112 resultados para Arapaçu Ecologia


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

A Mata Atlntica (MA) est entre as regies com maior biodiversidade e mais ameaadas do planeta. Esforos em diversas reas do conhecimento tm sido feitos para que se tenha uma estimativa mais refinada da diversidade existente e sua organizao ao longo do bioma. O crescente nmero de estudos que buscam reconstituir a histria da diversificao da MA apontam para um cenrio espacial e temporal complexo, havendo ainda uma lacuna no conhecimento dos processos em pequena escala. Vertebrados em miniatura tm se mostrado uma boa ferramenta para estudos de processos evolutivos em pequena escala. Assim, o gnero Euparkerella, endmico de uma pequena regio da MA dos Estados do Rio de Janeiro (RJ) e Esprito Santo (ES), foi escolhido como modelo para este estudo. No primeiro captulo buscou-se descrever a diversidade existente dentro do gnero a partir de uma filogenia molecular. Para isso, utilizaram-se mtodos bayesianos para gerar genealogias de genes e de espcies a partir de um fragmento de gene mitocondrial e quatro fragmentos de genes nucleares. Os resultados obtidos apontaram para uma grande diversidade crptica no gnero. Foram identificadas seis unidades evolutivas significativamente divergentes para o RJ: duas em Euparkerella cochranae, trs em Euparkerella brasiliensis, e Euparkerella sp.. A espcie mais basal recuperada foi Euparkerella robusta, do ES, e estimou-se o incio da diversificao do gnero para o final do Mioceno. O segundo captulo descreve onze marcadores de microssatlites desenvolvidos para Euparkerella brasiliensis atravs do mtodo de pirosequenciamento de nova gerao 454. No terceiro captulo estudou-se apenas uma unidade evolutiva, Euparkerella brasiliensis da rea dos Trs Picos/ RJ. A partir de marcadores de evoluo rpida (microssatlites) e lenta (sequncias de DNA) buscou-se compreender a estrutura e a dinmica populacional desta unidade evolutiva em uma rea bastante pequena (aprox. 20 km) sob influncia de um gradiente ambiental altitudinal (40 m 1000 m). Foram identificadas, a partir dos microssatlites, duas subpopulaes geneticamente distintas nas bordas do gradiente. O fluxo gnico se deu predominantemente das bordas para a zona de contato, onde foi observado o maior efetivo populacional. Tais resultados indicam que pequenas variaes ambientais podem atuar no isolamento populacional em Euparkerella e corroboram o padro de formas microendmicas identificadas na filogenia. Futuros estudos devem ser feitos no sentido de buscar caracterizar morfologicamente as unidades evolutivas aqui identificadas; preencher as lacunas amostrais, especialmente no ES; e descrever os processos que atuam em pequena escala nas zonas de contato entre as unidades evolutivas e fatores limitantes a distribuio das mesmas.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Entender processos que envolvem a interao entre zona ripria e sistemas aquticos de fundamental importncia para o estudo da dinmica trfica em riachos. Os mecanismos atuantes nessa complexa interao so muitos, mas o estudo dos peixes pode facilitar a estruturao deste conhecimento, pois estes so os principais organismos que interagem com a biota aqutica. Neste sentido, o presente estudo avalia a influncia da cobertura do dossel riprio sobre a dinmica trfica da espcie de lambari B. microcephalus em duas localidades no crrego Andorinha, Ilha Grande-RJ, atravs da anlise da dieta, seletividade de presas e comportamento alimentar. Os dados obtidos e as anlises realizadas sugerem que a espcie possui dieta onvora, muito influenciada pela cobertura de dossel e pouco sucetvel a mudanas sazonais. Esta variao na dinmica trfica percebida em todos os aspectos observados, sugerindo uma marcada plasticidade que permite o ajuste da alimentao, preferncia alimentar e comportamento de forrageio s diferentes condies locais. Este estudo contribui para o reconhecimento do valor da floresta ripria como importante agente estruturador da dinmica trfica em ambientes aquticos.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O presente estudo teve como objetivo central conhecer a composio florstica, a estrutura e a arquitetura das espcies da formao arbustiva fechada ps-praia e investigar possveis associaes com Formicivora littoralis, considerando ttica de forrageamento, construo de ninhos e abundncia da ave. F. littoralis endmica de restingas, e est ameaada de extino devido a perda acelerada de habitat. Entretanto, pouco se sabe sobre a vegetao em que ela ocorre, principalmente sobre as reas de maior abundncia da ave localizadas na formao Arbustiva Fechada Ps-praia (AFP) da Restinga da Massambaba, as quais esto inseridas em um Centro de Diversidade Vegetal (CDV) na Regio de Cabo Frio. Diante disto, este estudo foi realizado em dois trechos desta formao na Restinga da Massambaba, nos municpios de Araruama e Arraial do Cabo, RJ, Brasil. Foram efetuadas 60 excurses a campo, com coletas aleatrias realizadas ao longo de toda a formao, gerao de 20 parcelas de 2x50 m (0,2ha) perpendiculares ao mar, incluindo na amostragem indivduos com DAP e DAS ≥2,5, estes, foram ainda categorizados em modelos de arquitetura de ramificao considerando nmero de ramos em dois patamares de altura (DAP e DAS). O levantamento florstico resultou em 327 coletas de 160 espcies, sendo pelo menos 12 espcies vegetais sob algum estado de ameaa, inclusive redescoberta uma Salicaceae (Casearia sessiliflora). Orchidaceae, Leguminosae e Myrtaceae foram as famlias mais ricas. Foram acrescentados 75% mais espcies na lista preliminar da AFP na Massambaba, alm de 14 novos registros para o CDV de Cabo Frio. Na estrutura e arquitetura foram analisados 906 indivduos de 58 espcies. Sendo os maiores valores de importncia de Pilosocereus arrabidae (42,30) e Chrysophyllum lucentifolium (23,45). A diversidade de Shannon foi de 3,46 e equabilidade de 0,85. A arquitetura da maior parte dos indivduos foi complexa, 58% de indivduos com mltiplas ramificaes, e as espcies apresentando variados padres de ramificao. A densidade populacional de F. littoralis na AFP foi elevada, sendo estimada em 172 ind/km2. A arquitetura da AFP tem influncia na ecologia da ave, pois ela foi generalista quanto espcie utilizada como suporte na construo de ninhos e tambm para as tticas de forrageamento, mas houve seleo de ramos finos que formavam na horizontal ngulos de at 90 de abertura para construir ninhos. Ramos finos e mais horizontais tambm foram utilizados com frequncia para as tticas de forrageamento. A abundncia de F. littoralis esteve correlacionada positivamente diversidade vegetal e negativamente altura da vegetao, caractersticas marcantes nesta formao. Alm disso, elevada taxa de vegetais com sndrome de disperso zoocrica indica a importncia desta formao na oferta de recursos alimentcios para a fauna e atrao de pequenos artrpodes, os quais fazem parte da dieta de F. littoralis.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Estudos envolvendo estimativas de parmetros populacionais de cetceos baseados em dados de foto-identificao tm crescido ao longo dos anos, possibilitando estimar parmetros como abundncia, sobrevivncia, probabilidade de captura e padres de emigrao. No Brasil, ainda so poucos os estudos com cetceos que utilizam essa abordagem, contudo, eles esto aumentando, principalmente com a espcie Sotalia guianensis (van Bnden, 1864), conhecida como boto-cinza. O objetivo desse trabalho foi estimar a sobrevivncia, a probabilidade de captura, a emigrao e a abundncia da populao de botos-cinza na Baa de Paraty (RJ; 2307S 4433W), utilizando modelos de marcao-recaptura baseados em dados de foto-identificao, entre os anos de 2005 e 2009. Os cruzeiros foram realizados entre agosto de 2005 e julho de 2009 com uma embarcao de 26 ps e motor de 200hp. As fotografias das nadadeiras dorsais foram tomadas com a utilizao de uma cmera digital Canon 20D equipada com lente de zoom 100-400mm. Foram realizadas 60 sadas de campo na Baa de Paraty totalizando 172 horas de esforo no campo, sendo 72 horas de esforo fotogrfico. Nas 42 sadas com observao de botos-cinza foram efetuadas 27.892 fotografias e, destas, 6.612 (23,7%) foram consideradas adequadas e utilizadas na identificao dos indivduos de boto-cinza. Um total de 621 indivduos foi catalogado com base em marcas permanentes na nadadeira dorsal. Os histricos individuais de captura foram analisados no programa MARK. A estimativa de sobrevivncia variou de 0,82 ( 0,05) a 0,85 ( 0,05) e a probabilidade de captura variou de 0,16 ( 0,04) a 0,40 ( 0,06). O nmero de indivduos marcados na populao estimado pelo modelo de Jolly-Seber foi de N = 586 ( 114,66) (IC: 361-811). A proporo de animais marcados na populao para o modelo de JS foi de 0,66 ( 0,03). A partir desse valor, foi possvel obter uma abundncia total de 884 indivduos ( 176,8) (IC: 602-1296). A probabilidade de emigrao temporria (γ``) e de permanecer fora da rea (γ`) foi de 0,43 ( 0,07) e a probabilidade de captura/recaptura variou de 0,01 ( 0,01) a 0,42 ( 0,05). A probabilidade de permanncia na rea (1 - γ``), assim como a probabilidade de retorno da emigrao temporria (1 - γ`) foi 0,57. Apesar dos movimentos significativos de indivduos transientes, uma vez que a rea amostrada menor do que as reas de vida que se tem estimadas para o boto-cinza, os dados indicam uma residncia moderada dos botos-cinza. A abundncia anual total variou de 325 para o ano de 2005 a 448 para o ano de 2009. A anlise de poder determinou que seriam necessrios nove anos de estudo para observar uma tendncia de queda de 5% no tamanho da populao. Os resultados reforam que a Baa de Paraty abriga uma das maiores populaes j estimadas para Sotalia guianensis.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O Parque Nacional do Itatiaia, fundado em 1937, o primeiro Parque Nacional do Brasil e apresenta dois planos distintos em seus espaos Parte Alta e Parte Baixa compreendendo municpios dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. O estudo do conflito socioambiental existente no Parque Nacional do Itatiaia (PNI) foi realizado, nesta tese, a partir do processo de ampliao territorial ocorrido nesta Unidade de Conservao, em 1982, que incorporou pequenas propriedades particulares ao territrio da Parte Alta do PNI sem que o Estado efetivasse as indenizaes e as desapropriaes territoriais preconizadas pela legislao ambiental brasileira para unidades de conservao de proteo integral (SNUC Lei Federal n. 9.985/2000). A caracterizao do PNI foi feita levando-se em considerao as correntes ambientalistas que fundamentaram a criao de reas protegidas desde o surgimento da primeira unidade de conservao nos Estados Unidos da Amrica, no sc. XIX. As assimetrias identificadas nas relaes de poder estabelecidas pelos atores sociais envolvidos na questo fundiria do PNI foram destacadas com base nas contribuies do campo da ecologia poltica. Nessa perspectiva, o estudo caracterizou a relao das comunidades tradicionais com o meio ambiente e as prticas socioambientais dela decorrentes e identificou alternativas de sustentabilidade socioambiental para enfrentamento dos conflitos fundirios existentes no PNI. A possibilidade de desenvolvimento de prticas produtivas alternativas agropecuria, como o turismo de base comunitria, por exemplo, que permite a incluso das famlias residentes no territrio do PNI at que se conclua o processo de regularizao fundiria e a sua consolidao territorial, foi ressaltada com vistas a apontar a construo de um arranjo institucional como estratgia de compatibilizao de dois direitos fundamentais garantidos pela Constituio Federal de 1988 (CF/88): o direito ao meio ambiente equilibrado e o direito cultural. Nesse parque, a atividade turstica manifesta-se como uma das alternativas viveis para o enfrentamento dos conflitos sobre a ocupao fundiria, tendo em vista que polticas pblicas de turismo tm concebido aes de gerao de trabalho e renda, de incluso social e de sustentabilidade econmica e ambiental. A adoo da metodologia de pesquisa qualitativa, com base na tcnica de observao participante, permitiu a imerso do pesquisador na problemtica vivenciada por comunidades tradicionais que vivem em UCs e possibilitou a obteno de dados singulares que auxiliaram na interpretao dos resultados. A partir das anlises empreendidas com base no trabalho de campo e nas entrevistas, esta tese refora a importncia da celebrao de um arranjo institucional entre o Estado brasileiro, por meio do rgo ambiental, e as famlias residentes nas comunidades da Serra Negra e da Vargem Grande, dentro dos limites territoriais do PNI, como forma de se criar uma alternativa sustentvel aos impasses vivenciados pelo Estado brasileiro frente s reivindicaes de grupos sociais envolvidos em conflitos socioambientais, no s no PNI, mas em diversas Unidades de Conservao do Brasil.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

reas alagadas so importantes devido grande biodiversidade que sustentam e aos servios ambientais gerados pela sua conservao. Essas reas, quando dominadas por macrfitas, tendem a suportar grande biodiversidade e assumir grande valor de conservao. Assim, o monitoramento do estabelecimento deste importante componente do ecossistema durante um projeto de recuperao de ecossistemas importante para avaliar o sucesso da sua recuperao. Este trabalho teve como objetivo estimar aquantidade de biomassa por rea acumulada em um ecossistema ao longo de um gradiente de recuperao. Atravs da classificao no supervisionada gerada a partir de de imagens de satlite de alta resoluo (GeoEye-1) e amostragem destrutiva foram estimadas quantidades de biomassa por rea em trs alagados em recuperao na Reserva Ecolgica Guapia. A classificao no supervisionada se mostrou uma ferramenta acurada e eficiente no mapeamento de classes de vegetao. Os alagados estudados apresentam uma taxa de acmulo de carbono anual estimada em 1,12 MgC.hec-1 atingindo um mximo de 5.55 MgC.hec-1 no terceiro ano. Adicionalmente, foi observada uma correlao negativa entre biomassa e profundidade.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Os estudos de relao entre a paisagem e a gua doce vm sendo aprofundados pela comunidade cientfica e pelos propositores de polticas pblicas, principalmente, para atender s demandas sobre as maneiras que este sistema ambiental pode ser alterado e na identificao das implicaes polticas e ecolgicas destas mudanas. Quanto mais se torna intenso e diversificado o uso dos corpos hdricos e da paisagem em bacias hidrogrficas maior a necessidade de se definir formas de planejamento, gerenciamento e gesto ecolgica desses ecossistemas. O completo entendimento do funcionamento e dos processos ecolgicos que ocorrem em uma bacia hidrogrfica exige conhecimento simultneo de seus sistemas aquticos e terrestres, da biodiversidade, da fisiografia, da geologia e de sua conservao, temporal e espacial. Este entendimento e conhecimento da rea de interesse so vitais para proposies de instrumentos ambientais legais, como Unidades de Conservao (UCs). muito importante que a fundamentao destas propostas tenha como eixo principal o funcionamento dos ecossistemas e das paisagens, de forma a garantir uma maior conectividade e integrao entre gua (doce, salobra e salgada) e terra, e seus mltiplos usos. A presente tese foi desenvolvida com base neste contexto, apresentando e aplicando metodologias integradoras, seja na ecologia de paisagem (EP), seja na relao entre os ambientes dulccola e terrestre. O objetivo principal deste trabalho foi o desenvolvimento de processos para planejamento ambiental em BHs, atravs do diagnstico, compreenso e anlise do funcionamento e dinmica da paisagem e de ecossistemas de rios e crregos, apoiados no uso de geotecnologias. De acordo com os resultados obtidos, a BHGM ocupa uma rea de 1260,36 km e 204,69 km de permetro. uma bacia com forma mais alongada que circular (KC = 1,6144e IC =0,4747 km/km) que indica uma menor susceptibilidade a enchentes em condies normais de precipitao exceto em eventos de intensidades anmalas. O mapeamento base (2007) realizado indicou que a bacia possua 34,86% de uso antrpico e 64,04 % de remanescente florestal. Os dados de fitofisionomia potencial indicaram predominncia da classe Florestas Ombrfila Densa Submontana (40%) e de Terras Baixas (39%). Foram estabelecidas para bacia 269 unidades de paisagem (integrao da geomorfologia, geologia, fitofisionomia e uso da terra e cobertura vegetal (2007)) que junto com os dados de mtrica de paisagem constituram a proposta integrativa da tese para ecologia de paisagem. Em relao qualidade ambiental foram adotados o ndice de avaliao visual (IAV), o ndice multimtrico fsico-qumico bacteriolgico e o ndice bitico estendido (IBE). A comparao entre estes ndices demonstrou a confirmao entre os seus resultados para a maioria dos pontos amostrados nas reas de referncia e de pelo menos dois ndices para os pontos intermedirios e impactados. Foram propostos tambm dois cenrios para a bacia: um considerando as condicionantes e medidas compensatrias vinculadas licena prvia do complexo petroqumico do Estado do Rio de Janeiro (COMPERJ); e outro, sem considerar estas condies. O primeiro indicou a realizao da restaurao ecolgica, seguindo as diretrizes do mapa sntese, integrada para restaurao da paisagem.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

A invaso biolgica vista como o processo de introduo e adaptao de espcies que no fazem parte, naturalmente, de um determinado ecossistema e considerada a segunda maior causa de perda de biodiversidade. Casuarina equisetifolia uma angiosperma bem adaptada a ambientes com alto teor de salinidade e baixo teor hdrico representando uma grande ameaa a perda de biodiversidade em ambientes costeiros ao colonizar rapidamente reas degradadas nesses ambientes. O presente trabalho procurou avaliar os efeitos da invaso de C. equisetifolia na diversidade de espcies e estrutura da comunidade em um trecho na Restinga da Massambaba. Foram distribudas 46 parcelas de 10m x 10m em cinco diferentes tratamentos prximas entre si denominadas: manejo, queimada, invaso, restinga e controle. Atravs do escalonamento multidimensional no mtrico (NMDS) verificou-se que existe diferena na composio florstica entre os tratamentos invadidos e no invadidos, mas que entre os tratamentos invadidos a composio a mesma. Mesmo os tratamentos sendo prximos entre si, a ANOVA mostrou que existe diferena na densidade de C. equisetifolia mostrando que fatores externos influenciam a estrutura da populao nesses tratamentos. O hbito herbceo foi predominante nos tratamentos de invaso diferindo do tratamento controle onde o hbito arbustivo o mais significativo. A sndrome de disperso predominante foi a zoocrica em todos os tratamentos, exceto no tratamento de fogo e de invaso, onde a anemocoria obteve o mesmo nmero numero de espcies. A ANOVA indicou que a riqueza do tratamento controle muito maior do que a riqueza nos tratamentos de invaso. Os tratamentos de invaso possuem um ndice de Shannon variando de 0,23 a 1,4, enquanto a tratamento controle possui um ndice de 2,49, mostrando o quanto C. equisetifolia homogeneza a flora, fazendo com que poucas espcies consigam colonizar esses ambientes como Pilosocereus arrabidae, Schinus terebinthifolius e Varronia curassavica. A regresso linear realizada indica que a riqueza de espcies diminui com o aumento da densidade de C. equisetifolia

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O zoneamento agroecolgico (ZAE) pode ser um instrumento efetivo de ordenamento territorial setorial rural. Suas diretrizes e suas orientaes tcnicas podem compor os fatores exploratrios de modelos de mudana de uso e cobertura da terra. No Brasil, via de regra, utiliza-se o zoneamento econmico-ecolgico (ZEE) como um instrumento de ordenamento territorial e o ZAE aplicado com o objetivo de fornecer subsdios para o planejamento do uso agrcola das terras, limitando-se, grosso modo, indicao de sistemas agrcolas e agropecurios potenciais e sustentveis adaptados ao clima e ao solo. Um ZAE que fomentou polticas de ordenamento territorial setorial rural foi o Zoneamento Agroecolgico da Cana-de-acar (ZAE-Cana), de 2009, ordenando a expanso da rea plantada com cana-de-acar para a indstria sucroalcooleira no territrio brasileiro. Esta tese discute as diferenas de mtodo na elaborao de suas diretrizes e de suas orientaes tcnicas que permitiram considerar as dimenses social e poltica e verifica se esse ZAE extrapolou a aplicao de indicativo de reas potenciais e passou a fomentar polticas pblicas de ordenamento da expanso da rea plantada com cana-de-acar para a indstria sucroalcooleira no territrio brasileiro. O estudo permitiu concluir que o ZAE-Cana utilizado como um instrumento efetivo de ordenamento territorial para setor rural por ter includo as dimenses social e poltica nas etapas de definio das diretrizes, na validao das anlises e na elaborao das orientaes tcnicas, ou seja, em todas as fases do zoneamento. Em um segundo momento elaborou-se um estudo da aplicao das diretrizes e das orientaes tcnicas do ZAE como parmetros para a modelagem de uso e cobertura da terra. Observou-se a correlao das variveis advindas do ZAE-Cana com os usos e coberturas da terra de 2003 e de 2009 para os estados de Gois e de So Paulo e aplicou-se o modelo Conversion of Land Use and its Effects at Small regional extent (CLUE-S) no estado de Gois de 2003 a 2009 (validao) e de 2009 a 2025 (simulao) para verificar o uso dessas variveis no processo de modelagem, o que permitiu concluir que vivel a aplicao das diretrizes, das orientaes tcnicas e de outras informaes conseguidas durante a elaborao dos zoneamentos agroecolgicos em modelos de mudana de uso e cobertura da terra.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

A distribuio da biodiversidade est associada aos fatores espaciais, ambientais e biolgicos. Esses fatores influenciam a dinmica das comunidades biolgicas, gerando diferenas na distribuio e na abundncia de espcies em escalas local e regional, alm de criarem variaes nos processos populacionais e nos deslocamentos dos animais. Um exemplo a variao na distribuio e estrutura das comunidades de aves em gradientes altitudinais. Entretanto, no h um consenso sobre o padro de distribuio da biodiversidade nesses gradientes, sendo reconhecidos quatro padres de distribuio altitudinal de aves. Nesse contexto, a presente tese teve como objetivo geral estudar algumas das respostas ecolgicas das aves altitude. No primeiro captulo, avaliamos o conhecimento sobre as migraes altitudinais de aves por meio por meio de uma reviso da literatura cientfica. Encontramos 84 estudos, a maioria na regio Neotropical. Nesses estudos, constatamos 380 espcies de aves que realizam essas migraes, sendo insetvoros e nectarvoros os principais grupos trficos envolvidos. Esses estudos tambm mostram que fatores biticos e abiticos podem interagir para explicar as migraes altitudinais. Os deslocamentos para altitudes mais elevadas podem ser explicados principalmente pela disponibilidade de recursos e o menor risco de predao. Enquanto que os deslocamentos para baixas altitudes podem se relacionar, principalmente, s limitadas oportunidades de forrageamento e competio. No segundo captulo analisamos a distribuio regional de beija-flores na Mata Atlntica, por meio do uso de mapas de distribuio de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. de mapas distribuio e informaes disponveis na literatura. Encontramos variaes na composio das espcies de beija-flores em relao altitude, mas, um conjunto de fatores pode explicar essas variaes na composio. Nossos resultados mostraram que alm da variaovariao altitudinal, variao altitudinal, variao altitudinal, variao altitudinal, o efeito do componente espacial (latitude e longitude) e das variveis ambientais correlacionadas a ele foram importantes na distribuio das aves nas reas nas reas estudadas. No terceiro captulo, estudamos, estudamos a distribuio altitudinal das aves (e de beija-flores) de sub-bosque em cinco altitudes na Reserva Ecolgica de Guapiau (170 e 370 m) contgua ao Parque Estadual dos Trs Picos (570, 770 e 1.000 m), no estado do Rio de Janeiro. Coletamos dados bimestralmente (julho/2010 a junho/2011) e mensalmente (agosto/2011 a julho/2012). Utilizamos o mtodo de captura-marcao-recaptura com dez redes de neblina (12 x 2,5 m, malha de 32 mm) expostas no sub-bosque por sete horas/dia em cada ponto amostral por campanha. Observamos tambm os beija-flores no sub-bosque, mensalmente, em transeces lineares (400 m de extenso). Capturamos 95 espcies de aves (53% endmicas de Mata Atlntica), incluindo 10 espcies de beija-flores (oito endmicos). Detectamos a maior riqueza em 770 m e a menor em 170 m de altitude. No encontramos relao entre a riqueza das aves e a altitude. Entretanto, encontramos diferenas na composio, riqueza, abundncia e na organizao trfica das aves nas cinco altitudes amostradas, sendo 170 m, frequentemente, diferente das demais altitudes. Para os beija-flores amostrados com as duas metodologias (captura e observao; 13 espcies), no encontramos diferenas na composio e riqueza nas cinco altitudes. A diversidade e os elevados endemismos registrados na rea ressaltam a importncia da regio para as aves da Mata Atlntica e para preservao dessas no estado do Rio de Janeiro.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

A rea de vida pode ser definida como o espao fsico necessrio para um animal desempenhar as atividades essenciais para sua sobrevivncia, desenvolvimento e reproduo. O conhecimento sobre rea de vida essencial para a compreenso dos processos que regem o uso do espao e a organizao social em populaes animais. Neste estudo, investigamos aspectos das reas de vida do lagarto saxcola, endmico da Caatinga, Tropidurus semitaeniatus, avaliando possveis variaes intersexuais, ontogenticas e sazonais nos tamanhos das reas de vida, bem como elementos da organizao social da espcie. A rea de estudo consistiu em uma rea tpica de Caatinga stricto sensu, localizada no municpio de Pentecoste - Cear. Realizamos coletas em dois afloramentos rochosos, nos quais demarcamos pontos de referncia a cada cinco metros. Coletamos os lagartos residentes nestes afloramentos, registrando, para cada indivduo, o sexo e o tamanho rostro-cloacal (mm), e posteriormente, identificando-o com marcao nica. Vistoriamos cada afloramento durante 20 dias em cada estao (chuvosa e seca), respectivamente em junho e dezembro de 2011, realizando recapturas visuais e coletando registros de posies espaciais de cada indivduo. Estimamos as reas de vida pelo mtodo do Polgono Convexo Mnimo, para os indivduos recapturados pelo menos seis vezes. Obtivemos 56 reas de vida, das quais 10 foram de machos, 20 de fmeas e 26 de jovens. No existiu relao entre os tamanhos das reas de vida e os comprimentos rostro-cloacais dos indivduos. No houve diferenas sexuais, ontogenticas ou sazonais nos tamanhos das reas de vida. Contudo, o espaamento entre as reas de vida foi menor durante a estao chuvosa e a maioria das sobreposies entre reas de vida tambm ocorreu neste perodo. Ao todo, registramos 81 sobreposies de reas de vida, sendo estas mais frequentes entre fmeas e jovens e menos frequentes entre pares de machos. A proporo da rea de vida total sobreposta com outro indivduo foi maior entre pares de fmeas e menor entre pares de machos. Os machos estiveram associados em mdia com 1,5 fmeas, possuindo de zero a sete reas de vida de fmeas sobrepostas com suas reas de vida. O nmero de reas de vida de fmeas sobrepostas s reas de vida de machos esteve positivamente associado ao tamanho dos machos. Por outro lado, no houve associao entre o nmero de reas de vida de fmeas sobrepostas s reas de vida de machos e os tamanhos das reas de vida dos machos correspondentes. Em suma, luz do conhecimento acumulado sobre a histria natural do organismo de estudo, acreditamos que sua extrema especificidade por ambientes rochosos e a disponibilidade limitada de habitats adequados ocupao constituem fatores preponderantes na determinao dos padres singulares de uso do espao e organizao social em T. semitaeniatus.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O objetivo desta Tese realizar o levantamento taxonmico e avaliar a dinmica populacional de Simuliidae em localidades sob influncia do Aproveitamento Hidreltrico de Peixe Angical, TO. Os simuldeos possuem abrangente distribuio geogrfica, e os estgios imaturos utilizam ambientes lticos como stios de criao. Algumas espcies podem atuar como vetores de vrus, protozorios e helmintos, o que confere ao grupo importncia mdica e veterinria. O hbito hematofgico das fmeas de simuldeos pode acarretar srios prejuzos ao turismo; ocasiona baixa no rendimento escolar; e na agropecuria dificulta a execuo do trabalho o que reduz a produtividade. Durante a construo de grandes empreendimentos ocorre em pouco tempo introduo de contingente populacional com drstica transformao do meio. A interveno do homem sobre os ecossistemas e o crescimento desordenado pode provocar desequilbrio ecolgico que propicia a proliferao de espcimes vetores com consequentes problemas mdico sanitrios. A maior parte dos trabalhos realizados com insetos vetores em reas sob influncia da construo de hidreltricas se refere aos culicdeos. O estudo dos aspectos taxonmicos permitir o levantamento da biodiversidade e o diferencial deste projeto est no estabelecimento da sazonalidade e dinmica das populaes de imaturos e adultos de simuldeos. As amostras foram obtidas em reas de influncia direta e indireta da UHE Peixe no rio Tocantins, em 12 pontos diferentes de coleta, nos municpios deJa do Tocantins, Peixe, Palmeirpolis, Paran e So Salvador do Tocantins. Foram realizadas bimestralmente de 2004 a 2007, um total de 24 campanhas para coleta em criadouros pr-selecionados, que acompanharam todas as fases de construo incio das obras, formao do lago, funcionamento da Usina. OS dados abiticos foram aferidos, e os imaturos removidos do substrato manualmente por 10 minutos e posteriormente preparados para ecloso dos adultos. Parte do material foi identificado no Laboratrio de Simuldeos e Oncocercose do Instituto Oswaldo Cruz, onde foram verificados novos registros especficos para a ocorrncia de Simuliidae em Tocantins, alm do assinalamento de espcies antropoflicas e/ou vetores de Onchocerca volvulus. Nas reas usadas para a formao do lago houve desaparecimento de criadouros. O desmatamento ocorrido aliado ao vigor dos simuldeos que conseguem realizar voos de longas distncias na procura de alimento ou locais adequados a oviposio devem ter contribudo para a disperso de espcimes. H relatos sobre a da ocorrncia de oncocercose na rea estudada, um foco foi demarcado na divisa de Gois com Tocantins, municpios Paran e Minau investigado a partir de um caso autctone de oncocercose. Este estudo relevante uma vez que o Brasil possui potencial hidroenergtico e prev a construo de inmeras hidreltricas nos prximos anos. importante estudas as reas impactadas, conhecer a sua biodiversidade e os aspectos bioecolgicos de Simuliidae no pas.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O litoral centro-sul do estado de Santa Catarina representa a mais importante rea de concentrao reprodutiva das baleias-franca-austral, Eubalaena australis, no Brasil. O objetivo deste estudo caracterizar o padro comportamental dos pares fmea-filhote que migram para essas reas ao longo de 10 temporadas reprodutivas (2003 a 2012). Observaes realizadas em pontos fixos foram conduzidas de Julho a Novembro, entre 2003 e 2012, de seis a sete vezes por semana, entre as 6:00h e 17:00h. Os dados foram coletados com auxilio de binculos Pentax 12x55 mm, bssola, relgio digital, e registrados em fichas de campo padronizadas. Os estados comportamentais (natao, descanso e ativo) foram registrados em intervalos de cinco minutos e a frequncia de eventos registrada em cada intervalo de cinco minutos. Natao foi o estado comportamental que prevaleceu tanto para fmeas e filhotes, seguido de descanso e ativo para as fmeas e seguido de ativo e descanso para os filhotes. A natao e o descanso so importantes para as fmeas pois exigem menos energia, j que precisam us-la para atividades das quais a sobrevivncia da espcie depende, como parir, amamentar e cuidar dos filhotes. Para os filhotes, o comportamento ativo mais importante para o seu desenvolvimento motor e preparao para o processo migratrio. Os eventos mais expressados por ambos fmea e filhote foram exposies indefinidas, estas sendo duas vezes maior para os filhotes. Os filhotes apresentaram comportamentos areos em taxas maiores do que as fmeas, o que denota a importncia de tais comportamentos no auxlio ao desenvolvimento da coordenao e na aptido motora e no fortalecimento da musculatura, melhorando a resistncia para a migrao. A taxa de ocorrncia de eventos areos para as fmeas foi geralmente mais baixa, provavelmente na tentativa de desencorajar os comportamentos ativos realizados pelos filhotes. Esses resultados reforam a importncia da rea de estudo como rea reprodutiva para a espcie. O nmero de baleias-franca est crescendo na rea, bem como o potencial conflito com atividades humanas. Entender os padres comportamentais dos pares fmea-filhote de baleias-franca-austral no litoral de Santa Catarina podem servir como valiosas ferramentas para a elaborao de planos de manejo, contribuindo para a conservao da espcie no litoral brasileiro

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Espcies invasoras tm transformado muitos ecossistemas atravs de mudanas na estrutura das comunidades, cadeia trfica, ciclagem de nutrientes e sedimentao. A competio interespecfica ocorre frequentemente entre espcies nativas e introduzidas, e constitui um processo determinante na eficincia da invaso. Essa competio pode acarretar em alteraes no papel das espcies dentro da comunidade e alterar os processos ecossistmicos. Os corais Tubastraea coccinea e T. tagusensis invadiram o Brasil na dcada de 80, e so favorecidos pela carncia de predadores na biota local, sendo a esponja Desmapsamma anchorata o nico organismo identificado como inibidor do crescimento e desenvolvimento desses corais. O presente estudo tem como objetivo: 1) Quantificar e classificar em cinco categorias de interao: sobrecrescimento, contorno, contato perifrico, encontro com at cinco cm de distncia e encontro de cinco ate dez cm de distncia entre as esponjas e Tubastraea spp. na Baa de Ilha Grande, temporalmente; 2) Descrever os mecanismos utilizados na competio entre a esponja D. anchorata e os corais Tubastraea (fsicos ou qumicos?); 3) Descrever a dinmica do crescimento da esponja D. anchorata com relao a fatores abiticos. Foram encontradas 37 espcies de esponjas interagindo com Tubastraea spp, sendo que apenas 12 dessas espcies interagiram mais de 10 % no total de interaes. O contato perifrico e a interao de at 5 cm de distncia foram os tipos de interao mais encontrados. D. anchorata foi a esponja que mais teve o contato de sobreposio. No foi observado efeitos significativos dos extratos de Tubastraea spp. sobre D. anchorata e nem dos extratos de D. anchorata sobre o metabolismo dos corais. A sobreposio foi a principal ferramenta utilizada na defesa contra o competidor, enquanto que os corais Tubastraea spp. utilizaram defesa fsica e provavelmente qumica. D. anchorata no apresentou relao entre seu crescimento e os fatores abiticos medidos e mostrou crescimento em taxas diferentes durante os meses analisados, com um pico no ms de setembro diminuindo at a sua morte, no ms de dezembro. No caso da competio entre os invasores Tubastraea spp. e a esponja D. anchorata, a hiptese de controle bitico no pode ser levada em considerao, j que os corais Tubastraea spp. tm demonstrado capacidade de se expandir e colonizar novos locais muito rapidamente. Porm, como observado no presente estudo, e em outros trabalhos, pontualmente a esponja vence na competio com os corais invasores