295 resultados para Intestinos Doenças inflamatórias Teses


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O presente estudo descreve e analisa o aprendizado dos mdicos residentes para a prtica da assistncia s pessoas que vivem com HIV/Aids desenvolvida em um servio de Doenças Infecciosas e Parasitrias de um Hospital Universitrio no Estado do Rio de Janeiro. uma pesquisa de cunho etnogrfico, com a observao do processo de treinamento em consulta em ato da ateno, realizada por mdico residente, sob superviso de staffs do servio. Os aspectos multicausais da Aids suscitam demandas tanto nos pacientes quanto nos profissionais de sade envolvidos na assistncia a essas pessoas. O processo de ensino/aprendizado na medicina prioriza a doena, relegando a segundo plano, o doente com suas questes subjetivas, sociais, culturais e econmicas. Entretanto, ao lidarem com estas pessoas, os mdicos entram em contato com aspectos objetivos e subjetivos do processo de adoecimento individual. neste momento, que fica evidente as lacunas deixadas neste processo de aprendizado. Paulatinamente, os mdicos vo aprendendo a cuidar do vrus e seus efeitos. Eventualmente aprendem a cuidar tambm da pessoa. Para o alcance de uma ateno integral e humanizada ainda necessrio ampliar e aprofundar as reformulaes no processo de ensino/aprendizagem dos mdicos. Mudanas essas que permitam o aprendizado de cuidar bem tanto da carga viral, do CD4 e dos anti-retrovirais quanto da pessoa que porta o vrus.

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Este estudo teve por objetivo investigar a relao trabalho / sade em trabalhadores de cozinhas industriais, focalizando o aspecto socioeconmico e outras dimenses da vida social (estresse no trabalho e eventos de vida produtores de estresse), incluindo-se morbidade (obesidade, doenças crnicas e transtornos mentais comuns), condio laboral (incmodos ambientais e acidentes de trabalho) e comportamentos relacionados sade (consumo alimentar, tabagismo e lcool). Utilizando dados coletados nos nove Restaurantes Populares do Estado do Rio de Janeiro, apresentam-se trs artigos. O primeiro descreve a populao de estudo, considerando trs grupos ocupacionais: Administrativos, Cozinheiros e Copeiros, e os Auxiliares de Servios Gerais. O segundo artigo investiga a associao entre as caractersticas psicossociais e o impedimento laboral por motivos de sade, considerando uma anlise hierarquizada e, finalmente, o terceiro artigo discute a certificao da reprodutibilidade, na populao de estudo, do questionrio sueco da verso para o portugus do Demand-Control Questionnaire (DCQ), utilizado para avaliar estresse no ambiente de trabalho. Os homens representaram 62,7% do total de trabalhadores. A idade mdia dos funcionrios foi de 35,1 anos, (DP=10,3). A renda familiar lquida foi de at dois salrios mnimos para 60% dos trabalhadores. Obteve-se para o tempo de trabalho em cozinhas, uma mdia de 59,8 meses, tendo variado de um mnimo de 2 meses e mximo de 30 anos. A prevalncia de doenças que tinham diagnstico mdico foi de 15,0% para Doena Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT); 14,3% para Hipertenso Arterial Sistmica; 12,7% para Gastrite; e, 2,1% para Diabete Mellitus tipo II. O acidente de trabalho corte foi relatado por 20,2% dos trabalhadores, seguido de contuso com 16,0%. A prevalncia de acidentes de trabalho foi mais expressiva entre os ASG. A prevalncia de impedimento laboral por motivos de sade foi de 10,8%. Os modelos resultantes das anlises multivariadas de associao entre impedimentos das atividades laborais e as variveis que permaneceram no modelo final aps o ajustes das variveis indicaram que aqueles que referiram estado geral de sade regular e ruim tiveram uma razo de prevalncia de trs para impedimento das atividades laborais comparados aos de muito bom e bom estado geral de sade (RP: 3,59; IC:1,44-8,97). Os trabalhadores que exerciam suas atividades nos restaurante localizados na rea 2 (Bangu, Central do Brasil, Maracan e Niteri) apresentaram RP:2,38; IC:1,15-4,91) para ausncias no trabalho quando comparados aos da rea 1 (Barra Mansa, Campos, Itabora, Duque de Caxias e Nova Iguau). A confiabilidade da escala do DCQ, teste-reteste, produziu um Coeficiente de Correlao Intraclasse para as dimenses: demanda psicolgica, controle do trabalho e apoio social no trabalho de 0,70, 0,68 e 0,80, respectivamente, sendo considerados bom. Este estudo refora a importncia dos aspectos psicossociais na ocorrncia do impedimento por motivos de sade e contribui para o conhecimento dessas relaes. Sugere-se realizar estudos com desenho longitudinal, que permitam aprofundar o conhecimento sobre os determinantes psicossociais do trabalho e o absentesmo.

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O sculo XX foi marcado por significativa transformao social, que se refletiu em rpido aumento da expectativa de vida da populao mundial. Nesse contexto, cada vez mais significativa a parcela de mulheres que atingem a menopausa. Doenças cardiovasculares, que representam a principal causa de morte entre os adultos, e a osteoporose, apresentam uma relao ntida com a antecipao da menopausa, isto , aquela que ocorre abaixo da mdia esperada para uma populao. As pesquisas na rea, antes praticamente relacionadas ao tratamento dos efeitos causados pelo climatrio, se voltam cada vez mais para entender como os hbitos ou estilos de vida podem influenciar a fisiologia ovariana e, conseqentemente, alterar o momento da menopausa. A relao com alguns destes hbitos, como o fumo, j apresenta forte embasamento na literatura. Entretanto, a correlao com o nvel socioeconmico, seja pelas dificuldades de se medir adequadamente esse constructo, ou talvez pela quantidade insuficiente de trabalhos de qualidade, no se apresenta de forma to evidente. O nvel de escolaridade, considerado um dos melhores indicadores do nvel socioeconmico, tanto pela maior facilidade de obteno da informao, como pelo j demonstrado grau de associao com diversos desfechos em sade, foi avaliado nesta reviso sistemtica como fator de exposio para a antecipao da idade da menopausa. Este trabalho se alinha com a crescente tendncia de se entender como os determinantes sociais podem influenciar nos desfechos em sade, e de se buscar estratgias eficazes em prol da diminuio das desigualdades em sade. A estratgia de busca eletrnica foi desenvolvida de forma especfica para as diferentes bases (MEDLINE [PubMed] e LILACS) e atravs de consulta a referncias cruzadas. Somente foram includos estudos observacionais pela natureza da questo, j que no seria possvel, neste caso, a realizao de estudos experimentais. Aps a identificao inicial de 776 artigos, 40 deles foram selecionados para apreciao do texto completo. No final, esta reviso sistemtica englobou 30 artigos, relatando resultados de 32 estudos. Como resultado, verificou-se que estudos que no demonstram associao significativa do nvel de educao com a idade da menopausa formaram a maioria da amostra. A forma como nvel de escolaridade foi medida e a metodologia para comparao entre os estratos se mostraram largamente heterogneas. No se encontraram evidncias inequvocas sobre a existncia de associao entre o nvel de escolaridade e a idade da menopausa atravs desta reviso.

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Durante minha trajetria profissional experenciando o cuidar de clientes portadores de doena onco-hematolgica percebi a luta destes seres humanos pela vida e como a relao enfermeiro-cliente era vital para a realizao do cuidado. O enfermeiro interage grande parte do tempo com esta clientela a qual percorre uma trajetria de re-internaes e longos perodos de tratamento. Nesse sentido, entendendo que a relao interpessoal como uma condio importante para que o enfermeiro compreenda o outro em sua totalidade e preste um cuidado singular, delimitei como objeto de estudo as relaes interpessoais do enfermeiro na ao de cuidar do cliente internado para tratamento onco-hematolgico. Para tanto, o objetivo foi compreender o significado das relaes interpessoais na ao de cuidar do enfermeiro junto ao cliente internado para tratamento onco-hematlgico. Trata-se de estudo de natureza qualitativa, cujo referencial terico pautou-se nas concepes da fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz. O cenrio de realizao do estudo foi a enfermaria de Hematologia de um Hospital Universitrio Federal do estado do Rio de Janeiro e os sujeitos foram todos os seis enfermeiros lotados nessa unidade. Antes da etapa de campo e em cumprimento aos princpios ticos da Resoluo 196/96 do CNS que trata da pesquisa com seres humanos, o projeto foi submetido ao Comit de tica dessa instituio cenrio do estudo, sendo aprovado com o Parecer n 092/11. A captao das falas deu-se por meio de entrevista com a utilizao das seguintes questes orientadoras: fale para mim sobre as aes que voc desenvolve junto ao cliente internado para tratamento onco-hematolgico; o que significam as relaes interpessoais na ao de cuidar do cliente internado para tratamento onco-hematolgico?; e o que voc faz para que esta relao acontea? A anlise compreensiva das falas possibilitou a apreenso das categorias: cuidar atravs de procedimentos tcnicos e cientficos, orientando para o enfrentamento da doena e atender o paciente na perspectiva de suas necessidades estabelecendo a relao interpessoal entre enfermeiro e o cliente. O enfermeiro descreve as aes desenvolvidas junto ao cliente em tratamento onco-hematolgico como um fazer tcnico, rico em procedimentos, que tem em vista apoiar o cliente para enfrentar o tratamento difcil de uma doena grave, a partir de suas necessidades, estabelecendo uma relao ntima, transparente e forte, ocorrendo de forma espontnea e natural. Para estabelecer esta relao os enfermeiros utilizam estratgias como: a empatia, a brincadeira, o carinho, a confiana e a disponibilidade para promover o cuidado de enfermagem. As relaes interpessoais se mostraram inerentes ao de cuidar desse enfermeiro, ator social da equipe de sade, o qual possui a disponibilidade para interagir com o cliente, transcendendo o aspecto tecnicista, fazendo parte de sua identidade profissional o constituinte relacional.

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O estudo emergiu da minha experincia profissional como enfermeira de um hospital especializado em oncologia, no qual me deparei com crianas internadas e consideradas fora de possibilidade de cura atual acompanhadas de um familiar. considerado fora de possibilidade de cura atual, o paciente para o qual foram esgotados todos os recursos atuais conhecidos para sua cura, a incorporao dessa concepo de cuidar, possibilitou o desenvolvimento do cuidado paliativo. Cuidados paliativos so os cuidados ativos totais de pacientes cuja doena no responde a um tratamento curativo. O objetivo do cuidado paliativo alcanar a melhor qualidade de vida para os pacientes e suas famlias. O objeto de estudo desta pesquisa foi ao de cuidado do enfermeiro criana hospitalizada portadora de doena oncolgica e fora de possibilidade de cura atual. Tendo como objetivo: analisar compreensivamente o cuidado do enfermeiro criana hospitalizada portadora de doena oncolgica fora de possibilidade de cura atual. Estudo de natureza qualitativa, desenvolvido com o apoio da fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz por possibilitar a apreenso da ao desse cuidar, como uma conduta humana, num processo contnuo a partir de um projeto pr-concebido. Os sujeitos do estudo foram 12 enfermeiros que trabalham nas enfermarias de oncologia e hematologia do setor de internao peditrica de um hospital pblico federal especializado em oncologia, localizado no municpio do Rio de Janeiro. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comit de tica (n 43-11). A apreenso das falas deu-se por meio de entrevista fenomenolgica guiada pela seguinte questo orientadora: Quando voc cuida da criana em tratamento oncolgico fora de possibilidade de cura atual, O que voc tem em vista? A anlise compreensiva mostrou duas categorias concretas do vivido emergidas das falas dos sujeitos da pesquisa. So elas: conforto e minimizar a dor. O estudo possibilitou entender que ao cuidar da criana considerada fora de possibilidade de cura atual o enfermeiro desenvolve suas aes na perspectiva de confortar e minimizar a dor da criana. Neste contexto, tambm direciona o seu cuidar para o familiar ali presente, promovendo apoio e ajuda, estabelecendo uma relao de confiana construda em funo do longo perodo de hospitalizao que ocorre nas doenças oncolgicas. Nesse sentido, o enfermeiro se volta para o familiar como foco central de sua ao de cuidar, com o intuito de apoi-lo nesse momento especial de sofrimento pela doena de sua criana. A criana deixa de ser o centro das atenes de cuidar que passa, ento, a ser o familiar de cada criana.

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Vulnerabilidade e empoderamento apresentam-se como elementos presentes na vida profissional e pessoal dos enfermeiros. Delimitou-se como objeto de estudo as representaes sociais elaboradas por enfermeiros que cuidam de pacientes com HIV/Aids acerca de sua vulnerabilidade no contexto do cuidar em enfermagem. O objetivo geral foi analisar as representaes sociais construdas por enfermeiros acerca de sua vulnerabilidade no contexto do cuidado que exercem. Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva e exploratria, orientada pelo referencial terico-metodolgico das Representaes Sociais em sua abordagem processual. Participaram do estudo trinta enfermeiros de um hospital pblico municipal do Rio de Janeiro. Como tcnicas de coleta de dados foram utilizados o questionrio sociodemogrfico e a entrevista semiestruturada em profundidade. Como tcnica de anlise de dados adotou-se a anlise de contedo temtico-categorial proposta por Bardin, sistematizada por Oliveira e operacionalizada pelo software QSR NVivo 9.0. Entre os sujeitos, h predomnio do gnero feminino, da faixa etria de 41 a 45 anos, da realizao de ps-graduao lato sensu e de tempo de atuao mnimo de 16 anos em HIV/Aids. Sete categorias emergiram na segmentao do material discursivo: 1) O acesso a informaes, a formao profissional e o desenvolvimento da naturalizao da aids atravs da experincia: elementos de vulnerabilidade e de empoderamento; 2) A instituio hospitalar e sua infraestrutura como polo de vulnerabilidade e de empoderamento nas construes simblicas de enfermeiros que cuidam de pacientes com HIV/Aids; 3) Entre o risco e a preveno: a vulnerabilidade e o empoderamento no contexto dos acidentes ocupacionais biolgicos e as prticas preventivas adotadas por enfermeiros frente ao HIV/Aids no cotidiano hospitalar; 4) Relaes interpessoais entre enfermeiro e paciente soropositivo para o HIV enquanto mediadoras da vulnerabilidade e do empoderamento de ambos; 5) As limitaes psquicas enfrentadas por enfermeiros no vivenciar do trabalho junto a portadores do HIV/Aids; 6) A busca pela espiritualidade e pela religiosidade como bases de apoio para a vida profissional contextualizada na aids; e 7) O HIV e a aids no contexto de diferentes modalidades de relacionamento: a presena do risco como elemento organizador da discursividade. Na vida profissional, as representaes sociais da vulnerabilidade so compostas pela fragilidade, pelo risco e pela dificuldade. O empoderamento, por sua vez, emerge sustentado por um tripformado pela proteo, suporte e satisfao como elementosdo bem-estar. Na vida pessoal, o risco possui centralidade nas representaes. J o empoderamento se mostra oriundo do bem-estar e da proteo. Conclui-se que a reconstruo sociocognitiva da vulnerabilidade e do empoderamento permitiu o acesso ao arsenal simblico do qual o grupo dispe para a superao do que o ameaa. Vulnerabilidade e empoderamento so, portanto, diversificados e mutveis em suas bases e produtos e, em movimentos de balano e contrabalano, corporificam a dade vulnerabilidade-empoderamento.

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Objetivo: Avaliar o efeito da interveno diettica individualizada sobre o diagnstico nutricional e controle metablico em diabticos tipo 2 sedentrios Casustica e Mtodos: Trata-se de um ensaio clnico controlado e prospectivo com 80 adultos, de ambos dos sexos, com Diabetes Mellitus tipo 2 divididos em GI (grupo interveno: 40 indivduos submetidos interveno diettica e a utilizao de hipoglicemiante) e GC (grupo controle: 40 indivduos submetidos medicao hipoglicemiante). Foi realizada interveno diettica individualizada por trs meses baseando-se nas recomendaes da American Diabetes Association (2002). Foram analisadas as variveis antropomtricas: massa corporal total (MCT), estatura com determinao do ndice de Massa Corporal (IMC) e permetro da cintura (PC); as variveis bioqumicas glicemia, colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol, triglicerdeos (TG) e hemoglobina glicada (HbA1c) e as variveis dietticas energia, protenas, carboidratos, lipdeos, colesterol e fibras alimentares. Para estatstica inferencial foi utilizado o Anova two-way com nvel de significncia de 95%. Resultados: Na anlise intergrupos, o GC apresentou aumento nas variveis: MCT (&#916;%=0,78; p=0,014), IMC (&#916;%=0,76; p=0,012), PC (&#916;%=0,75; p=0,019) enquanto que o GI apresentou reduo nas variveis: MCT (&#916;%=-3,71; p<0,001), IMC (&#916;%=-3,77; p<0,001), PC (&#916;%=-3,98; p<0,001). Na comparao da mdia do IR intergrupos, observou-se diferena nas variveis: energia (p<0,001), lipdeos (p=0,012), gorduras saturadas (p<0,001); colesterol diettico (p=0,006); fibras alimentares (p=0,001); glicemia (p<0,001), colesterol total (p<0,001), LDL-colesterol (p<0,001) e HbA1c (p<0,001).Concluso: A interveno diettica foi eficiente em melhorar o perfil antropomtrico e o controle metablico dos diabticos tipo 2 sedentrios.

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O estudo das causas mltiplas de bitos permite conhecer a extenso real das estatsticas de mortalidade, minimizando a subestimao dos dados de mortalidade por asma. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a tendncia das taxas de mortalidade por asma informada em qualquer linha ou parte do atestado mdico da declarao de bito, no municpio do Rio de Janeiro, no perodo de 2000-2009. Os dados foram obtidos no Sistema de Informaes de Mortalidade (SIM), no perodo de 2000 a 2009, nas Declaraes de bitos (DO) registradas com CID-10 J45 e J46, de residentes do municpio do Rio de Janeiro, com um ano ou mais de idade. Foram calculadas taxas de mortalidade padronizadas por idade, nas seguintes faixas etrias: 1-4 anos, 5-34 anos, 35-59 anos, 60 e mais anos, considerando-se asma como causa bsica e como causas mltiplas, segundo gnero para cada ano do perodo. Para anlise de dados foi utilizado a tcnica de regresso linear. No perodo de 10 anos a asma foi causa bsica em 67,2% dos bitos que mencionaram asma. A subestimao da mortalidade por asma como causa bsica, foi igual a 48,7%. A taxa de mortalidade padronizada por asma como causa bsica declinou de 2000 a 2009 de 2,22 para 1,72/100.000 habitantes em 2009, (&#946;= -0.06, p=0.017) e como causas mltiplas passou de 3,45 para 2,82/100.000 habitantes (&#946;= -0.11, p=0.005). A anlise segundo gnero evidenciou um declnio mais acentuado entre os homens, cuja taxa de mortalidade por asma como causa bsica padronizada passou de 1,58/100.000 em 2000 para 0,59/100.000 em 2009 (&#946;= -0.08, p=0.007); como causa mltipla a taxa diminuiu de 2,49/100.000 em 2000 para 1,11/100.000 em 2009 (&#946;= -0.14, p<0.00001). Entre as mulheres a taxa de mortalidade passou de 2,79/100.000 em 2000 para 2,72/100.000 em 2009 como causa bsica e de 4,29/100.000 em 2000 para 4,32/100.000 em 2009. A regresso linear segmentada, realizada em dois perodos, de 2000 a 2004 e 2004 a 2009, no foi estatisticamente significativa (2000 a 2004: &#946;= -0,16, p=0,131 e 2004 a 2009: &#946;= 0,04, p=0,630). Do total de bitos nos quais a asma foi mencionada como causa mltipla 2,8% ocorreram na idade de 1 a 4 anos e 61% na faixa de 60 anos e mais. Quando a asma foi causa bsica, as causas associadas mais frequentes foram as doenças do aparelho respiratrio e nos bitos em que foi classificada como causa associada destacaram-se como causas bsicas as doenças do aparelho respiratrio e circulatrio. A magnitude das taxas de mortalidade por asma foi sempre maior nas mulheres comparado aos homens. A srie histrica mostrou tendncia ao declnio nas taxas de mortalidade, segundo causas bsicas e mltiplas, com declnio entre os homens e estabilidade entre as mulheres. A mortalidade por asma foi subestimada quando considerada apenas como causa bsica, o que poderia ser evitado com a utilizao da metodologia de causas mltiplas nas estatsticas de mortalidade da asma.

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A partir da publicao, em 1994, de um relatrio que afirmava que a presena de leos aromticos pesados, com altos teores de compostos policclicos, em formulaes de borrachas estaria relacionada ao desenvolvimento de doenças como o cncer, associado ao fato da crescente conscientizao ambiental na fabricao de produtos elastomricos, foi iniciado um estudo sobre a substituio do leo aromtico de origem do petrleo por leos vegetais de menor risco. Nessa Dissertao de Mestrado foi proposta a substituio do leo aromtico derivado do petrleo por leos vegetais como o de tungue, palma e linhaa, em composies de borracha natural (NR) contendo diferentes teores do copolmero de butadieno-estireno (0, 10 e 50 phr) e diferentes tipos de carga (negro de fumo N330 e negro de fumo N375). As composies obtidas foram avaliadas quanto a propriedades reomtricas, mecnicas e fractogrficas. Foi observado que no houve variao significativa na viscosidade Mooney, na resistncia trao, no alongamento na ruptura e na dureza Shore das composies de NR SBR1502 quando o leo aromtico foi substitudo pelos leos vegetais, quando diferentes negros de fumo foram utilizados como carga reforante e quando foram utilizados teores crescentes de SBR1502. Por outro lado, a resistncia ao rasgamento das composies de NR SBR1502 apresentaram melhores resultados quando o negro de fumo N375 foi utilizado. A adio de teores crescentes de SR 1502 levou diminuio dos valores de rasgo. A natureza do leo utilizado influenciou esse resultado e melhores valores foram obtidos com o leo de tungue. Os resultados obtidos foram corroborados pela morfologia do material, avaliadas por microscopia eletrnica de varredura

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Objetivo: Comparar a composio corporal total e regional e a distribuio de gordura de homens com leso medular LM cervical fisicamente ativos e no ativos, e sua relao com a concentrao de protena C reativa ultra-sensvel (PCR-us). Alm disso, identificar um protocolo de impedncia bioeltrica (BIA) que fornea resultados de percentual de massa gorda (MG) total concordantes com os obtidos pelo mtodo de referncia, absorciometria de dupla emisso de raios-X (DXA). Mtodos: Os participantes possuam leso medular entre C5-C7 e foram classificados em ativos (n=15) e no ativos (n=10). Consideraram-se ativos os indivduos que praticavam exerccios fsicos h pelo menos trs meses, trs vezes por semana ou mais, totalizando tempo mnimo de 150 minutos de atividades fsicas por semana. A determinao da composio corporal total e regional (braos, pernas e tronco) foi realizada por DXA. A PCR-us foi mensurada por imunoturbidimetria. Os protocolos de BIA testados foram: a) para indivduos com LM (KOCINA & HEYWARD, 1997); b) para grupos que incluem idosos (GRAY et al 1989); c) validado para idosos brasileiros (DEY et al, 2003). A anlise estatstica dos dados incluiu ANCOVA para comparar a massa corporal total, composio corporal e PCR-us entre os grupos; e correlao parcial com correo pelo tempo de leso (TL) para identificar a associao de exerccio fsico com MG e da PCR-us com exerccio fsico e MG tronco. A comparao dos resultados de percentual de gordura obtidos por DXA e cada um dos protocolos de BIA foi realizada por ANOVA one way e Dunnet ps teste. A anlise de Bland-Altman foi realizada para verificao da concordncia entre os mtodos testados. Concluso: O exerccio fsico praticado de forma contnua e controlada importante para manter menores valores de MG e evitar acmulo de gordura na regio do tronco. A melhor composio corporal e distribuio de gordura corporal observadas no grupo ativo possivelmente levaram menor concentrao de PCR-us srica. Juntas, estas adaptaes provavelmente contriburam para a reduo dos riscos de desenvolvimento de doenças cardiometablicas. A semelhana na modificao da composio corporal entre idosos e indivduos com LM sugere que protocolos de BIA propostos para idosos podem ser adequados para avaliao da composio corporal de indivduos com leso medular cervical.

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A fibrose heptica o resultado de uma resposta cicatrizante frente a repetidas leses no fgado, e caracterizada pelo acmulo excessivo de protenas da matriz extracelular (MEC) no parnquima heptico, incluindo colgeno, fibronectina, elastina, laminina e proteoglicanos, com a participao de diferentes populaes celulares do fgado. As principais clulas responsveis pela sntese de protenas da MEC na fibrose heptica so as clulas estreladas hepticas ativadas e os miofibroblastos, que surgem aps estmulo inflamatrio e so caracterizadas pela expresso de alfa-actina de msculo liso (&#945;-SMA). Sabe-se que durante a progresso da fibrose heptica, ocorre a morte de hepatcitos e sua substituio por clulas fibrognicas &#945;-SMA+. A apoptose dessas clulas fibrognicas de grande relevncia para a regresso da fibrose e regenerao heptica. Nos ltimos anos, a terapia com clulas tronco de medula ssea tem sido utilizada para estimular a regenerao heptica em diferentes modelos experimentais e protocolos clnicos. A frao mononuclear da medula ssea adulta possui duas populaes de clulas-tronco importantes no tratamento de diversas doenças hepticas: clulas-tronco hematopoiticas e clulas-tronco mesenquimais. O objetivo deste estudo foi analisar a expresso de &#945;-SMA e o processo de apoptose de clulas hepticas durante a fibrose heptica induzida por ligadura do ducto biliar (LDB) e aps o transplante de clulas mononucleares de medula ssea (CMMO). Os fgados foram coletados de ratos dos seguintes grupos: normal, 14 dias de LDB, 21 dias de LDB e animais que receberam CMMO aps 14 dias de LDB, e foram analisados aps 7 dias (totalizando 21 dias de LDB). Para quantificar a expresso de &#945;-SMA por clulas fibrognicas nos grupos experimentais, foi realizada imunoperoxidase para &#945;-SMA, seguida de morfometria no programa Image Pro Plus. Para analisar a apoptose nas clulas hepticas, foi realizada imunoperoxidase e Western Blotting (WB) para caspase-3 (protena apopttica) e imunofluorescncia com dupla-marcao para caspase-3 e &#945;-SMA, seguida de observao em microscpio confocal. Os resultados da quantificao de &#945;-SMA por morfometria mostraram que a expresso de &#945;-SMA aumentou significativamente 14 e 21 dias aps a LDB. Entretanto, essa expresso diminuiu significativamente no grupo tratado com CMMO, que apresentou parnquima heptico mais preservado em relao ao grupo com 21 dias de LDB. Os resultados de imunoperoxidase, WB e microscopia confocal para expresso de caspase-3 demonstraram que essa protena diminuiu nos animais fibrticos com 14 e 21 dias de LDB com relao ao grupo normal, e estava significativamente elevada no grupo tratado com CMMO. A anlise por microscopia confocal demonstrou que algumas clulas coexpressaram &#945;-SMA e caspase-3 nos animais tratados com CMMO, sugerindo a morte de clulas fibrognicas e remodelamento do parnquima heptico.

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A autoavaliao do estado de sade (AAS) um indicador de sade amplamente utilizado e influenciado por uma grande variedade de fatores. Em particular, existem evidncias crescentes de que a discriminao racial um importante fator de risco para eventos mrbidos em sade e seu impacto na sade da populao brasileira ainda pouco explorado. No primeiro artigo, o objetivo principal investigar a associao entre AAS e fatores sociodemogrficos, comportamentais e de morbidade. No segundo artigo, o objetivo estimar a associao entre discriminao racial e diferentes desfechos em sade, a saber, AAS, morbidade fsica e depresso ajustando por variveis sociodemogrficas, comportamentos relacionados sade e ndice de Massa Corporal, na populao de pretos e pardos. O presente estudo possui delineamento seccional, baseado nos dados do inqurito de abrangncia nacional Pesquisa Dimenso Social das Desigualdades. Os entrevistados responderam a questionrios estruturados e suas medidas antropomtricas foram aferidas. No primeiro artigo, foram avaliados 12.324 indivduos, entre chefes de famlia e cnjuges, com idade maior ou igual a 20 anos. No segundo artigo, foram avaliados 3.863 chefes de famlia que responderam a pergunta sobre discriminao racial e que se classificaram como pretos e pardos. AAS foi avaliada por meio de pergunta obtida do instrumento de qualidade de vida SF-36 e, para o primeiro artigo, foi analisada de forma dicotmica em AAS boa (categorias de resposta excelente, muito boa e boa) e AAS ruim (categorias de resposta razovel e ruim). No segundo artigo, esse desfecho foi analisado utilizando-se as 5 categorias de resposta. As anlises foram realizadas utilizando-se modelos de regresso logstica uni e multivariados, para dados binrios (artigo 1) ou ordinais (artigo 2). Os resultados foram apresentados na forma de Odds Ratios com os respectivos intervalos de 95% de confiana. Maior faixa etria, analfabetismo, tabagismo, obesidade e doenças crnicas estiveram associados a maior chance de AAS ruim. Para cada incremento na faixa de renda, observou-se uma reduo de 20% na chance de relatar AAS ruim. Atividade fsica esteve associada a menor chance de AAS ruim. No segundo artigo, exposio discriminao racial esteve associada com aumento na chance de relato de pior AAS, de morbidade fsica e de depresso. O presente estudo identificou a influncia de diversos fatores sociais, demogrficos, comportamentos relacionados sade e morbidade fsica na AAS. O estudo demonstrou ainda que a discriminao racial est associada negativamente aos trs desfechos em sade avaliados (AAS, morbidade fsica e depresso). Esses resultados podem traar um perfil de subgrupos populacionais mais vulnerveis, ou seja, com maior risco de contrair doenças ou de procurar o servio de sade por uma doena j existente, auxiliando na definio de populaes-alvo para o adequado planejamento de polticas e de programas de promoo de sade.

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Esta pesquisa visa problematizar a sndrome pr-menstrual (SPM) enquanto entidade biomdica a-histrica tornada evidente a partir do preenchimento de critrios diagnsticos. O ponto de partida a hiptese de que o modelo biomdico de explicao da SPM incorpora e reproduz os padres sociais vigentes que insistem em vises estereotipadas dos gneros em funo da diferenciao biolgica dos sexos. A partir de uma reflexo sobre a construo do fato cientfico e da preponderncia do discurso biomdico na compreenso dos corpos, emoes e comportamentos femininos, analisamos as mudanas histricas ocorridas nessa viso considerada reducionista. No final do sculo XVIII e incio do XIX, a essncia da feminilidade era localizada no tero; a partir de meados do sculo XIX, os ovrios passaram a ser considerados a fonte das doenças das mulheres, inclusive as nervosas e mentais. No incio do sculo XX comeou a ocorrer uma mudana nos discursos biomdicos e a essncia da feminilidade passou a ser localizada em substncias qumicas denominadas hormnios. Desde ento o organismo feminino tornou-se cada vez mais representado como controlado pelos hormnios, reificando a crena de que as mulheres so cclicas e em determinados perodos, instveis, irracionais e, portanto, no confiveis. Essa nfase nos hormnios coincide com a primeira descrio, em 1931, do que era chamado tenso pr-menstrual. Na dcada de 1950, a terminologia mudou para sndrome pr-menstrual. Inicialmente foi compreendida como diretamente produzida pelos hormnios femininos, mas no h evidncia emprica que comprove esta hiptese. Aps 80 anos de pesquisas, no se encontrou um marcador biolgico ou teste bioqumico que possa ser utilizado para o diagnstico. Os prprios critrios diagnsticos no so consensuais entre os pesquisadores, pois foram descritos mais de 200 sintomas que incidem de forma variada e inconstante. No se conhece ainda o mecanismo etiopatognico e alguns autores questionam a prpria existncia da sndrome enquanto entidade biomdica e apresentam vises feministas e scio-culturais para a compreenso do fenmeno. Muitas mulheres, entretanto, afirmam ter TPM (nomenclatura mais comum nos meios leigos). Para aprofundar esta questo e ampliar nossa compreenso, a anlise de artigos biomdicos recentes (2000 a 2011) sobre a SPM foi confrontada com a experincia direta ou indireta da TPM em mulheres de camadas mdias da populao. Com este objetivo, foram analisados artigos cientficos sobre a SPM selecionados a partir de um levantamento no PubMed, ferramenta de buscas online, e realizadas entrevistas individuais em profundidade, abertas, semi-estruturadas com mulheres em idade reprodutiva selecionadas atravs do sistema de amostragem conhecido como bola de neve (snow ball). Aps a anlise tanto dos artigos cientficos quanto das entrevistas, conclumos que apesar de pressupostos comuns que a biologia determina diferenas de gnero naturais e universais entre homens e mulheres a SPM dos artigos biomdicos e a TPM das mulheres no coincidem. Sem desconsiderar as sensaes desagradveis, os problemas e o sofrimento das mulheres que afirmam ter TPM, os resultados deste estudo apontam para uma realidade complexa que enseja mais pesquisa em direo a descries menos reducionistas destas experincias femininas

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A Hipxia-Isqumica (HI) pr-natal caracterizada por uma reduo no aporte de oxignio e nutrientes para o feto durante o perodo gestacional, que pode acarretar, a longo prazo, em dificuldade de concentrao e aprendizagem, hiperatividade e dficit de memria. Esses prejuzos podem persistir ou se agravar at a idade adulta, levando ainda ao aparecimento de doenças como epilepsia e paralisia cerebral (PC). A privao de oxignio e nutrientes, assim como o estresse materno, anemia, eclmpsia e uso de drogas durante a gestao, podem causar estresse oxidativo durante os perodos crticos do desenvolvimento, e pode ser a principal razo para as mudanas que levam a programao fetal. O objetivo deste estudo foi relacionar a gerao de espcies reativas e a consequente formao de estresse oxidativo nos animais adultos, com as alteraes da biodisponibilidade do xido ntrico de forma sistmica, alm de mudanas nos comportamentos motor e de ansiedade, manuteno da memria e aprendizado. Para a hipxia, foi utilizado o modelo de clampeamento das artrias uterinas das ratas no 18 dia gestacional por 45 min, analisando os filhotes aps 90 dias de nascidos. Foram utilizados os testes Open Field e labirinto em cruz elevada para a anlise comportamental, e anlises das enzimas glutationa peroxidase (GPx), superxido desmutase (SOD) e catalase, alm de quantificao de nitritos, TBARs e carbonilao de protenas para avaliao de mecanismos oxidantes e antioxidantes. Os resultados demonstraram que o insulto durante a gestao pode acarretar em reduo na formao da enzima GPx, alm de maior concentrao de nitritos analisados nos soros dos animais hipoxiados quando comparados aos controles, contribuindo para o dano oxidativo. Tambm foi observada reduo na memria de habituao e comportamento motor, alm de elevado comportamento ansioso em animais hipoxiados, diferentemente de controles. Conclumos assim que a hipxia isqumica pr-natal pode alterar permanentemente o estado oxidativo dos animais, alm de atuar na formao do comportamento motor, memria de habituao e ansiedade. As descobertas aqui apresentadas contribuem para ampliar o entendimento acerca do evento de hipxia isqumica pr-natal, alm de prover ferramentas para o desenvolvimento de mecanismos protetores e preventivos aos possveis danos por ela causados.

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O estado nutricional e hormonal em fases iniciais de desenvolvimento (gestao e lactao) est relacionado a alteraes epigenticas, que podem levar ao desenvolvimento de doenças. A obesidade infantil est relacionada com a ocorrncia da obesidade na idade adulta, resistncia insulina e maior risco cardiometablico. Em estudos experimentais, a superalimentao neonatal causa obesidade e aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Estes animais apresentam obesidade visceral, hiperfagia, hiperleptinemia e hipertenso na idade adulta. Previamente, demonstramos que a hiperleptinemia neonatal causa hiperfuno da medula adrenal e microesteatose na idade adulta. No presente estudo avaliamos a funo adrenal de ratos adultos obesos no modelo de superalimentao neonatal por reduo do tamanho da ninhada e a sensibilidade as catecolaminas no tecido adiposo visceral (TAV) e no fgado. Ao nascimento todas as ninhadas tiveram seu nmero de filhotes ajustados para 10. Para induzir a superalimentao neonatal, o tamanho da ninhada foi reduzido de dez para trs filhotes machos no terceiro dia de lactao at o desmame (SA), enquanto que o grupo controle permaneceu com 10 filhotes durante toda a lactao. Aps o desmame, os ratos tiveram livre acesso dieta padro e gua at 180 dias (1 animal de cada ninhada, n = 7). O TAV e as glndulas adrenais foram pesadas. As contraes hormonais sricas, o contedo heptico de glicognio e triglicerdeos foram avaliados por kits comerciais. O contedo e a secreo de catecolaminas adrenais foram avaliados utilizando o mtodo do trihidroxindol. O contedo dos hormnios eixo hipotlamo-hipfise-crtex adrenal, das enzimas da via de sntese das catecolaminas na glndula adrenal, ADRB2 no fgado e ADRB3 no TAV foram determinados por Western blotting ou imunohistoqumica. As diferenas foram consideradas significativas quando p <0,05. Aos 180 dias de vida, o grupo SA apresentou maior massa corporal (+15%), maior consumo alimentar (+15%) e maior adiposidade visceral (+79%). Os hormnios do eixo hipotlamo-hipfise-crtex-adrenal no foram alterados. O grupo SA apresentou maior expresso de tirosina hidroxilase e de DOPA descarboxilase (+31% e 90%, respectivamente); contedo de catecolaminas adrenais (absoluta: 35% e relativa: 40%), e secreo de catecolaminas, tanto basal quanto estimulada por cafena (+35% e 43%, respectivamente). O contedo ADRB3 no TAV no foi alterado nos grupo SA, entretanto o ADRB2 no fgado apresentou-se menor (-45%). O grupo SA apresentou maior contedo de glicognio e triglicerdeos no fgado (+79% e +49%, respectivamente), alm de microesteatose. A superalimentao neonatal resulta em hiperativao adrenomedular e aparentemente est associada a preservao da sensibilidade s catecolaminas no VAT. Adicionalmente sugerimos que o maior contedo de glicognio e triglicerdeos heptico seja devido a menor sensibilidade as catecolaminas. Tal perfil pode contribuir para a disfuno metablica heptica e hipertenso arterial que so caractersticas deste modelo de obesidade programada.