219 resultados para Sujeito (Filosofia) na literatura Séc. XVII


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Este trabalho tem como objetivo estudar e discutir as maneiras pelas quais os jovens na atualidade vm construindo trajetrias, narrativas e projetos de vida a partir das novas configuraes assumidas pelo trabalho. Com a finalidade de atingir o objetivo proposto alm do levantamento de referencial terico-bibliogrfico foi realizada pesquisa de campo. O referencial terico-bibliogrfico foi desenvolvido em torno das trs principais categorias que envolvem o tema e dos desdobramentos delas provenientes: cenrio atual, trabalho e juventude. Nessa abordagem, tanto sujeito quanto subjetividade so compreendidos como produes culturais e sociais, modos de ser e de estar no mundo que emergem dentro de contextos histricos especficos. O trabalho entendido como uma instncia privilegiada de insero social e, portanto, como categoria que contribui de modo central para as produes de subjetividade, possuindo fundamental papel para que os jovens possam construir projetos de vida que possibilitem o desenvolvimento de trajetrias e narrativas consistentes. Pelo carter mltiplo e heterogneo da juventude, foi realizado um recorte desse universo para a realizao do trabalho de campo, participando deste jovens entre 21 e 26 anos pertencentes classes mdias e media alta, moradores do Rio de Janeiro que exercem funo de estagirios em uma empresa nacional privada localizada no mesmo Estado. Foi utilizada metodologia qualitativa para a realizao da pesquisa baseada em entrevistas individuais como instrumento de coleta de dados. A anlise dos resultados seguiu pressupostos terico-metodolgicos da anlise de discurso. Os principais resultados mostraram que os projetos de vida dos jovens carregam em si muitas caractersticas inerentes ao contexto contemporneo e s maneiras como o trabalho se configura: as idias de flexibilidade, mudana, acelerao, movimento constante, abertura ao novo, entre outras. So projetos de vida mltiplos caracterizados pela mutabilidade, nos quais uma das poucas certezas que os guia a de que ningum pode ficar parado. As trajetrias so marcadas pelo movimento e pela lgica do cada um por si havendo um enorme comprometimento consigo mesmo. Os projetos possuem carter individual, no sendo a eles integrados interesses coletivos. De um modo geral, pode-se observar que os projetos se mostram como tentativas de adaptao ao complexo cenrio atual que parece facilitar a emergncia de modos de ser e estar cada vez mais individualizados.

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Esta tese desenvolvida na linha de pesquisa Poltica e Cultura destaca o interesse pelos fenmenos da transmisso do conhecimento intelectual. A tese reconstri a expresso da cultura poltica medieval germnica pela tica de dois poetas, Walther von der Vogelweide e Wolfram von Eschenbach, integrantes da aristocracia guerreira. Os suportes tericos dos Sprche, sentenas de natureza poltica de Vogelweide e do Parzifal de Eschenbach, foram fundamentais para compreender o posicionamento poltico e cultural alemo frente s transformaes que afetaram a Cristandade no perodo de fins do século XII ao incio do século XIII. Esse perodo foi marcado pelo confronto de Papas e Imperadores em torno do direito de exercer a autoridade no mbito do Sacro Imprio Romano-Germnico. O movimento cruzadista, o renascimento urbano e a ascenso de novos atores sociais burgueses integram o conjunto dos elementos a serem levados em conta na elaborao da tese. A ideia norteadora do trabalho tornou necessrio recorrer a obras literrias com objetivo de elucidar questes de natureza histrica, tendo claro que a Literatura no um contraponto da Histria e o texto resultante contribua para ressignificar a produo poltica da cultura medieval e um melhor entendimento dos mecanismos do poder na Alemanha medieval. No plano terico-metodolgico recorremos chamada Histria Cultural fornecendo uma viso integradora dos planos poltico, social e econmico.

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O presente trabalho nasce com a chegada em 2007 do projeto de extenso universitria na Escola Municipal Joaquim da Silva Peanha do Em Caxias a Filosofia en-caixa? Municpio de Duque de Caxias, RJ. Este projeto coordenado pelo Ncleo de Estudos Filosficos da Infncia (NEFI) do Programa de Ps-Graduao em Educao da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Como professora da escola, fui convidada a participar do projeto e tenho sido afetada com a proposta ousada de desenvolver a filosofia com crianas. Assim surge a ideia de estudar e escrever sobre as transformaes e autotransformaes que tenho vivido desde o incio no espao tempo escolar, particularmente no que diz respeito ao processo de ensinar e de aprender como experincia/sentido que possibilite outras maneiras de experimentar, ser e pensar a minha prtica pedaggica no cotidiano da escola/sala de aula e na vida. O caminho adotado para a investigao do tema inicia-se rumo a compreenso do cotidiano tentando perceber como os sujeitos participantes da escola vo fazendo ?usos e tticas? do escolar que geram suas experincias de aprendizagem. Depois, fazer saber segue-se rumo a refletir sobre que tipo de experincia da aprendizagem escolar temos desenvolvido no interior da escola experincia do conhecer ou experincia do pensar? E qual delas tem potencializado a experincia /sentido que de fato afeta, toca, acontece na perspectiva de Foucault, Deleuze e Jorge Larrosa trazendo profundas mudanas. Finalmente, partimos rumo a narrar o caminho percorrido pela escola com o projeto que possibilitou que os participantes fossem atravessados pelo encontro com filosofia permitindo uma caminhada aberta, enigmtica, imprevisvel levando-o a lugares ainda no vividos ou pensamentos ainda no pensados.

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No século XXI podemos caracterizar as relaes por sua complexidade, o que se expressa em diferentes aspectos, como nas relaes familiares, sociais, valores, crenas. Sendo assim, fatores como gnero, transgeracionalidade e a coexistncia de antigos padres e novas demandas relacionais, compem a construo dos papis contemporneos. E dentre um dos mais importantes papis desempenhados pelo homem, podemos citar o de pai, com isto. Dessa forma, com base nas necessidades e na carncia de literatura sobre o papel atribudo a este novo pai, o presente trabalho pretendeu investigar os aspectos semelhantes e diferentes nas crenas de homens e mulheres de geraes distintas. Participaram desta pesquisa 100 pessoas residentes na cidade de Mag (estado do Rio de Janeiro), divididas em quatro grupos (25 por contexto: gnero e idade, grupos de 25 a 35 anos e 55 a 65 anos). O estudo incluiu questionrio sociodemogrfico, questionrio sobre Funo Paterna, aplicao da Escala sobre Crenas e Prticas Paterna (ECPP) e Escala sobre Crenas e Prticas Paterna Pretritas (ECPP-P). Os resultados mostraram concordncias e divergncias, tanto entre os gneros quanto entre as geraes, mas acreditamos que discusses como estas propiciam novos entendimentos acerca das prticas parentais paterna.

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A efervescncia cultural e poltica dos anos 20 contribuiu para o surgimento do romance nordestino de 30. Nesse momento, o engajamento do intelectual era uma necessidade e as produes artsticas foram mediadas por influncias polticas de esquerda ou de direita. Com isso, as obras literrias ganharam um tom de denncia, expondo nossos problemas sociais. O intelectual brasileiro se viu entre dvidas e tenses e destacamos, na primeira parte desse trabalho, as posturas dos seguintes escritores: Jos Amrico de Almeida (1887-1980), Rachel de Queiroz (1910-2003), Jorge Amado (1912-2001), Jos Lins do Rego (1901-1957) e Graciliano Ramos (1892-1953). Na segunda parte, tomamos as obras do escritor paraibano, Jos Lins do Rego, para analisar o posicionamento desse intelectual frente as questes de sua poca. Com base nas discusses que o escritor pe em relevo em seus romances, identificamos a abordagem da relao entre intelectual e operrio, os limites da figurao do outro o negro e a mulher pobre , a continuidade e a ampliao da escravido no século XX. Cotejando as respostas de Jos Lins com as dos demais romancistas nordestinos de 30, verificamos como se estabeleceu o dilogo entre esses escritores e quais so os limites de seus posicionamentos

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A partir de abril de 1500 a armada de Pedro lvares Cabral d incio ao contato e ao registro atravs das pginas da carta de seu escrivo, Pero Vaz de Caminha de um novo mundo e uma nova humanidade: os ndios que habitavam o territrio que atualmente conhecemos por Brasil. No desenrolar dos quinhentos, estes diferentes povos e culturas foram decodificados e reinterpretados de diversas maneiras em cartas, livros e demais documentos manuscritos. No campo das artes visuais portuguesas, no foi diferente. Esse outro assume um papel coadjuvante quase sempre inserido em duas temticas principais, a arte religiosa e as grandes navegaes mas nem por isso menos interessante: o gosto pelo extico, caracterstica marcante durante o perodo das expanses ultramarinas, no s em Portugal, mas em outras regies europeias, aliado ao etnocentrismo e a influncia do Cristianismo, acabou por caracterizar os ndios do Brasil, mutatis mutandis, como novos homens selvagens. Para uns, so como bestas, mais perto do inferno; para outros, so cristos em potencial, mais prximos do cu

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O que pode um analista diante da iminncia da morte? A insero da psicanlise no hospital coloca o analista diante de uma questo temporal: na urgncia da vida, como levar em conta os tempos do sujeito do inconsciente? Freud afirma que o inconsciente atemporal (Freud, 1915) e Lacan concebeu o tempo do sujeito como o tempo lgico (Lacan, 1945), marcado por trs tempos: instante de ver, tempo para compreender e momento de concluir. A experincia radical do tempo no hospital nos leva a uma leitura de Freud com Lacan acerca dos tempos do sujeito do inconsciente, privilegiando a atemporalidade inconsciente, o a posteriori da constituio dos sintomas e o tempo lgico lacaniano. A presente dissertao tem como objetivo pesquisar a concepo de tempo para a psicanlise em Freud e Lacan, em articulao com a experincia clnica em hospital geral (Hospital Universitrio Pedro Ernesto) a partir do atendimento nas urgncias.

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Esta pesquisa faz uma reflexo sobre a incidncia do feminino e o gozo que lhe prprio, na clnica psicanaltica e no social. A hiptese que sustenta o trabalho a de que, na estrutura neurtica, quando o sujeito ocupa a posio feminina e experimenta o gozo Outro, pode vivenciar uma espcie de loucura, de sem-razo, que se expressa atravs de fenmenos aparentemente semelhantes aos de uma psicose. Freud deixou em aberto a questo do Dark Continent que habita as mulheres. Lacan partindo das elaboraes freudianas pode avanar na questo ao separar feminino e mulher, utilizando-se das frmulas da sexuao. O uso dessas frmulas permitiu a Lacan conceituar o feminino como o que est fora da norma flica e pode ser experimentado por qualquer um que se situe na posio do no-todo flico. Esta pesquisa apresenta um estudo do gozo atravs da obra de Freud e Lacan para distinguir o gozo do Outro barrado, do gozo do Outro no barrado. Os casos clnicos aqui apresentados exemplificam alguns efeitos da experincia da alteridade: o gozo mstico, a relao de devastao entre me e filha, e a experincia do gozo feminino no encontro com o Outro sexo.

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Uma vez que a psicanlise considera o delrio, por um lado, como fenmeno elementar e, por outro, tentativa de cura, objetiva-se estudar a estrutura delirante, assim como a funo do mesmo para o sujeito psictico, no sentido de situar a direo de tratamento na clnica da parania no sentido pr-kraepeliano do termo. Atravs de reviso bibliogrfica e ancorado em fragmentos de um caso clnico, o presente trabalho se prope a investigar a estrutura da psicose e, a partir disso, a direo de tratamento possvel ao sujeito que se apresenta, na clnica, com um delrio j estruturado. Pretende-se examinar, a partir da pesquisa clnica em psicanlise, os efeitos da estruturao delirante para o sujeito psictico, tanto no campo pulsional, quanto no campo do significante e suas relaes com a direo de tratamento. Sendo assim, o presente trabalho objetiva estudar, no o delrio, mas os sujeitos delirantes. Discutindo-se a noo de delrio desde seus primrdios, observa-se a evoluo do termo e sua relao com a estrutura psictica, alm da importncia do estudo evolutivo do delrio para a compreenso de sua funo. Com a obra freudiana, o delrio foi considerado uma tentativa de cura na medida em que permite uma nova ordenao da realidade ao sujeito - perdido em sua existncia com o desencadeamento da psicose. Com Lacan e a formalizao dos conceitos freudianos, possvel identificar na foracluso do Nome-do-Pai o mecanismo em torno do qual gira a problemtica da psicose. O Nome-do-Pai, foracludo na constituio do sujeito, retorna no real, atravs de uma nomeao delirante, fazendo suplncia a essa carncia paterna. O desejo congelado e a identificao a Um nome que no entra na cadeia so conseqncias dessa nova ordenao de um sujeito que se encontra na posio de objeto frente ao Outro. Resta saber se possvel ir alm do delrio, direcionado pela tica da psicanlise, no sentido, no de elimin-lo, mas de tornar possvel o esvaziamento do mesmo atravs de uma estabilizao que se d para alm do sentido.

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Esta tese procura compreender o processo de incluso escolar dos alunos com deficincia intelectual a partir das suas histrias de vida e da percepo que eles tm da escola, considerando a relao entre deficincia, escola e construo do conhecimento. A pesquisa foi realizada em uma escola do campo, pertencente rede pblica estadual do municpio de Terespolis no Rio de Janeiro. Objetivo principal foi compreender o processo de incluso das pessoas com deficincia intelectual na escola regular a partir das histrias de cinco jovens inseridos na rede regular de ensino. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa norteada pelo mtodo da histria de vida, segundo os pressupostos de Glat (2009), Augras (2009), Ferrarotti (1993) e outros. O referencial terico adotado no estudo pautou-se na abordagem psicossocial da deficincia, ressaltando a relao que a pessoa com deficincia estabelece com o meio social e cultural do qual faz parte. A partir das histrias de vida dos sujeitos foi possvel compreender como os jovens narram sua trajetria escolar, com destaque para as seguintes categorias: 1) trajetria escolar, 2) o papel da escola; 3) relao com os professores e as disciplinas; 4) relao com os colegas dentro e fora da escola; 5) perspectivas de futuro e transio para a vida adulta. O estudo revelou as contradies e a complexidade do processo de incluso de alunos com deficincia intelectual em escolas comuns, particularmente quando se trata da insero de jovens no segundo segmento do Ensino Fundamental e no Ensino Mdio. Percebemos que mesmo aps anos de discusses e pesquisas sobre a incluso escolar de alunos com deficincia intelectual suas trajetrias ainda so marcadas pela cultura da incapacidade e do descrdito em relao ao que esses alunos podem fazer. As polticas de incluso, embora bastante avanadas do ponto de vista de suas concepes tericas, na prtica no se traduzem na superao de prticas homogeneizadoras de ensino e organizao do espao escolar. Esperamos que esta pesquisa contribua significativamente para o contexto da educao brasileira, seja no mbito da escola comum ou da Educao Especial, de maneira que as falas que aqui foram apresentadas ecoem e signifiquem um ponto de reflexo sobre como os sistemas educacionais e ns mesmos estamos compreendendo o processo de incluso de alunos com deficincia e outras necessidades especiais na escola e na sociedade.

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O dispositivo da emergncia psiquitrica, com o predomnio do discurso mdico, apresenta uma tendncia a responder crise de maneira a adotar condutas previamente estabelecidas e de rpida ao, como a medicalizao, conteno e internao. A presente dissertao se prope a trazer as contribuies que a psicanlise pode ofertar a este campo clnico, no sentido de favorecer a emergncia do sujeito em uma ocasio de crise. Nesta perspectiva, trabalhamos alguns conceitos clnicos fundamentais ao estudo do tema proposto, tais como: sujeito da psicanlise, angstia, sintoma, passagem ao ato, acting out, entre outros. Todos estes perpassam esta clnica to especfica e podem contribuir para que o atendimento na emergncia deixe de ter como exclusivo objetivo a eliminao da crise. Afinal, levar em conta a urgncia subjetiva trabalhar com a direo de que a crise pode ser um momento rico, na medida em que o sujeito pode vir a se responsabilizar e se reposicionar frente ao que o acomete.

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Esta dissertao investiga de que maneiras a representao do sujeito canadense pode ser encontrada em dois romances representativos da literatura canadense contempornea: Obasan, de Joy Kogawa, e Alias Grace, de Margaret Atwood. Esta investigao tambm demonstra que a busca pela definio da identidade canadense tem sido tema constante e relevante da cultura deste pas. A indefinio quanto ao que significa ser canadense tambm tem permeado a literatura canadense ao longo dos séculos, notadamente desde o século XIX. A fim de observar a representao literria da busca pela definio da identidade canadense, esta investigao aborda os conceitos relativos representao de grupos subalternos tradicionalmente silenciados. A anlise comparativa dos romances citados contempla a relao entre memria e trauma autobiogrficos, assim como as semelhanas narrativas entre fico e histria. Esta investigao tambm verifica de que maneiras a literatura ps-moderna emprega documentao oficial, relatos histricos e dados (auto) biogrficos a servio da reescrita da histria atravs da metafico historiogrfica

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Visamos nessa dissertao analisar como o sujeito da psicanlise funciona como obstculo ao higienismo. Esse discurso se reapresenta atravs da nova tentativa de medicalizao das condutas humanas, discurso que submete as questes clnicas, polticas e sociais uma causa orgnica usando para isso uma nova roupagem neurogentica. Para tecer as redes conceituais e ideolgicas que o higienismo est articulado, utililiza-se de uma pesquisa histrico-epistemolgica. Pretende-se desenvolver como a proposta tica da Psicanlise se apresenta como obstculo a esses discursos, pois visa responsabilizao de um sujeito no a uma biologia ou uma norma moral. E por se referir ao sujeito, psicanlise ir apontar o tratamento para outra direo: para direo em que surge em primeiro plano no mais um biopoder em que pretende estabelecer uma norma, mas justamente quilo que no redutvel a nenhuma norma. Analisa-se, atravs de Koyr, como a postura intelectual cientfica rompe com o saber ligado ao senso comum e as ideologias. Aponta-se como esses novos discursos no passam, na verdade, de um cientificismo. A cincia por ser fundada a partir de um modo matematizado de operar com o real, expele do seu campo de operao o sujeito. Nesse sentido, o sujeito condio e resduo da atividade cientfica. Argumenta-se a partir da obra de Lacan que essa foi a condio para que a psicanlise pudesse operar com o sujeito. Esse sujeito no pode ser outro que no o sujeito falante. Destaca-se a especificidade da idia de estrutura em psicanlise e a leitura que Lacan faz do estruturalismo atravs dos estudos de histria da cincia de Koyr. Para tanto, trabalha-se a constituio do sujeito demonstrando que o significante desempenha sua materialidade constitutiva, que, como tal, no se refere a uma cronologia ou a uma existncia emprica. O sujeito no , portanto, da ordem do natural, no tem um estatuto biolgico, mas, sim, lgico.

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O escopo desta tese a relao entre a prosa-potica da escritora norte-americana Gertrude Stein, atravs de seus retratos e peas, e tradues intersemiticas para dana contempornea. O corpus analtico articula os retratos Orta or One Dancing, If I Told Him: A Completed Portrait of Picasso, A Valentine to Sherwood Anderson, e as peas Four Saints in Three Acts, Listen to Me e Three Sisters Who Are Not Sisters de Gertrude Stein e os espetculos de dana [5.sobre.o.mesmo], Shutters Shut, Always Now Slowly, ,e[dez episdios sobre a prosa topovisual de gertrude stein]. A natureza dos campos colocados em comparao literatura & dana demandou a conjugao de duas vertentes de estudo ligadas s especificidades performtica e tradutria dos objetos selecionados: de um lado, seguimos encaminhamentos surgidos de uma derivao especfica da Comparatstica tradicional, os Estudos Interartes ou Artes Comparativas; de outro, os Estudos de Intermidialidade, relacionados aos Estudos das Mdias. A abordagem dos exemplos analisados sob a perspectiva comparativa baseia-se em Estudos de Traduo, com especial referncia noo de transcriao de Haroldo de Campos, e na semitica de Charles S.Peirce. No primeiro captulo, definimos nossa abordagem terica; a seguir, apresentamos a obra de Gertrude Stein e as principais propriedades que transformaram sua obra em uma das principais referncias literrias e estticas do século XX; e, para finalizar, analisamos as tradues, com especial ateno para a transcriao da percepo do tempo e da construo sinttica steineanas. Conclumos sugerindo que as tradues para dana so modos de interpretao e leitura dos textos literrios, bem como formas radicais de crtica de arte ou literria

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Parte-se da perspectiva do fantstico como um entrelugar espao plural e fragmentado, marcado por descentramento e heterogeneidade, capaz de comportar at o contraditrio percebido como um ambiente caracterizado por uma inerente duplicidade. Entendido isso, observa-se que esse carter dual intensifica-se nas narrativas vampirescas, na medida em que ele estendido ao vampiro e refletido no leitor. Por conseguinte, identificam-se e analisam-se os aspectos distintivos do leitor desse tipo de narrativa, reconhecendo-se seu papel na construo do gnero e na manuteno do carter aberto da obra, como em uma coautoria cuja marca registrada a hesitao. Entretanto, da relao entre vampiro e leitor, evidencia-se mais que isso, afinal a narrativa fantstica de modo geral e no apenas a de vertente vampiresca sempre aponta para o leitor como sendo este o fio solto que no permite que a obra feche-se. Percebe-se ainda, por meio da descrio e anlise de diferentes tipos de manifestao do vampiro na literatura, um processo de reconfigurao da relao existente entre vampiro e leitor, e entre este e a narrativa fantstica, bem como com a literatura de forma geral. Assim, considera-se a relao do leitor com o vampiro clssico um tipo assustador , marcada pela desidentificao; com o moderno um tipo sedutor, e humanizado na figura de Louis, personagem de Anne Rice , marcada pela identificao; e com o contemporneo um tipo sedutor e humano , marcada pela apropriao de identidade. Neste ltimo movimento, entendido como a vampirizao do leitor, intenta-se provar que este, depois de transformado, reconhecendo-se como tal em seu duplo (o vampiro), nutre-se da fora vital deste seu duplo e da narrativa fantstica e retm a aparncia de hesitao, a qual a fora motriz do gnero em questo. O leitor torna-se o personagem mais atuante sobre a/na narrativa, operando no campo da realidade e tambm no da fico. A compreenso desse processo que vai da desidentificao apropriao de identidade aprofundada na anlise destas trs narrativas vampirescas marcantes ao pensamento desenvolvido neste estudo: Drcula, de Bram Stoker; Entrevista com o vampiro, de Anne Rice; e A confisso, de Flvio Carneiro