239 resultados para Abreu, Caio Fernando, 1948-1996 Crítica e interpretação


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O sculo XIX, no Brasil, foi marcado por uma tentativa de construo de uma identidade nacional e cultural num pas ps-independncia. Neste panorama, Jos de Alencar destaca-se, entre outros papis que exerceu, como significativo romancista e contribui para a formao de um sistema literrio em nosso pas. Porm, na obra dramtica alencariana que tambm podemos identificar uma proposta discursiva da possvel identidade do homem no Brasil a partir de suas relaes contraditrias e problemticas com os "outros" aqui presentes: o portugus, o ndio, o negro, e o francs representaes estas capazes de dar ao homem uma ideia de pertencimento cultural, atravs de uma seleo do que deve ou no servir para representar sua identidade e a de seu povo

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O objetivo desta dissertao analisar o romance Brick Lane (2003), da escritora Monica Ali, focalizando o processo de empoderamento da protagonista Nazneen. Usando os conceitos de lugar e no-lugar propostos por Marc Aug, pretendo examinar passagens do romance que caracterizem a sensao de no-pertencimento vivida pela personagem. Nazneen recorre s memrias de sua infncia com a irm Hasina em Bangladesh para tentar se distanciar do espao fsico de Brick Lane (a comunidade onde reside em Londres), que se constitui em um no-lugar, pois ali no possvel reconstruir sua identidade fragmentada pelo deslocamento de uma cultura para outra. Considerando aspectos histricos e culturais de Bangladesh, terra natal de Nazneen, este trabalho pretende discutir as experincias da protagonista e de outros sujeitos diaspricos do romance, alm de analisar o papel crucial que Hasina (e suas cartas) desempenham na narrativa. O atual contexto multicultural e cosmopolita da cidade de Londres tambm ser investigado, com a discusso de situaes que afetam os imigrantes e suas representaes no romance. Esta dissertao tambm considera o carter gendrado dos movimentos migratrios contemporneos que possibilitam novas perspectivas acerca das consequncias da dispora. A anlise de passagens selecionadas do romance ratifica o processo gradual de autonomia de Nazneen que, por fim, consegue se sentir em casa novamente

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Proposta de leitura de fragmentos de versos integrantes da potica de Florbela Espanca e de textos da filosofia de Simone de Beauvoir, notadamente contidos na sua obra magna O Segundo Sexo, numa anlise contrastiva do percurso intelectual de ambas as escritoras, no que diz respeito dominao masculina e resistncia das mulheres por intermdio do exerccio escritural. O presente trabalho prope uma anlise incisiva dos trabalhos das autoras citadas, fazendo uma correlao entre vida e obra de ambas, at chegar a questo da dominao masculina. Tendo como objetivo principal chamar a ateno para os pontos chaves que as autoras acentuavam em suas obras e que serviram de fora poderosa para a ruptura dos laos patriarcais. Aqui representa-se e confronta-se a viso masculina, a qual a sociedade estava to acostumada (principalmente diante do fato que toda literatura era composta por homens), com obras de mulheres que dentro de uma mundo estritamente masculino, deram seu grito de liberdade atravs de seus escritos. Logo, a dissertao aqui apresentada tem por objetivo demonstrar a inovao literria e tambm social, que Simone de Beauvoir e Florbela Espanca trouxeram, no momento em que decidiram constituir-se no mais apenas como mulheres, mas como escritoras, conscientes e responsveis por suas decises e por aquilo que escreviam

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A ps-modernidade marcada pela dissoluo de fronteiras, sejam elas espaciais, culturais, sociais ou artsticas. No campo da arte, percebe-se uma significativa influncia mtua entre cinema e literatura, na medida em que as estticas, os estilos e os recursos so transitveis entre essas duas artes, a ponto de alguns romances possurem caractersticas da linguagem cinematogrfica e de o cinema possuir uma narrativa bem prxima literria. Por outro lado, a ps-modernidade tambm marcada por um grande crescimento das produes flmicas e literrias para a massa, para um pblico cujo interesse o entretenimento, e no a discusso, a crítica ou a reflexo. Nesse sentido, surgem vrios autores que se preocuparo em produzir sua arte de forma que atinja o maior nmero de pessoas, de pblico, o que inevitavelmente aproxima suas obras das de mercado - ou as converte em obra de mercado. O presente trabalho, portanto, visa fazer uma anlise de algumas das produes artsticas do romancista, diretor e roteirista Guillermo Arriaga, cuja obra transita pelo cinema e pela literatura, porm unindo-os a partir de uma esttica realista contempornea, que produz suas obras para o pblico de massa, caracterizando-se, segundo a definio da prof. Vera de Figueiredo (2010) como um autor miditico

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Durante a segunda metade do sculo XIX, a ateno dada cincia, que ganha ento maior espao na literatura, cresce muito. A Medicina estava em ascenso, e grande foi a sua importncia no controle de enfermidades e reduo do nmero de mortes prematuras. Alm disso, os mdicos ainda enfrentavam, apesar de tudo, dificuldades para se estabelecerem socialmente, uma vez que ainda existia o costume da busca de curandeiros, boticrios e benzedeiras. Ea de Queirs, que, neste particular, traa um panorama diversificado e valioso da situao portuguesa, aborda o cientificismo, colocando-o em xeque, juntamente com o discurso religioso, ambos ainda com tanto prestgio na esfera dos assuntos pblicos. Muitos estudiosos ainda veem na obra de Ea um carter exclusivamente doutrinador, e no discurso cientfico percebem apenas um contraponto ao discurso religioso. A anlise de trs obras que trazem mdicos como personagens secundrios ou como protagonistas na trama mostra que no era somente este o papel do cientificismo queirosiano em O Primo Baslio, O Crime do Padre Amaro e Os Maias. Atravs dos mdicos dos romances da fase mais marcadamente realista-naturalista de Ea (Julio, Dr. Gouveia e Carlos Eduardo) possvel perceber o quanto Ea avana de posies mais doutrinrias (da dcada de 70) para posies mais complexas e problematizadoras (da dcada de 80)

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Este trabalho se prope investigar o homem humano rosiano atravs do personagem figural Diadorim. Seguindo pelas veredas Bakhtinianas e Ricoeurianas chegaremos ao palco polifnico por excelncia, o grande serto. Nele, analisaremos as vozes da paixo em Diadorim: o corpo, a religio e a proclamao do homem humano rosiano no Grande Serto: Veredas. Investigaremos as travessias desde o menino, Reinaldo, Diadorim, Deodorina da f at o nascimento do homem humano: a efetiva travessia nonada. Logo, Diadorim coincidentia oppositorum, a reunio dos contrrios, que est determinada a eliminar aquele que no . Apresentaremos a sntese da modernidade rosiana: Nem Deus, nem demo: Diadorim - o homem humano no palco polifnico do grande serto, espao onde o diabo no h, existe homem humano

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Esta dissertao um estudo comparativo do legado vitoriano deixado para as escritoras do sculo XX, Virginia Woolf e Sylvia Plath. Primeiro discutem-se as agncias controladoras do corpo feminino na era vitoriana e a formao de um ideal de feminilidade que chamamos de Anjo do Lar. Em seguida, discute-se como Virginia Woolf apreende essa imagem e a subverte, criando seu duplo, que chamamos de Demnio do Lar. Por fim, promovemos o dilogo entre Sylvia Plath e Virginia Woolf. Plath parece escrever aos moldes de Woolf, criando uma literatura de morte, feita para assassinar o Anjo do Lar. Usamos para tal estudo o conceito de criture fminine, criado pelas francfonas Hlne Cixous, Luce Irigaray, e Julia Kristeva, entre outras, para traar os paralelos entre um lugar para o feminino na escrita e a busca de uma tradio por Woolf. A abjeo de Kristeva, a dinmica de poder entre alma e corpo de Foucault e o conceito de duplo de Otto Rank nos ajudaro, por fim, a entender como se d a morte do Anjo na literatura, especificamente no romance A redoma de vidro (1963) de Sylvia Plath

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Este trabalho tem como objetivo investigar pontos de convergncia nas obras de dois autores britnicos, Angela Carter (1940-1992) e China Miville (1972- ). Os romances a serem estudados so Nights at the circus (1984) e The infernal desire machines of Doctor Hoffman (1972), de Angela Carter, e Perdido Street Station (2000) e The city & the city (2009), de China Miville, e, como ponto de partida, ambos demonstram elos representativos com a fico de gnero, evidenciados pelas obras escolhidas. Ao esmiuar paralelos entre os romances, busca-se em especial dissecar as intersees temticas e estilsticas, bem como as divergncias e contradies que despertem interesse. Entre os temas investigados est a alteridade e o hibridismo ambos autores fazem uso de personagens ex-cntricos e usam o hibridismo de modo a acentuar a Alteridade reservada ao Outro. Tambm ser examinada a abordagem dos autores fico de gnero e o tratamento reservado aos tropos e clichs da Fico Cientfica e da Fantasia. Por fim, a pesquisa observar o conceito que ambos compartilham de que discursos podem no ser uma mera reflexo da realidade, mas tambm criar e moldar o que tomamos por real. A todos os temas so aplicadas a teoria e crítica do ps-modernismo, alm do material especfico que lida com a fico especulativa, Fantasia e Fico Cientfica

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Estudo do texto teatral O Mambembe, a partir dos contextos em que foi criado, em 1904, e depois reabilitado, para o pblico e para a crítica, 55 anos depois. A tica da recepo destaca esta pea do conjunto da obra de Artur Azevedo, deixando entrever, principalmente a partir de uma possvel ideologia de um teatro educador dos sentidos, as contradies do texto com o mundo da diverso teatral na entrada do sculo XX carioca, sua tentativa de certa forma de escapar a sua massificao, apelando ao passado e promessa de um futuro mais artstico para o teatro. Na primeira parte se discutem as ideias inaugurais para o teatro de formao na modernidade, e como estas so catalisadas no Brasil em torno de um teatro que civiliza pela formao de almas, at a poca de Artur Azevedo. Depois de explorar alguns aspectos histricos da poca de O Mambembe, expe-se um pequeno painel e algumas consideraes tericas sobre a indstria e a estrutura do teatro ligeiro da entrada para o sculo XX.Na segunda parte do trabalho, ligadas s questes tericas sobre recepo teatral, so discutidas as noes de teatro e cultura de cada poca, atravs de comentrios e críticas de jornais. Depois de uma pequena exposio das mudanas ideolgicas e culturais que se passaram no intervalo dos 55 anos entre uma montagem e outra, o trabalho termina com uma proposta de metaforologia do texto a partir das informaes colhidas e resultados experimentados

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O corpus desta dissertao tem por objetivo a anlise das obras A Maior flor do Mundo de Jos Saramago, O Gato e o Escuro de Mia Couto e O Mistrio do Coelho Pensante de Clarice Lispector para o pblico infantil. A anlise empreendida tem como referencial terico a Esttica da Recepo de Hans Robert Jauss e a Teoria do Efeito Esttico de Wolfgang Iser, correntes que figuram o leitor como elemento atuante no ato da leitura, convidando-o a mergulhar nas entrelinhas dos textos e preencher lacunas ou hiatos, deixados pelos autores que mobilizam o leitor a formular o que no foi dito atravs da imaginao. A linguagem das obras mencionadas age como instrumento de percepo do leitor e smbolo da infncia, pois, tornar-se-o prazerosa, fantstica e maravilhosa sem a funo disciplinadora e moralista que, anteriormente, inibia a criana de se expressar com liberdade. Ao trabalhar com conceitos como recepo, efeito, horizonte de expectativas e leitor implcito, busca-se explicar como se d a leitura e a sua insero no contexto das prticas culturais de produo de sentido. As obras estudadas contribuem para a formao de leitores crticos e reflexivos ao questionarem a linguagem literria diante das experincias da vida. As ilustraes das obras no se apresentam somente como simples complementao dos textos verbais, mas tambm, adquirem significados e expresses estticas

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Arnoia, Arnoia, do escritor galego Xos Lus Mndez Ferrn, recorre a estruturas literrias arquetpicas do Maravilhoso, ressignificando-as. O heri, diante de provaes que vivencia, sai em viagem na busca de um lugar ideal, sendo acompanhado de um personagem e variados objetos mgicos. Um passeio pelas sendas de Arnoia, Arnoia obriga a reler criticamente elementos de construo literria que retomam a tradio mtica, em especial a cltica medieval, uma vez que a literatura galega tem recorrido, em muito, cultura celta para expressar o seu imaginrio. Arnoia, Arnoia traz para a contemporaneidade variados elementos prprios do Maravilhoso, valendo-se deles para construir novos sentidos. Dessa maneira, o inslito, pacificamente esperado e mesmo demandado no Maravilhoso, surpreende na narrativa ferriniana

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O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma leitura do romance A Costa dos Murmrios da autora Ldia Jorge, que aborda o lado oculto da guerra portuguesa em frica, denunciando os fatos ali ocorridos, destacando os aspectos da narrativa, o universo simblico e as caractersticas de alguns personagens, com finalidade de desconstruir, revelar, rasurar junto com Eva Lopo a Histria oficial, bem como ler as entrelinhas a fim de desvendar a barbrie da guerra colonial em frica por meio desse extraordinrio recuo temporal realizado por Ldia Jorge. Atravs de sua personagem principal, encontramos a metamorfose de uma frgil Evita, que ressurge, agora, na pele daquela que devora- Eva Lopo (lupus)

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Este trabalho visa refletir sobre a composio da narrativa no livro de contos "Os lados do crculo" (2004) do escritor Amlcar Bettega Barbosa, alm de sua insero na literatura brasileira, principalmente nas dcadas de 90 a 2000. A partir da anlise dos contos, foi possivel pensar algumas de suas caracteristicas, tais como o uso da metafico, a hibridizao dos gneros literrios, assim como a questo do conceito de realismo e dos processos de subjetivao na contemporaneidade

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da natureza do ser humano encantar-se, ao menos em determinada fase da vida, pela narrativa de um conto de fadas, deixando-se levar pela fantasia da Literatura, acreditando que nas pginas de um livro tudo possvel. Essa crena na fantasia, no entanto, pode no lhes acompanhar a vida toda, uma vez que a passagem da infncia para a adolescncia e a fase adulta, bem como as exigncias do mundo moderno, cerceiam essa capacidade de fantasiar, ao mesmo tempo inata e necessria ao homem. A escola, ento, teria o papel fundamental de preserv-la, perpetuando nos alunos o gosto pela fantasia, to essencial ao seu desenvolvimento cognitivo e psicolgico, alm da percepo esttica; afinal, Literatura arte. Nem sempre isso o que ocorre, e o ambiente escolar torna-se um espao de reproduo de conhecimentos, com o ensino focado na norma gramatical, na historiografia literria, sendo o texto relegado ao simples papel de pretexto para anlises dissociadas do que realmente importa: o texto e os recursos que o compem. No caso da Literatura, arte da palavra, parte-se do pressuposto de que um dos recursos essenciais para sua concepo sejam as metforas, instaurando a fantasia. Chega-se, ento, a um ponto crucial desse trabalho: as metforas so componentes essenciais da fantasia, mas ambas so relegadas pela escola, que no se pauta por um ensino produtivo. Ao invs de compreenderem o potencial metafrico, aos alunos cabe a simplria tarefa de reconhec-las e classific-las. Essas constataes despertaram o desejo de entender melhor a relao existente entre fantasia, metfora e literatura infantil, gerando alguns questionamentos: afinal, o que fantasia? o mesmo que fantstico? A fantasia caracteriza, apenas, a Literatura infantil? Essas indagaes propiciaram reflexes acerca da importncia do texto literrio na sala de aula e no trabalho feito com ele. Assim, lanando teoria um olhar docente, empreende-se uma anlise do livro A casa da madrinha, de Lygia Bojunga, verificando a fantasia presente na obra perfeita fuso entre o real e imaginrio e como ela se instaura: pelas metforas

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A presente pesquisa trata da formao da teoria da pintura durante o perodo das Seis Dinastias, que ocupa o perodo que vai do ano 229 ao ano 589 da era presente. So discutidos quatro tericos principais: Gu Kaizhi, Zong Bing, Wang Wei e Xie He. Alm disto, apresentamos uma traduo diretamente do chins para os textos de cada um dos autores analisados. No decorrer de nossa anlise tentaremos demonstrar os elos de continuidade existentes entre os diversos tericos, baseando-nos nas evidncias textuais. Alm disto, enfatizaremos o fato de ser este o perodo em que se forma a teoria da pintura chinesa. O perodo inicial da histria dessa teoria o tema desta pesquisa