254 resultados para Obesidade Prevenção - Teses
Resumo:
O acmulo crnico de gordura no fgado (doena heptica gordurosa no alcolica ou esteatose heptica no alcolica - NAFLD) est fortemente associada com a obesidade e a resistncia insulina. O estudo teve como objetivo investigar o efeito do exerccio fsico (natao) na reduo da esteatose heptica e comorbidades associadas, incluindo a expresso heptica de sntese de cidos graxos e receptor proliferador de peroxissoma atividade alfa. Camundongos machos C57BL/6 foram divididos em dois grandes grupos de acordo com a dieta durante 22 semanas: dieta padro (10% de gordura, SC) ou dieta rica em gordura (60% de gordura, HF), caracterizando os grupos sedentrios SC-Sed e HF-Sed. Nas ltimas 10 semanas do experimento, metade dos grupos sedentrios foram submetidos ao protocolo de natao com um aumento progressivo no tempo (6/dia at 60/dia, 5x/semana), caracterizando os grupos exercitados: SC-Ex e HF-Ex. No final do experimento, comparado ao grupo SC-Sed, o grupo HF-Sed teve a massa corporal significativamente superior, hiperglicemia, hiperinsulinemia com resistncia insulina, hipertrofia dos adipcitos (com infiltrado inflamatrio), hipertrofia das ilhotas pancreticas, dislipidemia, alterao das enzimas hepticas e inflamatrias e NAFLD com mudanas na expresso de protenas hepticas lipognicas e oxidativas. O programa de natao, mesmo concomitante com a dieta rica em gordura, reduziu o excesso de peso e todos os outros resultados, especialmente a NAFLD. Os resultados permitem concluir que a natao pode atenuar os efeitos deletrios de uma dieta rica em gorduras combinado com estilo de vida sedentrio em camundongos. Estes dados reforam a idia que o exerccio fsico pode ser considerado uma estratgia teraputica no farmacolgica eficaz no tratamento da NAFLD, obesidade e resistncia insulina.
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A dissertao analisa as possibilidades e apresenta os pressupostos para harmonizao do Direito Penal Econmico na frica Austral. Nela trabalha-se com a hiptese de que o referido processo inexorvel no mbito da integrao regional. Para o efeito, so abordadas questes criminologicas, exigncias poltico-criminais bem como dogmticas que permitam propor a referida harmonizao legislativas, na perspectiva do direito a constituir. destacada a pertinncia de se empreenderem reformas nas legislaes penais dos Estados-membros, com vista a atender aos ilcitos econmicos, considerando que a acentuada disparidade legislativa um factor que, de certa forma, pode cercear as aces que tm sido realizadas no mbito da prevenção e combate a criminalidade econmica na regio. Disserta-se sobre as peculiaridades do delinquente e especificidades da delinquncia econmica ao nvel da SADC e, seguidamente, se descreve a forma de concretizao da almejada harmonizao, tendo como base dois estudos realizados sobre a matria e igual nmero de modelos, os quais priorizam dois eixos, designadamente: o eixo dos delitos e o das penas; sendo que no primeiro descata-se a necessidade de uniformizar no s as condutas delituosas a tipificar, mas, sobretudo a tcnica para sua tipificao. Como segundo eixo, aborda-se a pertinncia de se aproximar as medidas de reao penal as sanes penais. Por fim, em sede da concluso reala-se a existncia de fundamentos e requisitos dogmticos, poltico-criminais e criminolgicos que permitem realizar a harmonizao do Direito penal econmico na SADC, como medida necessria para a prevenção e represo da criminalidade econmica transnacional, intrnsecamente ligada aos processos da globalizao e de integrao regional em curso.
Resumo:
A epidemia de HIV/AIDS, pelo seu histrico, de natureza mutvel em vrios contextos sociais em todo o mundo. Desde a notificao dos primeiros casos at hoje, observa-se um curso diferenciado no decorrer do tempo, tanto no campo social como na biomedicina, o que a torna um problema passvel de controle a longo prazo. Essas mudanas, entretanto, no so percebidas de igual maneira em todos os pases ou regies. Devido a vrios fatores, a epidemia persiste como uma das dez primeiras causas de morte no mundo, sendo a primeira delas na frica. No Brasil, o perfil da epidemia assemelha-se ao global, tendendo a diminuir/estabilizar a velocidade do surgimento de novos casos. Essa conteno deve-se ao impacto de aes preventivas desenvolvidas por iniciativas governamentais e no governamentais no sentido de promover prticas sexuais mais seguras. Neste mesmo contexto, algumas anlises espaciais revelam transies demogrficas da epidemia de HIV/AIDS nos anos mais recentes. H mudanas e desigualdades na razo de sexo em diferentes condies sociodemogrficas e do ponto de vista geracional. Em razo disso, este trabalho justifica-se pela necessidade de analisar as mudanas na razo de sexo, fornecendo informaes importantes para o planejamento e poltica de prevenção no tratamento da AIDS, tendo em vista a vulnerabilidade da populao feminina. O objetivo principal desta pesquisa analisar diferenas histricas, espaciais e sociais da razo de sexo e idade na populao internada pelo SUS em consequncia da infeco pelo HIV no perodo de 1998 a 2009. Trata-se de um estudo descritivo e ecolgico das diferenas histricas, espaciais e por grupos de idade na Razo de Sexo abrangendo tambm uma anlise da Regresso Linear Mltipla das variveis. Foram utilizados os dados do Sistema de Informaes Hospitalares do SUS-SIH/SUS - DATASUS/MS, como fonte de informao para os casos de AIDS internados no perodo de 1998 a 2009. Foram considerados casos com idade compreendida entre 15 e 49 anos, bem como estratificados e analisados dados gerados nas microrregies, a fim de homogeneizar as informaes dentro de cada estrato com dados do censo de 2000. As variveis independentes foram representadas pelos seguintes indicadores (fatores de vulnerabilidade): a) percentagem da populao rural residente na regio; b) tamanho da populao da microrregio, para testar se o tamanho da populao est associado razo de sexo por HIV e c) percentagem da populao de 15 a 49 anos de idade no alfabetizada. Nos resultados possvel notar que em quase todas as regies h um aumento considervel do nmero de mulheres infectadas pelo HIV, o que leva deduo da presena de um processo de feminizao, atrelado heterossexualizao da epidemia. Os resultados do estudo apontam que a epidemia de HIV/AIDS tende a atingir indiscriminadamente as regies Nordeste, Sul e Sudeste, especialmente as duas ltimas. Esta constatao de que, em anos recentes, as mulheres vm sendo infectadas em propores maiores que os homens, corrobora o processo de feminizao da AIDS, j anunciado por alguns autores.
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Este estudo teve por objetivo investigar a relao trabalho / sade em trabalhadores de cozinhas industriais, focalizando o aspecto socioeconmico e outras dimenses da vida social (estresse no trabalho e eventos de vida produtores de estresse), incluindo-se morbidade (obesidade, doenas crnicas e transtornos mentais comuns), condio laboral (incmodos ambientais e acidentes de trabalho) e comportamentos relacionados sade (consumo alimentar, tabagismo e lcool). Utilizando dados coletados nos nove Restaurantes Populares do Estado do Rio de Janeiro, apresentam-se trs artigos. O primeiro descreve a populao de estudo, considerando trs grupos ocupacionais: Administrativos, Cozinheiros e Copeiros, e os Auxiliares de Servios Gerais. O segundo artigo investiga a associao entre as caractersticas psicossociais e o impedimento laboral por motivos de sade, considerando uma anlise hierarquizada e, finalmente, o terceiro artigo discute a certificao da reprodutibilidade, na populao de estudo, do questionrio sueco da verso para o portugus do Demand-Control Questionnaire (DCQ), utilizado para avaliar estresse no ambiente de trabalho. Os homens representaram 62,7% do total de trabalhadores. A idade mdia dos funcionrios foi de 35,1 anos, (DP=10,3). A renda familiar lquida foi de at dois salrios mnimos para 60% dos trabalhadores. Obteve-se para o tempo de trabalho em cozinhas, uma mdia de 59,8 meses, tendo variado de um mnimo de 2 meses e mximo de 30 anos. A prevalncia de doenas que tinham diagnstico mdico foi de 15,0% para Doena Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT); 14,3% para Hipertenso Arterial Sistmica; 12,7% para Gastrite; e, 2,1% para Diabete Mellitus tipo II. O acidente de trabalho corte foi relatado por 20,2% dos trabalhadores, seguido de contuso com 16,0%. A prevalncia de acidentes de trabalho foi mais expressiva entre os ASG. A prevalncia de impedimento laboral por motivos de sade foi de 10,8%. Os modelos resultantes das anlises multivariadas de associao entre impedimentos das atividades laborais e as variveis que permaneceram no modelo final aps o ajustes das variveis indicaram que aqueles que referiram estado geral de sade regular e ruim tiveram uma razo de prevalncia de trs para impedimento das atividades laborais comparados aos de muito bom e bom estado geral de sade (RP: 3,59; IC:1,44-8,97). Os trabalhadores que exerciam suas atividades nos restaurante localizados na rea 2 (Bangu, Central do Brasil, Maracan e Niteri) apresentaram RP:2,38; IC:1,15-4,91) para ausncias no trabalho quando comparados aos da rea 1 (Barra Mansa, Campos, Itabora, Duque de Caxias e Nova Iguau). A confiabilidade da escala do DCQ, teste-reteste, produziu um Coeficiente de Correlao Intraclasse para as dimenses: demanda psicolgica, controle do trabalho e apoio social no trabalho de 0,70, 0,68 e 0,80, respectivamente, sendo considerados bom. Este estudo refora a importncia dos aspectos psicossociais na ocorrncia do impedimento por motivos de sade e contribui para o conhecimento dessas relaes. Sugere-se realizar estudos com desenho longitudinal, que permitam aprofundar o conhecimento sobre os determinantes psicossociais do trabalho e o absentesmo.
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Camundongos C57BL/6 machos com oito semanas de idade alimentados com diferentes dietas durante 16 semanas: de alta densidade energtica (ADE, 26% das calorias de carboidrato, 60% de gordura e 14% de protena) ou dieta padro (CO, 76% das calorias de carboidrato, 10% de gordura e 14% de protena). Comparado ao grupo CO, o grupo ADE apresentou maior ganho de massa e maior depsito de tecido adiposo, bem como maiores nveis plasmticos de triglicerdeos, LDL-c, ALT, AST e fosfatase alcalina e com maiores nveis de corticosterona plasmtica, glicose de jejum e insulina com uma consequente resistncia insulina (avaliado pelo HOMA-IR). No TOTG, a glicose plasmtica aumentou ao mximo aps 15 min. da administrao de glicose oral em ambos os grupos. Entretanto os nveis de glicose foram maiores no grupo ADE que no grupo CO (P<0.0001). O clearance de glicose no grupo ADE foi reduzido, permanecendo aumentado aps 120 min. (P<0.001), caracterizando intolerncia a glicose no grupo ADE. O teste intraperitoneal de tolerncia insulina mostrou uma rpida reduo na glicose plasmtica aps 15 minutos da administrao de insulina em ambos os grupos, mas significativamente aumentada no grupo ADE (P<0.0001), permanecendo desta forma at os 120 min. aps a administrao. Concluindo, camundongos C57BL/6 respondem a dieta ADE desenvolvimento os sinais e sintomas associados sndrome metablica observada em humanos. Por conseguinte, este modelo animal poder ajudar-nos a compreender melhor as alteraes em rgos alvos associadas com a sndrome metablica, assim como a possibilidade de tratamentos diferentes.
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A saudvel interao entre o indivduo e o meio depende do alinhamento entre a dinmica fisiolgica do primeiro e os peridicos movimentos da natureza. A interao entre tais ritmos por sua vez constitui-se em base e derivao do processo de evoluo. O comprometimento de tal alinhamento representa um risco para a sobrevivncia das espcies. Neste contexto, os organismos alinham seus ritmos fisiolgicos a diferentes ciclos externos. Desta forma, ciclos endgenos so coordenados por relgios biolgicos que determinam em nosso organismo, especficos ritmos em fase com a natureza, tais como ritmos circadianos (RC), cujo perodo aproxima-se de 24 horas. O peso corporal, a ingesto de alimentos e o consumo de energia so processos caracterizados pelo RC e a obesidade est associada a uma dessincronizao deste processo. A modulao do RC resultado da expresso dos clock gens CLOCK e BMAL1 que formam um heterodmero responsvel pela transcrio gnica de Per1, Per2, Per3, Cry1 e Cry2. As protenas codificadas por estes genes, uma vez sintetizadas, formam dmeros (PER-CRY) no citoplasma que, a partir de determinada concentrao, retornam ao ncleo, bloqueando a ao do heterodmero CLOCK/BMAL1 na transcrio dos prprios genes, formando assim uma ala de retroalimentao negativa de transcrio e traduo. Estes genes asseguram a periodicidade e so significativamente expressos no ncleo supraquiasmtico (SCN) do hipotlamo. Para estudar esse processo em camundongos normais e hiperalimentados, saciados e em estado de fome, foi utilizado um mtodo de registro do comportamento alimentar baseado no som produzido pela alimentao dos animais, e a correlao destes estados metablicos com a expresso de CLOCK, BMAL1, Per1, Per2, Per3, bem como das protenas Cry1 e Cry2 no SCN, por anlise de imagens obtidas em microscopia confocal. Camundongos suos controle em estado de fome (CF) e saciados (CS) foram comparados com animais hiperalimentados com fome (HF) e saciados (HS). Nenhum grupo demonstrou diferena nos contedos CLOCK e BMAL1, indicando capacidade potencial para modular os ritmos biolgicos. No entanto, as protenas Per1, Per2, Per3 e Cry1 apresentaram menor expresso no grupo CS, mostrando uma diferena significativa quando comparados com o grupo CF (P<0,05), diferena esta no encontrada na comparao entre os grupos HF e HS. A quantidade de protena Cry2 no foi diferente na mesma comparao. Os resultados do estudo indicaram que as alteraes dos ritmos endgenos e exgenos, refletido pelo comportamento hiperfgico observado em camundongos hiperalimentados, pode ser devido a um defeito no mecanismo de feedback negativo associado ao dmero Cry-Per, que no bloqueia a transcrio de Per1 Per2, Per3 e Cry1 pelo heterodmero CLOCK-BMAL1.
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Este trabalho tem por objetivo geral apresentar uma ferramenta computacional auxiliar na gesto dos servios farmacuticos bem como alguns resultados alcanados com a sua aplicao na sistematizao do atendimento aos usurios do Centro de Ateno Psicossocial lcool e drogas (CAPS ad) do municpio de Vitria-ES, conhecido como Centro de Prevenção e Tratamento de Toxicmanos (CPTT). O Programa de Gesto em Farmcia Pblica (PGFP) Mdulo Sade Mental possui um formato de banco de dados relacional, desenvolvido sob a plataforma Access e possui interface com o gerador de planilhas e grficos do tipo Excel , aplicveis a outras farmcias de unidades do tipo CAPS ad. Desde 2004 vem sendo utilizado e aperfeioado com uma proposta de informatizar a administrao da farmcia, possibilitando a instrumentalizao do farmacutico via emisso de relatrios para a gesto tcnica, operacional e estratgica, alm de propiciar a avaliao do servio baseando-se em indicadores scio demogrficos, de morbidade e especficos da Assistncia Farmacutica voltados para o campo da toxicodependncia. Para ilustrar o uso do PGFP so apresentados dados pertencentes a 489 pronturios de usurios cadastrados na farmcia no perodo de janeiro de 2007 a dezembro de 2008, alm de 50 prescries mdicas sistematicamente selecionadas para cada ano, coletadas a partir do sistema. Com isso, foi possvel elaborar o perfil demogrfico, sciosanitrio dos usurios alm de aspectos relacionados a Assistncia Farmacutica local. Foi utilizado o programa computacional SPSS 11.5 for Windows para a anlise estatstica exploratria descritiva (distribuio de freqncias) e inferencial (teste qui-quadrado) dos dados contidos nos pronturios. Dentre algumas dessas anlises, observou-se a prevalncia do Crack (44%) como substncia psicoativa. Revelou que a maioria dos usurios cadastrados so homens (82,4%), com faixa etria prevalente entre 25 e 34 anos (31,7%) e com grau de escolaridade equivalente ao 1 Grau Incompleto (41,3%). Com relao aos aspectos relacionados a Assistncia Farmacutica pode-se observar um No. mdio de medicamentos prescritos por receita entre 1,6 1,7 itens/receita; um percentual mnimo de 96% das receitas atendidas na farmcia; e o Clonazepam como o medicamento mais prescrito no perodo. So citadas algumas limitaes do PGFP e dos dados apresentados. Conclui-se o presente estudo fazendo-se aluso a relevncia do Programa de Gesto em Farmcia Pblica (PGFP), em relao no somente ao seu potencial de uso na gesto estratgica e operacional da Assistncia Farmacutica em Sade Mental (lcool e drogas), mas fundamentalmente, como importante ferramenta de informao que propicia a elucidao do perfil da drogadio, despertando a percepo para os aspectos ligados sade pblica e as implicaes scio-econmicas sobre a populao em estudo.
Resumo:
Apesar dos impactos ambientais ocasionados pela poluio e acidentes qumicos, constata-se que algumas organizaes ainda investem pouco na prevenção, reduo ou eliminao de seus resduos. Em algumas Instituies de Ensino e Pesquisa (IES) do Brasil, no incomum o manejo inadequado dos resduos perigosos gerados em laboratrios de ensino e pesquisa, aumentando tais riscos. Para minimizar ou eliminar tais riscos, h que se realizarem investimentos em processos tecnolgicos de tratamento e na seleo de mtodos adequados ao gerenciamento. O objetivo desta pesquisa foi modelar um Sistema de Gerenciamento Integrado de Resduos Perigosos e valid-lo atravs de sua aplicao em estudo piloto nos laboratrios dos Institutos de Qumica e Biologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A pesquisa emprica e exploratria foi realizada atravs de reviso bibliogrfica e coleta de dados sobre o estado da arte no gerenciamento de resduos em algumas IES nacionais e internacionais, seguido da seleo do sistema adequado a ser modelado e aplicado nestes contextos. O trabalho de campo consistiu na coleta de dados atravs de observao direta e aplicao de questionrio junto aos responsveis pelos laboratrios. As etapas do estudo foram: levantamento das instalaes dos laboratrios; observao do manejo e gerao dos resduos; elaborao do banco de dados; anlise qualitativa e quantitativa dos dados; modelagem do Sistema de Gerenciamento Integrado de Resduos Perigosos SIGIRPE; implantao do modelo; apresentao e avaliao dos resultados; elaborao do manual para uso do sistema. O monitoramento quantitativo de resduos foi feito atravs de ferramentas do sistema para a sua anlise temporal. Os resultados da pesquisa permitiram conhecer a dinmica e os problemas existentes nos laboratrios, bem como verificar a potencialidade do modelo. Conclui-se que o SIGIRPE pode ser aplicado a outros contextos desde que seja adequado para tal fim. imprescindvel ter uma estrutura institucional que elabore o Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos e viabilize sua implementao. A universidade, enquanto formadora dos futuros profissionais, um lcus privilegiado na construo e disseminao do conhecimento, tendo o dever de realizar boas prticas no trato das questes ambientais, em particular, com relao aos resduos. Assim, elas devem estabelecer entre suas estratgias de ao, a incluso de polticas ambientais em seus campi, onde a Educao Ambiental deve ser permanente. Espera-se que este trabalho contribua com o planejamento e o gerenciamento dos resduos perigosos gerados em laboratrios e com as mudanas necessrias rumo sustentabilidade ambiental. O SIGIRPE foi elaborado e testado, mas no foi possvel verificar sua aplicao por outros usurios. o que se espera com a continuidade desta pesquisa e no desenvolvimento de futuros trabalhos, tais como: teste do sistema em hospitais, laboratrios, clnicas; estudar outras aplicaes na rea de segurana qumica de laboratrios atravs da incluso de roteiro de transporte interno de resduos, rotas de fuga, mapas de risco, localizao de equipamentos de proteo individual e coletiva; demonstrar a potencialidade de uso do sistema e sensibilizar os segmentos envolvidos atravs de palestras, mini-cursos e outras estratgias de informao em revistas cientficas especializadas.
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Vulnerabilidade e empoderamento apresentam-se como elementos presentes na vida profissional e pessoal dos enfermeiros. Delimitou-se como objeto de estudo as representaes sociais elaboradas por enfermeiros que cuidam de pacientes com HIV/Aids acerca de sua vulnerabilidade no contexto do cuidar em enfermagem. O objetivo geral foi analisar as representaes sociais construdas por enfermeiros acerca de sua vulnerabilidade no contexto do cuidado que exercem. Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva e exploratria, orientada pelo referencial terico-metodolgico das Representaes Sociais em sua abordagem processual. Participaram do estudo trinta enfermeiros de um hospital pblico municipal do Rio de Janeiro. Como tcnicas de coleta de dados foram utilizados o questionrio sociodemogrfico e a entrevista semiestruturada em profundidade. Como tcnica de anlise de dados adotou-se a anlise de contedo temtico-categorial proposta por Bardin, sistematizada por Oliveira e operacionalizada pelo software QSR NVivo 9.0. Entre os sujeitos, h predomnio do gnero feminino, da faixa etria de 41 a 45 anos, da realizao de ps-graduao lato sensu e de tempo de atuao mnimo de 16 anos em HIV/Aids. Sete categorias emergiram na segmentao do material discursivo: 1) O acesso a informaes, a formao profissional e o desenvolvimento da naturalizao da aids atravs da experincia: elementos de vulnerabilidade e de empoderamento; 2) A instituio hospitalar e sua infraestrutura como polo de vulnerabilidade e de empoderamento nas construes simblicas de enfermeiros que cuidam de pacientes com HIV/Aids; 3) Entre o risco e a prevenção: a vulnerabilidade e o empoderamento no contexto dos acidentes ocupacionais biolgicos e as prticas preventivas adotadas por enfermeiros frente ao HIV/Aids no cotidiano hospitalar; 4) Relaes interpessoais entre enfermeiro e paciente soropositivo para o HIV enquanto mediadoras da vulnerabilidade e do empoderamento de ambos; 5) As limitaes psquicas enfrentadas por enfermeiros no vivenciar do trabalho junto a portadores do HIV/Aids; 6) A busca pela espiritualidade e pela religiosidade como bases de apoio para a vida profissional contextualizada na aids; e 7) O HIV e a aids no contexto de diferentes modalidades de relacionamento: a presena do risco como elemento organizador da discursividade. Na vida profissional, as representaes sociais da vulnerabilidade so compostas pela fragilidade, pelo risco e pela dificuldade. O empoderamento, por sua vez, emerge sustentado por um tripformado pela proteo, suporte e satisfao como elementosdo bem-estar. Na vida pessoal, o risco possui centralidade nas representaes. J o empoderamento se mostra oriundo do bem-estar e da proteo. Conclui-se que a reconstruo sociocognitiva da vulnerabilidade e do empoderamento permitiu o acesso ao arsenal simblico do qual o grupo dispe para a superao do que o ameaa. Vulnerabilidade e empoderamento so, portanto, diversificados e mutveis em suas bases e produtos e, em movimentos de balano e contrabalano, corporificam a dade vulnerabilidade-empoderamento.
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O tabagismo e a obesidade so as principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. Estudos populacionais relatam que fumantes, principalmente do sexo feminino, apresentam baixo ndice de massa corporal. Porm, so escassos os estudos que avaliem a composio corporal de humanos e animais expostos a fumaa de cigarro, em especial nos adolescentes. Aos 35 d de idade, camundongos fmeas foram expostos fumaa de cigarros 3R4F (mdio teor de nicotina), 8 h/dia, por 15 dias (F, n=12), paralelamente foi avaliado animais no expostos (C, n=12). Imediatamente aps a exposio, metade dos animais de cada grupo foi sacrificada e a outra metade permaneceu em observao por 30dias. Durante todo o perodo experimental, a massa e comprimento corporal e ingesto alimentar foram avaliados. Ao final de cada perodo, os animais foram avaliados por DXA (Dual Energy X-ray Absorptiometry) e sacrificados por exsanguinao. Para avaliao e comprovao da exposio ao fumo foi utilizado a cotinina e morfologia do pulmo. No plasma foram avaliados colesterol, triglicerdeos, glicose, cotinina e insulina. Amostras de tecido adiposo intra-abdominal (IA) e subcutneo (SC) foram coletadas e processadas por tcnica histolgica de rotina para anlise morfolgica. As expresses de PPAR, UCP2 e CPT1 foram avaliadas no tecido IA por western blotting. Durante a exposio, a massa, o comprimento corporal, a ingesto alimentar, a massa magra e a massa de tecido IA, bem como a glicose e o colesterol e a expresso de PPAR permaneceram inalterados. A expresso de UCP2 e CPT1, assim como a insulina circulante diminuiram. A gordura corporal total e do tronco, triglicerdeos e cotinina aumentaram. A anlise morfolgica no evidenciou alterao no tecido IA, mas, houve aumento do nmero e diminuio da rea dos adipcitos no tecido SC. Aps trinta de dias de abstinncia a massa corporal, a massa e o nmero de adipcitos do tecido IA e a glicose aumentaram no grupo F, enquanto houve diminuio do colesterol, da rea do adipcito IA e SC e do nmero do SC. Porm, sem alterao da ingesto, do comprimento corporal, da massa magra, da massa de gordura total e do tronco, da insulina e dos triglicerdeos e tambm da expresso de PPAR, UCP2 e CPT1 no IA. A exposio fumaa de cigarro, em camundongos fmeas jovens, desencadeou mudanas na adiposidade, que repercutiram de forma prejudicial e precoce sobre o metabolismo. Mesmo com a cessao do hbito de fumar os distrbios metablicos permanecem expressivos
Resumo:
A proposta desta tese consiste em um recorte de uma abordagem mais ampla da determinao dos acidentes de trabalho, e tem como objetivo geral investigar o perfil de acidentes de trabalho que acometem funcionrios tcnico-administrativos do quadro efetivo de uma universidade do Rio de Janeiro. Para o alcance do objetivo, esta tese est estruturada em dois artigos, e como tal pretende explorar o perfil scio-demogrfico e ocupacional de funcionrios pblicos na ocorrncia de acidentes de trabalho (Artigo 1); e investigar a associao entre os eventos de vida produtores de estresse (EVPE) e a ocorrncia de acidentes de trabalho (Artigo 2). Dados seccionais da fase 2 de um estudo de natureza prospectiva (Estudo Pr-Sade) foram coletados entre 3572 funcionrios. A histria de acidentes de trabalho foi captada por meio de perguntas dicotmicas (sim vs. no) para cada um dos seguintes tipos de acidentes: perfurao com agulha; perfurao com outro objeto; corte; queimadura; choque eltrico; contuso ou distenso muscular; fratura, entorse ou luxao; e envenenamento ou intoxicao. O perodo de referncia para aferio tanto dos EVPE quanto da ocorrncia de acidente de trabalho correspondeu aos 12 meses anteriores a aplicao de questionrio autopreenchvel. No artigo 1 utilizou-se a tcnica de anlise de correspondncia mltipla para delimitar agrupamentos de funcionrios quanto ao perfil scio-demogrfico e ocupacional associado ocorrncia de acidente de trabalho, de acordo com as seguintes Caracterstica : sexo, idade, escolaridade, renda per capita, ocupao, setor e local de trabalho. No artigo 2, a associao entre EVPE e acidentes de trabalho foi avaliada atravs de anlise multivariada por meio de modelo lineares generalizados (logpoisson), sendo os resultados expressos atravs de razes de prevalncia (RP) ajustadas e seus respectivos intervalos de 95% de confiana (IC95%). A prevalncia total de acidentes no perodo de 12 meses foi de 25,6%. Dos tipos de acidentes referidos, o mais frequente foi a contuso ou fratura, com cerca de (10,2%) de relatos. Em seguida, aparecem as perfuraes com agulha (6,5%). Os resultados da anlise de correspondncia revelam trs grupos, destacando-se aquele formado pelos que sofreram perfurao com agulha com um perfil que abrange os auxiliares de enfermagem, trabalham no Hospital Universitrio e setores adjacentes, especificamente em setores de terapia intensiva, emergncia, cirurgia geral, clinica geral e ambulatrio. Em relao associao com EVPE, ter sido testemunha de agresso foi o evento mais fortemente associado com acidentes de trabalho (RP= 1,98, IC95%= 1,67; 2,34). Este estudo trouxe informaes acerca da importncia das caractersticas scio-demogrficas e de aspectos psicossociais na ocorrncia dos acidentes de trabalho que podem ser teis na elaborao de medidas para a prevenção desse importante problema de sade pblica.
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Configura-se como objeto desta pesquisa: o propsito do enfermeiro ao desenvolver aes de precauo de contato junto ao acompanhante de criana internada em uma unidade peditrica. Objetivo: Apreender a contribuio do enfermeiro quando desenvolve aes de precauo de contato junto ao acompanhante de criana internada em uma unidade peditrica. Estudo qualitativo, cujo referencial metodolgico foi fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz. O cenrio foi uma unidade de internao peditrica de um hospital escola de uma universidade pblica situada no municpio do Rio de Janeiro. Os sujeitos foram sete enfermeiros que desenvolvem ou j desenvolveram aes de cuidados voltadas para a precauo de contato junto ao acompanhante de crianas internadas. Para coleta de dados foi utilizada a entrevista fenomenolgica, tendo como questes orientadoras: Fale sobre as aes de precauo de contato que voc desenvolve junto ao acompanhante das crianas internadas em precauo de contato? O que voc tem em vista/ quais suas intenes ao desenvolver essas aes de precauo de contato junto ao acompanhante das crianas internadas na unidade peditrica? Esta pesquisa foi aprovada pelo Comit de tica da instituio, cenrio do estudo, com o nmero 15/11. A anlise dos dados se deu aps deixar de lado meus pressupostos e ouvir atentamente o que foi dito pelos sujeitos para apreender o tpico da intencionalidade dos enfermeiros. Neste sentido, emergiram 2 (duas) categorias analticas: Evitar infeces cruzadas entre crianas em precauo de contato com a participao dos acompanhantes e evitar infeco sem perder de vista a proteo psico-social da criana. A primeira categoria apontou que os enfermeiros desenvolvem aes de precauo de contato junto aos acompanhantes de crianas internadas com o objetivo de evitar infeces cruzadas. E a segunda, que os enfermeiros tambm desenvolvem aes de precauo de contato visando proteo social da criana, sem perder de vista aspectos importante de seu desenvolvimento infantil, como o brincar e as brincadeiras. Conclui-se que as aes do enfermeiro com vistas precauo de contato estiveram pautadas em dois aspectos: o biolgico e o psico-social da criana. No que tange aos aspectos biolgicos, as aes dos enfermeiros estiveram pautadas nas recomendaes contidas em protocolos assistenciais e nas rotinas do hospital. Com relao aos aspectos psico-sociais, as aes dos enfermeiros pautaram-se para alm das recomendaes contidas nesses protocolos e nessas rotinas. No processo de internao dessas crianas, os enfermeiros compreendem que apesar delas se encontrarem em precauo de contato, o brincar uma atividade essencial sua sade fsica, emocional e intelectual. Para tanto, utilizam-se de estratgias que favorecem o brincar e a brincadeira. Portanto, o estudo revelou o olhar consciente do enfermeiro acerca das medidas de precauo de contato junto ao acompanhante e a criana internada e apontou a necessidade de reformulao das polticas pblicas voltadas para a prevenção de infeco hospitalar.
Resumo:
O cncer do colo do tero responsvel por 7% do total dos bitos por cncer entre a populao feminina brasileira e tem uma incidncia estimada de 20/100 mil para todo o pas. Evidncias cientficas comprovam que o papilomavrus humano (HPV) causa necessria para a ocorrncia deste tipo de cncer. Aes de prevenção e controle recomendadas tm se baseado no conhecimento sobre a epidemiologia da doena. Os estudos realizados no Brasil sobre a prevalncia da infeco por HPV disponveis na literatura tm caractersticas variadas que ainda no foram analisadas em conjunto e de modo sistematizado. O objetivo deste estudo foi realizar uma reviso sistemtica dos artigos sobre prevalncia do HPV em mulheres brasileiras considerando as prevalncias globais e entre aquelas com exame citolgico cervical normal. Foram selecionados todos os artigos aps busca nas bases de dados Medline e BVS, tomando-se como termos human papillomavirus, HPV, prevalence Brazil. Entre 1989 e 2008, foram selecionados 155 artigos, sendo 133 nas bases de dados e 22 referncias secundrias. Aps leitura de ttulo e resumo, 82 artigos foram includos, e a seguir submetidos leitura integral dos textos, sendo enfim selecionados 14 artigos, os quais representaram estudos de quatro grandes regies brasileiras (Sudeste 43,0%, Sul 21,4%, Nordeste 21,4% e Norte 7,1%). Em sua maioria (64,5%), trata-se de artigos que relatam desenho transversal. Com referncia ao mtodo de identificao do HPV nas mulheres, em oito (57,1%) artigos, h relato do emprego de PCR para tipagem do HPV e, em sete (50,0%) artigos, houve emprego de HC para deteco do HPV. As amostras variaram de 49 a 2329 mulheres. A prevalncia global de infeco do colo do tero pelo HPV variou entre 13,7 e 54,3%, e para as mulheres com citologia normal, a prevalncia de infeco pelo HPV no colo do tero varia entre 10 e 24,5%. Os resultados obtidos permitiram criar um panorama das prevalncias e da distribuio da infeco pelo HPV e principais tipos em mulheres com citologia cervical normal e assim contribuir para a compreenso da distribuio da infeco pelo HPV no pas, auxiliando na orientao de outros estudos bem como de polticas voltadas para a sade da mulher e prevenção do cncer do colo do tero.
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivos verificar a possvel associao entre violncia intrafamiliar sofrida por adolescentes e estado nutricional. Foram investigadas as prevalncias de agresso verbal, violncias fsica, abuso psicolgico e de estado nutricional inadequado dos adolescentes. Para tanto, foi realizado um estudo observacional de corte transversal numa amostra de 201 adolescentes de 10 a 19 anos cadastrados no Programa Bolsa Famlia e monitorados pelo Servio de Nutrio de uma unidade de sade do municpio do Rio de Janeiro. Junto aos adolescentes foi realizada avaliao antropomtrica, e para a determinao do estado nutricional foi analisado o ndice de Massa Corporal (IMC) pelo parmetro adotado pela OMS a partir de 2007. A violncia familiar foi investigada por meio de dois instrumentos. O Conflict Tactics Scales Form R (CTS1) foi utilizado para avaliar os conflitos intrafamiliares no relacionamento entre pais e filhos e a escala de violncia psicolgica contra adolescentes para identificar a presena de violncia psicolgica contra os adolescentes. Alm disso, foram avaliadas outras co-variveis que pudessem influenciar a associao entre violncia e situao nutricional da populao estudada como informaes sobre maturao sexual, scio-demogrficas e percepo corporal. No que diz respeito ao IMC, foram identificados 4,5% de baixo peso, 13,4% de sobrepeso e 5% de obesidade. No que se refere violncia familiar, foram observados 83,1% de agresso verbal, 50,2% de violncia psicolgica, 32,8% de agresso fsica grave e 48,3% de abuso fsico menor. Atravs da regresso linear mltipla foi observada um associao entre violncia familiar e o IMC em adolescentes do sexo feminino. A presena de agresso verbal perpetrada tanto pelo pai como pela me est relacionado ao IMC de forma estatisticamente significativa para as meninas. J para os adolescentes masculinos no foi encontrada nenhuma associao significativa entre os diferentes tipos de violncia familiar e o IMC, mas aponta para a reduo do IMC. Outras estratgias de pesquisa de natureza qualitativa devem ser realizadas para esclarecer sobre os efeitos desfavorveis do abuso verbal sobre o IMC junto aos pais e a sociedade j que a agresso verbal um tipo de abuso normalmente utilizado no ambiente familiar e considerado como algo natural e aceitvel
Resumo:
A obesidade uma doena crnica, resultante do excesso de gordura no organismo. O aumento da obesidade no mundo, tem se revelado como um dos fenmenos clnicos e epidemiolgicos da atualidade. Estudos populacionais e em modelos animais demonstram que a origem da epidemia da obesidade est relacionada a fatores genticos, modificaes de hbitos nutricionais, reduo da atividade fsica, e alteraes nutricionais durante a lactao, desempenhando um papel relevante no desenvolvimento da obesidade, DM2 e cardiomiopatias. As mitocndrias so os coordenadores centrais do metabolismo energtico, assim, alteraes funcionais e estruturais dessa organela tm sido associadas desordens metablicas. Elas exercem um papel na sobrevivncia e funo dos cardiomicitos devido alta demanda energtica do miocrdio. Desta forma, disfunes mitocondriais esto relacionadas com disfunes no miocrdio e conseqente progresso de cardiomiopatias. Neste estudo, avaliamos a bioenergtica e a ultraestrutura de cardiomicitos de camundongos obesos e controle hiperalimentados durante a lactao. O consumo de oxignio das fibras cardacas foi avaliado por respirometria de alta-resoluo, utilizando um oxgrafo-2K-Oroboros. A ultraestrutura dos cardiomicitos foi analisada por microscopia eletrnica de transmisso e o contedo das protenas Carnitina palmitoil transferase 1 (CPT1), Protena desacopladora 2 (UCP2) , Transportador de glicose 1 e 4 (GLUT1) e (GLUT4), Protena Kinase ativada por AMP (AMPK) e Protena kinase ativada por AMP fosforilada p(AMPK) por Western blotting (WB). Alm disso, o peso dos animais, a gordura retroperitoneal, epididimal e a glicemia em jejum foram determinadas. Nossos resultados confirmaram que os animais do grupo hiperalimentados (GH), aos 90 dias de vida, apresentaram aumento da massa corporal, de gordura epididimria e retroperitoneal comparado ao grupo controle (GC). As taxas respiratrias foram semelhantes nos dois grupos quando foram utilizados os substratos dos complexos I e II. Entretanto, quando o cido graxo palmitoil-L-carnitina foi utilizado, a taxa respiratria mxima do GH foi significativamente menor. A anlise ultraestrutural dos cardiomicitos do GH demonstrou intenso dano na matriz mitocondrial e maior presena de gotculas de lipdios, caracterizando deposio ectpica. Os resultados do WB mostraram aumento significativo do contedo de CPT1 e UCP2 no GH comparado ao GC. No foram encontradas diferenas significativas no contedo de GLUT1 entre os grupos, entretanto, observamos maior contedo do GLUT4 no GH. Alm disso, encontramos maior contedo de AMPK no GH, ao passo que o contedo de pAMPK foi semelhante entre os grupos. Entretanto, a razo pAMPK/AMPK significativamente menor no GH. Esses resultados sugerem que a hiperalimentao durante a lactao leva a obesidade na vida adulta com alteraes na bioenergtica e ultraestrutura dos cardiomicitos.