263 resultados para Rilke, Rainer Maria, 1875-1926 - Crítica e interpretação


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O presente trabalho tem por objetivo o estudo crtico-terico da comediografialatina pr-clssica e portuguesa humanista nas figuras de Plauto e Gil Vicente,considerando os aspectos relativos ao conceito de famlia, de casamento e de vidaprivada. Investigando as obras "" e "Comdia do Vivo", realizamosAululariainicialmente um minucioso estudo da funo e importncia social destes conceitosnos contextos especficos da Roma Antiga, no perodo republicano, e de Portugal natransio da Idade Mdia para o Renascimento. Procedendo ento a anlises dasobras, luz dos temas propostos, identificaremos como se expressam nodesenvolvimento temtico no interior da encenao. A partir do conceito decomicidade e possveis estratgias para sua obteno fundamentadas em tericoscomo Henri Bergson e Vladimir Propp, procuramos encontrar pontos deconvergncia e divergncia entre os tratamentos temticos dos autores de modo aelucidar tambm a influncia do modo de pensar social como elemento decisivo daexpresso literria. Tal estudo do elemento cmico ser aprofundado tendo comoponto de partida trabalhos filosficos e tericos de Gilles Deleuze, Mikhail Bakhtin eFriedrich Nietzsche

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A proposta desta dissertao investigar o trabalho artstico de Tarsila do Amaral, sua obra plstica como tambm sua obra escrita. Esta pesquisa se prope a compreender de que maneira sua pintura, elaborada como um desenho, com cores delimitadas por fios e imagens geometrizadas adquire uma dependncia a uma narrativa de cunho literrio. Tarsila do Amaral, pintora modernista, parece organizar os espaos em suas pinturas ao construir linhas, elaboradas cuidadosamente, imprimindo um aspecto aparentemente cerebral ao seu trabalho. Assim, partindo dessas duas formas de arte, imagem e texto, que dialogam entre si na obra da pintora, surgiu a necessidade de escrever a dissertao em forma de crnica. Ao longo da pesquisa este gnero literrio demonstrou ser a forma mais adequada para lidar com o objeto de estudo, pois, escrever crnicas tendo como ponto de partida os quadros e textos de Tarsila do Amaral permitiu um olhar mais detalhado e demorado sobre sua obra, possibilitando tambm lidar com todos os aspectos de sua vida que tangenciaram sua arte. Parece importante perceber as influncias estrangeiras em sua formao como pintora e sua busca por uma identidade como artista. Ressaltando o aspecto ldico de sua obra, as crnicas a seguir buscam compreender como uma pintura racional pode gerar um resultado prximo a uma imagem infantil, especialmente no perodo Pau-Brasil. J na fase Antropofgica, o foco de estudo se concentrou na tela Abaporu, em sua elaborao, inspirao e desdobramentos como movimento literrio e artstico. Assim, vinte e uma crnicas proporcionam um panorama de aspectos relevantes na obra de Tarsila do Amaral desde o incio de seus estudos de desenho at o perodo em que j recebia o devido reconhecimento por sua obra artstica

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Em seu ensaio de 1924, Mr Bennet and Mrs. Brown, Virginia Woolf declara que por volta de 1910 o carter humano mudara. A presente tese, seguindo o apontamento da ensasta Woolf, pretende entender as mudanas promovidas nas duas primeiras dcadas do sculo XX, na Inglaterra, a partir da vida dos artistas e amigos que ficariam eternizados como o Bloomsbury Group. Em nossa primeira parte, apontaremos em que sentido, ao adotar o mtodo ps-impressionista, o Bloomsbury Group alarga as discusses da teoria do conhecimento que fervilhava em Cambridge. Anlogo ao silncio dos quadros, agora totalmente formalistas, apontaremos que a linguagem de resistncia de Bloomsbury parece ter sido antecipada pela vida de duas de suas artistas: elas so a prpria Virginia Woolf e sua irm, Vanessa Bell. A partir dessa suposio, de que haja uma conexo entre a vida das mulheres de Bloomsbury e a natureza refratria do grupo, comearemos uma discusso, j em nossa segunda parte, de como o silncio que marca o feminino construdo historicamente ganha um status de uma nova linguagem na prosa de Virginia Woolf. Nesse momento, tal silncio da prosa parece comparvel prpria linguagem potica, e aqui Virginia Woolf dialoga com o futuro, representado por Jean-Paul Sartre. Aps marcarmos o que seria a prosa potica, ou poesia prosaica, de Woolf, apontaremos por fim a relao entre essa escrita do silncio e o conceito de mente andrgina em Virginia Woolf, relao esta mediada pelo movimento que seria chamado de criture fminine, representado pela francfona Hlne Cixous, entre outras

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A presente dissertao fruto da pesquisa de mestrado realizada sobre o poema Ode martima, de lvaro de Campos, heternimo do poeta portugus Fernando Pessoa. O poema foi estudado luz de consideraes tericas que pudessem sustentar o teor artstico do citado poema, para alm de um posicionamento estritamente analtico. Em outras palavras, as contribuies tericas de Walter Benjamin, Philippe Lacoue-Labarthe, Theodor W. Adorno, entre outros, visa propocionar um discurso de pesquisa que seja potico, respeitando a manifestao literria em questo o poema. Nesse sentido, Ode martima apresentou, ao longo da pesquisa, diferentes temas. Tais temas foram estudados, com o embasamento terico referido, separadamente. So eles: Imaginao, Cais Absoluto, Sonho, Fora e Infncia. Para cada tema, um captulo foi elaborado. Todos os temas pesquisados confluem para a apreenso da potica de lvaro de Campos uma vez que Ode martima um poema singular e fundamental da obra potica do citado heternimo. Desse modo, a pesquisa realizada no se limita abordagem do citado poema, mas alcana demais poemas de lvaro de Campos, de modo que se torna possvel conjeturar acerca da poesia deste heternimo. Partindo, portanto, de um poema, a pesquisa pretende poder dimensionar a obra de lvaro de Campos, pontuando suas particularidades trazidas pela Ode martima, mas tendo cincia de que trata-se de uma proposta entre tantas outras vlidas e enriquecedoras.

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Este trabalho uma anlise da organizao do texto luz da articulao dos tempos do verbo. O corpus constitudo por dez crnicas de Rubem Braga. Procede-se inicialmente a uma breve explanao comparativa dos conceitos de verbo, tempo e modo segundo a forma de ver da gramtica tradicional, aqui representada por obras da autoria de Rocha Lima, Celso Cunha e Evanildo Bechara. Para uma viso atual, usa-se a gramtica de Jos Carlos de Azeredo (2010). Tendo em vista a flexibilidade formal do gnero crnica, especialmente quando tratada como obra literria, foram selecionados textos com caractersticas bem variadas para mostrar os diferentes usos do tempo verbal. Os conceitos de discurso e histria, segundo Benveniste, e de mundo comentado e mundo narrado, conforme a terminologia de H. Weinrich, foram levados em considerao, j que a crnica de Rubem Braga combina com frequncia episdios e reflexes do enunciador

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Essa dissertao tem como objetivo a leitura comparativa dos contos de fadas da escritora inglesa Angela Carter, contidos no livro O quarto do Barba Azul, e os da talo-brasileira Marina Colasanti, presentes em livros como Uma ideia toda azul, Entre a rosa e a espada, Doze reis e a moa no labirinto do vento. Foram analisadas os modos pelo quais as duas autoras, atravs da reescrita dos contos de fadas, resistem a morte do narrador tradicional descrita por Walter Benjamin e criticam a sociedade patriarcal, revelando, naturalmente, uma postura feminista. Identificou-se, ainda, como estratgias poticas comuns escrita de ambas as autoras, aspectos intertextuais como a pardia, o palimpsesto e o pastiche

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Na trilogia crtico-religiosa de Jos Saramago, constituda pelos romances Memorial do Convento, O Evangelho Segundo Jesus Cristo e Caim, torna-se possvel perceber a presena recorrente do pensamento utpico, que, nas trs obras em questo, no se revela como percepo idealstica de uma realidade imutvel, mas, tendo em vista a perspectiva filosfica de Ernst Bloch, revela-se como conscincia aguda tanto do processo histrico quanto da prxis libertria. Na dinmica constitutiva dessa conscincia, pode-se delinear o encontro interativo dos tempos: um passado reconstitudo criticamente pela tica contempornea, um presente permeado por intensa militncia ideolgica e, principalmente, a conscincia de um futuro aberto como possibilidade concreta, o que viabiliza, naqueles romances, aspiraes humanas por transformaes radicais da ordem vigente. Esse encontro dos tempos, do ponto de vista esttico-literrio, substancializa-se na trilogia por intermdio essencialmente do recurso pardico: a revisitao crítica dos cones e temas provenientes do universo judaico-cristo. Seja nas imagens desiderativas que retoma, seja no quadro conceitual que ironiza, seja, ainda, na constituio hbrida do romance, que esfacela o teor totalizante da narrativa tradicional, Jos Saramago parece extrair dos arqutipos religiosos uma intensidade subversiva que, na tessitura ficcional que elabora, atinge e questiona a construo metafsica erigida por sculos de judasmo e cristianismo. Nos trs romances do escritor lusitano, esse processo de releitura do passado aponta no somente para a impossibilidade, no contexto contemporneo, de experincia com a cosmoviso totalizante da religio ocidental como tambm para a reconstituio existencial do mundo moderno, uma vez que, a partir de sonhos frustrados daquele passado, se tornaria possvel materializar anseios utpicos latentes, represados na memria coletiva. Assim, o pensamento utpico, na trilogia saramaguiana, converte-se em nvoa do tempo: no espao mltiplo e complexo do romance, desnuda-se a dialtica entre passado, presente e futuro, que, na sua dinamicidade constitutiva, abriga e gesta o novum, o ainda no

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Este trabalho consiste em investigar as marcas do pensamento da desconstruo, em especial da filosofia de Jacques Derrida, nos ensaios crticos de Silviano Santiago. No entanto, o objetivo no se esgota em uma visada meramente expositiva, ou seja, apenas colocar em relevo as noes propostas pelo filsofo argelino em suas obras que por ventura apaream nos ensaios selecionados crtico literrio. Mais do que isso, pretende-se mostrar como a articulao desconstrutora til ao crtico na discusso de seus prprios temas, principalmente a questo da dependncia cultural. Foram selecionados ensaios de suas coletneas publicadas no fim do sculo XX e incio do XXI, de modo a evidenciar um eixo temtico que perpassa a sua obra, voltada a pensar os esquemas cristalizados de trocas culturais, a partir de questionamentos amplos que visam a subverter as hierarquias estabelecidas, abrindo espao para a alteridade do outro como diferena, mediante o aporte da noo derridiana de diffrance. No que concerne especificamente aos estudos literrios, sero apresentadas as leituras que Santiago faz das estratgias estticas que reiteram, deslocam ou reiteram para deslocar os paradigmas de globalizao, considerando a literatura como uma modalidade discursiva inserida no campo mais amplo da cultura, afinando sua discusso com as estratgias desconstrutoras de Derrida

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Esta dissertao se prope a estudar o tema do duplo a partir da produo flmica de Hanns Heinz Ewers, O estudante de Praga, e o conto de Mrio de S-Carneiro, A confisso de Lcio, ambos de 1913. Asduas narrativas se organizam em torno de um tringulo amoroso e compartilham o mesmo destino trgico. Tomando como suporte, inicial, de leitura os textos de Freud e Rank, de 1914, Sobre o narcisismo: uma introduo e O duplo, respectivamente, o artigo de Lacan, O estdio do espelho como formador da funo do eu (1949) e seu seminrio sobre a angstia, pretende-se estabelecer um dilogo entre literatura e psicanlise, considerando a questo do desdobramento do eu e suas variantes, a ciso do eu em mltiplos eus e o desaparecimento da imagem. A imagem no espelho, a princpio fonte de jbilo, escamoteia um drama: o drama de um sujeito que se constitui a partir de uma fico

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Este trabalho tem como objetivo principal entender, a partir da anlise do romance As naus, de Antnio Lobo Antunes, as faces do sujeito ps-moderno e suas escolhas diante de uma sociedade lquida e fluida. Nesse romance, homens da contemporaneidade e mitos da histria encontram-se em um tempo comum e convivem naturalmente na cidade de Lisboa. Alguns personagens desse romance, publicado em 1988, servem de base para a reflexo de uma sociedade fragmentada e marcada pelo deslocamento constante dos sujeitos que a compem. A excentricidade grande marca do homem que se encontra perdido no tempo e espao retratado em As naus e essa marginalizao contribui para a constante busca e necessidade de reconstruo da identidade nacional. A partir de conceitos como riso e carnavalizao, possvel desconstruir fatos da histria portuguesa, entendidos como verdade absoluta durante sculos, e que, na contemporaneidade, no apresentam o sentido de outrora. Desta maneira, esta dissertao mostra o humor presente na obra de Antnio Lobo Antunes e desmistifica nomes, fatos e o imprio glorioso de Portugal; mostra ainda como na obra o passado utilizado para se desconstruir criticamente o presente, atravs da metafico historiogrfica. Em suma, o desembarque desprovido de glria em Lisboa dos antigos heris ilustres, cinco sculos depois de terem partido, o fato culminante dessa elaborada antiepopeia

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Esta pesquisa tem por objetivo, em perspectiva comparada, analisar o encontro de duas artes: a literatura e a pintura, observado na obra O Baro de Lavos (1891), de Abel Botelho. O romance naturalista, com traos decadentistas, do escritor Abel Botelho que abre a srie intiulada Patologia Social (1891) nos mostra, como diz Jos Carlos Seabra Pereira, um tempo em se convegiam o romantismo,o realismo e pretenses de modernidade baudealiriana (mais ou menos satanistas) (PEREIRA, 1995) e onde as diversas categorias das artes se encontram e se conjugam. Nesse cenrio catico, mas profcuo, temos este romance que estabelece a arte plstica como ponto focal dentro do texto. Analisa, sobretudo, o processo da escrita onde foi possvel constatar a deformao do belo em grotesco ao longo do romance. Investiga a questo imagtica encontrada no texto botelhiano, caracterizada atravs da gravura Rapto de Ganimedes; litografia de grande simbologia dentro dessa obra literria, pois representa o ideal esttico idealizado pelo prprio Baro, e tudo de significativo que compe a trajetria e as emoes de D. Sebastio ao longo de sua vida, portanto permeando e atravessando toda narrativa

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Esta dissertao pretende desenvolver um estudo sobre o humor nos contos do escritor angolano Joo Melo, a partir dos livros Filhos da Ptria (2001), O dia em que o Pato Donaldo comeu pela primeira vez a Margarida (2006) e O homem que no tira o palito da boca (2009). Fundamentada nas perspectivas freudiana e lacaniana a respeito dos paradoxos do humor, pretende-se, ainda, apontar o aspecto tragicmico de seus textos e o modo como a ironia, estratgia discursiva contundente em seus contos, mostra-se como a principal estratgia discursiva do humor. Intenta-se, ainda, apontar a relao entre a literatura de Joo Melo e o processo criativo da sublimao, identificando-a, assim, como obra de arte, por excelncia. Pelo discurso potico de Joo Melo, revive-se a histria angolana, produzindo novas metforas, incluindo novos significados e abrindo, assim, novos caminhos. A partir da mxima Seria trgico, se no fosse cmico, a Angola de Joo Melo seria traumtica, se no fosse desconstruda por sua literatura

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As narrativas em torno da busca do Graal tiveram origem no sculo XI e foram de grande importncia para fixar a imagem de um personagem tpico da sociedade medieval, o cavaleiro, como um novo modelo heroico. Nesse sentido, os cavaleiros que encontraram o Graal nessas narrativas, especialmente no ciclo literrio conhecido como Matria da Bretanha, representam a configurao mxima desse paradigma. Esta pesquisa visa analisar a permanncia de tal imagem no cinema, que igualmente uma arte narrativa, como o eram as novelas de cavalaria que originaram o modelo. O corpus a ser analisado so trs significativas obras do cineasta norte-americano Terry Gilliam que direta ou indiretamente retomam a questo do Graal: Monty Python em busca do Clice sagrado (Monty Phyton and The Holy Grail, 1974), O pescador de iluses (The Fisher King, 1991) e Os doze macacos (Twelve Monkeys, 1995). Assim, procura-se com esta tese traar um panorama das retomadas da imagem literria e medieval dos cavaleiros no cinema, assim como observar as mudanas no padro dessas imagens descritas literariamente para sua representao ptico-sonora

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O propsito desta dissertao estudar as representaes femininas nas letras luso-brasileiras do sculo XVII, sempre levando em conta os pressupostos tericos formulados pela crítica brasileira atual. Pretende-se examinar as prticas letradas seiscentistas pelo prisma dos critrios retrico-poticos vigentes na poca, em que se destacam a importncia dos elementos visuais. O estudo tem como base o contraponto das figuras de Eva e Maria, formando o grande paradigma da dualidade feminina nas letras coloniais; tal construo da imagem da mulher como tentadora e salvadora foi um longo processo desde as letras dos tempos antigos, se intensificando no perodo medieval at chegar no sculo XVII. Desse modo, focalizamos as poesias de Gregrio de Matos e alguns sermes do padre Antonio Vieira, dialogando com questes histricas, sociais e artsticas no momento de produo das obras para tentar reduzir os riscos de anacronismo, sempre presentes quando abordamos perodos to distanciados no tempo. Analisamos variadas configuraes femininas nas poesias lricas e satricas de Gregrio de Matos; j nos sermes de Vieira, percebemos que o contraponto entre as concepes mariana e eviana fica mais evidente. Mostramos como as figuras femininas examinadas se aproximavam de Eva ou de Maria, levando em conta o contexto scio-econmico das mesmas. Notamos que o modelo ideal de mulher encarnando na figura de Maria, difundido pela Igreja com o objetivo de alcanar todas as mulheres, no correspondia realidade das mesmas no sistema colonial e no se adequava as suas necessidades. Examinamos igualmente como tal construo feminina perfeita e submissa circulava nos manuais de boa conduta em que a famlia patriarcal se encaixava, atendendo s exigncias dos modelos propagados pela Igreja Catlica na poca. Apesar de todos os esforos da Igreja Catlica e do homem para domesticar a mulher, to temida e admirada pelos mesmos, muitas mulheres fugiram aos padres sociais e foram estigmatizadas, rotuladas, discriminadas, mas acima de tudo foram mulheres que ficaram registradas nas pginas da Inquisio, na histria e principalmente, nas letras luso-brasileiras do sculo XVII, escritas por homens, como o poeta Gregrio de Matos e o padre Antonio Vieira

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Este estudo busca a abordagem de Tempo, Vida, Poesia, obra pouco estudada de Carlos Drummond de Andrade, publicada em 1986, produto final de uma srie de oito entrevistas radiofnicas concedidas amiga e jornalista Lya Cavalcanti, veiculadas, todos os domingos, pela PRA-2, Rdio Ministrio da Educao e Cultura, na dcada de 1950. Objetiva-se no contexto de Tempo, Vida, Poesia, apreciar o trabalho literrio da narrativa enquanto media fundamental da recordao que se projeta sobre a memria dos vestgios autobiogrficos do autor. Neste sentido, a performance singular do prosador em foco permite identificar o percurso de uma vida literria, principalmente na empatia que estabelece com o receptor e a matria da recordao e memria constitudas em imagens, que figuram sua prpria complexidade subjetiva enquanto personagem. A riqueza potica do artifcio de escrita encena a oralidade de uma experincia singular do narrador, possibilitando uma compreenso ampliada do fazer literrio em foco