cargas eltricas fixas no glicoclix e na rede de protenas citoplasmticas; (b) as distribuies de cargas na soluo eletroltica dos meios externo e interno; e (c) as cargas superficiais da bicamada lipdica. Os resultados que obtivemos mostraram que, nos estados de repouso e de ao, os potenciais superficiais da bicamada interno (Sbc) e externo (Sgb) da clula de neuroblastoma no sofrem alterao mensurvel, quando a densidade de carga na superfcie interna (QSbc) torna-se 50 vezes mais negativa, tanto para uma densidade de carga na superfcie externa da bicamada nula (QSgb = 0), como para um valor de QSgb 6= 0. Porm, no estado de repouso, uma leve queda em Sbc do neur^onio ganglionar pode ser observada com este nvel de variao de carga, sendo que Sgb do neurnio ganglionar mais negativo quando QSgb = 1=1100 e/A2. No estado de ao, para QSgb = 0, o aumento da negatividade de QSbc no provoca alterao detectvel de Sbc e Sgb para os dois neurnios. Quando consideramos QSgb = 1=1100 e/A2, Sgb do neurnio ganglionar se torna mais negativo, no se observando variaes detectveis nos potenciais superficiais da clula de neuroblastoma. Tanto no repouso quanto no estado de ao, Sgb das duas células no sofre variao sensvel com o aumento da negatividade da carga fixa distribuda espacialmente no citoplasma. J a Sbc sofre uma queda gradativa nos dois tipos celulares; porm, no estado de ao, esta queda mais rpida. Descobrimos diferenas importantes nos perfis de potencial das duas células, especialmente na regio do glicoclix.
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Estreptococos do grupo B (EGB) comumente colonizam adultos saudveis, sem sintomas, mas sob certas circunstncias possui a capacidade de invadir tecidos do hospedeiro, evadir da deteco imunolgica e causar doenas invasivas graves. Por conseguinte, os EGB continuam sendo uma das principais causas de mortalidade neonatal, pneumonia, sepse e meningite. Contudo, a patognese desta infeco ainda est pouco elucidada. O sorotipo V freqentemente associado doena invasiva em mulheres adultas no gestantes e o segundo mais prevalente em mulheres grvidas. O principal objetivo deste trabalho foi estudar a aderncia, invaso e persistncia intracelular de amostras pertencentes ao sorotipo V (88641-vagina/portador e 90186-sangue/paciente) usando as células epiteliais respiratrias A549. As amostras de EGB demonstraram capacidade de aderir e invadir as células epiteliais A549, mas somente a amostra 90186-sangue apresentou maior invaso quando comparada com a de vagina (P <0.001). Ambas as amostras demonstraram persistncia intracelular sem replicao no interior das células A549. Apenas o isolado 90186-sangue sobreviveu dentro das células epiteliais at 24h de incubao (P <0,05). A fuso dos lisossomas das células epiteliais com vacolos contendo bactrias foi observada em células A549 tratadas com Lyso Tracker Grenn DND-26 para todas as amostras testadas. Nossos dados indicam pela primeira vez que as amostras viveis do sorotipo V permanecem dentro de vacolos cidos epiteliais. Curiosamente, a amostra 90186- sangue induziu vacuolizao celular e a amostra 88641-vagina promoveu a morte celular aps 7h de incubao. Finalmente, nossos resultados aumentam o nosso conhecimento sobre eventos celulares da fagocitose e da patognese das doenas invasivas promovidas pelos EGB.
Resumo:
Leses na inervao do trato urinrio inferior ocasionado por traumatismo raquimedular afetam geralmente o msculo detrusor e o esfncteres uretrais. Estas alteraes acarretam problemas basicamente de incontinncia urinria e aumento da presso intravesical, decorrente deste traumatismo, trazendo consequncias para o funcionamento do sistema urinrio superior. Quantificar os elementos fibrosos da matriz extracelular e fibras musculares das bexigas neurognicas hiper-reflexas comparando-as com bexigas normais. Foram utilizadas 6 amostras de bexigas neurognicas de indivduos que foram submetidos a cirurgia de reparao por cistoenteroplastia realizados pelo servio de urologia do Hospital Municipal Souza Aguiar, estas amostras foram fixadas imediatamente em soluo tamponada de formalina a 10%. O controle com amostras iguais as do estudo extrada de cadveres cuja causa morte no relacionava-se ao sistema urogenital macroscpicamente. O material foi submetido as seguintes tcnicas histoqumicas: H&E, van Gieson e Resorcina Fucsina resorcina de Weigert com prvia oxidao pela oxona. Imunohistoqumica: anti-elastina. A observao dos cortes corados pelo van Gieson demonstrou uma diminuio significativa do msculo liso de 13% e aumento do colgeno em 72% e as fibras do sistema elstico um aumento de 101%. Concluso. Nas bexigas neurognicas hiper-reflexas o msculo detrusor e os elementos fibrosos da matriz foram profundamente modificados. As fibras do sistema elstico foram as mais afetadas.
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A angiotensina (Ang) II e aldosterona induzem hipertenso arterial por mecanismos em parte mediados pela imunidade adaptativa, envolvendo linfócitos T auxiliares respondedores (Tresp). Os linfócitos T reguladores (Treg) so capazes de suprimir os efeitos prinflamatrios do sistema imune. O presente estudo avaliou se a transferncia adotiva de Treg capaz de prevenir a hipertenso e a leso vascular induzidas pela Ang II ou pela aldosterona, em dois protocolos distintos. No protocolo com Ang II, camundongos machos C57BL/6 sofreram a injeo endovenosa de Treg ou Tresp, sendo depois infundidos com Ang II (1μg/kg/min), ou salina (grupo controle) por 14 dias. No protocolo com aldosterona, um outro conjunto de animais sofreu injees de Treg ou Tresp, sendo depois infundido com aldosterona (600μg/kg/d) ou salina (grupo controle), pelo mesmo intervalo de tempo. O grupo tratado com aldosterona recebeu salina 1% na gua. Tanto o grupo Ang II como aldosterona apresentaram elevao da presso arterial sistlica (43% e 31% respectivamente), da atividade da NADPH oxidase na aorta (1,5 e 1,9 vezes, respectivamente) e no corao (1,8 e 2,4 vezes, respectivamente) e uma reduo da resposta vasodilatadora acetilcolina (de 70% e 56%, respectivamente), quando comparados com os respectivos controles (P<0,05). Adicionalmente, a administrao de Ang II proporcionou um aumento rigidez vascular (P<0,001), na expresso de VCAM-1 nas artrias mesentricas (P<0,05), na infiltrao artica de macrfagos e linfócitos T (P<0,001) e nos nveis plasmticos das citocinas inflamatrias interferon (INF)-γ, interleucina (IL)-6, Tumor necrosis factor (TNF)-α e IL-10 (P<0,05). Ang II causou uma queda de 43% no nmero de células Foxp3+ no crtex renal, enquanto que a transferncia adotiva de Treg aumentou as células Foxp3+ em duas vezes em comparao com o controle. A administrao de Treg preveniu o remodelamento vascular induzido pela aldosterona, observado na relao mdia/lmen e na rea transversal da mdia das artrias mesentricas (P<0,05). Todos os parmetros acima foram prevenidos com a administrao de Treg, mas no de Tresp. Estes resultados demonstram que Treg so capazes de impedir a leso vascular e a hipertenso mediadas por Ang II ou por aldosterona, em parte atravs de aes antiinflamatrias. Em concluso, uma abordagem imuno-modulatria pode prevenir o aumento da presso arterial, o estresse oxidativo vascular, a inflamao e a disfuno endotelial induzidos por Ang II ou aldosterona.
Resumo:
Os estudos abordando a regenerao dos tecidos dentrios ganharam uma nova perspectiva com a utilizao das células-tronco. E novas perspectivas tm surgido com a bioengenharia tecidual e as terapias periodontais e pulpares regeneradoras. O objetivo deste trabalho foi desenvolver o modelo experimental de autotransplante em ratos visando compar-lo tcnica de reimplante e estudar a capacidade teraputica das células da medula ssea em diferentes biomateriais utilizados como matriz para a terapia de células-tronco no reparo dos tecidos dentais. Foram utilizados 23 ratos Wistar divididos em grupos de 1, 3, 15 e 60 dias para as tcnicas de reimplante e autotransplante. Os grupos com injeo de células-tronco (CT) foram: (1) grupo de 3 dias, combinado tcnica de reimplante; (2) grupo de 15 dias com ambas as tcnicas. Blocos contendo os trs dentes molares superiores de cada lado dos ratos foram removidos, feitas radiografias periapicais e as peas foram processadas para incluso em parafina. Foram avaliadas a espessura do ligamento periodontal (LPD) comparada entre os diferentes grupos e a morfologia celular e matriz extracelular relacionadas superfcie radicular, ao osso alveolar e poro mdia do LPD, alm das células da polpa dental de cada grupo. As células isoladas a partir da medula-ssea foram incubadas por 24h, 48h, e 72h em placas de cultura contendo membranas de colgeno bovino tipo I - CollaTape (Integra LifeSciences Corporation, Plainsboro, NJ, USA), enxerto sseo - Extra Graft XG-13 (Silvestre Labs Quimica e Farmaceutica LTDA, RJ, Brazil) ou um dente molar de rato. Os espcimes foram observados em um microscpio invertido para contagem de células e processadas para observao no microscpio eletrnico de varredura (MEV). Os grupos de 1 e 3 dias apresentaram medidas de LPD significativamente maiores para a tcnica de autotransplante quando comparadas ao reimplante. O grupo de 3 dias com CT no apresentou alteraes pulpares significativas, diferente do controle (sem CT) O grupo de 15 dias com CT apresentou as mesmas caractersticas histolgicas do grupo sem injeo de CT. A observao ao MEV dos biomateriais revelou que as células apresentaram pouca adeso e proliferao no enxerto sseo e no cemento dentrio quando comparados membrana colgena. A tcnica de reimplante associada injeo de células-tronco sugere alguma influncia da terapia com as células-tronco sobre a polpa. As distncias aumentadas no LPD com a tcnica de autotransplante podem no influenciar tanto o sucesso da tcnica. As células mesenquimais da medula ssea possuem grande potencial para colonizarem a membrana colgena CollaTape que mostrou vantagens sobre o enxerto sseo Extra Graft XG-13 como biomaterial para a aderncia e a proliferao de células mononucleares da medula ssea, permitindo a diferenciao destas células.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo avaliar, in vitro, a citotoxicidade dos cimentos endodnticos Densell Endo, Pulp-Fill, Endofill, Sealer 26, Pulp Canal Sealer e GuttaFlow aps 12, 24 e 72 horas de tempo de contato, utilizando-se uma linhagem de células endoteliais ECV-304. Para a avaliao da viabilidade celular, utilizou-se o teste de citotoxicidade MTT. Para cada cimento foram preparados 12 corpos de prova que foram distribudos em seis grupos experimentais de acordo com as marcas comerciais, sendo quatro para cada tempo. Foi criado um grupo controle que no foi submetido ao de cimento. Para avaliao do efeito dos cimentos sobre as células endoteliais, os corpos de prova foram inseridos nos poos da placa cultura, incubados a 37C em presena de 5% de CO2 e 100% de umidade. Os testes MTT foram realizados, em quadruplicata, aps 12, 24 e 72 horas de contato das amostras com o tapete celular. Foi utilizada a prova Two-Way Anova com o teste Post Hoc de Bonferroni com nvel de significncia de 5%. Na anlise de 12 horas, foi possvel observar que o cimento GuttaFlow apresentou mdia de absorbncia de 0,055, seguido do Sealer 26 (mdia = 0,038). Os cimentos Pulp Canal Sealer e Densell Endo apresentaram a mesma mdia de absorbncia (0,031). O Pulp Fill e o Endofill foram os cimentos que apresentaram maior citotoxicidade (mdia de absorbncia = 0,024 e 0,021, respectivamente). O grupo controle apresentou mdia de absorbncia de 0,158. Em 24 horas observou-se que os cimentos GuttaFlow e Sealer 26 apresentaram as maiores mdias de absorbncia (0,041 e 0,037, respectivamente), seguidos pelo cimento Pulp Canal Sealer que apresentou mdia de absorbncia de 0,035. J os cimentos Densell Endo e Pulp Fill apresentaram mdias de absorbncia de 0,033 e 0,032, respectivamente. O cimento Endofill apresentou uma mdia de 0,026 e o grupo controle de 0,086. Quando analisados em 72 horas, o cimento Pulp Canal Sealer obteve mdia de absorbncia de 0,049, seguido dos cimentos GuttaFlow e Pulp Fill, ambos com 0,048. Os cimentos Densell Endo, Sealer 26 e Endofill apresentaram respectivamente, mdias de 0,044, 0,040 e 0,036. O grupo controle diferenciou-se significativamente de todos os grupos em todos os tempos. Quando analisadas as mdias gerais de absorbncia dos grupos analisados observou-se que o cimento GuttaFlow se apresentou como o cimento com menor ndice de citotoxicidade, apresentando mdia de absorbncia de 0,048. Logo aps, apresentando mdias de absorbncia iguais (0,038) encontraram-se os cimentos Pulp Canal Sealer e Sealer 26; seguidos do Densell Endo e do Pulp Fill, com 0,036 e 0,035, respectivamente. O grupo controle apresentou mdia de absorbncia de 0,098. Portanto, tendo como base os resultados obtidos, pde-se concluir que o cimento Endofill foi o que apresentou maior citotoxicidade e o cimento GuttaFlow, o menos citotxico.