174 resultados para Enfermagem Pesquisa


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O objeto deste estudo a percepo dos egressos da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ENF/UERJ) sobre o mundo do trabalho e a influncia da formao na prtica laboral, cujos objetivos foram: I) descrever a percepo dos egressos da ENF/UERJ sobre o mundo do trabalho em sade e enfermagem, considerando o processo de formao na graduao; II) identificar as facilidades e as dificuldades percebidas pelos egressos na prtica profissional e suas repercusses para o processo sade-doena, considerando a configurao do mundo do trabalho; III) analisar os distanciamentos e as aproximaes apontados pelos egressos entre a formao na ENF/UERJ e a configurao do mundo do trabalho em sade e enfermagem; e IV) discutir as situaes nas quais os egressos atuam e que se apresentam como real ou potencialmente transformadoras da realidade laboral em que se encontram. Pesquisa de natureza qualitativa, descritiva e exploratria, desenvolvida na ENF/UERJ e aprovado pela Plataforma Brasil, sob o nmero 360.021. Os participantes foram 30 egressos da ENF/UERJ, formados entre o ano 2000 no primeiro semestre at o ano de 2010 no segundo semestre. A coleta de dados ocorreu de dezembro de 2013 at fevereiro de 2014 por meio da entrevista semiestruturada. A tcnica utilizada para tratamento dos dados ocorreu por meio da Anlise Temtica de Contedo, que fez emergir quatro categorias empricas: A dinamicidade e a complexidade do mundo do trabalho contemporneo e a formao: a tica do egresso de enfermagem; A dialtica do mundo do trabalho: facilidades e adversidades enfrentadas no cotidiano laboral e sua influncia no processo sade-doena; A formao em enfermagem e a interface com o mundo do trabalho: dilemas e desafios a superar; e Significados, habilidades e competncias construdas ao longo da formao e suas repercusses na prtica laboral. Conclui-se, na perspectiva dos objetivos deste estudo, que os participantes apresentam um ponto de vista crtico e uma viso macro estrutural sobre o mundo do trabalho contemporneo aproximada da discusso de socilogos e estudiosos do trabalho. Por conseguinte, pode-se considerar que a formao na ENF/UERJ contribuiu para a construo desta viso crtica, reflexiva e politizada sobre a realidade do trabalho que os egressos vivenciam.

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O objetivo geral deste estudo foi: Verificar se a introduo dos princpios da teoria do conforto de Katherine Kolcaba na consulta de enfermagem para pacientes com IC sob cuidados paliativos a partir da sistematizao da assistncia utilizando as taxonominas NANDA-NOC-NIC promove maior conforto. Trata-se de um ensaio clnico aberto, tipo antes e depois, realizado em hospital federal localizado no Rio de Janeiro com amostra de 20 pacientes. Para avaliao do conforto, utilizou-se o questionrio End of life comfort questionnaire patient e o resultado de enfermagem (NOC - Estado de Conforto). As avaliaes do questionrio ocorreram nas primeira, terceira e sexta consultas de enfermagem e o NOC em todas as consultas. A coleta de dados foi realizada entre os meses de novembro de 2012 e maio de 2013. Utilizou-se o programa SPSS 19.0 para anlise dos dados. Foram utilizados os Testes Qui-Quadrado, Exato de Fisher e Mann-Whitney para verificar a associao dos diagnsticos e intervenes de enfermagem com o conforto aferido pelo questionrio nos trs tempos aplicados. Foi utilizado o Teste ANOVA (anlise de varincia) para avaliar a melhora na condio de conforto dos sujeitos atravs do questionrio j descrito e tambm pela NOC Estado de Conforto verificada nas seis consultas. Como resultado encontrou-se trs diagnsticos de enfermagem e duas intervenes de enfermagem relacionadas maior conforto dos pacientes (p <0,05). J associados ao menor conforto foram encontrados 08 diagnsticos e 12 intervenes. O conforto verificado pelo questionrio e o resultado de enfermagem aumentaram significativamente (p <0,001) durante os 06 meses de acompanhamento. A aceitao da hiptese alternativa (a introduo dos princpios da teoria de Katherine Kolcaba na consulta de enfermagem est associada ao maior conforto dos pacientes com insuficincia cardaca sob cuidados paliativos), se confirmou. O estudo contribuiu para reafirmar que quando se utiliza uma teoria de enfermagem para sustentar a prtica/pesquisa da profisso, o desenvolvimento da sistematizao da assistncia se torna mais claro. A implementao da teoria faz com que o desfecho do cuidar em enfermagem se torne visvel a outras profisses e sociedade em geral.

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O objeto deste estudo trata do impacto do ambiente de trabalho no processo de sade-doena dos trabalhadores de enfermagem de uma unidade ambulatorial especializada da cidade do Rio de Janeiro. Os objetivos foram: identificar os riscos ocupacionais no ambiente laboral dos trabalhadores de enfermagem da unidade em estudo; descrever a percepo do trabalhador de enfermagem sobre os impactos dos riscos ocupacionais em sua sade; analisar o ambiente laboral destes trabalhadores com vistas identificao de fatores de riscos que interferem negativamente na sade; propor medidas de preveno para minimizao de impactos negativos na sade dos mesmos, com destaque para a elaborao do Mapa de Riscos. Como suporte terico, foram abordados conceitos e pressupostos relacionados s doenas do trabalho e sua relao com riscos ocupacionais, contextualizando-os com a configurao do mundo do trabalho em sade, sua organizao e processo laboral, assim como as vivncias de prazer e sofrimento que podem alterar a sade dos trabalhadores. Pesquisa exploratria e descritiva, de natureza qualitativa. Os sujeitos foram 40 trabalhadores de enfermagem, incluindo enfermeiros, tcnicos e auxiliares de enfermagem. Os instrumentos de coleta foram a entrevista semiestruturada e a observao no participante, aplicados entre maro/abril e junho/setembro de 2011, respectivamente. E cruzando as informaes coletadas a partir dos dois instrumentos, buscou-se captar dados que possibilitasse a elaborao do Mapa de Risco dos setores com mais problemas em termos de deixar vulnervel a sade dos trabalhadores, sendo elaborado Mapa de Risco da UCAMB e da CME. Enfatiza-se que houve assinatura prvia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e que a pesquisa foi aprovada pelo comit de tica do Hospital Universitrio Pedro Ernesto sob nmero de protocolo 2528. O mtodo de anlise escolhido foi do tipo: anlise temtica de contedo, o qual possibilitou o surgimento de trs categorias: riscos ocupacionais visveis e invisveis para o trabalhador de enfermagem; o processo de adoecimento do trabalhador no e pelo trabalho; melhorias das condies de trabalho: contribuies para proteo da sade dos trabalhadores. Os resultados evidenciaram que o risco mais freqentemente revelado foi de acidente, principalmente por materiais perfurocortantes, seguidos de exposio aos riscos biolgicos. Porm, houve sujeitos que no perceberam a presena dos riscos ou reduziam a gravidade dos mesmos para o processo sade-doena. As repercusses dos riscos ocupacionais no corpo dos trabalhadores foram identificadas como: estresse, varizes e distrbios osteomusculares. Algumas sugestes elaboradas pelos sujeitos para a melhoria das condies de trabalho foram: realizao de reformas estruturais, modernizao dos equipamentos, incremento quantitativo dos recursos humanos, melhoria na organizao do trabalho, implementao de um Ncleo da Sade do Trabalhador. Considera-se que os objetivos deste estudo foram atingidos, no entanto, existe a clareza de que h muito a ser pesquisado sobre riscos ocupacionais e suas repercusses nos trabalhadores, assim como as intervenes necessrias para a preveno e promoo da sade do trabalhador. Sugerem-se novas pesquisas, como tambm repensar nas estratgias de ensino de formao dos trabalhadores de enfermagem, e tambm se faz relevante a participao da categoria em movimentos sociais para a construo de polticas pblicas nesta rea.

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Estudo de comparao entre dois mtodos de coleta de dados, atravs da aplicao de um software, para avaliao dos fatores de risco e danos no trabalho de enfermagem em hospital. Objetiva analisar o uso do software (eletrnico) em comparao com o uso do instrumento impresso. Trata-se de um estudo estatstico, descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido nas enfermarias dos Servios de Internaes Clnicas e Servios de Internaes Cirrgicas de um Hospital Universitrio, no estado do Rio de Janeiro. A populao do estudo foram os trabalhadores de enfermagem das unidades. A amostra foi definida por meio de amostragem no-probabilstica e alocao da amostra ocorreu de forma aleatria em dois grupos, denominados grupo impresso e grupo eletrnico, com 52 participantes cada. Previamente a coleta de dados foram implementadas estratgias de pesquisa denominada teaser, atravs da comunicao digital aos trabalhadores. Posteriormente, foi ofertado aos participantes do formato impresso o questionrio impresso, e os participantes do formato eletrnico receberam um link de acesso a home page. Os dados foram analisados atravs da estatstica descritiva simples. Aps a aplicao do questionrio nos dois formatos, obteve-se resposta de 47 trabalhadores do grupo impresso (90,3%), e 17 trabalhadores do grupo eletrnico (32,7%). A aplicao do questionrio impresso revelou algumas vantagens como o nmero de pessoas atingidas pela pesquisa, maior interao pesquisador e participante, taxa de retorno mais alta, e quanto s desvantagens a demanda maior de tempo, erros de transcrio, formulao de banco de dados, possibilidades de resposta em branco e erros de preenchimento. No formato eletrnico as vantagens incluem a facilidade de tabulao e anlise dos dados, impossibilidade de no resposta, metodologia limpa e rpida, e como desvantagens, o acesso internet no perodo de coleta de dados, saber usar o computador e menor taxa de resposta. Ambos os grupos observaram que o questionrio possui boas instrues e fcil compreenso, alm de curto tempo para resposta. Os trabalhadores perceberam a existncia dos riscos ocupacionais, principalmente os ergonmicos, biolgicos e de acidentes. Os principais danos sade provocados ou agravos pelo trabalho percebidos pelos trabalhadores foram os problemas osteomusculares, estresse, transtornos do sono, mudanas de humor e alteraes de comportamento e varizes. Pode-se afirmar que no ocorreram diferenas acentuadas de percentual ao comparar a percepo dos trabalhadores do grupo impresso e do grupo eletrnico frente aos riscos e danos sade. Conclui-se que os dois processos de coleta de dados tiveram boa aceitao, no entanto, deve ser indicada a aplicao do questionrio eletrnico junto com a ferramenta de acesso, no caso o computador, tablet.

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O contato com pessoas acometidas por dermatoses imunobolhosas (DI) impactante devido ao visvel sofrimento causado pelo desconforto/mal-estar e comprometimento da autoimagem. Trata-se de um grupo de doenas de evoluo crnica cuja manifestao primria e fundamental consiste no desenvolvimento de bolhas e menos frequentemente de vesculas na pele e/ou mucosas. O desafio de cuidar desta clientela justifica-se pelo carter desfigurante e desconfortante, complexidade e vulnerabilidade a complicaes, dentre as quais infeces e infestaes, principalmente no ambiente hospitalar, fato agravado pelas drogas imunossupressoras utilizadas para o tratamento. Neste contexto, sobreleva-se a necessidade de ampliao do cuidado de enfermagem, sem limitar-se ao cumprimento das prescries dos demais profissionais de sade, objetivando atender s necessidades desta clientela e contempl-la em todas as suas dimenses. Assim, este estudo teve como objetivo geral: propor uma Tecnologia de Cuidados de Enfermagem ao Cliente com Dermatoses Imunobolhosas (TCECDI) que reconhea padres de conforto/bem-estar do cliente hospitalizado, antes e aps a sua aplicao. A necessidade de trabalhar com dados imprecisos como a subjetividade do conforto/bem-estar, e com um grupo de doenas de incomum acometimento s pessoas, despertou o interesse pela lgica fuzzy, uma teoria que auxilia na compreenso dos conceitos que extrapolam as barreiras da lgica formal, permitindo estabelecer diferentes graus de pertinncia dos atributos julgados relevantes, representando uma ferramenta que pode capturar informaes subjetivas convertendo-as em valores de pertinncia. Os atributos estabelecidos para avaliao do conforto nos trs momentos foram: dor, mobilidade, padro de sono, exposio do corpo e das leses, conhecimento sobre a doena e autocuidado. Trata-se de um estudo quase experimental, interinstitucional, realizado no perodo de junho de 2012 a abril de 2013, em unidades de internao especializadas em dermatologia localizadas no Rio de Janeiro e no Mato Grosso do Sul. O delineamento alternativo para o ensaio clnico utilizado foi destinado a um nico grupo no randomizado do tipo srie temporal. As aferies foram realizadas antes (T0), 24 horas aps (T1) e uma semana aps (T2) o recebimento da interveno. Como inexiste grupo controle, em cada sujeito considerou-se o seu prprio controle. Baseando-se nas classificaes advindas da lgica fuzzy, na definio de conforto e nos trs sentidos tcnicos preconizados por Kolcaba: alvio, calma e transcendncia,constatou-se a reduo significativa no padro de desconforto. Assim, pode-se afirmar que a implementao da TCECDI interferiu de forma expressiva e positiva nas necessidades de conforto dos sujeitos do estudo. Ao privilegiar a autonomia do enfermeiro e o seu saber especfico, esta pesquisa contribuiu para a enfermagem como profisso, preenchendo lacunas nesta rea do conhecimento, possibilitando o ensino qualificado, alm de estimular entre os profissionais de sade a reflexo, compreenso e desenvolvimento de outras pesquisas sobre a prtica do cuidado em sade, principalmente em dermatologia.

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A tese desenvolvida neste estudo que a depresso respiratria em pacientes queimados que utilizam opides como terapeutica farmacolgica da dor, pode ser prevenida por meio de aes de enfermagem que identifiquem os fatores predisponentes para a depresso respiratria, que considerem na rotina de aprazamento da terapeutica farmacolgica da dor, as caractersticas farmacolgicas dos medicamentos, para evitar interaes medicamentosas e que monitorem adequadamente o paciente queimado para identificar precocemente sinais de depresso respiratria. Para tanto, este estudo teve como objetivo desenvolver barreiras de segurana com foco em aes de enfermagem, para preveno de depresso respiratria em pacientes queimados em uso de opiides. Trata-se de um estudo restrospectivo, em que foram analisados 272 pronturios de pacientes queimados internados em um Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), de um hospital pblico federal de grande porte, no municpio do Rio de Janeiro. nos anos de 2011 a 2013. Dentre os 272 pronturios 42 atenderam os critrios de seleo da pesquisa, e destes, em 28,58% (n=12) foi identificada a ocorrncia de depresso respiratria. Predominaram pacientes adultos jovens do sexo masculino. O bito predominou no grupo com DR, assim como, queimaduras de 2 e 3 graus, e superfcie corporal queimada com mediana de 50%. Os fatores predominantes para depresso respiratria foram insuficiencia renal, hipoalbuminemia e hipertenso arterial. Na terapia medicamentosa dos pacientes queimados, os analgsicos opiides so os mais utilizados, predominando o tramadol (45,49%) e a metadona (18,45%). Diazepam o benzodiazepnico de escolha, entre os antidepressivos a imipramina o mais utilizado, apesar de classificada como anticonvulsivantes a gabapentina, nos queimados utilizada em dose analgsica. Tanto no grupo de pacientes com ou sem DR, os horrios de adiministrao de medicamentos que predominaram foram 22h e 06h. Foi evidenciado PIM em 66,6% dos pacientes estudados. A associao entre a ocorrncia de PIM e a DR demonstrou-se positiva; os pacientes com que apresentaram PIM tm 2,5 vezes mais risco de apresentar DR. Os pares de medicamentos prevalentes e que apresentaram PIM no grupo com DR foram, metadona com diazepam (n=5), tramadol com fentanil (4), metadona com impramina e metadona com tramadol (n=3). No grupo sem DR foram metadona e tramadol (n=8), tramadol com fentanil (4), e metadona com diazepam (3). As vias oral e intravenosa predominaram nos pacientes com e sem DR, e no houve associao positiva entre a administrao por essas vias e a oorrncia de DR, constatando-se que a via de administrao no to relevante para a DR. Nos pacientes com DR, 83,3% apresentaram PIM, principalmente nos horrios 22h e 06h, horrios prximos aos de ocorrncia de DR. Espera-se que este estudo contribua para a segurana medicamentosa no uso de opiides, e na preveno do eventos adverso grave como a depresso respiratria em pacientes queimados.

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Esta pesquisa tem como objeto os fatores que influenciam a mensurao glicmica realizada pela enfermagem em pacientes que recebem insulina contnua intravenosa utilizando glicosmetros portteis beira leito. Vrios fatores podem influenciar a mensurao glicmica, tais como a amostra sangunea, a calibrao do aparelho, a estocagem das fitas-teste, o hematcrito dos pacientes, o uso de vasoaminas e falhas do operador. A partir da Tese de que: A identificao dos fatores que influenciam a mensurao glicmica realizada pela enfermagem atravs de glicosmetros determinante para a eficincia das barreiras de salvaguarda voltadas para a minimizao de falhas na sua execuo, a fim de garantir resultados glicmicos confiveis e, consequentemente, realizar a titulao da insulina com segurana, teve-se como objetivo geral propor aes de enfermagem que funcionem como barreiras para diminuir as falhas nas mensuraes glicmicas realizadas pela enfermagem em pacientes que recebem infuso contnua de insulina. Espera-se contribuir com aes para garantir a adequao e o controle rigoroso da insulina administrada. Estudo observacional, transversal, prospectivo com abordagem quantitativa na anlise dos dados, em uma unidade intensiva cirrgica cardiolgica de um hospital pblico do Rio de Janeiro. As variveis do estudo foram submetidas a tratamentos estatsticos no paramtricos e s medidas de associao. Foram investigados 42 pacientes com observao de 417 glicemias. Predominaram pacientes do sexo feminino (57,14%), mdia de idade de 48 (15,85) anos, sem insuficincia renal e sem tratamento dialtico (90,48%). Observou-se PAM com mdia de 77(10,29) mmHg, uso de vasoaminas (80,95%), PaO2 &#8805; 90mmHg em 85,71% e hematcrito <35% em 71,42%. Encontrou-se uma incidncia de hipoglicemia de 35,7%, sendo a populao dividida em dois grupos, o primeiro (G1) com pacientes que apresentaram hipoglicemia &#8804; 60mg/dl (n=15), e o segundo (G2), com pacientes sem hipoglicemia (n=27). O hematcrito baixo foi a caracterstica clnica que apresentou maior associao com a hipoglicemia. Pacientes com esta condio apresentaram 5,60 vezes mais risco de apresentarem hipoglicemia. O uso de vasoaminas elevou 3,3 vezes o risco de hipoglicemia em pacientes com estas medicaes. A realizao de cirurgias de emergncia, a presena de insuficincia renal com tratamento dialtico, e a elevao da PaO2 acima de 90mmHg tambm apresentaram associao positiva com a hipoglicemia. Das 417 mensuraes observadas, predominou o uso de amostra sangunea de origem arterial. Observou-se que em todas as etapas da tcnica de mensurao houve desvio de execuo, com exceo de compresso da polpa digital. Os desvios observados que mostraram associao positiva (RR>1) para pacientes com hipoglicemia foram: a falta de calibrao do glicosmetro, a falta de verificao da validade/integridade da fita teste, a falta da higienizao das mos e a falta da coleta de at 1 ml de sangue. Construiu-se uma reviso da tcnica de mensurao glicmica com enfoque nos fatores que podem comprometer o resultado glicmico levando em conta o risco de hipoglicemia. Tornou-se evidente que a compreenso apropriada dos fatores que influenciam a glicemia e a mensurao glicmica indispensvel para o enfermeiro na obteno de resultados glicmicos confiveis, e assim, evitar erros na titulao das doses de insulina administrada.

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Esta pesquisa tem como objeto de estudo a violncia nas relaes de namoro de adolescentes em situao de acolhimento. Objetivos: identificar as caractersticas das relaes de namoro das adolescentes em situao de acolhimento; analisar as vivncias da violncia nas relaes de namoro das adolescentes em situao de acolhimento; descrever as repercusses da violncia na vivncia das adolescentes. Estudo qualitativo, descritivo e exploratrio, tendo como cenrio de pesquisa uma unidade pblica municipal de acolhimento para adolescentes, localizado na Zona Norte do municpio do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados no perodo de maro a maio de 2014, aps a aprovao pelo Comit de tica em Pesquisa. O estudo foi realizado com sete adolescentes que residem na unidade de acolhimento, com idades de 12 a 18 anos e que responderam a entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados atravs da tcnica de anlise de contedo tendo emergido trs categorias: Caractersticas das relaes de namoro na perspectiva das adolescentes; A violncia nas relaes afetivas de adolescentes em situao de acolhimento; repercusses da violncia nas relaes de namoro das adolescentes. Ao analisarmos as caractersticas das relaes de namoro na perspectiva das adolescentes, as jovens apontaram suas percepes sobre as caractersticas referentes ao comportamento masculino e do parceiro. Algumas percepes so associadas ao comportamento do parceiro com carinho, cumplicidade, apoio e amor. E outras aos comportamentos de mentira, excesso de cime e agressividade, a no escolha do parceiro certo, entre outras. Em relao percepo sobre suas relaes afetivas, as adolescentes apontaram ser necessrio conhecer primeiro o parceiro, ter uma relao sem briga e sem discusso; expressaram atitudes de submisso, omisso, desiluso amorosa, desvalorizao do parceiro, desgaste por desvalorizao e no gostar de conversar com o parceiro sobre o relacionamento. Os tipos de violncia mais comumente vivenciados e indicados pelas adolescentes em suas relaes de namoro foram: violncia fsica e sexual; violncia patrimonial; e violncia psicolgica, verbal e moral. As adolescentes apontaram que tais violncias nas relaes de namoro trazem repercusses sua sade, tais como: repercusso sade mental, sentimentos como a autopercepo desvalorizada, um ceticismo, impotncia, insegurana e medo. Contudo, cabe destacar que algumas adolescentes em situao de acolhimento, em funo das adversidades e histria de vida, tambm apontaram certo grau de resilincia diante das violncias vivenciadas. Considerando essa primeira aproximao da realidade das relaes de namoro das adolescentes em situao de acolhimento verifica-se a necessidade de aes de cuidado no atendimento essa clientela. As unidades de acolhimento so cenrios facilitadores para aes educativas e de cuidado junto populao de adolescentes, o que facilita a construo de medidas de promoo sade sexual e reprodutiva de adolescentes. A enfermagem ao reconhecer que o cuidar constitui um processo dialtico entre o indivduo e o cuidador, mas que tambm influenciado histrico e socialmente, tem papel fundamental na proposio de aes de enfretamento violncia nas relaes de namoro das adolescentes em servios de acolhimento.

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A sexualidade compreende muitas dimenses da vida dos indivduos. Ao longo da vida vai sendo revista, medida que modificaes biopsicossociais acontecem e, ao se pensar em relacionamentos conjugais de longa durao preciso ponderar que estes casais j passaram por transformaes na sua relao conjugal e familiar. Para as pessoas idosas o predomnio de doenas crnicas maior, com risco para incapacidade e/ou dependncia, dentre elas a demncia. Cnjuges-cuidadores, vivenciando a transicionalidade da sexualidade podem ressignificar a vida, com o apoio do cuidado teraputico de enfermagem. O estudo teve o objetivo de compreender a vivncia da transicionalidade do cnjuge-cuidador da pessoa idosa em processo demencial, para elaborao de um modelo interpretativo de cuidado teraputico de enfermagem na perspectiva da Teoria das Transies. A fundamentao terica se baseia nos pressupostos da Teoria das Transies. Estudo de abordagem qualitativa, com base no referencial metodolgico da Teoria Fundamentada nos Dados com 25 participantes distribudos em quatro grupos amostrais (12 cnjuges-cuidadores, 5 filhos e 8 profissionais de sade). O cenrio investigado foi o Ncleo de Ateno ao Idoso, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. A coleta dos dados ocorreu entre maio de 2014 e maio de 2015. A tcnica utilizada foi entrevista intensiva e a anlise feita mediante codificao inicial, seletiva e focalizada. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comit de tica da UERJ (Processo n 631.538). Os dados demonstraram que a construo da vida conjugal e a histria prvia de sexualidade apreendida e vivenciada interferem na maneira de identificar as mudanas provocadas pelo processo demencial e de se adaptar s repercusses para a sexualidade pessoal e conjugal. O fenmeno evidenciado foi a ressignificao da vida do cnjuge-cuidador da pessoa idosa em processo demencial por meio da transicionalidade da sexualidade conjugal, apontando um cuidado teraputico de enfermagem, sustentado por sete categorias e dezesseis subcategorias, que articuladas, mostram a ressignificao diretamente ligada histria de vida matrimonial, ao engajamento da famlia como suporte, alm do servio especializado e a disposio em redimensionar a vida sexual consigo e com o outro. Os resultados apontaram o cuidado como mais uma atribuio, com alteraes para sade e em outras dimenses. Por parte dos profissionais, ainda h um despreparo e abordagem muito superficial da sexualidade entre casais que envelhecem, sobremaneira no contexto da demncia; para os cnjuges-cuidadores, as crenas e o imaginrio social interferem no s no desenvolvimento da sexualidade possvel no contexto de vida atual, como na relao de cuidado e na definio do seu papel social; os filhos descrevem o funcionamento familiar na busca da adaptao ao novo contexto de vida dos pais. A ressignificao existe, a partir de estratgias de enfrentamento e da transposio da sexualidade pelo cuidado pessoa idosa que adoece. Assim, sustenta-se a tese: A compreenso da vivncia da transicionalidade da sexualidade do cnjuge-cuidador da pessoa idosa em processo demencial permite a elaborao de um modelo interpretativo que aponta para um cuidado teraputico de enfermagem prprio para esse momento de vida.

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O objeto do presente estudo consiste nos papis exercidos pelas instituies formadoras de profissionais de enfermagem, pelo mercado de trabalho e pelas entidades de classe da enfermagem no processo de profissionalizao e de construo de sua identidade profissional. Este estudo tem por objetivo reescrever o processo de construo da identidade profissional da enfermagem a partir das discusses travadas pelos profissionais, nas instituies formadoras, acerca de sua especializao, a luz dos fatos scio-histricos que desencadearam, ao longo do tempo, a passagem de uma enfermagem generalista para outra especialista. O trabalho discute o processo de profissionalizao da enfermagem nas instituies formadoras tendo como pano de fundo as idias clssicas da sociologia das profisses. Para ela, a enfermagem vista coma uma semiprofisso, uma vez que no possui os quatro atributos fundamentais de uma verdadeira profisso: autonomia, corpo esotrico de conhecimentos, ideal de servio e monoplio de saber e do fazer. Na tentativa de conquistar estes quatro atributos, ou alguns deles, para, ento, ascender ao patamar de profisso, a enfermagem hoje vive um momento de transio na formao de seus profissionais: generalistas (tradicionais) ou especialistas (modernos). Em um outro aspecto, conclumos que, at o momento, o processo de legitimao, ou melhor, de construo social da identidade profissional da enfermagem especializada ainda no se consolidou, ou seja, as instituies formadoras, construtoras sociais do campo profissional da enfermagem, ainda no se definiram pela figura de um s perfil - generalista ou especialista - e, por isso, esta construo ainda encontra-se inacabada.

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O objetivo deste trabalho determinar o tempo decorrido e fatores relacionados a sobrevida, a partir do diagnstico da AIDS dos pacientes atendidos no Centro de Pesquisa Hospital Evandro Chagas (CPqHEC). Comparar a sobrevida segundo os critrios definio de caso de AIDS estabelecidos pelo Centro de controle de doenas e preveno dos EUA (CDC) em 1987 e 1993 e pelo Ministrio da Sade Brasil em 1998. De um total de 1591 indivduos com sorologia positiva para HIV, cadastrados entre 1986 a 1999, foi selecionada uma amostra aleatria sistemtica com 392 indivduos, sendo identificados 193 casos de AIDS pelo critrio CDC 1993. A sobrevida foi considerada como o tempo decorrido da data do diagnstico da AIDS ao bito (falha), sendo a censura definida para os pacientes com perda de seguimento ou que permaneceram vivos at dezembro de 2000, com a data da censura igual a data do ltimo atendimento. A durao da sobrevida foi descrita atravs do mtodo de Kaplan-Meier, sendo comparadas as funes de sobrevida das categorias das variveis pelo teste log-rank. Um modelo com os co-fatores de maior relevncia na sobrevida foi ajustado, utilizando-se o modelo dos riscos proporcionais de Cox. Dos 193 pacientes com AIDS, 92 (47,7%) morreram, 21 (10,9%) abandonaram o tratamento, e 80 (41,7%) permaneceram vivos at o fim do estudo. Encontramos sobrevida relativamente alta nos trs critrios de definio de caso avaliados, em parte explicada pelos casos serem procedentes de um nico hospital de pesquisa, com alto grau de conhecimento na conduo da doena. A profilaxia primria para PPC foi preditor de melhor sobrevida. Casos com AIDS definida por herpes zoster apresentaram melhor prognstico e os definidos por duas doenas o pior prognstico.

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Esta pesquisa teve como objetivo conhecer os sentidos atribudos pelos enfermeiros e agentes comunitrios de sade da Estratgia Sade da Famlia do municpio do Rio de Janeiro/RJ acerca das prticas de sade desenvolvidas na visita domiciliar. um estudo descritivo, de natureza qualitativa e teve como abordagem metodolgica a hermenutica-dialtica. O cenrio foi a cidade do Rio de Janeiro/RJ, em duas Unidades Bsicas de Sade da Famlia (UBSF) da rea Programtica 3.1. Os sujeitos foram 08 enfermeiros e 07 agentes comunitrios de sade (ACSs) atuantes nas UBSF selecionadas. A coleta de dados foi realizada entre janeiro e maro de 2010, por meio de entrevistas semi-estruturadas e para a avaliao dos resultados utilizou-se a tcnica de anlise de contedo proposta por Bardin. A partir dos resultados alcanados foi possvel elaborar trs categorias de estudo: a primeira trata das prticas de sade do enfermeiro e do ACS na Estratgia Sade da Famlia (ESF); a segunda aborda a visita domiciliar do enfermeiro e do ACS, a qual inclui subcategorias sobre o trabalho em equipe na visita domiciliar, as dificuldades na realizao da visita domiciliar, o planejamento da visita domiciliar, o vnculo entre enfermeiro, ACS e famlia na visita domiciliar e a interao profissional do enfermeiro e do ACS na visita domiciliar; a ltima categoria trata dos sentidos atribudos pelos enfermeiros e ACSs acerca das prticas de sade desenvolvidas na visita domiciliar, as quais incluem subcategorias sobre as prticas de sade do enfermeiro e do ACS na visita domiciliar e as opinies sobre a visita domiciliar. Com a anlise dos dados constatou-se que os enfermeiros e os ACS's desenvolvem diversas prticas de sade na ESF, com destaque para as prticas de cuidado. As prticas de cuidado do enfermeiro na visita domiciliar esto voltadas para a investigao das necessidades de sade e realizao das atividades assistenciais. J as do ACS esto voltadas para a identificao de demandas. A escuta ativa, a observao da estrutura fsica, da alimentao e das relaes familiares e a educao em sade so as principais prticas de cuidado realizadas em conjunto por estes profissionais na visita domiciliar. O percentual de visitas domiciliares semanais do enfermeiro est abaixo do esperado, sendo que a principal justificativa para este baixo ndice a sobrecarga de trabalho na UBSF. Ficou evidente que a interao profissional entre enfermeiro e ACS na visita domiciliar pequena, pois diversas vezes, o ACS est presente na visita domiciliar do enfermeiro apenas como acompanhante. Por fim, pode-se constatar que o cuidado desenvolvido por enfermeiros e por ACSs distinto. A prtica de cuidado que o enfermeiro desenvolve na visita domiciliar especfica, destinada s famlias com prioridades de sade e a que o ACS desenvolve mais ampla, voltada para todas as famlias da microrea. Estas concluses demonstram a necessidade de estimular enfermeiros e ACSs a (re)pensarem as prticas de sade desenvolvidas na visita domiciliar, bem como a compreenderem e discutirem seus papis e a interao nesta atividade.

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Trata-se de um estudo do tipo estudo de caso, na abordagem qualitativa, que visa a analisar as vivncias das mulheres que utilizaram as tecnologias no-invasivas de cuidado de enfermagem durante a gravidez e o parto e discutir quais e como essas tecnologias estimularam o empoderamento nelas. Para isso foram utilizadas referncias que abordem conceitos de gnero, empoderamento e tecnologias. Como referencial terico foi utilizado a de Promoo da Sade de Nola Pender que, a partir da identificao dos fatores biopsicossociais do indivduo, busca influenciar comportamentos saudveis, visando ao bem-estar como proposta de promoo da sade. O cenrio do estudo foi a Casa de Parto David Capistrano Filho, localizada no municpio do Rio de Janeiro, e contou com a participao de dez mulheres que pariram na Casa. Para a coleta de dados, foi elaborado um diagrama semelhante ao de Pender, contendo alguns aspectos biopsicossociais das mulheres que pudessem ter influncia na vivncia de empoderamento delas. As entrevistas aconteceram entre os meses de maro e maio de 2010. Os dados produzidos foram analisados e transformados em trs categorias: caractersticas e vivncias individuais da mulher; conhecimentos, sentimentos e influncias, na gravidez e no parto, a partir do uso das tecnologias; e o resultado do empoderamento. A tecnologia relacional, como o acolhimento, o vnculo e a escuta sensvel, influenciou de forma benfica as mulheres desde o momento que elas iniciaram o pr-natal na Casa, j que no incio da gravidez algumas tinham receio com as mudanas do corpo e com as responsabilidades da maternidade. A dor do parto tambm foi outra preocupao citada por desconhecerem a fisiologia do processo. Mas, atravs de tecnologias como a de informao, de apoio, de potencializao de expresso corporal, de favorecimento da presena do acompanhante e de respeito de escolha delas, o parto acabou sendo calmo, tranqilo, acolhedor e prazeroso. Com isso, as tecnologias contriburam para as vivncias de fortalecimento do vnculo com o beb, na maior autoconfiana em parir e no preparo da maternidade que despertou nelas um desejo de serem pessoas de opinies prprias e de terem uma formao profissional para garantir um bom futuro para o filho. Percebeu-se, nesse estudo, que as tecnologias favoreceram o empoderamento delas em parir numa Casa de Parto sendo assistidas por enfermeiras obstetras. No entanto, elas ainda se mostram passivas dominao masculina quando valorizam a capacidade feminina em conquistar o espao pblico masculino, mesmo em detrimento de suas reais necessidades, mostrando a importncia de mais discusso sobre a temtica a fim de vislumbrar novas tecnologias que auxiliem s mulheres a transpor esse empoderamento, adquirido durante a gravidez e o parto, para o seu dia a dia.

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O objeto de estudo foi o preparo e a administrao de medicamentos por cateter pela enfermagem em pacientes que recebem nutrio enteral. O objetivo geral foi investigar o padro de preparo e administrao dos medicamentos por cateter em pacientes que recebem nutrio enteral concomitante. Os objetivos especficos foram apresentar o perfil dos medicamentos preparados e administrados de acordo com a possibilidade de serem administrados por cateter enteral e avaliar o tipo e a freqncia de erros que ocorrem no preparo e administrao de medicamentos por cateter. Tratou-se de uma pesquisa com desenho transversal de natureza observacional, sem modelo de interveno. Foi desenvolvida em um hospital do Rio de Janeiro onde foram observados tcnicos de enfermagem preparando e administrando medicamentos por cateter na Unidade de Terapia Intensiva. Foram observadas 350 doses de medicamentos sendo preparados e administrados. Os grupos de medicamentos prevalentes foram os que agem no Sistema Cardiovascular Renal com 164 doses (46,80%), seguido pelos que agem no Sistema Respiratrio e Sangue com 12,85% e 12,56% respectivamente. Foram encontrados 19 medicamentos diferentes do primeiro grupo, dois no segundo e cinco no terceiro. As categorias de erro no preparo foram triturao, diluio e misturas. Encontrou-se uma taxa mdia de 67,71% no preparo de medicamentos. Comprimidos simples foram preparados errados em 72,54% das doses, e todos os comprimidos revestidos e de liberao prolongada foram triturados indevidamente entre slidos a categoria de erro prevalente foi triturao com 45,47%, preparar misturando medicamentos foi um erro encontrado em quase 40% das doses de medicamentos slidos. A triturao insuficiente ocorreu em 73,33% das doses de cido flico, do cloridrato de amiodarona (58,97%) e bromoprida (50,00%). A mistura com outros medicamentos ocorreu em 66,66% das doses de bromoprida, de besilato de anlodipina (53,33%), bamifilina (43,47%), cido flico (40,00%) e cido acetilsaliclico (33,33%). Os erros na administrao foram ausncia de pausa e manejo indevido do cateter. A taxa mdia de erros na administrao foi de 32,64%, distribudas entre 17,14% para pausa e 48,14% para manejo do cateter. A ausncia de lavagem do cateter antes foi o erro mais comum e o mais incomum foi no lavar o cateter aps a administrao. Os medicamentos mais envolvidos em erros na administrao foram: cloridrato de amiodarona (n=39), captopril (n=33), cloridrato de hidralazina (n=7), levotiroxina sdica (n=7). Com relao lavagem dos cateteres antes, ela no ocorreu em 330 doses de medicamentos. O preparo e administrao inadequados de medicamentos podem levar perdas na biodisponibilidade, diminuio do nvel srico e riscos de intoxicaes para o paciente. Preparar e administrar medicamentos so procedimentos comuns, porm apresentou altas taxas de erros, o que talvez reflita pouco conhecimento desses profissionais sobre as boas prticas da terapia medicamentosa. Constata-se a necessidade de maior investimento de todos os profissionais envolvidos, mdicos, enfermeiros e farmacuticos nas questes que envolvam a segurana com medicamentos assim como repensar o processo de trabalho da enfermagem.

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A presena de pacientes crnicos em instituies psiquitricas tem se constitudo como um desafio humano, poltico e programtico para esta rea assistencial. Frente a isto, definiu-se como objetivo geral deste estudo analisar a reconstruo scio-cognitiva do profissional de sade mental acerca do paciente psiquitrico crnico, contextualizando com a sua permanncia institucional e o processo assistencial. Como objetivos especficos, descrever os contedos e a estrutura das representaes sociais do paciente psiquitrico crnico para os profissionais; identificar a existncia de contedos implcitos nas formaes discursivas dos profissionais de sade referentes ao paciente crnico institucionalizado; e analisar a perspectiva assistencial implementada na ateno a esses indivduos no contexto institucional a partir das representaes sociais do paciente crnico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com o aporte terico-metodolgico da Teoria das Representaes Sociais em sua abordagem estrutural, em dois hospitais colnias localizados na cidade do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados atravs de evocaes livres em dois momentos. No primeiro, com 159 profissionais e no segundo utilizou-se a tcnica de substituio com 151 profissionais. Os dados gerados foram analisados pelo software EVOC 2003 e organizados pelo quadro de quatro casas. Utilizou-se, ainda, a anlise de similitude. Quanto representao do paciente psiquitrico, a mesma foi organizada ao redor das dimenses assistencial-institucional (cuidado), imagtica (louco) e afetividade positiva (ateno), que se desdobram nos demais quadrantes, com destaque para a primeira e a segunda. A anlise de similitude revelou que o lxico cuidado, obteve o maior nmero de ligaes. Quanto representao do paciente crnico em contexto normativo, a dimenso assistencial-institucional mostrou-se fortemente presente (cuidado, pacincia e dependente), seguida da imagtica (abandonado) e da de necessidade (carncia). No entanto, na anlise de similitude, a afetividade positiva (amor) mostra-se central com maior nmero de ligaes de lxicos. Em contextos contra-normativos, a representao revelou-se negativa (louco, no e medo). A anlise de similitude demonstrou uma representao estruturada atravs de uma imagem e de uma afetividade negativas. Conclui-se que os avanos na rea de sade mental, nos ltimos 30 anos, no foram capazes de realizar mudanas representacionais sob fenmenos que ancoram em imagens produzidas desde os primrdios da humanidade. Ressalta-se a possvel existncia de uma zona muda acerca do paciente psiquitrico crnico.