212 resultados para Rato como animal de laboratório Teses
Resumo:
A biota marinha est exposta a uma elevada quantidade de substncias txicas que podem causar graves problemas ao ambiente. As esponjas (Porifera) e os mexilhes (Mollusca) por serem ssseis e filtradores so utilizados como bioindicadores de poluio. A experimentao com aqurios permite a realizao de ensaios controlados, acompanhamento da resposta a diversos poluentes, concentraes e tempo de exposio. Os objetivos deste estudo foram: I). avaliar a imunocompetncia atravs da expresso de protenas do sistema imune Fator Inflamatrio de Enxerto AIF -1 e pP38 por teste de ELISA (do ingls, Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay) em esponjas expostas a poluentes, II) acompanhar a expresso das protenas AIF-1 e pP38 nas cinco espcies de esponjas marinhas: Aplysina fulva (Pallas, 1766), Chondrilla aff. nucula Schimidt, 1862, Dysidea robusta Vilanova e Muricy 2001, Polymastia janeirensis (Boury-Esnault, 1973) e Hymeniacidon heliophila (Parker, 1910) aps exposio a lipopolisacardeo (LPS) de E. Coli III) avaliar a expresso das protenas AIF-1 e pP38 nas espcies C. aff. nucula e P. janeirensis aps exposio a dodecil sulfato de sdio (SDS) IV) avaliar a mortalidade de mexilhes quando expostos ao dispersante Triton X-100 e esgoto domstico in natura. Os resultados indicam que as esponjas A. fulva, C. aff. nucula, D. robusta e P. janeirensis expostas a 20 μg/mL de LPS por 30 minutos, uma, trs, 24 e 48 horas apresentaram aumento de expresso da protena AIF-1 em relao ao controle, com diferentes tempos de resposta para cada espcie. A esponja H. heliophila exposta a 30 μg/mL de LPS apresentou diferena significativa na expresso de AIF-1 em relao ao controle na exposio por 30 min, uma, quatro, 24 e 48 horas. Contudo, no houve diferena significativa na expresso de outra protena, a quinase pP38, nesses ensaios. As esponjas C. aff. nucula e P. janeirensis foram expostas a 0,25 mg/L de dodecil sulfato de sdio (SDS) por 24 e 48 horas. C. aff. nucula apresentou aumento da expresso de AIF -1 quando comparada ao controle em 24 e 48 horas, mas para P. janeirensis no houve diferena significativa. Os mexilhes Perna perna foram expostos a poluentes de duas maneiras a detergente Triton X-100 0,10 g/L por trs, seis, 12 e 18 horas que induziu diferena significativa na mortalidade em seis, 12 e 18 horas em comparao com o controle e a a esgoto domstico in natura diludo na proporo de 1:50 no houve mortalidade no tratamento ou no controle. A variao da expresso da protena AIF-1 observada nas cinco espcies de esponjas marinhas confirma a utilizao dessa protena como eficiente biomarcador de estresse. Os mexilhes foram bons bioindicadores da poluio por detergente.
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O comportamento espacial dos indivduos um componente chave para se entender a dinmica de populao dos organismos e esclarecer o potencial de migrao e disperso das espcies. Vrios fatores afetam a atividade de locomoo de moluscos terrestres, como temperatura, luz, umidade, poca do ano, tamanho da concha, sexo, estratgia reprodutiva, idade, densidade de coespecficos e disponibilidade de alimento. Um dos mtodos usados para estudar deslocamento de gastrpodes terrestres o de marcao-recaptura. Gastrpodes terrestres se prestam a este tipo de estudo por causa de (1) seu reduzido tamanho, (2) fcil manejo, (3) fcil captura e (4) pequenas distncias de deslocamento e, consequentemente, reduzidas reas de vida. Estes organismos servem como modelo para o estudo de ecologia espacial e disperso. Estudos de populao, investigando o uso do espao, a distribuio espacial, a densidade populacional e a rea de vida so escassos para moluscos terrestres e ainda mais raros em reas naturais tropicais. Nosso objeto de estudo Hypselartemon contusulus (Frussac, 1827), um molusco terrestre carnvoro, da famlia Streptaxidae, muito abundante na serrapilheira, em trechos planos de mata secundria na Trilha da Parnaioca, Ilha Grande, Rio de Janeiro. A espcie endmica para o estado do Rio de Janeiro. Seu tamanho de at 7,2 mm de altura, apresentando 6 a 7 voltas. Neste trabalho estudamos as variveis temperatura ambiente, temperatura do solo, umidade do ar, luminosidade, profundidade do folhio, tamanho do animal, densidade de co-especficos e densidade de presas, relacionando estes dados ecolgicos ao deslocamento observado em Hypselartemon contusulus. Uma das hipteses de trabalho que estas variveis afetam seu deslocamento. O trabalho foi realizado na Ilha Grande, situada ao sul do Estado do Rio de Janeiro, no municpio de Angra dos Reis. Os animais foram capturados e marcados com um cdigo individual pintado na concha com corretor ortogrfico lquido e caneta nanquim. As distncias de deslocamento, em cm, foram registradas medindo-se as distncias entre marcadores subsequentes. Os resultados encontrados indicam que o mtodo utilizado eficaz para marcar individualmente Hypselartemon contusulus em estudos de mdio prazo (at nove meses). Sugerimos o uso deste mtodo de marcao para estudos com gastrpodes terrestres ameaados de extino, como algumas espcies das famlias Bulimulidae, Megalobulimidae, Streptaxidae e Strophocheilidae. Hypselartemon contusulus no mantm uma distncia mnima de seus vizinhos, ativo ao longo de todo o ano e ao longo do dia, demonstrando atividade de locomoo e predao. No foram encontrados animais abrigados sob pedra ou madeira morta. No foram observados locais de atividade em oposio a lugares de repouso/abrigo. Beckianum beckianum (Pfeiffer, 1846) foi a presa preferencial. A densidade populacional variou de 0,57 a 1,2 indivduos/m2 entre as campanhas de coleta. A espcie desloca-se, em mdia, 26,57 17,07 cm/24h, na Trilha da Parnaioca, Ilha Grande. A rea de vida de H. contusulus pequena, sendo de, no mximo, 0,48 m2 em trs dias e 3,64 m2 em 79 dias. O deslocamento da espcie variou ao longo do ano, mas esta variao no afetada pelas variveis ecolgicas estudadas. Este , portanto, um comportamento plstico em H. contusulus e, provavelmente, controlado por fatores endgenos.
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Para analisar cepas de Salmonella ser. Typhimurium isoladas de processos entricos e extraintestinais humanos ocorridos no perodo de 1970 a 2008 de diferentes regies do pas foram selecionadas, com base nos registros contidos no banco de dados do Laboratório de Enterobactrias do IOC/FIOCRUZ, RJ, amostras do fagotipo prevalente 193, visando precipuamente o reconhecimento de clones epidmicos. Foram selecionadas 553 cepas de Salmonella ser. Typhimurium fagotipo 193 representadas por 91, 65, 70 e 327 amostras referentes as dcadas de 70, 80, 90 e ao perodo de 2000 a 2008, respectivamente. Na anlise global da sensibilidade destas cepas, 52% apresentaram um ou mais marcadores de resistncia a antibiticos includos no perfil ACSSuT. Este perfil de resistncia completo foi verificado em 20,9% dos isolados, sendo os 21,9% restantes, sensveis a todas as drogas testadas, especialmente no perodo de 2000 a 2008, representadas por 121 amostras (37,0%) em relao as 327 culturas dessa poca. O maior percentual de resistncia foi observado nas amostras da dcada de 70 (99%) sendo o perfil ACSSuT detectado em 35,2% dos isolados, ressaltando-se que todas as amostras foram isoladas de processos gastroentricos ocorridos na cidade de So Paulo. Ao longo das quatro dcadas de estudo, descreve-se um ponto de ruptura entre a prevalncia de resistncia e a suscetibilidade na transio entre as dcadas de 80 e 90. Embora o nmero de isolados de Salmonella ser. Typhimurium fagotipo 193 tenha aumentado no ltimo perodo considerado, o percentual de mono e multirresistncia aos antimicrobianos se situou em nvel elevado (63,0%). A anlise do polimorfismo obtido aps macrorrestrio com a enzima XbaI revelou que cepas isoladas na dcada de 90 apresentaram elevado percentual de similaridade (≥85%) com cepas isoladas recentemente (perodo de 2000-2008), sendo agrupadas nos mesmos subclusters. Por outro lado, as cepas da dcada de 70 inserem-se em subclusters independentes, embora o percentual de similaridade entre tais subclusters e os demais seja ≥70%; o mesmo sendo observado para as cepas isoladas durante a dcada de 80. Em concluso, este estudo mostrou que a prevalncia de isolados humanos de Salmonella ser. Typhimurium fagotipo 193 no Brasil vem progredindo desde a dcada de 1990, enquanto a deteco do modelo R (ACSSuT) est diminuindo e a avaliao atravs da PFGE indicou a presena de multiplicidade de perfis de macrorrestrio no fagotipo 193, entretanto com elevados percentuais de similaridade entre si, sugerindo alguma clonalidade, tendo em vista o perodo entre o isolamento e a anlise
Resumo:
Estudos em animais e humanos sugerem que nveis adequados de testosterona so necessrios para preservar a integridade do tecido eretor peniano. Nenhum estudo prvio confirmou se as mudanas estruturais so reversveis aps longo perodo de deprivao hormonal. Foi proposto a avaliao, atravs de mtodos quantitativos, as alteraes estruturais no corpo cavernoso de ratos submetidos castrao cirrgica; bem como o papel da reposio hormonal tardia na reverso das possveis alteraes estruturais. Foram usados 25 ratos Sprague-Dawley machos com aproximadamente 12 semanas de idade. Os animais foram divididos em 5 grupos compostos por 5 animais em cada grupo e tratados da seguinte forma: ORQ1 = Grupo submetido orquiectomia e sacrificado aps 1 ms. C1- Grupo controle morto aps 1 ms. ORQ2 - Grupo orquiectomizado e morto aps 2 meses. C2 - Grupo controle morto aps 2 meses. T Grupo orquiectomizado que recebeu, aps 1 ms, suplementao com undecanoato de testosterona na dose de 100mg/ Kg subcutneo. Aps 1 ms de reposio hormonal os animais foram mortos.No Resultado Houve uma reduo significativa no valor absoluto do colgeno, msculo liso, espao sinusoidal e rea total do corpo cavernoso aps 2 meses no grupo castrado, quando comparado ao controle. Em termos gerais a densidade no apresentou nenhuma diferena significativa entre os grupos. A reposio hormonal com testosterona foi capaz de reverter as alteraes observadas, demonstrando um aumento dos elementos estudados. A metodologia utilizada permitiu mostrar que valores absolutos demonstram melhor o que de fato ocorre com os elementos observados, eliminando um veis de anlise, quando se consideram os valores relativos. Esses resultados sugerem que a reposio, mesmo quando realizada tardiamente, foi eficaz na reversibilidade das alteraes geradas pela castrao
Resumo:
A obesidade uma doena crnica, resultante do excesso de gordura no organismo. O aumento da obesidade no mundo, tem se revelado como um dos fenmenos clnicos e epidemiolgicos da atualidade. Estudos populacionais e em modelos animais demonstram que a origem da epidemia da obesidade est relacionada a fatores genticos, modificaes de hbitos nutricionais, reduo da atividade fsica, e alteraes nutricionais durante a lactao, desempenhando um papel relevante no desenvolvimento da obesidade, DM2 e cardiomiopatias. As mitocndrias so os coordenadores centrais do metabolismo energtico, assim, alteraes funcionais e estruturais dessa organela tm sido associadas desordens metablicas. Elas exercem um papel na sobrevivncia e funo dos cardiomicitos devido alta demanda energtica do miocrdio. Desta forma, disfunes mitocondriais esto relacionadas com disfunes no miocrdio e conseqente progresso de cardiomiopatias. Neste estudo, avaliamos a bioenergtica e a ultraestrutura de cardiomicitos de camundongos obesos e controle hiperalimentados durante a lactao. O consumo de oxignio das fibras cardacas foi avaliado por respirometria de alta-resoluo, utilizando um oxgrafo-2K-Oroboros. A ultraestrutura dos cardiomicitos foi analisada por microscopia eletrnica de transmisso e o contedo das protenas Carnitina palmitoil transferase 1 (CPT1), Protena desacopladora 2 (UCP2) , Transportador de glicose 1 e 4 (GLUT1) e (GLUT4), Protena Kinase ativada por AMP (AMPK) e Protena kinase ativada por AMP fosforilada p(AMPK) por Western blotting (WB). Alm disso, o peso dos animais, a gordura retroperitoneal, epididimal e a glicemia em jejum foram determinadas. Nossos resultados confirmaram que os animais do grupo hiperalimentados (GH), aos 90 dias de vida, apresentaram aumento da massa corporal, de gordura epididimria e retroperitoneal comparado ao grupo controle (GC). As taxas respiratrias foram semelhantes nos dois grupos quando foram utilizados os substratos dos complexos I e II. Entretanto, quando o cido graxo palmitoil-L-carnitina foi utilizado, a taxa respiratria mxima do GH foi significativamente menor. A anlise ultraestrutural dos cardiomicitos do GH demonstrou intenso dano na matriz mitocondrial e maior presena de gotculas de lipdios, caracterizando deposio ectpica. Os resultados do WB mostraram aumento significativo do contedo de CPT1 e UCP2 no GH comparado ao GC. No foram encontradas diferenas significativas no contedo de GLUT1 entre os grupos, entretanto, observamos maior contedo do GLUT4 no GH. Alm disso, encontramos maior contedo de AMPK no GH, ao passo que o contedo de pAMPK foi semelhante entre os grupos. Entretanto, a razo pAMPK/AMPK significativamente menor no GH. Esses resultados sugerem que a hiperalimentao durante a lactao leva a obesidade na vida adulta com alteraes na bioenergtica e ultraestrutura dos cardiomicitos.
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Na dcada de 90 com o aumento da capacidade de processamento e memria dos computadores, surgiu a fotogrametria digital, que tem como objetivo principal o mapeamento automtico das feies naturais e artificiais do terreno, utilizando a imagem fotogramtrica digital como fonte primria de dados. As solues fotogramtricas se tornaram mais compactas e versteis. A estao fotogramtrica digital educacional E-FOTO um projeto multidisciplinar, em desenvolvimento no laboratório de Fotogrametria Digital da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que se baseia em dois pilares: autoaprendizado e gratuidade. Este trabalho tem o objetivo geral de avaliar a qualidade das medies fotogramtricas utilizando a verso integrada 1.0β do E-FOTO. Para isso foram utilizados dois blocos de fotografias de regies distintas do planeta: um bloco de fotografias (2005) do municpio de Seropdica-RJ e um bloco de fotografias antigas (1953) da regio de Santiago de Compostela, na Espanha. Os resultados obtidos com o E-FOTO foram comparados com os resultados do software comercial de fotogrametria digital Leica Photogrammetry Suite (LPS 2010) e com as coordenadas no espao-objeto de pontos medidos com posicionamento global por satlite (verdade de campo). Sendo possvel avaliar as metodologias dos softwares na obteno dos parmetros das orientaes interior e exterior e na determinao da exatido das coordenadas no espao-objeto dos pontos de verificao obtidas no mdulo estereoplotter verso 1.64 do E-FOTO. Os resultados obtidos com a verso integrada 1.0β do E-FOTO na determinao dos parmetros das orientaes interior e exterior e no clculo das coordenadas dos pontos de verificao, sem a incluso dos parmetros adicionais e a autocalibrao so compatveis com o processamento realizado com o software LPS. As diferenas dos parmetros X0 e Y0 obtidos na orientao exterior com o E-FOTO, quando comparados com os obtidos com o LPS, incluindo os parmetros adicionais e a autocalibrao da cmara fotogramtrica, no so significativas. Em funo da qualidade dos resultados obtidos e de acordo com o Padro de Exatido Cartogrfica, seria possvel obter um documento cartogrfico Classe A em relao planimetria e Classe B em relao altimetria na escala 1/10.000, com o projeto Rural e Classe A em relao planimetria e Classe C em relao altimetria na escala 1/25.000, com o Projeto Santiago de Compostela. As coordenadas tridimensionais (E, N e H) dos pontos de verificao obtidas fotogrametricamente no mdulo estereoplotter verso 1.64 do E-FOTO, podem ser consideradas equivalentes as medidas com tecnologia de posicionamento por satlites.
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Alguns cientistas ambientais prevem que a poluio dos solos ser um dos maiores legados com grandes impactos para as geraes futuras, pois atualmente ainda existe desconhecimento das fontes poluidoras e da sua extenso. O Brasil, devido a sua extenso territorial, suas bacias hidrogrficas, nmero de postos de abastecimentos e controles ambientais ainda ineficazes, est muito exposto a esse tipo de poluio. Atualmente, h no Brasil mais de 34.300 postos de combustveis, com volume de 65.000.000 m3 de gasolina e diesel consumidos anualmente, conforme dados da Agncia Nacional do Petrleo Gs Natural e Biocombustveis , ANP, em 2008. Sendo assim, a exposio e contaminao dos solos e dos lenis freticos com constituintes aromticos do diesel e gasolina torna-se um srio problema ambiental. Dentro deste grupo, encontram-se o benzeno, tolueno, xileno, conhecido como BTEX e os hidrocarbonetos policclicos aromticos, conhecido como PAH. Este trabalho tem como objetivo estudar a remediao in-situ de um posto de combustveis na regio do ABC Paulista, no Estado de So Paulo. Aplicando-se a tcnica de Processo Oxidativo Avanado via reagente de Fenton (H2O2 + Fe2+ → Fe3+ + OH- + OH . ), o radical hidroxila gerado mineraliza compostos aromticos, decompondo-os definitivamente. Amostras de gua do posto em estudo apresentavam elevados teores de BTEX e PAH, 2,58 mg.L-1 e 0,298 mg.L-1 respectivamente, estando em nveis no tolerados pelo rgo ambiental paulista CETESB sendo necessria a interveno para tratamento da rea. Com os nveis de poluentes e o perfil hidrogeolgico identificados, a remediao foi iniciada com injees no solo de perxido de hidrognio a 8%v.v, FeSO4 a 0,40 mg.L-1 e soluo base de NPK (nitrognio, fsforo e nitrognio) a 100 mg.L-1 como nutrientes para os microorganismos do solo. Estes valores so provenientes de experimentos anteriores e tratamentos j realizados. Foram conduzidas campanhas de injeo trimestrais com 100 litros desta soluo completa como reagente , e medies trimestrais de BTEX, PAH e outros parmetros de controle, que foram indicando o sucesso do tratamento. Aps 18 meses o local foi considerado tratado pelo rgo ambiental, onde monitoramentos semestrais esto em continuidade para garantir o resultado do tratamento e das aes corretivas. Assim, o estudo real da remediao de solos contaminados com os poluentes orgnicos via processo de Fenton, com concentrao de H2O2 a 8%v/v, e FeSO4 a 0,40 mg.L-1 demonstrou-se uma tcnica de sucesso. O entendimento dos resultados da remediao, mesmo sujeitos aos fenmenos naturais, como intempries e chuvas, uma experincia grande, pois por mais reais que simulaes em laboratório possam ser, muito difcil incluir nestes sistemas, as variaes que um tratamento real est exposto
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A relao entre bacterifagos e virulncia bacteriana um modelo muito intrigante e pouco estudado na patognese periodontal, uma vez que um patgeno periodontal pode ser lisognico. O objetivo do nosso estudo determinar a capacidade de fibroblastos gengivais humanos de induzir as cepas lisognicas de Aggregatibacter actinomycetemcomitans. Dois experimentos foram realizados seguidos da titulao de fago. Os experimentos consistiram da co-cultura com fibroblastos gengivais humanos e trs cepas de Aa [Aa29524, Aa2112, Aa29524(2112)], no lisognica, lisognica e lisognica induzida em laboratório, respectivamente. Em trs momentos distintos (no experimento 1: 0, 2 e 4 horas; e no experimento 2: 2, 4 e 6 horas), o sobrenadante da co-cultura foi filtrado e cultivado overnight com a bactria indicadora (Aa29524) e analisado para a capacidade de lisar a clula indicadora. Em ambos os experimentos, o sobrenadante da co-cultura de fibroblastos gengivais humanos com Aa lisognico e Aa lisognico induzido em laboratório, ao ser cultivado com a bactria indicadora, promoveu lise da mesma, resultando no aumento da produo de fago. Pode-se concluir que, nesse estudo os fibroblastos gengivais humanos foram capazes de induzir cepas lisognicas de Aggregatibacter actinomycetemcomitans.
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Neisseria meningitidis uma das principais causas de meningite bacteriana e septicemia em todo o mundo, acometendo principalmente crianas menores de 4 anos. Atualmente, no existe uma vacina universal contra o meningococo B (MenB). A imunidade protetora contra o meningococo caracteriza-se pela presena e persistncia de anticorpos bactericidas, porm pouco se sabe sobre os mecanismos de desenvolvimento desta memria sorolgica. Avaliamos em modelo animal e em humanos, a gerao e manuteno das clulas secretoras de anticorpos (ASC) e dos linfcitos B de memria (LBm) aps vacinao contra MenB. Utilizamos como referncia a vacina diftrica (dT ou DTP), considerada ter tima eficcia em humanos. Para o estudo em modelo animal, grupos de 6 a 8 camundongos suos, fmeas, de 5 a 6 semanas, foram imunizados com 3 doses da vacina VA-MENGOC-BC ou DTP, via intramuscular, com intervalo de 2 semanas entre as doses. Aproximadamente 2, 4 ou 6 meses aps a ltima dose, os animais receberam a dose reforo. A vacina anti-MenB induziu uma resposta primria de ASC maior que a resposta dose reforo. Ao contrrio, a resposta de ASC vacina dT foi maior aps o booster. A resposta de LBm anti-MenB permaneceu constante (mdia de 1%) ao longo de todo o estudo, mas a resposta ao toxide diftrico (TD) foi maior aps o booster (mdia de 1,9%) que aps a imunizao primria. A concentrao de IgG, anticorpos bactericidas e opsonizantes contra MenB foi dose-dependente e foi reativada aps a administrao das doses reforos. Esses resultados sugerem que os LBm presentes no bao foram responsveis pela forte resposta de anticorpos observada aps a dose reforo. Para o TD, ambos ASC e LBm foram importantes na manuteno da memria sorolgica. Para o estudo em humanos, seis voluntrios foram imunizados com 3 doses da vacina VA-MENGOC-BC, via intramuscular, com intervalo de 6 a 7 semanas entre as doses. Seis meses aps a imunizao primria, os indivduos receberam uma dose reforo. Outro grupo de voluntrios (n = 5) foi imunizado com uma dose reforo da vacina dT. Somente aps a terceira dose da vacina anti-MenB foi possvel detectar a presena de LBm em todos os indivduos. Seis meses aps a imunizao primria, a frequncia de LBm voltou ao seu nvel basal e no foi reativada aps a dose booster. A vacina dT tambm induziu uma resposta de LBm heterognea, mas esta foi 5 vezes maior que a induzida por VA-MENGOC-BC. A resposta de anticorpos funcionais anti-MenB foi de curta durao com pequena reativao aps a dose reforo. As duas vacinas induziram diferentes frequncias de LT de memria central (TCM) e de memria efetora (TEM) aps a vacinao primria e aps o booster. A resposta dose booster foi caracterizada pelo aumento da populao de linfcitos TCM e diminuio de TEM. A populao de linfcitos TCM apresentou maior ativao (CD69+) que os linfcitos TEM, especialmente aps a vacinao contra MenB. Concluindo, os dados desta tese indicam que a administrao de 3 doses da vacina VA-MENGOC-BC teve uma eficincia limitada em humanos e sugerem que a baixa eficcia da vacina, quando utilizada na dcada de 90 em So Paulo e no Rio de Janeiro, pode estar relacionada deficincia na gerao e manuteno de LBm especficos.
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A microtomografia computadorizada (uCT) uma tcnica de ensaio no destrutivo, frequentemente utilizada no estudo da estrutura interna de ossos, com uma resoluo espacial da ordem de mcrons. Neste trabalho, seis pares de amostras sseas (fmur de rato) foram estudados atravs da uCT. Os ensaios foram conduzidos na presena ou no de filtros de alumnio (espessura de 0,25; 0,50 e 0,75 mm), utilizando-se trs nveis de resoluo (33,3; 15,0 e 9,5 um). Os parmetros de arquitetura ssea BS (rea ssea da amostra), BV (volume sseo da amostra), TS (rea superficial da amostra), TV (volume da amostra), BV/TV (razo entre o volume sseo e o volume da amostra), BS/BV (razo entre a rea ssea da amostra e o volume sseo da amostra), Tb.N (densidade trabecular), Tb.Th (espaamento entre as trabculas), Tb.Sp (separao trabecular), conectividade e anisotropia foram determinados atravs das anlises em duas (2D) e/ou trs (3D) dimenses. A comparao entre os valores dos parmetros obtidos atravs dessas anlises foi realizada atravs do teste t pareado e da correlao de Pearson. Com base nos resultados, foi possvel determinar a influncia da resoluo da imagem na qualidade dos parmetros da arquitetura ssea obtidos atravs das anlises 2D e/ou 3D. Os dados mostram que a presena de filtro de alumnio tambm afeta a qualidade desses parmetros. Assim, os melhores resultados so obtidos com resoluo mxima e filtro de alumnio com espessura de 0,25 ou 0,50 mm.
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O Trypanosoma cruzi o agente etiolgico da doena de Chagas, transmitida atravs de insetos vetores triatomneos durante a alimentao no hospedeiro vertebrado. Os triatomneos ingerem numa nica alimentao cerca de 10 mM de heme ligado hemoglobina. O heme uma importante molcula no metabolismo dos organismos. Um mecanismo intracelular importante no controle de sua homeostase a degradao enzimtica pela Heme Oxigenase (HO) formando biliverdina (Bv), monxido de carbono e ferro. Como esta enzima no est presente no genoma de T. cruzi, esse trabalho tem por objetivo identificar uma atividade funcional de HO neste parasito, uma vez que dados do nosso laboratório mostram a presena de biliverdina nas incubaes dessas clulas com heme. No presente trabalho testamos o efeito do SnPPIX (inibidor da HO-1), CoPPIX (indutor da HO-1) e Bv sobre a proliferao da forma epimastigota do parasito. A adio de SnPPIX diminuiu a proliferao do parasito na tanto na ausncia quanto na presena de heme. Quando a Bv foi adicionada cultura esse efeito foi revertido; a Bv aumenta a proliferao celular na presena de heme. Por outro lado, a adio de CoPPIX no interferiu na proliferao. Posteriormente, mostramos atravs da tcnica de immunoblotting, utilizando anticorpo monoclonal contra a HO-1, um aumento da expresso de uma protena em resposta ao heme. Diferentemente das HO-1 j descritas que possuem massa molecular de 32 kDa, a nica banda reconhecida pelo anticorpo apresenta 45 kDa. Analisamos tambm a expresso da HO-1 na presena de CoPPIX, SnPPIX e biliverdina, e somente o CoPPIX foi capaz de modular os nveis de expresso da HO-1. A anlise estrutural atravs da tcnica de imunocitoqumica mostrou uma maior expresso da enzima na presena de heme, e que a HO-1 de T. cruzi pode ter mais de uma localizao, apresentando marcao citoplasmtica e glicossomal. A fim de investigar a sequncia da HO-1 de T. cruzi, o DNA genmico foi extrado para amplificao por PCR do gene da HO-1 utilizando oligonucleotdeos desenhados no genoma de T. cruzi. Os dois pares de oligonucleotdeos utilizados nao foram capazes de amplificar uma sequncia equivalente a uma HO. Em seguida, utilizamos a tcnica de imunoprecipitao, seguida de immunoblotting, com anticorpo anti-HO-1, com objetivo de concentrar a protena alvo, e observamos um aumento significativo do imunocomplexo nas clulas tratadas com heme 300 mM, cerca de 2 vezes em relao ao controle. Dando seguimento tentativa de identificao da HO-1 de T. cruzi, utilizamos a tcnica de espectrometria de massa a partir de eletroforese unidimensional, que mostrou uma grande alterao do perfil protico na presena de heme, mas futuros experimentos so necessrios, como eletroforese 2D, para a identificao da protena alvo
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ExoU, uma citotoxina produzida pelo patgeno oportunista Pseudomonas aeruginosa e translocada para o citossol de clulas hospedeiras via sistema de secreo do tipo III, associada gravidade de infeces agudas. Estudos anteriores realizados em nosso laboratório relataram a potente atividade pr-inflamatria de ExoU, responsvel por um intenso recrutamento de neutrfilos para o stio de infeco. No presente trabalho, o efeito de ExoU na modulao da ativao do fator transcricional NF-κB e na regulao da expresso e da secreo da quimiocina para neutrfilos IL-8 foi avaliado em culturas de clulas epiteliais respiratrias e endoteliais humanas infectadas com a cepa PA103 de P. aeruginosa (produtora de ExoU) ou com a mutante deletada no gene exoU, PA103κexoU. Anlises por RT-PCR semi-quantitativo mostraram que a infeco pela cepa produtora de ExoU levou ao aumento dos nveis de mRNA de IL-8, enquanto ensaios de alterao da mobilidade eletrofortica (EMSA), supershift e com gene reprter mostraram que ExoU induziu a translocao nuclear do heterodmero transativador p65/p50 de NF-κB e a ativao da transcrio de genes dependente deste fator transcricional. Adicionalmente, o tratamento das culturas celulares com um inibidor de NF-κB antes da infeco bacteriana reduziu significativamente os nveis de mRNA de IL-8 e da secreo desta quimiocina. Em conjunto, estes resultados mostram que ExoU ativa NF-κB e, consequentemente, estimula a expresso e a secreo de IL-8 por clulas epiteliais respiratrias e clulas endoteliais infectadas com P. aeruginosa
Resumo:
Em roedores, as vibrissas so detectores tteis que desempenham papel importante na explorao espacial do ambiente e na discriminao de texturas. No crtex somatosensorial, os campos receptivos de cada uma das vibrissas esto organizados no hemisfrio contralateral em colunas discretas denominadas barris. A leso unilateral dos barris produz um comportamento assimtrico caracterizado pela reduo no uso da vibrissa contralateral leso na explorao do ambiente, assimetria esta que diminui progressivamente na medida em que os animais so repetidamente testados. Em ratos, este comportamento, normalmente medido pelo nmero de vezes que os animais encostam as vibrissas na parede de um campo aberto, tem se mostrado uma ferramenta importante em estudos de plasticidade e recuperao funcional aps leses corticais. Contudo, em camundongos com leses unilaterais dos barris, o registro dos toques das vibrissas na parede tem levado a resultados contraditrios. Esse trabalho tem por objetivo principal o estabelecimento de um modelo comportamental para avaliao da recuperao funcional aps leses unilaterais dos barris do crtex somatosensorial em camundongos. Para tanto, o sentido dos deslocamentos realizados prximos s quinas do campo aberto foi registrado em camundongos Suos machos submetidos crioleso unilateral dos barris foi avaliado em trs estudos independentes. No primeiro estudo, demonstramos que no grupo Criolesado houve um predomnio dos deslocamentos em sentido contralateral na primeira vez em que foram testados no campo aberto e este resultado foi independente do fato de na primeira sesso ter sido realizada um ou nove dias aps a cirurgia. Alm disso, demonstramos que o predomnio de deslocamentos em sentido contralateral foi diminuindo na medida em que os animais eram repetidamente testados no campo aberto. No segundo estudo, demonstramos que os animais do grupo Criolesado que foram previamente submetidos a cinco sesses experimentais no campo aberto no apresentaram, aps a cirurgia, diferenas entre os deslocamentos realizados em sentido ipsolateral e contralateral leso. J no terceiro estudo, demonstramos que os animais do grupo Criolesado que no foram previamente testados no campo aberto apresentam um predomnio de deslocamentos em sentido contralateral, mesmo quando o teste foi realizado 48 dias aps a leso unilateral dos barris. Nossos dados sugerem que o sentido dos deslocamentos prximo s quinas do campo aberto pode ser uma ferramenta importante para avaliar a recuperao das leses unilaterais nos barris do crtex somatosensorial. Alm disso, para avaliar a recuperao funcional aps a leso unilateral dos barris do crtex somatossensorial, sem o vis da habituao situao do teste, os animais devem ser testados apenas uma vez
Resumo:
cidos graxos so molculas bioativas endgenas e exgenas, que podem ser potentes mediadores e/ou reguladores de muitos processos celulares, no entanto, os seus efeitos no reparo de leses cutneas no esto bem esclarecidos. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da suplementao com diferentes leos comestveis na cicatrizao de leses cutneas. Para isso, ratos Wistar machos (6-8 semanas/ 150200g) foram separados em quatro grupos: Um grupo controle (n=7) e trs grupos experimentais (n=21). Trinta dias antes de realizarmos a leso no dorso de cada animal, demos incio a suplementao diria pelo mtodo de gavagem com 1,5ml/kg de leo de girassol, linhaa ou peixe e esta se manteve at o dia da eutansia (d14). Em d0 uma leso excional (1cm) foi realizada na parte dorsal de cada animal. A contrao da leso e re-epitelizao foram medidas em d0, d7 e d14. Ao sacrificarmos os animais a leso foi coletada juntamente com pele normal adjacente. O fechamento da leso foi significativamente maior no grupo de controle (rea lesada 582%) em d7, quando comparado com os outros grupos (grupo girassol 682%, linhaa 772% e peixe 732%) com p<0,05, para todos. Em d14 observamos menor rea lesada no grupo controle (rea lesada 211%) em relao aos grupos suplementados com leo de linhaa e peixe (rea lesada dos grupos linhaa 271% e peixe 271%), com p<0,05 para ambos os grupos. No observamos diferena no fechamento da leso quando comparamos os grupos controle (rea lesada 211%) e girassol (rea lesada 251%). Em relao ao infiltrado inflamatrio observamos uma quantidade moderada nos grupos controle, linhaa e peixe, enquanto que no grupo girassol foram encontradas poucas clulas inflamatrias. Grande nmero de miofibroblastos foi observado nos grupos controle e girassol na regio superficial do tecido de granulao. Entretanto, nos grupos linhaa e peixe observamos poucos miofibroblastos e muitos vasos sanguneos dilatados. Os grupos controle e girassol apresentaram vasos sanguneos ocludos e concentrados na regio profunda do tecido de granulao. Os grupos controle e girassol apresentaram densidade moderada de fibras colgenas na regio profunda do tecido de granulao. Esse resultado foi confirmado atravs da dosagem de hidroxiprolina. Os nveis de hidroxiprolina estavam menores nos grupos controle e girassol quando comparados com os grupos linhaa e peixe. A suplementao com diferentes tipos de leos comestveis retarda o processo de contrao da leso e afeta o infiltrado inflamatrio e a deposio de fibras colgenas
Resumo:
No Brasil, a Famlia Didelphidae composta por 54 espcies com ampla distribuio por diferentes habitats e um padro de consumo alimentar que pode variar desde espcies mais frugvoras at as mais insetvoras/carnvoras. O objetivo deste estudo foi avaliar a relao entre a dieta de sete espcies de didelfdeos (Caluromys philander, Didelphis albiventris, Gracilinanus agilis, G. microtarsus, Marmosa (Micoureus) paraguayana, Marmosops incanus e Metachirus nudicaudatus) e a seleo de recursos alimentares (artrpodes e frutos) disponveis. O estudo foi realizado entre novembro de 2009 e outubro de 2011, em uma rea de mata ciliar de cerrado no Parque Estadual do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil. Artrpodes, frutos, flores e vertebrados foram consumidos em diferentes propores pelas espcies estudadas. Flores e vertebrados foram consumidos preferencialmente na estao seca e a diversidade da dieta de todas as espcies foi maior durante a estao chuvosa. Nem todos os recursos (artrpodes e frutos) foram consumidos de acordo com sua disponibilidade na rea de estudo. Apesar de abundante, Hymenoptera (Formicidade) foi rejeitado por todas as espcies, sendo consumido abaixo de sua disponibilidade local. Os didelfdeos selecionaram frutos de Melastomataceae (Clidemia urceolata e Miconia spp.) e rejeitaram frutos de Rubiaceae, um recurso altamente abundante na rea de estudo. Os resultados sugerem que o frequente consumo de um item alimentar pode estar associado tanto com a preferncia (seleo) por parte do consumidor, bem como com a disponibilidade local do recurso. A maior parte das sementes, que permaneceram intactas aps passagem pelo trato digestrio dos animais, no apresentou diferenas significativas em suas taxas de germinao quando comparadas com as sementes do grupo controle e o tempo mdio de dormncia das sementes consumidas pelos marsupiais variou entre 30 (Cipocereus minensis) e 175 dias (Cordiera sessilis). Gracilinanus agilis e G. microtarsus, que ocorrem em simpatria na rea de estudo, apesar de apresentarem uma alta sobreposio de nicho apresentaram diferenas no uso do habitat e na diversidade da dieta.