1 resultado para 347-M0059A
em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ
Resumo:
A presente pesquisa aborda a temática da assistência ao parto hospitalar na Região Médio-Paraíba, considerando a política pública de humanização do parto e nascimento A medicalização do parto e nascimento vem ocorrendo em todo o mundo. Mesmo em países desenvolvidos, a grande maioria dos partos vaginais e de baixo risco ainda é conduzida com práticas intervencionistas sem evidências científicas de sua eficácia. Em contraposição a este modelo assistencial implantou-se a política de humanização do parto e nascimento. A enfermeira obstétrica tem sido elemento importante para a consolidação do uso de práticas consideradas humanizadas na assistência ao parto de baixo risco em ambiente hospitalar. O objeto deste estudo foi o emprego de tecnologias não invasivas de cuidado de enfermagem em partos acompanhados por enfermeiras obstétricas na Associação de Proteção a Maternidade e à Infância de Resende/RJ (APMIR). Os objetivos foram: identificar as tecnologias não invasivas de cuidado de enfermagem obstétrica (TNICE) usualmente empregadas por enfermeiras obstétricas no cuidado a parturientes; discutir o emprego dessas TNICE por enfermeiras obstétricas no cuidado a parturientes sob a perspectiva da humanização do parto e nascimento; caracterizar o processo de implementação das TNICE na assistência ao parto na maternidade. Trata-se de pesquisa descritiva, quantitativa desenvolvida em uma maternidade filantrópica da região sul-fluminense que pertence ao Médio-Paraíba, na qual enfermeiras obstétricas estão incluídas na equipe de acompanhamento do parto. Foram analisados os registros correspondentes aos partos acompanhados por enfermeiras obstétricas compreendendo o período de Novembro de 2012 à Julho de 2013. Houve registro de 84 partos neste período. Os dados foram obtidos através de Livro de Registros de Parto do serviço. Os registros foram feitos em formulário próprio implantado a partir da pesquisa. O projeto foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Barra Mansa, tendo sido aprovado segundo parecer número 347.254 de 30/07/2013. Os dados foram analisados por procedimentos estatísticos descritivos. Os resultados apontaram que a atuação da enfermeira obstétrica no cuidado à mulher em trabalho de parto caracteriza-se por medidas que promovem a autonomia da mulher no cenário onde ela é protagonista marcando assim a forte presença dessas profissionais neste cenário onde a existência de práticas intervencionistas é significante e muito presente. O estudo concluiu que o cuidado de enfermagem obstétrica pautado sobre as tecnologias não invasivas de cuidado favorece uma assistência humanizada ao parto. Acredita-se que para um cuidado no transcorrer fisiológico do parto é necessário estabelecer uma relação de intimidade, de interação e de empatia com cada mulher dentro do seu contexto, dando a ela encorajamento para tomar posse daquilo que compete somente a ela.