182 resultados para Adolescentes Conduta - Teses

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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H um extenso nmero de evidncias apontando para o estresse como tendo um papel crtico na iniciao, manuteno e relapso aps a retirada, do hbito do tabagismo. De modo geral, adolescentes so mais sensveis aos efeitos no sistema nervoso central de ambos estresse e nicotina, principal componente psicoativo do cigarro. No entanto, h uma escassez de estudos em neurobiologia bsica que avaliem as possveis interaes entre os efeitos no sistema nervoso central entre nicotina e estresse nesta idade. Deste modo, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da exposio nicotina e estresse durante a adolescncia de camundongos em comportamentos sociais e comportamentos associados a ansiedade e depresso. Para este estudo utilizamos camundongos Suos de ambos os sexos. A partir do 30 dia ps-natal (PN) camundongos foram expostos nicotina (at PN40) e/ou estresse (at PN38 para os animais avaliados em PN39-40 e PN40 para os animais avaliados nas outras idades). Desta forma, utilizamos quatro grupos experimentais: 1) Exposio concomitante de soluo de nicotina (diluida na gua potvel, 50g/ml) e estresse por conteno (1h/dia); 2) Exposio somente nicotina via oral; 3) Exposio somente ao estresse por conteno; 4) Grupo controle. Para a avaliao comportamental utilizamos: o teste do labirinto em cruz elevado (LCE), o teste de abordagem social de trs cmaras (TS) e o teste do nado forado (FST). Cada animal foi avaliado nos trs testes, em um entre trs momentos: ao final do perodo de exposio (PN39/40), aps um curto perodo a partir do trmino da exposio (PN44/45) ou na vida adulta (PN69/70). A exposio ao estresse promoveu menor ganho de massa corporal durante a adolescncia, sendo o consumo de nicotina incapaz de alterar este parmetro. Alm disso, o estresse no afetou o consumo da soluo de nicotina. Nosso modelo no foi capaz de alterar os parmetros de ansiedade avaliados pelo teste do LCE. Entretanto, a exposio de estresse em concomitncia com nicotina gerou hiperatividade ao final do perodo de exposio em ambos os sexos. Na avaliao do TS e do FST observamos alteraes significativas somente aps perodo de retirada. Aps um curto perodo de abstinncia pela nicotina, fmeas apresentaram aumento do comportamento associado depresso, tendo este efeito sido revertido pela exposio concomitante ao estresse. De forma contrria, na mesma idade, somente a exposio combinada promoveu aumento do comportamento associado depresso em machos. Alm disso, nossos resultados sugerem um aumento de sociabilidade no grupo submetido a exposio combinada aps longo perodo de interrupo da exposio durante a vida adulta. O presente trabalho fornece evidncias experimentais que indicam que nicotina e estresse interagem durante a adolescncia resultando em alteraes na resposta emocional durante o perodo de exposio e tardiamente, aps a sua interrupo causando alteraes que perduram at o incio da vida adulta.

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O presente trabalho avalia o uso de dois emoticons (pequenos cones que supostamente denotam emoes) no universo virtual, particularmente em Mensagens Instantneas (MI) de interaes ocorridas no MSN. O trabalho conta como sujeitos com um grupo de 67 indivduos entre 17 e 23 anos residentes do Rio de Janeiro que pertencem ao mesmo nvel social e no possuem nenhuma diferena hierrquica. As interaes foram transformadas em txt e tratadas atravs da ferramenta Wordsmith 5.0 (Scott, 2008) para organiz-las, quantific-las e prepar-las para anlise. Aps separadas as linhas com emoticons, essas foram classificadas de acordo com a Teoria da Polidez com vistas a verificar se o emoticon teria funo polida no discurso e se poderia mitigar um AAF (Ato Ameaador de Face). Lanou-se mo tambm do conceito de atos de fala para explicar aqueles emoticons que a Teoria da Polidez no deu conta. A pesquisa ocorreu com material autntico doado pelos participantes e coletado ao longo do ano de 2011. O presente trabalho levantou dados de como os emoticons eram usados, por quem, e qual sua frequncia e preferncia, inclusive por parte de gnero. Os resultados apontam para uma restrio da aplicao da Teoria da Polidez para explicar os emoticons: esses parecem desempenhar mltiplas funes alm daquelas de polidez e mitigao. Apontam tambm para uma preferncia por parte de cada sexo por uma funo especfica para os emoticons investigados

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O atendimento ginecolgico de qualidade na adolescncia vem se tornando cada vez mais necessrio na atualidade devido ocorrncia mais precoce da atividade sexual, com conseqente aumento das gestaes no planejadas, das doenas sexualmente transmissveis e da probabilidade de cncer de colo uterino. Este estudo teve como objetivo avaliar a consulta ginecolgica sob a tica dos mdicos e das adolescentes. Foi desenvolvido um estudo de corte transversal atravs de questionrio estruturado aplicado a 191 ginecologistas filiados Associao de Ginecologia e Obstetrcia do Estado do Rio de Janeiro e a 418 estudantes do ensino mdio de escolas estadual, federal e privada da cidade do Rio de Janeiro. Os mdicos responderam questes sobre dados pessoais, qualificao profissional, condutas na consulta ginecolgica e sobre a necessidade de capacitao para o atendimento de adolescentes. Para as colegiais foram abordados aspectos scio-demogrficos, comportamento sexual e avaliao da consulta ginecolgica. Para a anlise dos dados utilizou-se o teste qui-quadrado e o t de student. Os resultados mostraram que no houve diferenas sgnificativas entre as escolares do ensino privado e da escola pblica federal que, no entanto, apresentaram caractersticas distintas quando comparadas s estudantes da instituio estadual. Estas eram predominantemente da raa negra, com responsveis de menor escolaridade e tinham piores condies de moradia. Apesar do maior nmero de parceiros, gestaes e de abortamentos, alm de histrico de violncia sexual, foram consulta ginecolgica em idade mais tardia, devido dificuldade de acesso a servios de sade sexual e reprodutiva. Os trs grupos de estudantes manifestaram, em comum, o desejo de que o profissional investisse mais tempo, pacincia e disponibilidade no atendimento ginecolgico. Quanto aos profissionais, foi constatado que os mais jovens e as do sexo feminino apresentaram atitudes consideradas menos conservadoras na conduta mdica. Os participantes informaram como principal obstculo no atendimento desta faixa etria a maior durao da consulta e ressaltaram a importncia de treinamento especfico e da realizao rotineira do exame colpocitolgico. Concluiu-se que h necessidade de criao de estratgias que facilitem o acesso e a adeso deste grupo etrio rotina preventiva ginecolgica e capacitao profissional especfica. Este trabalho oferece contribuies para o conhecimento da consulta ginecolgica e identifica a necessidade de melhoria na qualidade da assistncia prestada a esta faixa etria a fim de reduzir os agravos da atividade sexual precoce e desprotegida na adolescncia.

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Os manuais diagnsticos de psiquiatria e as classificaes internacionais de doenas vm apontando o transtorno de conduta como um dos principais distrbios que afetam crianas e adolescentes que vivem em meio urbano pobre. Esse trabalho investiga como a emergncia e o avano dessa categoria diagnstica vem de encontro s transformaes engendradas no cenrio cultural pelo capitalismo, como a falta de empregos, aumento dos ndices de violncia e o constante sentimento de insegurana social. Busca se conhecer como essa categoria diagnstica surge como uma forma de estigma e controle na sociedade contempornea dos jovens diagnosticados, pois este transtorno apontado como uma das explicaes para causa da violncia praticada por jovens. Esse estudo se deu no contexto de um ambulatrio de sade mental, num bairro pobre da cidade do Rio de janeiro, com adolescentes diagnosticados com o transtorno de conduta. Como metodologia, foi utilizada a anlise do discurso dos profissionais de um ambulatrio pblico de sade em relao aos jovens diagnosticados. Foi feita tambm anlise das condutas teraputicas dos profissionais dirigidas aos jovens. Este trabalho aponta para farta prescrio de medicamentos no tratamento desses jovens diagnosticados no cotidiano, apesar das poucas evidncias cientficas de sua eficcia.

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O Papilomavrus humano (HPV) um vrus DNA bastante prevalente em estimativas mundiais, sendo a DST isolada mais frequente no mundo. Existem poucos dados sobre prevalncia em adolescentes sem vida sexual ativa, havendo ainda muitos tabus nesta faixa etria. O presente estudo tem por objetivo identificar a prevalncia de Papilomavrus humano atravs de biologia molecular em pacientes sem coitarca, comparando com um grupo de pacientes da mesma faixa etria com atividade sexual. Foram avaliadas 100 adolescentes com idade variando de 11 a 20 anos, com pelo menos dois anos ps-menarca, atendidas no perodo de janeiro de 2007 a janeiro de 2009 no ambulatrio de ginecologia infantopuberal do Hospital Universitrio Pedro Ernesto. Das 100 adolescentes, 50 apresentavam hmen ntegro e 50 relatavam atividade sexual regular. Para as pacientes sem coitarca (grupo 1) foi realizada uma coleta apenas de vestbulo e para as pacientes com atividade sexual (grupo 2) foi realizada coleta de vagina e endocrvice. A pesquisa de DNA-HPV foi realizada por captura hbrida de 2 gerao. Os resultados foram descritos em unidade relativa de luz. Para os dados categricos foram aplicados os testes exato de Fisher. A positividade geral de DNA de HPV de alto e de baixo risco foi de 72%. No grupo 1 houve positividade do teste em 3 casos (6%). J no grupo 2, 33 casos (66%) foram positivos para pelo menos um stio. Material de vagina foi positivo em 30 casos (60%) e de colo em 27 casos (54%). Pode-se concluir que a positividade nas meninas com vida sexual ativa alta. A infeco pelo HPV, ainda que pouco frequente, pode estar presente em meninas sem coitarca.

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A questo nutricional tem sido objeto de interesse da sade pblica, no s em nosso pas, como tambm em outros, independentemente dos diferentes nveis de desenvolvimento. O sobrepeso e a obesidade so considerados agravos nutricionais importantes, cuja frequncia vem aumentando entre adolescentes, acarretando consequncias negativas, imediatas ou futuras, para a sade. Este estudo pretende descrever a prevalncia de sobrepeso e obesidade em adolescentes, segundo o sexo, nas regies Nordeste e Sudeste do Brasil, e investigar a sua reao com fatores socioeconmicos e com a prtica de atividade fsica. A investigao tem como base os dados da Pesquisa sobre Padres de Vida (PPV) do IBGE, realizada entre maro de 1995 e maro de 1997, nas duas regies. Dadas as peculiaridades de crescimento e desenvolvimento durante essa fase da vida, somados a ausncia de dados sobre maturao sexual, optou-se por incluir os dados de adolescentes de 15 a 19 anos de idade. A amostra contou com os dados de 1027 adolescentes da Regio Nordeste e 854 da Regio Sudeste com amplo predomnio numrico nas reas urbanas em ambas regies.O termo sobrepeso/obesidade foi utilizada para caracterizar os adolescentes que se encontravam com valores de ndice de Massa Corporal (IMC) iguais ou acima do percentil 85, de acordo com o sexo e a idade, da distribuio de IMC da populao norte americana (WHO, 1995). A anlise estatstica considerou os fatores de expanso e o desenho da amostra. A prevalncia de sobrepeso/obesidade foi de 8,45% IC 95% 6,51-10,90) na Regio Nordeste, contra 11,53% (IC 95% 8,90- 14,81) na Regio Sudeste. No Nordeste, observou-se maior risco de sobrepeso/obesidade para adolescentes do sexo feminino (razo de prevalncia: RP meninas/meninos=3,00; IC 95% 1,73-5,22), situao que se manteve entre os residentes da rea urbana (RPr3,21; IC 95% 1,72-5,99) e os da rea rural (RP=2,27; IC 95% 0,68-7,60). Na Regio Sudeste, o risco de sobrepeso/obesidade foi maior entre os meninos (RP meninas/meninos=0,58; IC 95% 0,37-0,92). Ao se estratificarem os dados por situao de moradia, os residentes da rea urbana desta regio mantiveram essa diminuio entre meninas (RPO,51; IC 95% 0,31-0,85), porm na rea rural houve aumento de risco entre as meninas (RP=1 86; IC 95% 0,83-4,16). A renda per capita domiciliar mensal s associou ao risco de sobrepeso/obesidade, em ambas as regies, apenas entre as meninos de maior renda per capita domiciliar mensal, quando comparados aos de renda inferior (Regio Nordeste: OR bruto=9,64; IC 95% 3,17-29,35 e CR ajustado=10,13; IC 95% 2,83-36,27 e, na Regio Sudeste: OR bruto13; IC 95% 1,50-17,48 e OR ajustado=8,70; IC 95% 1,17-32,34). Embora tenha sido observada grande frequncia de sedentarismo entre as meninas, a realizao de atividade fsica no se associou a prevalncia do sobrepeso/obesidade em nenhuma das regies estudadas. Os resultados apontam para a necessidade de medidas do controle dessas condies, visando a preveno de doenas crnicas, bem como da conduo de estudos que aprofundem as questes associadas ao risco de sobrepeso/obesidade entre os adolescentes de diferentes regies do pas.

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A literatura cientfica ainda no consistente em relao aos benefcios psicossociais proporcionados pelo tratamento ortodntico. Os objetivos deste estudo foram conhecer as alteraes na qualidade de vida relacionada com a sade bucal (OHRQoL) e com a autopercepo esttica de adolescentes brasileiros de 12 a 15 anos de idade tratados ortodonticamente, durante dois anos de avaliao prospectiva longitudinal. A amostra foi constituda de 318 jovens: 92 que iniciaram tratamento ortodntico em uma instituio de ensino (grupo orto), e 226 indivduos no tratados: 124 que procuraram avaliao ortodntica na mesma instituio e no receberam tratamento durante os dois anos em que foram acompanhados na pesquisa, pois estavam aguardando uma vaga na lista de espera para iniciar o tratamento (grupo de espera), e 102 que nunca buscaram tratamento ortodntico e que estudam em uma escola vizinha instituio (grupo escola). A qualidade de vida foi mensurada utilizando o OHIP-14. A necessidade normativa e esttica de tratamento ortodntico foi avaliada com o ndice IOTN, o nvel social com o Critrio de Classificao Econmica Brasil e a sade dental com o ndice CPO-D. As avaliaes foram repetidas em trs momentos: no exame inicial (T1); um ano depois do incio do tratamento ortodntico, para o grupo orto, e um ano aps o exame inicial, para os grupos de espera e escola (T2); e dois anos depois do incio do tratamento para o grupo orto, e dois anos depois do exame inicial para os grupos de espera e escola (T3). O tratamento ortodntico reduziu significativamente os escores de OHRQoL: as mdias do escores tiveram uma reduo de 10,4 para 9,2 e para 1,6 entre a primeira, segunda e terceira avaliaes (p<0,001). A autopercepo esttica se comportou de maneira similar, com uma reduo progressiva e significativa (p<0,001) nos pacientes tratados, que tambm tiveram melhora significativa na gravidade da m ocluso (p<0,001). Porm, os indivduos que removeram o aparelho tiveram OHRQoL e autopercepo esttica significativamente melhores em relao aos pacientes que no finalizaram o tratamento no perodo de dois anos. Os adolescentes do grupo de espera tiveram significativa piora na OHRQoL, que sofreu um aumento de 10,8 para 12,0 da primeira para a terceira avaliaes (p<0,001), o que tambm ocorreu na autoavaliao esttica, que sofreu um aumento significativo (p<0,001). Por outro lado, os adolescentes do grupo escola no tiveram nenhuma alterao desses ndices nos perodos de avaliao, apresentando uma tendncia estacionria para OHRQoL (p=0,34) e para a autopercepo esttica (p=0,09). A gravidade da m ocluso no foi alterada nos grupos no tratados durante os dois anos de avaliao e o CPO-D no teve alterao significativa para nenhum dos trs grupos. Foi possvel concluir que o tratamento ortodntico melhorou significativamente a qualidade de vida relacionada com a sade bucal e a autopercepo esttica dos adolescentes brasileiros submetidos a tratamento.

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Este estudo objetivou analisar e comparar a incorporao psicossocial do HIV/AIDS entre adolescentes soropositivos considerando os diferentes meios de transmisso: vertical e sexual. Trata-se de um estudo de natureza descritiva, com abordagem qualitativa, fundamentado na teoria das representaes sociais, na perspectiva da Psicologia Social. Foram estudados 30 adolescentes soropositivos atendidos em um Hospital Universitrio do Rio de Janeiro. Foi utilizada como tcnica de coleta de dados entrevistas semi-estruturadas e dois instrumentos de coleta: um questionrio de caracterizao dos sujeitos e um roteiro temtico que guiou as entrevistas. As entrevistas foram gravadas e os contedos transcritos e analisados conforme a tcnica de anlise de contedo temtica. O resultado evidenciou que o significado do HIV/AIDS para os sujeitos, numa anlise geral, marcado predominantemente por sentimentos negativos como medo e sofrimento. Imagens comuns aos dois grupos foram da morte e destruio, assim como o preconceito foi um importante contedo representacional. Ao comparar os dois grupos percebe-se que os elementos mais presentes na representao de adolescentes contaminados por relao sexual so sofrimento e o medo, com uma dimenso imagtica associada morte. O uso do preservativo tambm outro contedo representacional marcante nos discursos deste grupo. A sexualidade est incorporada na representao relacionada s dificuldades com a mesma ps descoberta do vrus. J os adolescentes contaminados por transmisso vertical tiveram como elementos mais presentes a aceitao e conformao da doena. O tratamento torna-se um importante contedo da representao para este grupo, relacionando-o ao cuidado sade e a imunodeficincia. Conclui-se, ento, que a escolha do estudo das representaes sociais e das tcnicas de anlise utilizadas foram pertinentes, pois permitiram identificar os principais elementos constituintes da representao social do HIV/AIDS, comparando as diferenas representacionais nos dois grupos de adolescentes estudados. Estes resultados serviro para reflexo crtica de profissionais de sade , tanto na contribuio para repensar estratgias de educao em sade para preveno de DST/AIDS, quanto no posicionamento diante de adolescentes soropositivos.

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O cncer de colo do tero persiste como um importante problema de sade em todo o mundo, em particular nos pases em desenvolvimento. Duas vacinas contra o papilomavirus humano (HPV) encontram-se atualmente disponveis e aprovadas para uso em meninas adolescentes, antes do incio da vida sexual: uma bivalente, contra os sorotipos 16 e 18 e outra quadrivalente, contra os sorotipos 6, 11, 16 e 18. Estes imunobiolgicos tm por objetivo induzir uma imunidade contra o papilomavrus e, desta forma, atuar na preveno primria do cncer do colo de tero. As avaliaes econmicas podem ser um elemento que auxiliem nos processos de tomada de deciso sobre a incorporao da vacina em programas de imunizao nacionais. Estas avaliaes foram o objeto central deste trabalho, que teve como objetivo sintetizar as evidncias procedentes de uma reviso sistemtica da literatura de estudos de avaliao econmica da utilizao da vacina contra o HPV em meninas adolescentes e pr-adolescentes. Foi realizada uma busca na literatura nas bases MEDLINE (via Pubmed), LILACS (via Bireme) e National Health Service Economic Evaluation Database (NHS EED) ate junho de 2010. Dois avaliadores, de forma independente, selecionaram estudos de avaliao econmica completa, que tivessem como foco a imunizao para HPV em mulheres com as vacinas comercialmente disponveis direcionada populao adolescente. Aps a busca, 188 ttulos foram identificados; destes, 39 estudos preencheram os critrios de elegibilidade e foram includos na reviso. Por tratar-se de uma reviso de avaliaes econmicas, no foi realizada uma medida de sntese dos valores de relao incremental entre custos e efetividade. Os 39 artigos includos envolveram 51 avaliaes econmicas em 26 pases. Predominaram estudos de custo-utilidade (51%). Do ponto de vista da perspectiva da anlise, predominou o dos sistemas de sade (76,4%). A maioria dos trabalhos (94,9%) elegeu meninas, com idade entre 9 e 12 anos, como sua populao alvo e desenvolveu simulaes considerando imunidade para toda a vida (84,6%). Os modelos utilizados nos estudos foram do tipo Markov em 25 anlises, de transmisso dinmica em 11 e hbridos em 3. As anlises de sensibilidade revelaram um conjunto de elementos de incerteza, uma parte significativa dos quais relacionados a aspectos vacinais: custos da vacina, durao da imunidade, necessidade de doses de reforo, eficcia vacinal e cobertura do programa. Estes elementos configuram uma rea de especial ateno para futuros modelos que venham a ser desenvolvidos no Brasil para anlises econmicas da vacinao contra o HPV.

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O presente estudo tem como objetivo compreender o impacto de questes relacionadas ao HIV/Aids na vida dos adolescentes e jovens, ativistas da REDE NACIONAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS (RNAJVHA) e da REDE ESTADUAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS DO RIO DE JANEIRO (REAJVHA-RJ), na faixa etria de 18 a 24 anos, infectados pela transmisso do vrus HIV, independentemente da via de contaminao, que fazem parte da construo do ativismo social da 3. fase da epidemia, momento ps acesso universal e gratuito aos tratamentos e medicamentos antirretrovirais na sade pblica, poltica exitosa promovida pelo Ministrio da Sade, fornecidos pelo Sistema nico de Sade. Para tanto, usou-se como metodologia as narrativas das suas histrias de vida, como instrumento de pesquisa, buscando compreender: sentimentos, motivaes, processos de composio e recomposio de identidades, gesto de riscos sade, forma de relacionamento com as diversas redes sociais, integrao da histria individual na histria coletiva mais ampla do movimento social, na busca de ampliar as oportunidades de compreender e refletir sobre o impacto da epidemia de HIV/Aids nesses adolescentes e jovens que fazem parte da RNAJVHA e REAJVHA-RJ. Reconstruir as experincias individuais histricas de suas vidas e de suas culturas, identificar os momentos desses adolescentes e jovens antes e posteriormente a sua entrada no ativismo juvenil, identificar, ainda, os momentos de enfrentamento dos fatos da vida como portador de sorologia positiva para o HIV. Estas condies e conquistas guiaram e influenciaram seus cursos de vida, focando assim os dinmicos processos de mudanas, orfandade, negociaes, lidar com o preconceito, sexualidade, solidariedade com o outro, reformulaes, articulaes e adeso ao tratamento. Analisamos as movimentaes presentes na vida social e na existncia do adolescente e jovem, como indivduos de direitos e deveres que exercem suas funes de atores/autores de suas prprias histrias de vida atravs do ativismo e militncia jovem em HIV/Aids. Esta pesquisa traz o reinventar de um novo ativismo em HIV/Aids.

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Essa pesquisa objetiva verificar a garantia de prioridade absoluta de crianas e adolescentes nas polticas pblicas do governo federal. Para tanto, resgata o processo de criao dos novos direitos de crianas e adolescentes, que se origina na Assemblia Nacional Constituinte (ANC) 1987-1988, perpassa a discusso da comunidade internacional para a criao da Conveno sobre os Direitos da Criana (CDC) e resulta em uma legislao nacional, o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), sob a gide da Doutrina da Proteo Integral. Essa legislao reflete os novos direitos de crianas e adolescentes brasileiros como cidados e cidads, titulares de direitos especiais por sua condio peculiar de desenvolvimento e compe os critrios de garantia, defesa e promoo de seus direitos humanos. Esse estudo tambm traz informaes sobre a desigualdade social brasileira para inferir que o investimento em polticas pblicas para infncia e adolescncia um dos mecanismos para promover desenvolvimento sustentvel, construir bases para uma sociedade mais justa e igualitria e que, quando aliadas a polticas de transferncias de renda, oportunizam condies slidas para reduzir o grau de desigualdade social, com efetiva melhora da qualidade de vida da populao. A prioridade absoluta foi estimada a partir de um mtodo de apurao do Oramento Criana e Adolescente (OCA) que filtra as polticas oramentrias voltadas ao pblico infanto-adolescente, nos termos do ECA, por critrios de exclusividade e direcionamento. Os resultados indicam que, apesar das melhoras recentes em indicadores socioeconmicos e na qualidade de vida da populao brasileira, ainda falta um longo caminho para o respeito ao princpio da prioridade absoluta de crianas e adolescentes nas polticas pblicas do governo federal, pois os recursos pblicos da Unio esto merc do pagamento dos juros, encargos e amortizaes da dvida pblica. Com isso, as polticas sociais ficam mantidas em segundo plano, e sua arrecadao tem carter regressivo, baseada em tributos indiretos, no que o financiamento das polticas pblicas feito pela populao mais pobre, majoritariamente, justamente a que mais demanda as polticas pblicas sociais.

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A AIDS deixou de ser uma doena aguda, tendo como desfecho morte imediata. Com o advento da terapia antirretroviral potente, controlou-se o vrus da imunodeficincia humana, tornando a AIDS uma doena crnica. Entretanto, a terapia antirretroviral potente possui reaes adversas, sendo uma delas a sndrome lipodistrfica do HIV. Uma das manifestaes desta sndrome a lipoatrofia facial: perda de gordura na face. O Ministrio da Sade do Brasil normatizou a aplicao de polimetilmetacrilato para reabilitao da face. Porm, crianas e adolescentes no podem realizar tal procedimento. Para esta populao, o presente trabalho prope a terapia miofuncional. Objetivo: Verificar os efeitos da terapia fonoaudiolgica miofuncional em adolescentes vivendo com HIV/AIDS, contrado por transmiso vertical, com lipoatrofia facial. Mtodos: Realizou-se avaliao fonoaudiolgica antes e depois de 12 sesses de terapia fonoaudiolgica, utilizando avaliao estrutural, medidas antropomtricas da face, registro fotogrfico, peso e altura, ndice de lipoatrofia facial (ILA) e ndice de incapacidade facial ndice de bem-estar social (IIF-IBES). Na terapia fonoaudiolgica, utilizou-se exerccios isotnicos e isomtricos para face, bochechas e lngua. Foram coletados os ltimos dados, como a contagem de CD4, a carga viral, e o histrico da terapia antirretroviral utilizada. Resultados: Dos 15 pacientes estudados, 10 tinham lipoatrofia facial, mensurada atravs do ILA. Quatro completaram as todas as sesses de terapia fonoaudiolgica. Nestes pacientes, as medidas antropomtricas da face ficaram mais harmnicas, corroborando com os achados do registro fotogrfico e da avaliao estrutural. Aumentou-se sutilmente o ILA em trs pacientes. Concluso: A terapia fonoaudiolgica mostrou-se eficaz no tratamento da lipoatrofia facial leve. Considera-se importante a readequao das funes estomatognticas quando necessrio. Outras demandas fonoaudiolgicas surgiram na populao estudada.

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Este estudo objetivou compreender a vivncia e a sexualidade dos adolescentes que (con)vivem com HIV e indicar possibilidades para as prticas de cuidado realizados pelos enfermeiros. Trata-se de um estudo de natureza descritiva, com abordagem qualitativa, com aproximao na hermenutica dialtica. Foram estudados 20 adolescentes com HIV atendidos em um Hospital Universitrio do Rio de Janeiro. Foi utilizada como tcnica de coleta de dados entrevistas semi-estruturadas e dois instrumentos de coleta: um questionrio de caracterizao dos sujeitos e um roteiro temtico que guiou as entrevistas. As entrevistas foram gravadas e os contedos transcritos e analisados conforme a tcnica de anlise de contedo temtica. O resultado evidenciou que o significado da sade para os sujeitos, numa anlise geral, est associado qualidade de vida e necessidade de manuteno de hbitos saudveis. Sobre o HIV, destacou-se o desconhecimento sobre o vrus e os modos de transmisso. A vivncia com o HIV marcada predominantemente por sentimentos negativos como medo e sofrimento relacionados com preconceito, estigma e discriminao. Os adolescentes associam a sexualidade ao ato sexual ou orientao sexual. A sexualidade para os adolescentes que adquiriram o vrus atravs da transmisso sexual tambm est relacionada s dificuldades com a mesma aps a descoberta. J os adolescentes contaminados por transmisso vertical tiveram como elementos mais presentes a aceitao e conformao da doena. Observar-se a falta de percepo dos adolescentes em relao s prticas de cuidados realizadas pelos enfermeiros, direcionados para minimizar suas necessidades Conclui-se, ento, as tcnicas de anlise utilizadas foram pertinentes, pois permitiram identificar as vivncias e os sentidos da sexualidade dos adolescentes que (con)vivem com HIV e a importncia das prticas de cuidados de enfermeiros. Este estudo servir para reflexo crtica para profissionais de sade, principalmente, enfermeiros, atravs da identificao e percepo das demandas dos adolescentes com HIV para desenvolver estratgias visando as peculiaridades e necessidades destes adolescentes.

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Pesquisa qualitativa que tem por objeto a relao entre me adolescente abrigada e seu filho. Objetiva descrever o significado do filho para a me adolescente abrigada; compreender os fatores que influenciam no estabelecimento da relao me adolescente abrigada e seu filho; e analisar a relao me-filho nos espaos do abrigamento partir dos cuidados realizados pela me adolescente abrigada. A pesquisa foi realizada em uma instituio de abrigamento no municpio do Rio de Janeiro, localizada no bairro de Vila Isabel. Os sujeitos foram seis mes adolescentes que se encontravam abrigadas em companhia de seus filhos. As entrevistas foram feitas atravs de um roteiro contendo questes de identificao das depoentes e perguntas abertas. A anlise dos resultados foi realizada com base em Bardin (anlise de contedo), emergindo duas categorias, a saber: 1) o significado do filho para a me adolescente; e 2) vivncias maternas no cuidado do filho no interior da unidade de abrigamento. Ademais, evidencia-se que as mes adolescentes percebem seus filhos em sua vida como um aumento da responsabilidade e como fator de amadurecimento. O filho atua como estimulador deste processo, na medida em que ao depender da me adolescente para sobreviver, acaba induzindo transformaes pessoais e sociais. Este novo ser representa para estas mes afeto, amor, carinho e sua prpria famlia. O sentimento de amor que sente pelo filho e a forma como desempenha a maternagem solidificam a relao deste binmio, impulsionando a busca por uma mudana social em sua vida e o desejo de no mais voltar s ruas. A maternagem desenvolvida pelas jovens mes ocorreu de forma suficientemente boa, conseguindo atender as necessidades bsicas de seu filho e estabelecendo a relao afetiva entre este binmio, mesmo mencionando a interferncia dos profissionais de abrigo com relao ao cuidado que desenvolvem ao seu filho. necessrio oferecer bases para que essa me adolescente sinta-se fortalecida nas atividades maternas e que estas possam tambm continuar a desenvolver o cuidado do filho de maneira que atendam as necessidades do beb, mantendo uma boa relao entre este binmio, para que o filho tenha um desenvolvimento emocional sadio e seja um adulto seguro para se lanar no mundo sem medos dos obstculos e limitaes provenientes de uma vida cheia de excluses.

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O presente trabalho teve como objetivos verificar a possvel associao entre violncia intrafamiliar sofrida por adolescentes e estado nutricional. Foram investigadas as prevalncias de agresso verbal, violncias fsica, abuso psicolgico e de estado nutricional inadequado dos adolescentes. Para tanto, foi realizado um estudo observacional de corte transversal numa amostra de 201 adolescentes de 10 a 19 anos cadastrados no Programa Bolsa Famlia e monitorados pelo Servio de Nutrio de uma unidade de sade do municpio do Rio de Janeiro. Junto aos adolescentes foi realizada avaliao antropomtrica, e para a determinao do estado nutricional foi analisado o ndice de Massa Corporal (IMC) pelo parmetro adotado pela OMS a partir de 2007. A violncia familiar foi investigada por meio de dois instrumentos. O Conflict Tactics Scales Form R (CTS1) foi utilizado para avaliar os conflitos intrafamiliares no relacionamento entre pais e filhos e a escala de violncia psicolgica contra adolescentes para identificar a presena de violncia psicolgica contra os adolescentes. Alm disso, foram avaliadas outras co-variveis que pudessem influenciar a associao entre violncia e situao nutricional da populao estudada como informaes sobre maturao sexual, scio-demogrficas e percepo corporal. No que diz respeito ao IMC, foram identificados 4,5% de baixo peso, 13,4% de sobrepeso e 5% de obesidade. No que se refere violncia familiar, foram observados 83,1% de agresso verbal, 50,2% de violncia psicolgica, 32,8% de agresso fsica grave e 48,3% de abuso fsico menor. Atravs da regresso linear mltipla foi observada um associao entre violncia familiar e o IMC em adolescentes do sexo feminino. A presena de agresso verbal perpetrada tanto pelo pai como pela me est relacionado ao IMC de forma estatisticamente significativa para as meninas. J para os adolescentes masculinos no foi encontrada nenhuma associao significativa entre os diferentes tipos de violncia familiar e o IMC, mas aponta para a reduo do IMC. Outras estratgias de pesquisa de natureza qualitativa devem ser realizadas para esclarecer sobre os efeitos desfavorveis do abuso verbal sobre o IMC junto aos pais e a sociedade j que a agresso verbal um tipo de abuso normalmente utilizado no ambiente familiar e considerado como algo natural e aceitvel