12 resultados para Android, Applicazione, Eventi, SMS Backup
em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ
Resumo:
O transtorno depressivo (TD) um fator de risco cardiovascular independente que apresenta elevada morbi-mortalidade. Recentes evidncias sugerem a participao do xido ntrico (NO), potente vasodilatador e anti-agregante plaquetrio, na patognese de doenas cardiovasculares e psiquitricas. A sntese do NO ocorre atravs da converso do aminocido L-arginina em L-citrulina e NO, pela ao da enzima NO sintase (NOS). Esta tese aborda o papel da via L-arginina-NO em plaquetas de pacientes com TD e sua associao com a funo plaquetria e estresse oxidativo. Para anlise comportamental da depresso em modelo animal, foi utilizado o modelo de estresse ps-natal de separao nica (SMU). Os animais foram divididos em quatro grupos para a realizao do estudo: Grupo Controle Sedentrio (GCS), Grupo Controle Exerccio (GCE), Grupo SMU Sedentrio (SMUS) e Grupo SMU Exerccio (SMUE). O treinamento fsico (TF) dos animais englobou 8 semanas, com durao de 30 minutos e uma velocidade de treinamento estabelecida pelo teste mximo (TE). Para o estudo em humanos, 10 pacientes com TD com score Hamilton: 201, (mdia de idade: 384anos), foram pareados com 10 indivduos saudveis (mdia de idade: 383anos). Os estudos em humanos e animais foram aprovados pelos Comits de tica: 1436 - CEP/HUPE e CEUA/047/2010, respectivamente. Foi mensurado em humanos e em animais: transporte de L-arginina, concentrao GMPc, atividade das enzimas NOS e superxido dismutase (SOD) em plaquetas e cortisol sistmico. Experimentos realizados somente em humanos: expresso das enzimas NOS, arginase e guanilato ciclase atravs de Western Blotting. A agregao plaquetria foi induzida por colgeno e foi realizada anlise sistmica de protena C-reativa, fibrinognio e L-arginina. Para o tratamento estatstico utilizou-se trs testes estatsticos para avaliar as diferenas das curvas de sobrevida: Kaplan-Meier, e os testes de Tarone-Ware e Peto-Prentice. Em humanos, houve uma reduo do transporte de L-arginina, da atividade das enzimas NOS e SOD, e da concentrao de GMPc em plaquetas, e nas concentraes plasmticas de L-arginina no grupo com TD em relao ao grupo controle. Foi observado um aumento dos nveis plasmticos de fibrinognio no TD. Esses resultados demonstram uma inibio da via L-arginina-NO-GMPc e da enzima anti-oxidante SOD em pacientes com TD sem afetar a funo plaquetria. Em relao ao TF, para o modelo animal, foram encontradas alteraes iniciais quanto distncia percorrida e tempo de execuo do TE entre os grupos controles e o grupos SMUs, apresentando estes ltimos menores valores para o TE. Aps 8 semanas de TF, verificou-se um maior influxo no transporte de L-arginina para o SMUE em comparao ao grupo SMUS. As diferenas observadas para o tempo e a distncia percorrida no TE inicial entre os grupos controle e no modelo de estresse foram revertidas aps as 8 semanas de TF, demonstrando o efeito benfico do exerccio fsico na capacidade cardiorespiratria em modelos de depresso.
Resumo:
Esta dissertao tem como objetivo estudar um mtodo para estimar a velocidade de veculos ferrovirios usando processamento de vdeo. O sistema proposto consiste na utilizao de cmeras ao longo das vias frreas que permitam no s o monitoramento do trfego ferrovirio, mas cujo vdeo captado possa ser utilizado para a obteno de estimativas para a velocidade instantnea dos trens que por ela trafegam. Tal sistema seria utilizado independentemente dos sistemas de controle j utilizados pela operadora do sistema ferrovirio, permitindo que os controladores possam ter uma segunda anlise no caso de falha da primeira, assim como um modelo que permita avaliar a velocidade instantnea do veculo ferrovirio ao longo do percurso. Os algoritmos de rastreamento empregados para esse fim abordaram diferentes mtodos. Confrontaram-se os resultados obtidos com os algoritmos propostos com os dados empricos de forma a determinar aquele com melhor resposta dada as caractersticas do sistema. O algoritmo que apresentou os melhores resultados emprega um nico bloco de referncia para todos os quadros comparados. A mtrica de similaridade responsvel por determinar quais blocos so mais ou menos similares dentro do universo de busca estipulado a soma de diferenas absolutas (SAD, Sum of Absolute Differences). O tempo de processamento requerido por cada um dos mtodos de rastreamento estudados tambm foi considerado nas avaliaes de resultados apresentadas. Uma comparao realizada entre as velocidades coletadas e aquelas informadas pelo sistema de controle mostraram que os resultados obtidos com o sistema atual, utilizando a sinalizao apenas por circuito de via apresenta resultados pouco confiveis com erros bastante significativos. Os resultados obtidos com o sistema proposto apresentaram erros menores quando comparados queles obtidos pelo sistema vigente, apresentando-se assim como uma soluo vivel e de baixo custo quando comparada s tcnicas atualmente empregadas para a medida de velocidade de trens.
Resumo:
Este trabalho visa identificar os determinantes da ampliao de demandas judiciais contra os gestores do SUS. Em sua maioria (85%) relacionam-se ao fornecimento de medicamentos e so geradas, no mbito do Judicirio, pelo entendimento daquele rgo que o Poder Pblico est descumprindo o direito sade constitucionalmente adquirido. Foi realizada uma reviso bibliogrfica acerca de sistemas nacionais de sade com princpios constitutivos bsicos semelhantes aos do SUS, tendo sido selecionados o Canad, Colmbia e Espanha. O objetivo foi observar se queles sistemas apresentam as dificuldades experimentadas pelo SUS, ou se existe, no sistema nacional, alguma peculiaridade. Foram analisados os artigos da Constituio de 1988 relativos sade, observando-se em vrios deles pouca clareza na descrio de conceitos que parecem dar margem a mltiplos entendimentos dos atores envolvidos com a implementao do SUS. Desenvolveuse uma pesquisa quali-quantitativa: o 1 componente foi realizado por meio de entrevistas com atores chave, representantes do Executivo, Legislativo, Judicirio, rgos de Classe, Conselhos de Sade e Gestores. A etapa quantitativa foi realizada a partir da coleta, sistematizao e anlise de dados acerca das demandas judiciais chegadas aos gestores do SUS localizados no Rio de Janeiro (SMS, SESDEC e NERJ). Os entendimentos dos entrevistados mostraram-se muito distintos e bastante relacionados com seus locais de atuao. Foi observado que o Judicirio, grosso modo, ratifica as prescries mdicas, determinando aos gestores, tornados rus, o fornecimento de produtos de sade que vo desde os medicamentos essenciais at os de dispensao excepcional e mesmo, algumas substncias importadas. As liminares no atendem as padronizaes definidas pelas Polticas Nacionais de Assistncia Farmacutica, nem as que dizem respeito s relaes pactuadas entre os gestores nem a responsabilizao existente por nvel de gesto. Tais questes tm gerado um tensionamento permanente entre o Executivo da sade, Judicirio e populao, uma vez que o cumprimento das determinaes judiciais representa, para o gestor, uma necessidade de realocao oramentria para a aquisio de medicamentos no planejados, que pode determinar a no realizao de aes programticas prioritrias. Parece que estas aes do Judicirio, ainda que legtimas, no necessariamente favorecem a equidade de acesso ao SUS. Por ltimo, foram definidos 3 ncleos causais para a ampliao das demandas judiciais de sade: o 1, derivado da pouca clareza de alguns conceitos constitucionais determinada pela falta de consenso poltico quando dos trabalhos da ANC, que deixaram estas definies para regulamentaes posteriores, que no ocorreram; o 2, representado pela no contestao da maior parcela das prescries mdicas, pelo Judicirio, o que parece demonstrar o poder das profisses, medicina e direito, e, a inexistncia de regulao do exerccio profissional pelo Estado e o 3, determinado pela pouca articulao no SUS entre a gesto financeira e da ateno sade, o que parece impedir que os gestores atuem como protagonistas destas situaes, deixando de promover articulaes entre os Poderes do Estado, Instituies, rgos de Classe e a sociedade para definio de estratgias comuns voltadas resoluo dos problemas apontados neste estudo.
Resumo:
O nmero de pacientes com doena renal crnica est aumentando, em todo o mundo, em escala alarmante. Como resultado, observamos um elevado quantitativo de indivduos que dependem do acesso e do tratamento dialtico para garantir sobrevida e qualidade de vida. Esse cuidado, entretanto, apresenta significativos problemas em diversas localidades do pas. Ainda que uma estrutura adequada seja condio necessria, mas no suficiente, para um cuidado de qualidade, pode-se supor que aumente a probabilidade da assistncia prestada ter um potencial de promover resultados em sade mais positivos. Este estudo, descritivo e de carter normativo, objetivou mapear os servios de terapia dialtica existentes no municpio de Volta Redonda que oferecem procedimentos para o SUS e examinar sua conformidade com os padres mnimos presentes nas diversas resolues e demais legislaes a respeito, focando em aspectos da estrutura e processo. Para tal, utilizou-se de trs estratgias complementares: (a) busca de dados secundrios presentes nas bases de dados nacionais e municipais; (b) entrevistas com os responsveis tcnicos pelas duas unidades existentes no municpio, com o responsvel pela Superintendncia de Controle, Avaliao e Auditoria da SMS/VR e pela Vigilncia Sanitria Estadual, e (c) exame das cpias dos relatrios de vistoria sanitria realizada nos servios nos anos de 2010 e 2011. Os resultados so apresentados em seis categorias: (1) conhecimento sobre o processo de admisso e preparo dos pacientes para entrada em Terapia Renal Substitutiva; (2) conformidade dos servios de dilise existentes em Volta Redonda s exigncias legais, desdobrando em estrutura fsica, parque de equipamentos, modalidades de dilise oferecida, controle e qualidade da gua utilizada na dilise, atividades de controle de infeces e de proteo sade dos trabalhadores; (3) fluxo de encaminhamento dos pacientes em tratamento dialtico para transplante; (4) monitoramento dos indicadores de avaliao peridica dos servios de Dilise; (5) produo assistencial desses servios; e, por fim,(6) aes de controle e avaliao desenvolvidas junto s Unidades de Terapia Renal Substitutiva. O estudo permitiu identificar que, em diversos aspectos, os servios de dilise de Volta Redonda esto fora de conformidade s exigncias legais expressas nas diversas portarias e resolues que tratam da estrutura e condies de funcionamento dos servios de terapia renal substitutiva. Isso grave e pode estar significando que os pacientes que se utilizam destes servios possam, de alguma maneira, estar recebendo um cuidado longe do adequado. Foi tambm mostrada a dificuldade do servio de Controle, Avaliao e Auditoria da SMS/VR em montar trabalho conjunto de monitoramento no cumprimento das exigncias realizadas pelo rgo de vigilncia estadual, que pode contribuir para melhorar a qualidade da assistncia recebida pelos pacientes renais crnicos em Volta Redonda.
Resumo:
Introduo - O exerccio aerbio considerado uma ferramenta eficaz na reduo de fatores de risco cardiometablico e na melhora da qualidade de vida em adolescentes obesos. No entanto, os benefcios de um programa exclusivo com exerccios resistidos (ER) ainda no foram estabelecidos nesta populao. Objetivo - Avaliar o efeito de um programa exclusivo com ER sobre a funo endotelial, parmetros hemodinmicos e metablicos, modulao autonmica, biomarcadores inflamatrios, composio corporal e condicionamento fsico de adolescentes obesos. Materiais e Mtodos - Quarenta adolescentes participaram do estudo e foram divididos em dois grupos de acordo com o nvel de adiposidade: grupo controle (C, n = 20; 13 meninos e 7 meninas) e grupo obeso (Ob; n=24; 7 meninos e 17 meninas). O grupo Ob foi submetido a um programa de ER, trs vezes por semana, durante trs meses. A funo endotelial, o perfil metablico e hemodinmico, a modulao autonmica, os biomarcadores inflamatrios, a composio corporal e o condicionamento fsico foram avaliados antes e ao final da interveno. Na investigao de nossa hiptese utilizamos: laser-Doppler fluxometria, anlises bioqumicas e de clulas endoteliais circulantes, monitorizao da presso arterial ambulatorial, variabilidade da frequncia cardaca (Polar), densitometria com dupla emisso de raios X, anlise de fora muscular em aparelho isocintico e teste cardiopulmonar de exerccio submximo em cicloergmetro. Resultados - Aps trs meses de interveno exclusiva com ER observamos uma melhora na vasodilatao endotlio-dependente (P<0,05) e uma reduo na presso arterial sistlica (P<0,01), diastlica (P<0,01) e mdia (P<0,01), independentes de alteraes no peso corporal. Adicionalmente, tambm observamos reduo na frequncia cardaca (FC) de repouso (P<0,01), aumento na variabilidade da FC (P<0,01) e na atividade parasimptica (P<0,05). Observamos tambm reduo na circunferncia da cintura (P<0,001), na relao cintura/quadril (P<0,001), no percentual de gordura total (P<0,01), troncular (P<0,01) e de distribuio andride (P<0,01). Os nveis de fibrinognio (P<0,05), endotelina-1(P<0,05) e de insulina (P<0,01), e o ndice HOMA-IR (P<0,05) foram menores aps interveno. Aps a interveno proposta houve reduo na incidncia de sndrome metablica (16,6 vs. 0%) nos adolescentes obesos. Alm disso, os estes adolescentes aumentaram a fora muscular (P<0,05) e reduziram o consumo de oxignio, a produo de gs carbnico, a ventilao e o dispndio energtico (P <0,01) durante o teste cardiopulmonar de exerccio submximo. Concluses - Um treinamento exclusivo com ER resultou em benefcios cardiovasculares, metablicos e na composio corporal e condicionamento fsico de adolescentes obesos, independente de alteraes no peso corporal. Nossos resultados sugerem que a prtica de ER foi capaz de reduzir fatores de risco cardiovascular em adolescentes com obesidade.
Resumo:
Trata-se de um estudo de natureza histrico-social do tempo presente. O objeto a implantao do modelo humanizado de assistncia ao parto em Juiz de Fora, Minas Gerais, no perodo de 1998 a 2001. Os objetivos do estudo so: descrever as circunstncias de criao da Comisso Interinstitucional para Reduo da Cesariana e Proteo ao Parto Normal; analisar as estratgias da Comisso Interinstitucional para Reduo da Cesariana e Proteo ao Parto Normal e a implantao do modelo humanizado de assistncia ao parto na cidade de Juiz de Fora; analisar os efeitos da participao das enfermeiras obsttricas no campo obsttrico. O estudo apoia-se nas noes tericas de campo, habitus, poder simblico, luta simblica e capital do socilogo Pierre Bourdieu. Na anlise foi realizada a triangulao de dados, atravs da articulao da documentao oral e escrita luz das noes tericas. A criao da Comisso Interinstitucional para Reduo da Cesariana e Proteo ao Parto Normal foi uma estratgia elaborada na esfera da gesto pblica da cidade. Teve incio no dia 26 de fevereiro de 1998 no Departamento de Programao e Acompanhamento SMS/JF. As estratgias utilizadas pela Comisso para implantar o modelo humanizado de assistncia ao parto foram: a elaborao e a implantao de um Plano de Ao com aes de informaes e sensibilizao dos mdicos e da populao; formao de Recursos Humanos para implantar as prticas obsttricas humanizadas, com a criao do Curso de Especializao em Enfermagem Obsttrica; e a reconfigurao do campo obsttrico com o projeto de criao da Casa de Parto. Como efeitos da implantao do modelo humanizado de assistncia ao parto foi evidenciado que, a partir de 2001, enfermeiras obsttricas, egressas do Curso de Especializao em Enfermagem Obsttrica/Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), comearam a ocupar espaos nas salas de partos de duas Maternidades da cidade, e em 2005, foi criada a Lei Municipal do Acompanhante.
Resumo:
O objetivo dessa pesquisa discutir o cenrio de uso de crack no municpio do Rio de Janeiro contextualizado com a condio de vulnerabilidade e risco social, atravs do mapeamento das controvrsias entre os atores dessa rede. As percepes e experincias relatadas neste trabalho dizem respeito aos diferentes espaos profissionais voltados ao atendimento e prestao de servio a este pblico. Inicialmente, trazida a trajetria terica e prtica que levaram a construo desta dissertao. Foram relatadas experincias vividas nas aes conjuntas de abordagem com a SMDS (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social) e a prtica como entrevistadora de usurios de crack na Pesquisa Nacional do Crack pela FIOCRUZ. No segundo momento, feito um breve histrico da origem do crack e suas marcas pelo mundo. So trazidos tambm, dados sobre a droga no Brasil, em particular sua histria no Rio de Janeiro. Ainda nesta sequncia, apresentada a poltica de Reduo de Danos, mostrando de que maneira o sujeito significado a partir dessa perspectiva, e suas principais contribuies pelo mundo e tambm no pas. A dissertao construda pela perspectiva das prticas profissionais do psiclogo SMDS pensada atravs da Teoria Ator-rede. Foi importante destacar as principais aes de poltica pblica voltadas para essa temtica, considerando os avanos na discusso da temtica. Foram mapeadas e exploradas as relaes entre os atores envolvidos nesta temtica (usurios de crack, SMDS, SMS Secretaria Municipal de Sade, Segurana Pblica, Mdia, Sociedade), colocando em evidencia as controvrsias existentes nessas relaes, como recolhimento compulsrio. De maneira conclusiva, so trazidas as impresses tiradas ao final deste percurso, problematizando os papis do poder pblico e daqueles que atuam para garantir a populao que faz uso abusivo de crack e outras drogas o direito de acessar e exercia sua cidadania.
Resumo:
Este estudo aborda o processo de trabalho na assistncia ao parto e nascimento na Maternidade Leila Diniz e a contribuio do assistente social. Sua finalidade foi desvelar as particularidades deste processo de trabalho e de que forma o assistente social nele se insere. Trata-se de uma pesquisa com enfoque descritivo-analtico realizada atravs de pesquisa documental, observao participante e entrevista com vrios sujeitos: profissionais e gestores. Utilizou-se as categorias processo de trabalho, fragmentao do trabalho e cooperao como forma de apreender a lgica de organizao dessa assistncia no municpio. Pode-se apreender que a contribuio do assistente social encontra-se vinculada sua competncia terico - metodolgica e tica-poltica para desvendar as contradies do SUS e dos processos de trabalho. Apresenta-se como uma das categorias profissionais que vem se colocando na defesa dos princpios do SUS. Sua contribuio encontra-se respalda no projeto tico-poltico da categoria e em consonncia com as iniciativas da SMS/RJ, na busca de um novo modelo de ateno ao parto e nascimento, que assegure a sade como um direito social.
Resumo:
Em 2004 o governo federal anunciou um novo mecanismo para melhorar o acesso da populao brasileira aos medicamentos, chamado de "Programa Farmcia Popular do Brasil" (PFPB) que disponibiliza um rol de produtos subsidiados pelo governo, utilizando ou no sistema de copagamento. O PFPB est dividido em trs vertentes: (a) no setor pblico, chamada Rede Prpria; (b) expanso em 2006, com o comrcio farmacutico denominado "Aqui Tem Farmcia Popular" (ATFP) e; (c) iseno de copagamento, em 2011, em todas as farmcias no mbito do Programa, para anti-hipertensivos, antidiabticos e antiasmticos. Este estudo examinou o modelo de proviso de medicamentos na verso ATFP, comparando-o ao tradicionalmente praticado na Secretaria Municipal de Sade do Rio de Janeiro (SMS-Rio), com vistas a avaliar seus custos para os setores pblicos envolvidos. Foram levantados os gastos do Ministrio da Sade (MS) com pagamentos no Programa ATFP em fontes secundrias, como o Fundo Nacional de Sade e a Sala de Apoio Gesto Estratgica, de 2006 a 2012. Dados sobre o volume de pagamentos por medicamentos, perfil dos usurios atendidos e unidades farmacotcnicas (UF) dispensadas foram mapeados por contato direto com o Sistema Eletrnico do Servio de Informaes ao Cidado. Estimativas dos custos da SMS-Rio, com aquisio, logstica e dispensao de 25 medicamentos, restritas ao ano de 2012, foram realizadas. No perodo ocorreu forte expanso do Programa ATFP, tanto de unidades credenciadas, como de municpios cobertos, de 750% e 528%, respectivamente. Gastos federais com medicamentos no ATFP foram de aproximadamente R$ 3,4 bilhes, em valores ajustados para 31/12/2012. Houve inverso do fluxo dos pagamentos para entidades com matriz fora das capitais, representando aumento da capilaridade do Programa, e relativa concentrao de pagamentos em grandes redes varejistas. No municpio do Rio de Janeiro, estes gastos foram superiores a R$ 260 milhes e, desde 2008, so maiores que as transferncias do MS para aquisio de medicamentos bsicos. Custos comparativos entre o menor Valor de Referncia (VR) do Programa ATFP, e o custo estimado por UF na SMS-Rio dos medicamentos mostrou-se, na mdia geral, quase 255% vezes maior que o custo municipal. A comparao de custo foi mais favorvel SMS-Rio em 20 dos 25 itens comuns. Simulao considerando a demanda de cada medicamento consumido pela SMS-Rio em 2012 mostrou que, se a municipalidade os adquirisse pelo menor VR, incorreria em mais de R$ 95 milhes no custo global para os mesmos 25 produtos. O programa ministerial representou melhoria no acesso a medicamentos, mas os gastos expressivos repercutem em sua interface com o sistema descentralizado de financiamento da assistncia farmacutica. Alguns dos VR poderiam ser objetos de exame e avaliao, frente aos custos sistematicamente mais favorveis nos valores levantados para a SMS-Rio.
Resumo:
Em junho de 2009, deflagrou-se oficialmente o processo de formulao da Poltica Municipal de Alimentao e Nutrio (PMAN) do Rio de Janeiro. Liderada pelo Instituto de Nutrio Annes Dias (INAD), rgo da Secretaria Municipal de Sade (SMS) e rea Tcnica de Alimentao e Nutrio desse municpio, o documento foi finalizado em dezembro de 2011. Foi ento encaminhado aprovao pela SMS, o que ainda no ocorreu. Este trabalho analisou o processo de formulao da PMAN, buscando caracterizar o contexto poltico-institucional de sua elaborao. Partindo de uma viso construcionista sobre cincia, foram realizadas anlise documental e entrevistas com atores inseridos nesta trajetria. Os documentos analisados foram dirios de campo, advindos da participao da pesquisadora como colaboradora deste processo; registros de reunies; verses do documento nas diversas fases de sua elaborao; entre outros. As entrevistas incluram gestores do INAD e da SMS, profissionais de diversas reas e representantes da sociedade civil e dos Conselhos Municipais de Sade e de Segurana Alimentar e Nutricional (SAN). A anlise revela o reconhecimento da singularidade do INAD como rea tcnica e de sua consolidada trajetria na rea de alimentao e nutrio, protagonizando ricos processos de discusso no municpio. Aponta, ainda, uma relativa autonomia decisria para implementao de suas aes. No entanto, paralelamente, as entrevistas revelaram que o INAD parece enfrentar, especialmente na gesto atual da SMS, certa fragilidade institucional, expressa por possveis mudanas em sua insero formal no arranjo institucional da Prefeitura; pela atual posio no organograma da SMS, aqum de suas atribuies, e tambm pela morosidade na aprovao da PMAN. Este contexto poltico-institucional no foi um fator determinante para a formulao da PMAN, embora as entrevistas sugiram que foi considerado para pensar o processo de construo no sentido de fortalecer uma rede de apoio poltico. Apesar de a opo inicial do INAD ter sido por um processo coletivo de participao, as entrevistas revelaram baixo nvel de informao sobre o documento final da PMAN e sobre o andamento de sua aprovao, o que parece sinalizar que o processo decisrio sobre as propostas apresentadas pelos atores centralizou-se no INAD no decorrer do tempo. Apesar da demora na aprovao da PMAN, no parece haver uma rede de presso pela sua assinatura por parte dos atores envolvidos, dependendo exclusivamente das mediaes internas do INAD na SMS. A anlise desta experincia permite identificar dificuldades e tenses que instituies com carter intersetorial podem enfrentar, tendo em vista o limite setorial no qual esto inseridas, num dado contexto poltico-institucional. Alm disso, aponta as estratgias polticas que atores sustentam nos processos de militncia e os desafios para fomentar a participao social.
Resumo:
Neste trabalho, buscou-se avaliar se o uso do balo intragstrico (BI) durante um perodo de seis meses por pacientes obesos ou com sobrepeso e com sndrome metablica (SM) traz melhora nos parmetros de funo pulmonar, distribuio da gordura corporal e SM. Trata-se de um estudo longitudinal e intervencionista com indivduos adultos que foram submetidos avaliao antropomtrica, da bioqumica srica, dos parmetros de funo pulmonar e do padro de distribuio da gordura corporal, antes da instalao do BI, durante o acompanhamento de seis meses e aps a sua retirada. Nos dados obtidos trs meses aps a colocao do BI, os pacientes apresentaram aumento da capacidade de difuso ao monxido de carbono com correlao positiva entre esta e o percentual total de gordura corporal (rs=0,39; p=0,05), o padro ginoide (rs=0,41; p=0,05) e o padro torcico (rs=0,42; p=0,01). Tambm foi observado que, aps trs meses da colocao do BI, houve reduo significativa do ndice de massa corprea (IMC) (p=0,0001) e da fora muscular inspiratria (p=0,009). Tambm houve aumento significativo da capacidade vital forada (CVF) (p=0,0001), da capacidade pulmonar total (CPT) (p=0,001) e do volume de reserva expiratrio (VRE) (p=0,0001). Ao fim do estudo, foi observada elevao estatisticamente significante da CPT (p=0,0001), capacidade residual funcional (p=0,0001), volume residual (VR) (p=0,0005) e VRE (p=0,0001). Tambm foi observada reduo significativa do IMC, cuja mediana passou de 39,1 kg/m2 no incio da avaliao para 34,5 kg/m2 no final dos seis meses (p=0,0001). Ao fim do estudo, 31 pacientes (77,5%) no apresentavam mais critrios diagnsticos para SM. Em relao aos parmetros de distribuio da gordura corporal, tambm houve mudanas importantes com reduo significante (p=0,0001) do percentual de gordura nos quatro padres analisados (tronco, androide, ginoide e total). Houve correlao significante entre o delta da CPT e o delta da circunferncia abdominal (ρ=-0,34; p=0,03), entre o delta da CRF e o delta do IMC (ρ=-0,39; p=0,01) e entre o delta do VRE e os deltas do IMC (ρ=-0,44; p=0,005) e do colesterol HDL (ρ=-0,37; p=0,02). Tambm houve correlao significante entre o delta do VRE com os deltas das gorduras de tronco (ρ=-0,51; p=0,004), androide (ρ=-0,46; p=0,01), ginoide (ρ=-0,55; p=0,001) e total (ρ=-0,59; p=0,0005).
Resumo:
O setor industrial de alimentos um setor muito importante para a economia brasileira, segundo dados da Associao Brasileira das Indstrias da Alimentao (ABIA). Os diferentes produtos gerados pelas indstrias alimentcias so atribudos a vrias setores, como por exemplo, o setor de Food Service, o qual utiliza os insumos provenientes das indstrias de alimentos e fornecem alimentos prontos para os consumidores que buscam refeies fora dos seus lares. Devido grande expanso desse setor, a exigncia da sociedade por um sistema de Gesto em Sade, Meio Ambiente, Segurana e Responsabilidade Social (SMS/RS) grande, pois h preocupaes ambientais, como o desperdcio e a gerao de resduos, preocupaes com as condies de trabalho dos funcionrios, associados aos riscos e perigos no ambiente de trabalho e preocupaes com as exigncias legais, como o cumprimento de leis e normas na produo de alimentos, a fim de reduzir os riscos sade por doenas transmitidas por alimentos, com a segurana do mesmo. O objetivo geral desse estudo avaliar as questes relacionadas sade, segurana, meio ambiente, sustentabilidade e responsabilidade socioambiental, de forma a verificar o nvel de comprometimento dos servios de alimentao micro e de pequeno porte no municpio do Rio de janeiro, com destaque para o atendimento ao servio da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA), legislao ambiental e de sade e segurana no trabalho. Para atingir tal objetivo, a metodologia foi dividida em: pesquisa bibliogrfica, elaborao de lista de verificao, questionrio direcionado para os responsveis e funcionrios dos estabelecimentos, de questionrio SMS/RS e visitas tcnicas. Os resultados obtidos mostraram que, numa avaliao global, os trinta servios de alimentao atenderam a todos os itens avaliados com relao legislao sanitria e 88% no que tange aos aspectos de sade, meio ambiente, segurana e responsabilidade social. Apesar de a legislao em sade e segurana, meio ambiente e responsabilidade social ser uma prtica comum nas micro e pequenas empresas fornecedoras de alimentos, em nenhuma delas foi implantado um sistema de Gesto baseado nessas questes, devido a falta de conhecimento por parte dos proprietrios dos estabelecimentos