254 resultados para Obesidade Prevenção - Teses
Resumo:
Pesquisa realizada em um Hospital Universitrio do Estado do Rio de Janeiro, atravs de uma abordagem quantitativa descritiva, com objetivo de identificar os fatores de riscos ambientais presentes nas situaes de trabalho dos profissionais de enfermagem, a partir da observao sistemtica dos locais de trabalho pelos profissionais de sade e segurana do trabalho e dos chefes de enfermagem de clnicas de um Hospital Universitrio, visando gerar resultados que possam trazer a discusso, os riscos ocupacionais aos quais esto expostos os profissionais de enfermagem, seu conhecimento a respeito destes riscos e sua atuao na identificao e ao sobre os mesmos. A populao foi composta por treis profissionais de sade e segurana no trabalho e trinta enfermeiros chefes de unidade de internao. Para a coleta de dados foi utilizado um questionrio fechado proposto no Guia de Avaliao de Riscos nos Locais de Trabalho de Boix e Vogel (1997) e adaptado para aplicao em estabelecimentos de sade por Mauro (2001). Os dados foram analisados atravs do software Statical Package for the Social Sciences (SPSS) verso 15.0. Os resultados evidenciaram que os fatores de riscos ocupacionais de maior relevncia do estudo foram: os sistemas inadequados de prevenção de incndio, de sada de emergncia e dispositivos e instrues de segurana e manuteno preventiva inadequada, exposio riscos biolgicos, desenho arquitetnico dos locais de trabalho inadequado, distribuio inadequada de pessoal e conhecimento ergonmico insuficiente do trabalhador. Estes fatores atuam de forma direta ou indireta nos locais de trabalho, propiciando aos profissionais um ambiente desfavorvel para a realizao das atividades, o que pode comprometer a sua sade e vida profissional. Concluiu-se que os profissionais enfermeiros no cargo de gestores, em sua maioria, no possuem a visibilidade sobre os fatores de riscos aos quais eles prprios e a equipe sob sua gerncia encontram-se expostos, mesmo porque desempenham suas tarefas quase em sua integralidade com alto risco de acidentes e doenas. O estudo proporcionou melhor compreenso dos fatores de risco presentes no ambiente, suas repercusses no processo de trabalho de enfermagem e na sade dos profissionais, da importncia da insero e comprometimento dos gestores sobre os fatores de risco no ambiente de trabalho e da ergonomia participativa na anlise e prevenção de riscos ocupacionais.
Resumo:
Trata-se de uma pesquisa de mestrado do Programa de Ps-Graduao da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Teve como objetivo geral compreender e analisar as prticas do enfermeiro na assistncia sade no Programa HIV/AIDS nos Centros Municipais de Sade do Rio de Janeiro a partir do princpio da integralidade. Buscou-se a compreenso da prtica do enfermeiro, pois devido complexidade da epidemia, o paciente requer assistncia que estabelea qualidade de vida. Neste sentido, explorou-se o conceito de integralidade como embasamento para as aes em sade nos diversos nveis de assistncia em especial na ateno bsica. O enfermeiro diante de uma perspectiva de integralidade quer no manejo clinico do portador, quer na prevenção da disseminao da doena nos diversos grupos populacionais, deve buscar uma prtica profissional com vistas a priorizar as necessidades de sade dos usurios. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, sendo esta abordagem a que possibilita a compreenso dos fenmenos e das aes humanas no que se refere prtica. A pesquisa foi desenvolvida no perodo 2008 a 2009, sendo o trabalho de campo desenvolvido atravs de observao livre e entrevistas semi-estruturadas. Os sujeitos consistiram de 12 enfermeiros que trabalham nos CMS no Programa HIV/AIDS. Os dados foram analisados visando buscar eixos temticos a fim de transparecer as prticas e seus contextos, utilizando tambm os registros da observao livre. Atravs da anlise temtica emergiram duas categorias: O cotidiano da assistncia no programa HIV/AIDS e a Prtica do enfermeiro no programa HIV/AIDS, as quais deram origem a cinco subcategorias descritas a seguir: O cotidiano dos CMS e a organizao da assistncia voltada para o HIV/AIDS; Limitaes poltico-institucionais que dificultam as aes de enfermagem no programa HIV/AIDS; A relao da equipe de sade e o processo de trabalho no programa HIV/AIDS; Bases tericas que orientam a prtica do enfermeiro em HIV/AIDS nos CMS; e Modelos de ateno sade e a realidade vivenciada no programa HIV/AIDS. Podemos constatar que os servios que atendem HIV/AIDS so estruturados basicamente com a presena dos profissionais de sade e na estrutura fsica disponvel para a assistncia. Este fato influencia a chegada do paciente ao servio e sua forma de atendimento. Constatou-se que a falta de estrutura fsica prejudica a percepo das necessidades de sade do grupo populacional assistido, mas tambm isto nos remete a falta de preparo do profissional. H muita dificuldade em articular o conhecimento terico com a prtica diria, isto , com suas atividades de rotina. Neste caso, o enfermeiro busca, a partir das aes que so postas no dia-a-dia, superar essa indefinio na tentativa de dar respostas aos problemas de sade que lhes so direcionados. Conclumos que h necessidade de condies mais especficas para o desenvolvimento de aes que possibilitem a visualizao das necessidades de sade desta clientela para que possa desenvolver a integralidade de forma consistente nos CMS do Rio de Janeiro.
Resumo:
A menopausa est associada a algumas alteraes metablicas como a obesidade, dislipidemia e inflamao, entre outras anomalias presentes na sndrome metablica humana. Uma dieta hiperlipdica ou high-fat (HF) associada menopausa piora tais alteraes, aumentando ainda mais o risco de doena cardiovascular. A hiptese de que uma dieta HF agrava as complicaes relacionadas ovariectomia foi testada. Foram avaliadas fmeas C57BL/6 ovariectomizadas (OVX) ou com operao SHAM e alimentados com rao padro ou Standard Chow (SC, 10% de gordura) ou uma dieta HF (60% de gordura) por 18 semanas. A eficincia alimentar (EA), massa corporal (MC), distribuio regional das massas de gordura e a morfometria dos adipcitos foram estudados. As anlises de sangue (colesterol total, CT, triglicerdeos, TG, citocinas e adipocinas) foram realizadas. Camundongas OVX-HF apresentaram maior EA e maior MC do que os demais grupos (P<0,05). A gordura visceral (ovariana e retroperitoneal) e a gordura subcutnea (gordura inguinal) tiveram o mesmo padro de distribuio entre os grupos SHAM-SC, SHAM-HF e OVX-SC, mas o grupo OVX-HF apresentou um padro diferente de acmulo de gordura - muito maior do que no rupo SHAM-SC. A associao da ovariectomia com a dieta HF aumentou significativamente o dimetro dos adipcitos dos animais OVX-HF em comparao aos SHAM-HF (P<0,0001) e tambm agravou a elevao dos nveis de CT, TG e de leptina nas camundongas OVX-HF, em relao aos OVX-SC (P<0,0001). Os nveis de adiponectina foram maiores nas camundongas OVX-SC comparados com as das camundongas SHAM-SC e OVX-HF (P<0,001). A associao da ovariectomia com a dieta HF agravou o aumento dos nveis sricos de leptina em camundongas OVX-HF, em relao aos OVX-SC (P<0,005). TNF-alfa no foi diferente entre os grupos, mas a IL-6 foi significativamente maior nas camundongas OVX-HF comparados a ambos os grupos SHAM-HF e OVX-SC (P<0,0001). Concluindo, a ingesto de uma dieta hiperlipdica por camundongas ovariectomizadas, leva ao aumento do acmulo e redistribuio inadequada de gordura, piora dos nveis de citocinas e adipocinas, assim como desordem metablica, o que aumenta os fatores de risco para doenas cardiovasculares.
Resumo:
Trata-se de um estudo descritivo cujo objeto a sade dos trabalhadores de enfermagem e sua relao com as condies de trabalho em enfermarias de clnica mdica, desenvolvido em um Hospital Universitrio na cidade do Rio de Janeiro. Os objetivos orientaram para: caracterizar o perfil profissional dos trabalhadores de enfermagem; identificar, na perspectiva dos trabalhadores de enfermagem, as condies de trabalho e os fatores de risco sade existentes nas enfermarias de clnica mdica; analisar os problemas de sade identificados pelo trabalhador de enfermagem e a sua relao com as condies de trabalho por ele descrita em enfermarias de clnica mdica. A pesquisa foi realizada no perodo de 2004 a 2005. O referencial terico fundamentou-se nos estudos de especialistas das reas de ergonomia, sade do trabalhador e riscos no trabalho de enfermagem. A populao foi de 41 trabalhadores de enfermagem que atuam nas unidades especializadas de clnica mdica, sendo 73,2% de servidores pblicos e 26,8% de prestadores de servio temporrio e bolsistas; a faixa etria predominante de 40 a 49 anos; 73% so do sexo feminino; 90% com dupla e tripla jornada, com carga horria semanal de mais de 50 horas. Os riscos ocupacionais percebidos foram: manuteno de posturas inadequadas, esforo fsico que produz fadiga, ritmo de trabalho acelerado, manipulao de cargas pesadas, risco de contrair infeco, temperatura inadequada, falta de materiais e insumos e iluminao insuficiente. Os problemas de sade relacionados com as condies de trabalho foram: distrbios osteomusculares, varizes e estresse. Os trabalhadores se interessam pela prevenção de riscos ocupacionais, porm no participam na instituio, da elaborao das polticas e estratgias na rea de sade do trabalhador. Com os resultados deste estudo e o respaldo da literatura, pode-se concluir que os problemas de sade e condies de trabalho esto inter-relacionados; que a carga horria excessiva devido a dupla e tripla jornada, acrescido do cuidado com os filhos, idosos e afazeres domsticos, sem a prtica regular de cuidados com sua sade, tornam esses sujeitos mais vulnerveis a problemas de sade.
Resumo:
Nas comunidades, a transmisso se d via oral. No samba no diferente. Desde a fundao das escolas de samba, crianas e adolescentes participam ativamente, junto com as suas famlias, das atividades dessas escolas, inclusive do desfile carnavalesco. Essas crianas e adolescentes tm, h dcadas, espaos prprios nas escolas de samba: a ala das crianas e mais recentemente escolinhas de mestre-sala e porta-bandeira, e participao em baterias mirins, trazendo perspectiva de profissionalizao e de renovao nas prprias escolas e por fim, a criao, a partir de 1980, das escolas de samba mirins, que atualmente abrem o carnaval do Rio de Janeiro. Hoje h 16 escolas, agregadas em uma associao especfica, majoritariamente derivadas das escolas mes, que trazem nos desfiles mais de vinte e cinco mil crianas e adolescentes na sexta-feira que antecede o Carnaval. As Escolas de Samba Mirins tentam inserir-se nas polticas sociais para a juventude, principalmente a pobre, para a promoo da cidadania e a revitalizao do sentido de comunidade. Fundadas nas reas mais antigas do Rio de Janeiro, principalmente a rea de planejamento trs os subrbios onde se concentram, estas escolas de samba mirins mantm estreito lao com sua vizinhana, estimulando a sociabilidade, as relaes intergeracionais e a construo da confiana, fundamental para o surgimento da eficcia coletiva e do desenvolvimento do capital social nestes espaos. Alm disso, suprem a ausncia de reas de lazer e equipamentos culturais destes espaos, fortalecendo os laos com os vizinhos e amigos e evitando, de alguma maneira, que o trfico de drogas violento fragmente ainda mais a vida social e cultural da regio. Nesse sentido, as escolas de samba mirins contribuem para a valorizao da cultura carioca e se constituem enquanto proposta para promoo da sade e prevenção da violncia, principalmente a gerada pelo trfico de drogas e a represso policial contra este trfico com um carter desagregador nas vizinhanas onde essas escolas se organizaram originalmente.
Resumo:
O municpio de Petrpolis, palco de recorrente de problemas ambientais envolvendo movimentos de massa concentrados historicamente na sua rea mais urbanizada, os distritos Sede e Cascatinha, vive nas ltimas dcadas um crescimento populacional que se orienta basicamente para antigas reas rurais de Itaipava, Pedro do Rio e Posse. O objetivo geral da pesquisa investigar como este crescimento vem ocorrendo, analisando as caractersticas geolgico-geomorfolgicas dos novos espaos ocupados, os fatores predisponentes s novas condies de risco envolvendo os movimentos de massa e as inundaes. Assim, foi elaborado um panorama scio-evolutivo do processo de ocupao do solo em Petrpolis, considerando especialmente a dinmica demogrfica registrada nos distritos atravs dos censos demogrficos a partir da dcada de 1940. Utilizando o geoprocessamento como ferramenta e a classificao visual de segmentao de OrtofotosCarta IBGE na escala 1: 25.000, foram produzidos mapas de uso do solo para o municpio e distritos detalhando a rea ocupada. Com o fim de atender ao diagnstico das situaes de risco foi realizado o levantamento da situao atual da ocorrncia dos movimentos de massa e inundaes no municpio, comparando levantamentos anteriores e verificando a distribuio das ocorrncias e a populao atingida. Por fim, a avaliao da execuo da poltica de desenvolvimento e expanso urbana definida no Plano Diretor de Petrpolis e na Lei de Uso, Parcelamento e Ocupao do Solo, analisando o zoneamento e seus usos (rural, rururbano, urbano e zona de proteo especial) resultando no entendimento de como os aspectos normativos vem sendo tratados, naquilo que so respeitados e naquilo que no so cumpridos na dinmica da ocupao do espao, levantando as aes de prevenção, ou no, dos problemas ambientais. Contudo, a definio dos objetivos do trabalho teve dois momentos. O primeiro com a anlise da expanso urbana construindo novas condies de risco e o segundo momento, lamentavelmente, aquele no qual as evidncias ganharam contorno de realidade com o ocorrido em dezembro de 2010 e em janeiro de 2011, principalmente quando inundaes bruscas associadas aos deslizamentos de terra nas encostas atingiram reas de Petrpolis e de outros municpios da regio Serrana do Estado do Rio de Janeiro, certamente, a maior tragdia ambiental ocorrida no Centro-Sul do pas at ento. Com mais de 900 mortos, centenas de desaparecidos e milhares de desabrigados e desalojados, os eventos suplantaram os objetivos do trabalho, colocando novas questes, ao mesmo tempo em que a realidade demonstrou a coerncia e pertinncia daqueles objetivos com os problemas apresentados. Assim, dentre os objetivos passou a constar tambm a verificao in loco das conseqncias de movimentos de massa e inundaes nas reas apontadas anteriormente, como foi o caso do vale do Rio Santo Antnio em Itaipava. O trabalho, assim, se pautou por indicar a necessidade ter-se maior ateno s novas reas de ocupao no municpio, considerando a natureza do territrio, contribuindo como um subsdio na prevenção ao risco.
Resumo:
O cncer de pulmo atualmente a neoplasia mais frequentemente diagnosticada, considerando ambos os sexos, e a principal causa de bito por cncer em todo o mundo. A incidncia e a mortalidade do cncer de pulmo vm sendo influenciadas ao longo do tempo pela histria do tabagismo e seus aspectos scio-demogrficos. Este estudo tem como objetivo analisar a sobrevida e fatores prognsticos em mulheres com cncer de pulmo assistidas em uma clnica especializada no Rio de Janeiro no perodo de 2000 a 2009. Foram analisadas 193 mulheres com diagnstico de cncer de pulmo confirmado por exame histopatolgico. Os dados foram obtidos diretamente do sistema informatizado de registros mdicos do referido servio. A idade do diagnstico foi categorizada em quatro faixas etrias: at 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos e maior de 70anos. O tabagismo foi categorizado como no fumante, ex-fumante, fumante e fumante passiva. O estado nutricional foi avaliado pelo ndice de Massa Corprea (IMC). A classificao histolgica seguiu a diviso entre tumores de clulas no-pequenas (CPCNP) e tumores de pequenas clulas (CPCP). O estadiamento clnico se baseou na classificao do American Joint Committee on Cancer (AJCC) e Veterans Administration Lung Cancer Study Group (VALCSG) para os tumores de clulas no-pequenas e tumores de clulas pequenas, respectivamente. A modalidade de tratamento foi categorizada pela inteno da abordagem teraputica em quatro grupos: controle, neoadjuvncia, adjuvncia e paliativa. Foram calculadas funes de sobrevida pelo mtodo de Kaplan-Meier. Para os fatores prognsticos de risco, foram calculados os hazards ratios brutos e ajustados com intervalos de confiana de 95%, atravs do modelo de riscos proporcionais de Cox. A idade mdia das pacientes foi de 63 anos. Destas, 47,7% eram fumantes, 26,9% no fumantes, 19,7% ex-fumantes e 3,6% fumantes passivas. Em relao ao estado nutricional, 2,6% das pacientes apresentavam IMC baixo peso, 52,8% normal, 29,5% sobrepeso e 15% obesidade. A maioria dos casos, 169 (87,6%) pacientes, foi classificado como cncer de pulmo de clulas no-pequenas (CPCNP). Apenas 24 casos (12,4%) foram de cncer de pequenas clulas (CPCP). Durante o perodo estudado ocorreram 132 bitos; 114 por CPCNP e 18 por CPCP. O tempo mediano de sobrevida para toda a coorte foi de 23,2 meses (IC95%: 16,9-33,5). Quando os dados foram estratificados por classificao tumoral, a sobrevida mediana nas pacientes com diagnstico de CPCNP foi de 18,2 meses (IC95%: 15,6-25,5) e para aquelas com CPCP foi de 10,3 meses (IC95%: 8,4-19,3). A sobrevida encontrada em 24 meses foi de 49% (IC95%: 42,25-56,9), sendo 22,95 (IC95%: 0,6-49,3) para os tumores de pequenas clulas e 50,29% (IC95%: 43,1-58,7) para os tumores de clulas no- pequenas. Para o total das pacientes, as curvas de sobrevida estratificadas pelas variveis selecionadas mostraram diferenas em relao idade do diagnstico (p=0,0023) nas faixas etrias intermedirias de 50-59 anos e 60-69 anos, se comparadas com os limites extremos (as mais idosas e as mais jovens). No houve diferenas para o status de tabagismo (p=0,1484) nem para o IMC (p=0,6230). Na anlise multivariada para todos os tumores, nenhum fator prognstico influenciou no risco de morte. A idade nas categorias intermedirias (50-59 anos e 60-69 anos) e o IMC na categoria sobrepeso mostraram uma tendncia proteo, porm, no houve significncia estatstica. Para o grupo de mulheres com CPCNP, o modelo de riscos proporcionais apontou diferena em relao ao estadiamento clnico, especificamente o estdio IV (HR=3,36, IC95%: 1,66-6,8; p=0,001). As pacientes com idade entre 50-59 anos e sobrepeso mostraram uma tendncia diminuio do risco, embora sem significncia estatstica. Esses resultados mostram a necessidade de conhecer melhor o perfil das mulheres que desenvolvem cncer de pulmo e de realizar pesquisas que investiguem de forma mais aprofundada as condies que influenciam a evoluo clnica dos casos e assim contribuir para o aprimoramento da abordagem teraputica.
Resumo:
Alteraes nutricionais, hormonais e ambientais nos perodos crticos do desenvolvimento como a gestao e/ou lactao podem influenciar a estrutura e a fisiologia de rgos e tecidos, predispondo ao aparecimento de doenas na vida adulta. Esse fenmeno conhecido como programao metablica. O fumo materno na gestao/lactao tem sido associado ao sobrepeso/obesidade na infncia e na vida adulta em ambos os sexos. Porm, estudos evidenciam diferenas entre os gneros em resposta a exposio nicotina. J foi demonstrado que muitas mulheres param de fumar na gestao, mas a maioria destas volta a fumar na lactao. Anteriormente, mostramos que machos adultos cujas mes foram expostas nicotina na lactao, desenvolveram obesidade central, hiperleptinemia e hipotireoidismo. Como a nicotina afeta a funo adrenal e como catecolaminas e glicocorticides tm efeitos bem conhecidos sobre o tecido adiposo, avaliamos a funo da medula adrenal e o contedo de leptina no tecido adiposo e msculo de machos e fmeas cujas mes foram expostas nicotina na lactao. Dois dias ps-parto, implantamos minibombas osmticas nas ratas lactantes dividas em: NIC infuso de nicotina (6mg/Kg/dia s.c.) por 14 dias, e C infuso de salina pelo mesmo perodo. Estas lactantes foram divididas de acordo com o sexo das proles. O sacrifcio das proles de ambos os sexos ocorreu aos 15 (fim da exposio nicotina) e 180 dias de vida. Aos 15 dias, os machos da prole NIC apresentaram aumento de MGV absoluta e relativa ao peso corporal (+72% e +73% respectivamente), hiperleptinemia (+35%), hipercorticosteronemia (+67%), maior peso adrenal (+39%), contedo de catecolaminas totais (absoluto: +69% e relativo: +41%), embora diminuio da enzima TH (-33%). Quando adultos, os machos programados exibiram maior massa corporal (+10%), MGV absoluta (+47%) e relativa (+33%), alm de hiperleptinemia (+41%) e maior contedo de leptina no TAV (+23%). Esses animais tambm apresentaram hipercorticosteronemia (+77%), maior contedo de catecolaminas totais absoluto e relativo (+79% e +89% respectivamente) e de TH (+38%) embora tenham menor secreo de catecolaminas in vitro estimulada por cafena (-19%) e maior expresso do ADRB3 no TAV (+59%). Em relao as fmeas da prole NIC aos 15 dias de vida, estas apresentaram menor massa corporal (-6%) e hiperleptinemia (+41%) embora sem alterao da MGV. Aos 180 dias, as fmeas da prole NIC apresentaram menor contedo de leptina no TAS (-46%) e maior contedo de leptina no msculo solear (+22%) e diminuio da expresso do ADRB3 no TAV (-39%). Conclumos que a nicotina materna afeta ambos, medula adrenal e tecido adiposo de forma gnero dependente, tanto em curto prazo (quando a nicotina est presente no leite materno), quanto em longo prazo (repercusses na vida adulta). De forma geral, as fmeas da prole NIC apresentam alteraes mais discretas do que os machos em ambos os perodos estudados.
Resumo:
Pesquisa de natureza descritiva e abordagem quantitativa de dados sobre a Aplicabilidade da Norma Regulamentadora-32 (NR 32) do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), visando mobilizar os trabalhadores de enfermagem para reduzir a exposio aos riscos inerentes do trabalho em estabelecimentos de sade. Problema de pesquisa: Quais os fatores que interferem na implantao da Norma Regulamentadora-32 nas enfermarias de um Hospital Pblico Estadual do Rio de Janeiro, na viso dos trabalhadores de enfermagem? Teve como objetivo geral analisar os fatores que interferem na aplicabilidade da NR 32 pela enfermagem, em um hospital pblico do Rio de Janeiro. A populao foi composta de 138 trabalhadores de enfermagem das enfermarias de clnica mdica, cirrgica e ortopdica. Utilizou-se para a coleta de dados um questionrio estruturado com perguntas fechadas. Os dados foram coletados no perodo de 28 de janeiro a 14 de fevereiro de 2009, e analisados atravs do Programa Statical Package for the Social Sciences (SPSS) verso 13 for Windows e Microsoft Office Excel 2003. Os resultados apontaram que os trabalhadores de enfermagem desse hospital esto, em sua maioria, na faixa etria de 30-49 anos, com pelo menos 1 ano de atuao no mesmo setor e formaram-se h 15 anos ou mais, alm disso, 68,1% so estatutrios. Constatou-se que h recomendaes da NR-32 e precaues-padro no so seguidas pelos participantes da pesquisa. Os fatores que interferem no cumprimento da atual legislao vo desde o desconhecimento dos riscos ocupacionais e comportamento dos trabalhadores, at a falta de uma ao efetiva de Educao Continuada e da Comisso de Controle de Infeco Hospitalar (CCIH). Destacaram-se, entre outros, o uso de adornos (51,8%); calado aberto (48,9%); alimentao no posto de trabalho (46,3%); uso da pia para outras finalidades (44,9%), reencape ou desconexo manual de agulhas (36,4%); sair do local de trabalho com uniforme ou Equipamento de Proteo Individual - EPI (21%); limite de recipiente de descarte de perfurocortantes no respeitado (11,8%), falta de uso de EPI quando auxilia no exame com Raios-X (32,6%) e na manipulao de quimioterpicos (7,8%). A instituio no fornece uniformes nem calados. Outros fatores institucionais foram a falta de equipamentos, a falta de um poltica de prevenção e promoo da sade, inexistncia de servio de sade ocupacional e instalaes fsicas inadequadas. Tal descumprimento expe, de forma excessiva, os trabalhadores de enfermagem aos mais variados fatores de riscos ocupacionais, podendo refletir na sua sade e no processo de trabalho. Recomenda-se um trabalho efetivo e integrado dos Programas de Educao Continuada e CCIH para esclarecimento dos trabalhadores de enfermagem, e implantao do Servio de Sade do Trabalhador. Sugere-se aos gestores expandirem este estudo para os demais setores das unidades hospitalares e outras instituies pblicas de sade para o conhecimento da situao de trabalho, bem como a criao de espaos de discusso para a busca de solues dos problemas com a participao dos trabalhadores.
Resumo:
Apesar da crescente prevalncia da obesidade em pases desenvolvidos e em desenvolvimento, h pouca evidncia da associao com fatores ambientais. Objetivos: Investigar a evoluo temporal do IMC em jovens alistados do sexo masculino de 18 anos no Brasil entre 1980 e 2005; identificar pontos especficos de maior varincia na srie temporal e comparar pontos especficos no tempo, a evoluo temporal do IMC com as mudanas socioeconmicas no Brasil. Mtodos: O presente estudo explorou uma srie temporal de 26 anos em homens brasileiros que se alistaram no perodo de 1980 a 2005. A amostra compreendeu cerca de 35-40% de todos os jovens brasileiros de 18 anos de idade. O peso corporal e a estatura foram obtidos no momento do exame mdico durante o alistamento militar. Todas as mensuraes antropomtricas foram realizadas por pessoal especializado e treinado. As prevalncias do sobrepeso e da obesidade foram calculadas com intervalos de confiana de 95%. Com a finalidade de testar a presena de heterocedasticidade na srie do IMC, realizou-se o teste de Multiplicador de Lagrange (LM). Para os pontos no tempo, com oscilaes acima da mdia do IMC, variveis dummies foram testadas utilizando-se o modelo ARCH (Autoregressivo de Heterocedasticidade Condicionada), com um nvel de significncia de p <0,05. Para aqueles pontos no tempo com oscilaes acima da mdia do IMC (anos de 1985, 1994 e 2000), variveis dummy foram includos sob a hiptese foi de que a taxa de crescimento do IMC no fosse a mesma ao longo da srie temporal. Para as possveis explicaes para os aumentos bruscos na curva do IMC, foram consideradas as alteraes nos principais indicadores econmicos do Brasil (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica e Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada). Os fatores econmicos analisados foram: taxa de inflao anual, produo de alimentos, pobreza (%), o consumo de refrigerantes e o rendimento mdio anual. Resultados: A prevalncia de sobrepeso tambm passou de 4,5%, em 1980, para 12,5%, em 2005, um aumento de 2,6 vezes, enquanto a prevalncia de obesidade aumentou de 0,5%, em 1980, para 1,9%, em 2005, um aumento de quase 300%, mas por comparao internacional esto abaixo da mdia. Particularmente em 1985-6 e 1994-5, houve um aumento acentuado e significativo do IMC. Em 1985-6, a mdia do IMC aumentou de 21,4 kg/m2 para 21,5 kg/m2 e, em 1994-5, a mdia do IMC mdio aumentou de 21,7 kg/m2 para 21,9 kg/m2. Nesses dois pontos (1985-1986 e 1994-1995) ocorreram logo aps duas grandes mudanas polticas econmicas que aumentaram o poder de compra da populao. Em 1985-6, as mudanas foram principalmente relacionadas a fatores econmicos, tais como: a reduo do nvel de desigualdade social; aumento da renda familiar; reduo da pobreza; o controle da inflao; aumento do tempo assistindo televiso e aumento do consumo de alimentos. Em 1994-5, alm das mudanas no poder de compra, houve uma modificao na atividade fsica obrigatria nas escolas. Concluso: O presente estudo mostrou um aumento abrupto da obesidade na populao de homens jovens no Brasil em duas ocasies durante esta srie temporal (anos de 1985-6 e 1994-5), quando uma possvel reduo no gasto calrico e aumento do consumo de alimentos da populao foram observados.
Resumo:
Investiga se o atual modelo de aplicao da pena privativa de liberdade se mostra adequado aos parmetros traados pela constituio de 1988, atendendo ao fundamento da dignidade da pessoa humana e aos objetivos fundamentais de construo de uma sociedade livre, justa e solidria e de promoo do bem de todos. Analisa a dinmica histrica da aplicao e das teorias das penas privativas de liberdade no Brasil, abordando os principais critrios e atuais orientaes da aplicao penal. Sustenta que a dignidade da pessoa humana constitui fundamento do Estado Republicano e Democrtico de Direito brasileiro e que, ao lado do princpio da humanidade das penas, seu correspondente penal, fundamenta a necessidade de se evitar ao mximo que os indivduos sejam afetados pela interveno do poder punitivo. Conclui, ento, pela existncia de um autntico dever jurdico-constitucional da agncia judicial no sentido de minimizar a intensidade de afetao do indivduo sentenciado. Procura erigir novos princpios quanto aplicao da pena, dotados de fora normativa e que atuem de maneira integrada para a tutela dos direitos fundamentais. Defende que a Constituio de 1988 no incorporou o discurso legitimador da pena, limitando-se tarefa de conteno de danos e de fixao de limites punitivos. Preconiza novos parmetros para a fixao da pena-base, sustentando a incompatibilidade constitucional das finalidades de reprovao e prevenção do crime. Debate qual deve ser o adequado sentido constitucional das circunstncias judiciais da pena. Discute as bases da tendncia exasperadora da pena, caracterizada pelas agravantes, qualificadoras e causas de aumento, assim como da tendncia mitigadora da pena, representada pelas atenuantes, causas de diminuio, participao de agentes, tentativa, concurso de crimes, crime continuado, unificao e limite de penas. Identifica a existncia de crise no dogma da pena mnima, propondo, afinal, a construo de um novo modelo interpretativo de aplicao da pena privativa de liberdade.
Resumo:
A magnitude e as modificaes resultantes da epidemia de Aids no Brasil levaram o Ministrio da Sade a recomendar, a partir de 2001, a incorporao do diagnstico sorolgico da infeco pelo HIV em servios de ateno bsica da rede pblica de sade, visando a universalidade e a ampliao do acesso da populao a esses exames. O processo diagnstico, no caso da AIDS, envolve para alm da simples disponibilizao da testagem; cobre demandas de prevenção, profilaxia, tratamento e referncias adequadas para o interior do sistema assistencial. O estudo realizado teve por objetivo investigar como vem se dando a oferta deste diagnstico, previsto de estar acontecendo acompanhado de aconselhamento pr e ps-teste, usando como lcus um conjunto de servios da rede bsica de sade no Municpio do Rio de Janeiro. Do tipo descritivo-analtico, o trabalho utilizou-se de uma abordagem metodolgica qualitativa, realizando entrevistas semi-estruturadas com vinte e dois profissionais de sade de diversas categorias, envolvidos nos processos de testagem anti-HIV, e com trs gestores, buscando compreender como vem sendo ofertado esse cuidado em sade. O exame do material obtido permitiu a identificao das seguintes categorias analticas: oferta do teste na rede de ateno bsica e dilemas relacionados a esse processo; aes de aconselhamento que acompanham a testagem; resultados do teste anti-HIV e dificuldades na sua comunicao aos usurios; dimenses estrutural e organizacional e gesto do processo de testagem; capacitao dos recursos humanos. Identificou-se que o processo de oferta do teste anti-HIV se circunscreve frequentemente representao da doena e necessria maior interlocuo na relao profissional de sade/usurio, considerando a intersubjetividade dos sujeitos envolvidos. Este processo diagnstico demanda tcnicas como apoio, acolhimento e escuta qualificada das necessidades de sade, entendidas para alm das queixas biolgicas dos sujeitos, que nem sempre esto se fazendo presentes nos servios de ateno investigados. Como desafio premente na oferta do diagnstico anti-HIV, destaca-se que o aconselhamento deve ser uma ferramenta utilizada e reforada no contexto dos servios de sade que atendem pacientes com DST/Aids. Outro desafio, alm da capacitao qualificada dos recursos humanos envolvidos, necessidade de permanente avaliao do processo de oferta que vem sendo oferecido nos servios da rede bsica, que possibilite repensar as atividades de prevenção, o acolhimento e a escuta, e o compartilhamento de idias entre profissionais que atuam no cotidiano das unidades de sade e os gestores locais. A pluralidade de questes no fazer em sade exige que os servios de sade e seus responsveis promovam novos arranjos para que a oferta do teste anti-HIV, como ao de sade, seja realizada com base na humanizao, na integralidade e no respeito aos direitos de cidadania, contribuindo para que a melhoria do atendimento na rede bsica se concretize com qualidade.
Resumo:
A obesidade e o Diabetes mellitus tipo 2 se tornaram importantes problemas de sade pblica nos ltimos anos. O aumento da prevalncia do diabetes est intimamente relacionado ao aumento da prevalncia da obesidade. As cirurgias baritricas surgiram nos ltimos cinqenta anos e vm se popularizando como uma opo teraputica efetiva para a reduo do peso e controle ou reverso do diabetes no paciente obeso. Dentre as tcnicas cirrgicas disponveis, o Sleeve gstrico, que era utilizado como parte integrante da tcnica de derivao blio-pancretica ou como primeiro estgio, em pacientes de alto risco, a fim de prepar-los para a cirurgia definitiva, tem sido adotado, por alguns grupos de cirurgies, como tcnica definitiva. Como recente sua utilizao como procedimento baritrico definitivo, faltam estudos que avaliem sua efetividade. O presente estudo teve por objetivo avaliar o Sleeve gstrico, para o controle ou reverso do Diabetes mellitus tipo 2, no paciente obeso. Para tanto, foi realizada uma reviso sistemtica. A busca na literatura resultou em 698 ttulos e resumos. Aps aplicao dos critrios de incluso foram recuperados 96 textos completos e includos, na reviso sistemtica, sete artigos com ensaios clnicos controlados. Foi possvel realizar metanlise entre estudos comparando o Sleeve gstrico derivao gstrica com Y de Roux e com a bandagem gstrica. Foram avaliados os desfechos glicemia de jejum e hemoglobina glicosilada. O resultado da metanlise foi favorvel ao Sleeve gstrico, em comparao ao Y de Roux, para o desfecho reduo ps-operatria da hemoglobina glicosilada. O Sleeve gstrico se apresenta como mais uma opo teraputica para a obesidade e correo das co-morbidades associadas. Porm, os resultados so bastante preliminares, e ensaios clnicos controlados, de boa qualidade metodolgica, so necessrios para melhor avaliao.
Resumo:
Estudos epidemiolgicos e experimentais tm sugerido que fatores de risco cardiovasculares podem ser parcialmente atribudos s influncias do ambiente em que vive o indivduo, e que a nutrio materna influencia na programao de alteraes metablicas e cardiovasculares no indivduo adulto e que caracterizam a sndrome metablica (SM). Em contrapartida, estudos prvios de nosso laboratrio demonstram que o extrato da casca de uva Vitis labrusca (GSE) possui efeito vasodilatador, antihipertensivo e antioxidante. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento oral com GSE (200mg/kg/dia), sobre as alteraes cardiovasculares e metablicas e estresse oxidativo observados na prole adulta (fmea e machos) com 3 e 6 meses, cujas mes foram submetidas a uma dieta rica em gordura (hiperlipdica) durante a lactao. Quatro grupos de ratas foram alimentados com dietas experimentais: controle (7% de gordura); controle + GSE (7% de gordura + GSE), hiperlipdica (24% de gordura); hiperlipdica + GSE (24% de gordura + GSE) durante a lactao. Aps o desmame, todos os filhotes passaram a ser alimentados com uma dieta controle e foram sacrificados aos 3 ou 6 meses de idade. A presso arterial sistlica (PAS) foi medida por pletismografia de cauda e o efeito vasodilatador da acetilcolina (ACh) foi avaliado em leito arterial mesentrico (LAM) perfundido. Foram avaliados o peso corporal, adiposidade (intra-abdominal e gonadal), nveis plasmticos de colesterol total, triglicerdeos, glicose e insulina, e a resistncia insulina (RI) foi calculada pelo ndice de HOMA IR. As expresses do IRS-1, Akt e GLUT-4 foram determinadas em msculo soleus. O dano oxidativo, nveis de nitritos e a atividade das enzimas antioxidantes: superxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase foram dosados no plasma e homogenato de LAM. A PAS e tecido adiposo foram aumentados nas proles adultas de ambos os sexos e idades do grupo hiperlipdico e revertidos pelo tratamento com o GSE. A resposta vasodilatadora ACh em LAM no foi diferente entre os grupos de ambos os sexos, mas foram reduzidas com o envelhecimento. Nas proles fmeas e machos do grupo hiperlipdico tambm foram observados o aumento dos nveis de triglicerdeos, de glicose e RI em ambas as idades e foram reduzidos pelo GSE. No grupo hiperlipdico houve reduo nas expresses de IRS-1, Akt e GLUT-4 e o GSE reverteu estas expresses. Os nveis plasmticos de malondialdedo estavam aumentados e os nveis de nitrito diminudos no grupo hiperlipdico, de ambos os sexos e idades e foram revertidos pelo GSE. As atividades das enzimas antioxidantes no plasma e no mesentrio foram reduzidas no grupo hiperlipdico e restauradas pelo GSE. Em concluso, O GSE parece proteger as proles fmeas e machos, cujas mes foram expostas a uma dieta hiperlipdica durante a lactao, dos fatores de riscos cardiovasculares, proporcionando uma fonte alternativa nutricional para a prevenção da SM.
Resumo:
Avaliar os efeitos benficos do tratamento com leo de peixe sobre mudanas metablicas e morfolgicas no pncreas e tecido adiposo de camundongos C57BL/6 alimentados com dieta rica em lipdeos e sacarose (HLS).Camundongos machos da linhagem C57BL/6, foram alimentados com dieta padro (P) ou dieta HLS. Aos 3 meses de idade, os camundongos do grupo HLS foram separados em grupo no-tratado (HLS) ou grupo tratado com leo de peixe (HLS-Px, 1,5g/kg/dia). Aos 4 meses de idade os animais foram sacrificados. O grupo HLS apresentou aumento da massa corporal (MC) e no acmulo do tecido adiposo total, porm o grupo HLS-Px apresentou menor MC e massa de tecido adiposo comparado ao grupo HLS. As concentraes de glicose plasmtica e insulina no foram afetadas entre os grupos, no entanto os grupos HLS e HLS-Px apresentaram maior HOMA-IR. Os grupos HLS e HLS-Px apresentaram maiores concentraes plasmticas do colesterol total e LDL-C, porm o grupo HLS-Px apresentou maior concentrao plasmtica do HDL-C e reduo da concentrao de triglicerdeos. Os adipcitos do grupo HLS apresentaram maior dimetro quando comparado aos grupos controle e HLS-Px. A massa do pncreas foi menor no grupo HLS-Px e as ilhotas pancreticas apresentaram maior dimetro no grupo HLS, quando comparado ao grupo controle. A expresso de insulina, glucagon e GLUT-2 mostrou-se forte em todas as ilhotas pancreticas do grupo controle, mas o grupo HLS apresentou fraca expresso para o GLUT-2. Entretanto, HLS-Px apresentou maior expresso do GLUT-2. O tratamento com leo de peixe foi capaz de reduzir o ganho de massa corporal e a concentrao de triglicerdeos, assim como reduzir o acmulo de tecido adiposo,hipertrofia dos adipcitos, das ilhotas pancreticas, assim como prevenir a reduo do GLUT-2 em camundongos C57BL/6.