159 resultados para Língua portuguesa Correção de textos
Resumo:
A presente pesquisa objetiva investigar em que contextos ocorrem a troca do ponto pela vrgula e da vrgula pelo ponto em redaes de vestibular. Este estudo foi buscar seu referencial terico-metodolgico numa teoria gramatical cientificamente fundamentada, bem como na Lingustica do Texto, Anlise do Discurso e Estilstica. As perspectivas em relao linguagem advindas do movimento terico no interior da lingustica tiveram consequncias diretas na questo do ensino, motivando a construo deste estudo. Para fins de anlise, serviram como corpus duzentas redaes do vestibular da UERJ 2007/2008, alm de alguns poucos textos de alunos de primeiro perodo de uma instituio de ensino particular em que a autora trabalha que mostraram-se interessantes para a anlise. A pesquisa evidenciou que a troca da vrgula pelo ponto, de maneira geral, acarretou erro, possibilitando a formulao de regras; e a do ponto pela vrgula concentrou-se na esfera do estilisticamente desejvel, favorecendo a formulao de conselhos. Os dados da anlise serviram como referente bsico para sugestes metodolgicas com ressonncia prtica para os docentes em sala de aula
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A tese analisa redaes produzidas por candidatos ao vestibular de 2008 da UERJ, nas quais so investigados aspectos concernentes superestrutura do gnero dissertao de vestibular e s categorias do modo argumentativo de organizao do texto, a saber: a tomada de posio, a presena de argumentos orientados para a tese do argumentador, a presena de contra-argumentos e as estratgias argumentativas que se destacam. Busca-se entender a relao entre as falhas redacionais e o ensino desse modo argumentativo do texto, apontando-se os estudos recentes em teoria da argumentao, semntica argumentativa, lingustica textual e anlise do discurso, que podem oferecer subsdios ao ensino da argumentao escrita, sobretudo os de Oliveira (2010), Charaudeau (2008) e Bernardo (2007 e 2010). Este trabalho interessa-se particularmente pelas contribuies passveis de aplicao no ensino de redao em nvel mdio. Tanto os aspectos textuais, quanto os situacionais so analisados com vistas a que as concluses advindas de tal anlise possam convergir para contribuies ao ensino de produo de textos, o que se materializa no captulo em que se apresentam sugestes de atividades
Resumo:
O objetivo desse trabalho compreender como o design utilizado no espao expositivo para construir contexto, contedo e linguagem. Entender quais estratgias so usadas para projetar ambientes atraentes visitao em vista a proporcionar experincias coletivas e individuais, contemplativas, espaciais (imersivas), sensoriais e interativas. Para tal analisamos a mudana do papel dos museus ao longo do tempo e montamos um panorama das instituies museolgicas no Brasil nas ltimas dcadas. Selecionamos padres de exibio institudos historicamente em termos mundiais, j que o Brasil sofreu enorme influncia cultural da Europa e dos Estados Unidos. Estabelecemos uma base de conceitos que envolvem a linguagem do projeto de exposies e museus temticos, considerando aspectos como formas de aprendizagem do pblico, comportamento deste em relao ao objeto exposto, produo de contedo, produo de sentido, escolha de linguagem, intencionalidade, construo de experincia, mediao e interface. Analisamos como estudo de caso, o projeto de dois museus temticos contemporneos, o Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol, com a inteno de construir uma crtica ao projeto espacial-visual, entendendo as relaes estabelecidas entre os objetos (previamente existentes ou projetados produtos, textos, imagens, vdeos), a forma como eles so expostos e as caractersticas do local escolhido para abrigar a exposio.
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O objetivo desse trabalho compreender como o design utilizado no espao expositivo para construir contexto, contedo e linguagem. Entender quais estratgias so usadas para projetar ambientes atraentes visitao em vista a proporcionar experincias coletivas e individuais, contemplativas, espaciais (imersivas), sensoriais e interativas. Para tal analisamos a mudana do papel dos museus ao longo do tempo e montamos um panorama das instituies museolgicas no Brasil nas ltimas dcadas. Selecionamos padres de exibio institudos historicamente em termos mundiais, j que o Brasil sofreu enorme influncia cultural da Europa e dos Estados Unidos. Estabelecemos uma base de conceitos que envolvem a linguagem do projeto de exposies e museus temticos, considerando aspectos como formas de aprendizagem do pblico, comportamento deste em relao ao objeto exposto, produo de contedo, produo de sentido, escolha de linguagem, intencionalidade, construo de experincia, mediao e interface. Analisamos como estudo de caso, o projeto de dois museus temticos contemporneos, o Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol, com a inteno de construir uma crtica ao projeto espacial-visual, entendendo as relaes estabelecidas entre os objetos (previamente existentes ou projetados produtos, textos, imagens, vdeos), a forma como eles so expostos e as caractersticas do local escolhido para abrigar a exposio.
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A fim de motivar alunos dos Ensinos Fundamental e Mdio a atentarem para o cunho expressivo dos fatos da língua e buscarem conhecer os grandes nomes da msica nacional, este trabalho objetivou um estudo estilstico dos recursos lingustico-expressivos de textos musicais de Luiz Gonzaga do Nascimento Jr. o Gonzaguinha. Destacou-se, primeiramente, o vis social da msica. Em seguida, pretendeu-se uma aproximao entre textos musicais e o conceito de poesia para, ento, tratar mais cuidadosamente do papel didtico da cano. Considerando a concepo de contracultura, defendida por Marilena Chau (1990) como o contexto histrico do momento das produes musicais, partiu-se para explanaes acerca da Estilstica: sua histria, seus mbitos, seu alcance e possibilidades. Por fim, adentrou-se nas relaes lingsticas a partir de canes de tom ora de protesto inconformado, ora nacionalista-apaixonado do artista mencionado. Desenvolveu-se, portanto, uma abordagem estilstica individual do autor a partir de apontamentos tericos sobre aspectos sonoros, lxico-semnticos, morfossintticos e enunciativos do processo discursivo expressivo. Com esse intento, elegeram-se composies que ilustraram as marcas lingsticas e seu entrelaamento com o plano do contedo
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Este trabalho pretende comparar o ensino da produo textual em livros didticos do portugus (LDP) e em apostilas escolares (AE), as quais hoje apontam para uma opo mercadolgica de mercantilizao do conhecimento escolar brasileiro. Como metodologia da pesquisa, optamos por um levantamento diacrnico sobre o ensino de Língua Portuguesa no Brasil, apresentando um histrico do LD como suporte de ensino e de aprendizagem da disciplina, para analisarmos os impactos das teorias lingusticas modernas, sobretudo, no que diz respeito aos gneros discursivos (cf. Bakhtin, 2003), e dos PCN/PCNEM no ensino da produo de textos em sala de aula. Em virtude das modificaes recentemente propostas pelo Exame Nacional de Ensino Mdio (ENEM) e dos seus impactos na abordagem escolar da Produo Textual (PT), delimitamos nossa anlise ao gnero dissertao escolar (DE), conhecido genericamente como redao escolar (RE), o mais cobrado em concursos e vestibulares brasileiros, traando um recorte desde o perodo ps-Ditadura at as recentes propostas semiticas de abordagem do gnero (BARTHES, 1975; SANTAELLA, 2009; SIMES, 2009). Nossa perspectiva , guisa das mudanas ideolgicas envolvidas na mudana de abordagem do ensino de RE para PT, apontar como LDP, tradicionalmente adotados em escolas pblicas, e AE, contemporaneamente preferidas por dirigentes de escolas particulares, comportam-se frente a quatro eixos fundamentais para a prtica docente do ensino da dissertao escolar: concepes tericas adotadas, metodologia do ensino de DE, fundamentao terico-metodolgica dos professores e propostas de avaliao. Feita a anlise contrastiva, o trabalho apontar aspectos divergentes e convergentes desse ensino, contextualizando o papel docente como mediador diante dos conflitos pedaggicos surgidos no decorrer da educao bsica
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O estudo ora desenvolvido parte do pressuposto segundo o qual o texto entendido como o lugar de constituio e de interao de sujeitos sociais, como um evento no qual convergem aes lingusticas, cognitivas e sociais, segundo uma concepo dialgica do texto (BAKHTIN, 1992). Nos dias atuais, os livros didticos continuam, em muitas das salas de aula brasileiras, a ditar os procedimentos de ensino (MESERANI, 2001 e MARCUSCHI apud DIONSIO; BEZERRA, 2005) e entende-se que a articulao das atividades de trabalho com textos, encontradas em tais materiais para o Ensino Fundamental (EF), a recursos como a intertextualidade e a interdiscursividade, importantes para a construo da textualidade e para a produo de sentidos, configura-se como um tema de pesquisa relevante. Assim, nessa investigao analisam-se a) as instrues metodolgicas presentes no Manual do Professor e b) as atividades de produo e recepo textual retiradas de duas colees de livro didtico de Ensino Fundamental (6 ao 9 anos). Tal investigao prioriza o aspecto qualitativo, a natureza analtico-descritiva e o carter interpretativista de pesquisa e visa a trazer novas referncias para pesquisas em Língua Portuguesa no nvel estudado, estabelecendo um dilogo com as prticas de ensino de leitura e escrita na escola, alm de permitir uma anlise crtica da forma como o livro didtico utilizado em sala. A anlise apoia-se, principalmente, na Semiolingustica, uma vertente da Anlise de Discurso Francesa (ADF), que constitui um olhar sobre o discurso, entendido como um processo interativo em uma determinada situao, resultante de um contrato (CHARAUDEAU, 2008) atribudo por um determinado grupo social, em uma dada situao sociointerativa. Considerando-se a anlise dos LDP, observa-se a pouca nfase que os autores do ao papel da intertextualidade como recurso coesivo, tendo em vista a coerncia textual, e como modo de manifestao da argumentatividade inerente a qualquer texto; da mesma forma, em relao interdiscursividade, ressalta-se a falta de meno aos pressupostos discursivos e aos outros ndices de polifonia, assim como ironia, nas atividades de leitura e de produo escrita
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A presente pesquisa pretende mostrar os desafios que os professores em geral e, em especial, por conta da proposta desta dissertao, os professores do Ensino Fundamental II enfrentam para que seus alunos sejam produtores proficientes de textos orais e escritos. Com base na concepo dos fatores de textualidade desenvolvidos por Beaugrand e Dressler (2002), sustentamos a hiptese de que o texto argumentativo, produzido na escola em condies tradicionais de ensino, sofre de baixo grau de informatividade, entre outros motivos, principalmente por carecerem de um projeto de ensino desta disciplina. A grande questo que se apresenta como atingir esse propsito. Em geral, redao escolar no considerada pelas direes, equipes pedaggicas e, algumas vezes, pelos prprios professores como uma disciplina que possa ser ensinada, pois acreditam que o conhecimento gramatical da língua materna e a leitura de textos literrios e no literrios constituam instrumentos suficientes para que o aluno por si s seja capaz de produzir bons textos. O objetivo maior desta dissertao refletir acerca dos aspectos relacionados informatividade nos textos argumentativos produzidos por alunos do nono ano do EF II de uma escola particular do Municpio do Rio de Janeiro, pertencentes classe mdia alta. O corpus da presente pesquisa constitudo de quinze redaes com seguintes condies de produo: sete delas foram produzidas com a motivao de um texto apresentado pelo professor, e oito com apenas a apresentao do tema escolhido, tambm, pelo professor. A partir da anlise do corpus e confirmando a hiptese de que possvel e necessrio ensinar o aluno a produzir textos, sugere-se uma sequncia didtica que d conta do passo a passo pertinente ao aprimoramento da progresso das ideias do tipo textual referido
Resumo:
A presente tese revisita uma velha questo: como a língua refere o mundo? Para tanto, apresenta um percurso terico que vai da referncia referenciao, do referente ao objeto-do-discurso. Trata, assim, de questes relativas a lxico, semntica, sintaxe, pragmtica, cognio, para analisar aspectos da textualidade, notadamente a coeso referencial, passeando principalmente por teorias funcionalistas e da Lingustica Textual. Buscando um aproveitamento prtico das questes tericas levantadas, prope-se a leitura e a interpretao de textos literrios e no literrios cujos modos de organizao do discurso variam entre argumentativo, narrativo, descritivo, expositivo, injuntivo atravs do acompanhamento das cadeias referenciais e do fluxo de informao do texto. Acompanhar as categorizaes e recategorizaes das expresses referenciais (presentes nos sintagmas nominais), a introduo e reintroduo dos tpicos discursivos possibilita analisar como ocorre, na interao autor-leitor, a construo dos sentidos e do mundo de nossos discursos
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A partir de 2009, a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro inicia a aplicao sistemtica de provas bimestrais de Língua Portuguesa e Matemtica formuladas Por rgos especializados em avaliaes padronizadas. Tais avaliaes, com efeito, materializam camadas de um discurso educacional que vincula qualidade mensurao de conhecimento em determinados componentes curriculares. Assumindo um modelo de reproduo das avaliaes em Larga Escala, a prefeitura enfatiza os resultados mensurveis nas avaliaes sistemticas, legitimando-os como verdadeiros paradigmas metonmicos da qualidade da educao carioca, enfatizados pela SME em seu discurso virtual disponvel em sua pgina oficial na internet. A partir da constatao de que o discurso uma prtica social, ancorado nas contribuies de Teun A. Van Dijk, Norman Fairclough, Boaventura Sousa de santos entre outros, traado nesta pesquisa um percurso de investigao que dialoga com a Anlise Crtica do Discurso na busca por elementos discursivos nos textos de professores e alunos acerca dessa cultura de testes padronizados que possam apontar a fluidez dos discursos de protestos que atravessam o cotidiano escolar.
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Este estudo tem como objetivo reconhecer os mecanismos verbais utilizados por alunos da EJA no IFMA de Imperatriz MA, inicialmente excludos da escola formal, presentes nas produes do gnero de texto narrativo relatos da experincia de vida (fragmentos de vida) da ordem do relatar. Os procedimentos adotados basearam-se nas pesquisas de campo e documental, com enfoque quanti-qualitativo, a partir de textos produzidos por alunos do 2 ano do Ensino Mdio de Jovens e Adultos, do turno noturno. Analisaram-se os textos, levando em conta a estruturao das sequncias tipolgicas do gnero narrativo na ordem do relatar e do ponto de vista do funcionamento dos constituintes verbais pertencente ao texto. Os resultados apontam para uma necessidade do ensino da escrita relacionado variedade de gneros textuais/discursivos escritos, para que possam usar adequadamente, os verbos pertinentes s diferentes situaes de comunicao
Resumo:
Este trabalho uma anlise da organizao do texto luz da articulao dos tempos do verbo. O corpus constitudo por dez crnicas de Rubem Braga. Procede-se inicialmente a uma breve explanao comparativa dos conceitos de verbo, tempo e modo segundo a forma de ver da gramtica tradicional, aqui representada por obras da autoria de Rocha Lima, Celso Cunha e Evanildo Bechara. Para uma viso atual, usa-se a gramtica de Jos Carlos de Azeredo (2010). Tendo em vista a flexibilidade formal do gnero crnica, especialmente quando tratada como obra literria, foram selecionados textos com caractersticas bem variadas para mostrar os diferentes usos do tempo verbal. Os conceitos de discurso e histria, segundo Benveniste, e de mundo comentado e mundo narrado, conforme a terminologia de H. Weinrich, foram levados em considerao, j que a crnica de Rubem Braga combina com frequncia episdios e reflexes do enunciador
Resumo:
Esta dissertao aborda a questo da transferncia entre línguas na aquisio de segunda língua/língua estrangeira (L2/FL), mais especificamente, a influncia do Portugus Brasileiro (PB) como língua materna (L1) na aquisio de ingls como L2/FL no que diz respeito ao preenchimento da posio de sujeito pronominal. Esse fenmeno investigado luz da teoria lingustica gerativista nos moldes do Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995) e da psicolingustica, no mbito das questes de aquisio de L2/FL, cincia responsvel por fornecer modelos procedimentais de como a produo e a compreenso de sentenas podem ser entendidas. A discusso sobre o modo como se d a aquisio de L2 tem se mostrado complexa na literatura. O PB e o ingls diferem em relao satisfao do trao EPP, responsvel pelo preenchimento da posio de sujeito sinttico nas línguas naturais. O PB tem se aproximado do ingls quanto ao preenchimento de sujeitos referenciais, mas no no que concerne aos sujeitos expletivos, apresentando ainda construes de tpico-sujeito, caractersticas que podem interferir na aquisio do valor paramtrico negativo para sujeitos nulos no ingls. A fim de investigar as mudanas que vm afetando o PB nesse mbito e observar o quanto aprendizes de ingls como FL falantes de PB se mostram sensveis agramaticalidade de sentenas com sujeito nulo no ingls em diferentes contextos, foram realizados dois experimentos, ambos com uma tarefa de julgamento de gramaticalidade. O experimento piloto foi realizado com aprendizes dos nveis bsico e avanado e apresentava dois tipos distintos de sentenas (Tipo 1: sujeito nulo e Tipo 2: tpico + sujeito nulo); e um experimento final com aprendizes dos nveis bsico, intermedirio e avanado, com trs tipos de sentenas (Tipo 1: sujeito nulo, Tipo 2: tpico + sujeito nulo e Tipo 3: conjuno + sujeito nulo). Dada a complexidade da gramtica do PB, nossa hiptese de trabalho de que no se observe uma transferncia total, mas o surgimento de uma interlíngua que ora se aproxima, ora se afasta da gramtica-alvo, refletindo a sobrecarga de processamento que lidar com as duas gramticas impe. Os resultados sustentam a hiptese ao indicar que (i) o valor do parmetro do sujeito nulo parece ser transferido da L1 para a L2, uma vez que foi encontrado um alto nmero de respostas incorretas; (ii) a interferncia se d mais fortemente no mbito dos sujeitos expletivos; (iii) h interferncia de restries gerais da gramtica da L1 (restries a V1) na L2; e (iv) a interferncia diminui em funo do aumento da proficincia em L2. Alm disso, nas sentenas do tipo 2, parece haver uma possvel interferncia do PB que acaba por mascarar a omisso do expletivo, o que indica uma dificuldade de integrao de informaes provenientes das limitaes decorrentes da necessidade de processar duas línguas em momentos especficos de modo a evitar a interferncia da língua indesejada, no caso a L1, que por ainda ser dominante exige mais recursos para ser inibida (SORACE, 1999, 2011).
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O propsito deste trabalho analisar os conetivos, ferramentas lingusticas que se propem nos enunciados a estabelecer ligao, do ponto de vista funcional, em seus usos, e que representam valores semnticos importantes discursivamente. Para isso, ser vlido utilizarmos fundamentaes tericas da Lingustica Textual e do Funcionalismo. O corpus de anlise baseia-se em textos cuja tipologia argumentativa, mais especificamente o gnero editorial. Dessa forma, procuraremos analisar como esses conectivos (conjunes, preposies, advrbios...) revelam marcas semnticas importantes que se constituem como verdadeiras estratgias argumentativas por parte dos autores em sua proposta temtica e que precisam ser reconhecidas pelo leitor para uma compreenso textual mais abrangente. Essa forma de abordagem implicar anlises de coeso e de coerncia textuais e, por isso, tambm uma proposta de avaliao de como os textos so constitudos em sua tessitura, resultando na produo de sentido. Os textos em anlise sero os correspondentes aos editoriais da revista Veja, cujo titulo da seo chama-se Carta ao leitor. As abordagens colocaro em relevo os elementos conectores tanto do ponto de vista sinttico-semntico bem como em relao s implicaes pragmtico-discursivas, fatores que serviro de base para compreenso/interpretao dos textos. Espera-se com isso proporcionar anlises contundentes, levando em considerao a descrio, estruturao e o funcionamento da Língua portuguesa, com o objetivo de colaborar para o desenvolvimento cientfico das abordagens lingusticas
Resumo:
A presente dissertao nasceu da necessidade particular de abrir espao para o texto literrio no ambiente escolar. A escola o espao natural no qual os alunos entram em contato com as linguagens escritas; , pois, o espao onde os estudantes devem conviver com diferentes textos de gneros variados. preciso, contudo, refletir sobre a forma como estes textos sero apresentados aos estudantes. A partir desse questionamento, algumas dvidas motivaram a presente pesquisa: como trabalhar a leitura e a escrita no Ensino Fundamental II?, como formar jovens leitores?, como despertar o gosto pelo texto literrio?, como trabalhar a produo do texto escrito com esses jovens? Pesquisar o trabalho com o texto literrio no segundo segmento, todavia, seria um tema amplo demais. Desse modo, foi realizado um recorte, definindo a srie e o gnero textual que seriam o foco da pesquisa. O 9 ano foi eleito por ser a ltima etapa do Ensino Fundamental. Nessa fase, teoricamente, os alunos j tiveram contato com diversos gneros textuais e j estudaram (e produziram) textos com diferentes modos de organizao do discurso: narrao, exposio, argumentao, injuno, descrio. A escolha do gnero conto se justifica por ser este um texto mais curto, possibilitando a leitura em sala com a turma. O corpus se compe de contos de dois grandes autores brasileiros: Machado de Assis e Lima Barreto. Um dos propsitos dessa escolha era mostrar que autores clssicos podem e devem ser lidos no Ensino Fundamental. O objetivo principal desta pesquisa apresentar atividades realizadas em sala de aula com o gnero selecionado, visando formao do leitor e ao desenvolvimento da produo escrita, ressaltando a importncia do texto literrio no contexto escolar. Defende-se, portanto, que o trabalho com os contos pode ser um estmulo para desenvolver o gosto e, se possvel, ao prazer da leitura, o enriquecimento vocabular e, por conseguinte, para o amadurecimento da escrita