119 resultados para Medicina legal Estudo e ensino (Superior) - Teses


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Com vistas conceptualizao do conceito de BANDIDO em 32 expresses com a estrutura bandido de x, descrevemos, nesta dissertao, os modelos cognitivos idealizados subjacentes construo de sentido de tais expresses, postulando-lhes um carter de modelo cognitivo complexo, nos termos de Lakoff (1987), produtivo na lngua. Constituem ainda o arcabouo terico deste estudo a Teoria da Mesclagem Conceptual (FAUCONNIER e TURNER, 2002) e a Teoria da Metfora Conceptual (LAKOFF e JOHNSON, 1980). A anlise das construes bandido de x foi realizada a partir de 137 comentrios retirados da internet e definies elaboradas por 15 alunos do ensino fundamental; 18 do ensino mdio e 20 alunos do ensino superior. Os alunos que colaboraram com a pesquisa definiram 24 expresses bandido de x. A pesquisa obedeceu ao procedimento qualitativo de anlise dos dados, no qual observamos as diferentes interpretaes dadas para as expresses, fundamentando-as a partir dos processos cognitivos envolvidos no sentido das mesmas. Assim com base na anlise dos comentrios de internautas e nas definies de alunos, propomos quatro processos de conceptualizao para as expresses bandido de x: (a) conceptualizao com base em modelos cognitivos proposicionais, em que x um locativo interpretado como lugar de origem ou de atuao do bandido bandido de morro, bandido de rua, bandido de cadeia ; (b) conceptualizao com base em modelos esquemtico-imagticos, em que observamos a atribuio de uma espcie de escala ao sentido atribudo construo, culminando em diferentes status para a categoria BANDIDO DE X, subjacente a expresses bandido de primeira/segunda/quinta categoria/linha; (c) conceptualizao de BANDIDO DE X com base em modelos metonmicos, em que x uma pea do vesturio/calado/acessrio, de modo a interpretar o BANDIDO como pertencendo a uma categoria que costuma utilizar determinada pea de roupa, acessrio ou calado bandido de colarinho branco, bandidos de farda, bandido de chinelo ; (d) conceptualizao de BANDIDO DE X com base em modelos metafricos, em que x um conceito abstrato que pode ser entendido como um objeto possudo pelo bandido, de forma a caracteriz-lo pela maneira de agir ou expertise bandido de conceito, bandido de atitude, bandido de f. Acreditamos, assim, na possibilidade de descrio de padres que regem a conceptualizao de BANDIDO DE X, cujos sentidos alcanados por meio de modificadores revelam a produtividade e complexidade do modelo cognitivo BANDIDO

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Esta tese objetiva a anlise de provas discursivas de Lngua Portuguesa de vestibulares, na perspectiva da leitura, focando a compreenso de texto, suas estratgias e os conhecimentos prvios necessrios ao egresso do Ensino Mdio. So analisadas as provas discursivas de Lngua Portuguesa da UERJ, UNIRIO, UFF e UFRJ, realizadas nos vestibulares 2006, 2007 e 2008. Parte-se das seguintes hipteses: as provas solicitam conhecimentos prvios baseados nos programas, habilidades e competncias a serem desenvolvidos no nvel mdio; a dificuldade apresentada na realizao das questes est relacionada no s ao conhecimento disciplinar de lngua portuguesa, mas tambm capacidade/estratgia de leitura dos enunciados e dificuldade de seleo e interao de diferentes conhecimentos especficos relacionados ao seu uso pragmtico. A partir de tais hipteses, propem-se os seguintes objetivos: levantar os conhecimentos especficos relativos ao ensino de lngua portuguesa; compreender a relao do processo de leitura na ativao do conhecimento prvio; relacionar o processo de avaliao do vestibular ao contexto da educao bsica; buscar explicao para as questes com nota mdia baixa. Para atingir os objetivos, contextualiza-se o ensino de Lngua Portuguesa no Ensino Mdio; aborda-se a leitura, no vis da compreenso de texto, focalizando principalmente conhecimentos prvios e inferncias; faz-se uma breve histria do vestibular, seus objetivos e seu papel; a seguir, analisam-se as provas indicadas, levantando-se conhecimento prvio, habilidades e competncias envolvidas no processo de compreenso de texto. As principais concluses so: as questes das provas analisadas esto de acordo com os programas publicados pelas universidades e com os PCNs; o nvel de exigncia graduado, conforme as competncias e habilidades variadas; o conhecimento prvio organizado e esquematizado fundamental para a realizao de inferncias adequadas

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Esta dissertao de mestrado desenvolve uma pesquisa a respeito da abordagem de morfologia em livros didticos e a contribuio desse contedo lingstico para as aulas de lngua portuguesa no ensino mdio. Antes de examinarmos as duas colees didticas adotadas para a investigao, apresentamos uma breve anlise sobre o ensino-aprendizagem de lngua materna, salientando aspectos crticos relacionados metodologia e aos contedos de ensino. A seguir, tecemos comentrios sobre o livro didtico e apresentamos o corpus composto por duas colees didticas do ensino mdio, de onde selecionamos os contedos de morfologia. Analisamos a orientao didtico-lingstica dada pelos autores aos estudos referentes morfologia.Tecemos consideraes sobre o enfoque didtico de tais contedos e verificamos a contribuio de cada um para o aprimoramento lingstico do aluno na sua capacidade de produo de textos orais e escritos

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O presente trabalho sugere que o ensino de morfologia possa contribuir com a proficincia em leitura e escrita dos alunos. Buscou-se refletir sobre essa prtica com a inteno de mostrar o ensino de um componente curricular como meio e no como fim em si mesmo. Focaliza-se o funcionamento do sistema da lngua para que, com tal domnio, amplie-se sua competncia lingstica. Propomos a discusso em classe da pertinncia do sentido contextual da nova formao que aparece nos textos dos cronistas eleitos seguida da reutilizao das mesmas (ou similares) em seus prprios textos. O que sugerimos exatamente uma prtica inversa habitualmente vista nas escolas. Confrontamos semelhanas e dessemelhanas das combinaes lexicais com outros processos de formao de palavras por composio, alm de verificar se as combinaes lexicais so passveis de anlises estruturais e semnticas

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Esta dissertao tem por objetivo o estudo da narrativa dedicada ao pblico infanto-juvenil atravs de seus sumrios e das estratgias textuais e discursivas que levaram a coleo ao grande recorde de venda no perodo de 2007. Trata-se de uma narrativa, de autoria a Dav Pilkey, intitulada As Aventuras do Capito Cueca. Fazem parte deste corpus os quatro volumes iniciais da coleo e seus respectivos sumrios analisados dentro da teoria laboviana sobre as narrativas. O estudo proposto analisa o tipo de texto e que estruturas podem justificar o porqu de os volumes serem considerados um romance pico. Analisa-se, a importncia das construes metafricas e referenciais para a construo dos personagens e para a progresso textual. Postulam-se trs tipos de metforas - a do poder, a da ao e a da aventura, que, participam na superestrutura textual, construindo a histria como um conjunto de elementos composto, tanto pelos referentes quanto pelas escolhas lexicais, j que, por meio do lxico, so delineadas as pistas necessrias progresso textual o que, consequentemente, propicia um texto com articulao e suspense, o que torna a leitura mais prxima do pblico que a coleo deseja atingir. Mostrou-se necessrio, tambm, um estudo mais acurado do gnero e da tipologia textual, visto que, nesse momento, nos utilizamos da prpria denominao do subttulo da coleo: romance pico. A organizao da microestrutura do texto na perspectiva da relao metfora e referentes permitiu o reconhecimento de uma trade na organizao da macroestrutura da narrativa, justificando a referncia narrativa pica e s peripcias vividas pelos personagens. essa complexidade textual que torna a coleo to singular e atrativa aos olhos do pblico a que se destina, confirmando a essncia do processo de interao entre texto/ leitor/ produtor, em um processo dialgico. Embasam esse estudo as teorias scio-cognitivas de Lakoff e Johnson (2002) e Sardinha (2007), Koch (2002), Cavalcante (2011), Marcuschi (2008). Conclu-se que a arquitetura do texto pode, de fato, interferir no processo de desenvolvimento da competncia de leitura dos estudantes, prendendo seu interesse, o que faz com que haja uma construo de interao. Essa possibilidade, por analogia, pode ser, de um lado, um ponto de desvendamento para o sucesso de alguns livros publicados e que se tornam absoluto sucesso em um dado tempo entre os jovens; de outro lado, pode colocar o professor e a escola do sculo XXI frente de novos desafios no s no que tange ao desenvolvimento das diferentes habilidades de leitura, mas tambm frente ao que importante do ponto de vista discursivo para o incentivo leitura, em um mundo marcado semioticamente pela imagem

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Esta tese prope uma reflexo sobre o ensino da hiprbole na escola, adequada s exigncias do ensino de lngua materna, consoante ao papel que lngua e linguagem exercem na interao verbal. Inicia-se com a investigao de disciplinas lingsticas que entendem o texto como prtica discursiva alternada entre interlocutores mutuamente influenciados, e se estende anlise produtiva da hiprbole na construo argumentativa do enunciador. Aproveita a (quase) consolidada presena do texto jornalstico em sala de aula, como veculo de informao, e acrescenta o estudo discursivo das hiprboles como estratgia do enunciador das colunas polticas e editoriais jornalsticos, no dilogo textual. Busca a identificao das pistas deixadas pelo enunciador, em marcas formais, com a inteno de (inter)agir sobre o leitor. Oferece possveis leituras das palavras utilizadas pelo jornalista, considerando os vrios elementos constitutivos da cena enunciativa; apresenta a possibilidade de aplicao de alguns contedos gramaticais em estrutura discursiva textual e sugere exerccios de compreenso e produo de texto

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Normas lingusticas so os usos institudos pelos falantes da lngua. H normas consagradas pela tradio literria, por exemplo, e h normas consagradas pela tradio das comunidades. Quando estas no so aceitas, pode se dar o conflito, motivado pela no aceitao da nova norma, ou da norma diferente, geralmente acompanhada de avaliaes negativas. Tomando os pronomes pessoais ele/lhe acusativos, me inicial e se sujeito (usando outras categorias quando a situao for favorvel) como referncia, procura-se investigar os motivos que levam a tais conflitos. Usa-se um conjunto de pensamentos provenientes da sociolingustica, do funcionalismo, da lingustica histrica, da tradio gramatical, que, juntos, do sustentao problemtica, sem levantar corpus exaustivo para descrio e explicao de regras da lngua, motivo por que essas teorias so aproveitadas, enfaticamente, apenas em suas bases tericas gerais. Os exemplos so esparsamente colhidos em fontes diversas: livros, canes, textos literrios, ensaios, mas principalmente em notcias veiculadas na internet. o que basta para um exame crtico da questo abordada. Para tanto, foram cotejados os posicionamentos da normatividade (a lngua ideal, homognea) com os da normalidade (a lngua em uso, heterognea). No entrementes que esto as causas dos conflitos: a ideia de que a escrita representa o modelo certo, a resistncia s mudanas e variaes, o imaginrio social que decide o certo e o errado, a ideologia avessa evoluo da lngua e os conselhos do tipo no use e evite vo desgastando a concepo de lngua. Para posturas como essas, no so aceitos os usos estigmatizados, embora abundantemente usados nos veculos de comunicao sociais

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No mbito do ensino-aprendizagem de lnguas adicionais, pesquisas acerca do desenvolvimento da oralidade tm demonstrado que se trata de um fenmeno multidimensional. Nakatani (2010) mostrou que o domnio de estratgias comunicacionais so indicadores de desempenho lingustico e se relacionam com a proficincia do aprendiz; Kang, Rubin e Pickering (2010) observaram que os traos fonolgicos afetam a percepo sobre inteligibilidade e proficincia; Hewitt e Stephenson (2011), e Ahmadian (2012) indicaram que as condies psicolgicas individuais interferem na qualidade da produo oral. Escribano (2004) sugeriu que a referncia contextual essencial na construo de sentido; Gao (2011) apontou os benefcios do ensino baseado na construo do sentido, a partir de metforas conceptuais (LAKOFF e JOHNSON, 1980), codificao dupla (CLARK e PAIVIO, 1991) e esquemas imagticos (LAKOFF, 1987); e Ellis e Ferreira-Junior (2009) demonstraram que as construes exibem efeitos de recncia e priming, afetando o uso da linguagem dos parceiros interacionais. Tais estudos apontam para a natureza complexa da aquisio de L2, mas o fazem dentro do paradigma experimental da psicolingustica. J Larsen-Freeman (2006), demonstra que a fluncia, a preciso e a complexidade desenvolvem-se com o tempo, com alto grau de variabilidade, dentro do paradigma da Teoria da Complexidade. Em vis semelhante, Paiva (2011) observa que os sistemas de Aquisio de Segunda Lngua (ASL) so auto-organizveis. Esses trabalhos, no entanto, no abordaram aprendizes de L2 com proficincia inicial, como pretendo fazer aqui. Tendo como referenciais tericos a Teoria da Complexidade e a Lingustica Cognitiva, o presente trabalho apresenta um estudo de caso, qualitativo-interpretativista, com nuances quantitativos, que discute os processos de adaptao que emergiram na expresso oral de um grupo de aprendizes iniciantes de ingls como lngua adicional no contexto vocacional. Parte do entendimento de que na sala de aula vrios (sub)sistemas complexos coocorrem, covariando e coadaptando-se em diferentes nveis. A investigao contou com dados transcritos de trs avaliaes coletados ao longo de 28 horas de aula, no domnio ENTREVISTA DE EMPREGO. Aps observar a produo oral das aprendizes, criei uma taxonomia para categorizar as adaptaes que ocorreram na sintaxe, semntica, fonologia e pragmtica da lngua-alvo. Posteriormente organizei as categorias em nveis de prototipicidade (ROSCH et al, 1976) de acordo com as adaptaes mais frequentes. Finalmente, avaliei a inteligibilidade de cada elocuo, classificando-as em trs nveis. A partir desses dados, descrevi como a prtica oral dessas participantes emergiu e se desenvolveu ao longo das 28 horas. Os achados comprovam uma das premissas da Lingustica Cognitiva ao mostrarem que os nveis de descrio lingustica funcionam conjuntamente em prol do sucesso comunicacional. Alm disso, demonstram que a funo do professor, como discutem LARSEN-FREEMAN e CAMERON (2008), no gerar uniformidade, mas sim oportunizar vivncias que estabeleam continuidade entre o mundo, o corpo e a mente

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Esta dissertao tem o objetivo de analisar os determinantes socioeconmicos e culturais que levam alunos procura de um programa de governo para insero em instituio privada de ensino superior. No caso deste estudo, o foco recaiu sobre os alunos bolsistas do Prouni da Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro PUC-Rio. A pesquisa consiste em uma discusso sobre a natureza da procura por uma titulao de nvel superior, fundamentada nas bases histrico-sociais que atravessam nossa sociedade, haja vista o universo do programa ser focado no espao geogrfico brasileiro, no qual os sujeitos so os alunos que esto cursando ou j cursaram o ensino mdio ou mdio tcnico em instituio pblica de ensino. Para anlise dos dados, utilizamos o mtodo do materialismo histrico dialtico, e como ferramenta a anlise crtica de discurso - ACD. Utilizamos entrevista semi-estruturada, tanto para os gestores quanto para os alunos, e um pequeno dirio de campo. Tratamos da formao das polticas pblicas para a educao no contexto macrossocial de modo a buscar compreender o fetiche sobre o que seja uma titulao em nvel superior. Trazemos uma anlise da fala dos alunos tendo como pano de fundo o discurso de profissionais da instituio, na procura de uma aproximao com as realidades vividas, a fim de saber quais so as reais expectativas de futuro percebida por estes alunos, e assim poder captar se a titulao visa, para alm de atender a ordem capitalista, satisfazer necessidades que se expe a partir da subjetividade dos indivduos sociais. Conclumos que a titulao tem no imaginrio social duas determinaes: Por um lado acredita-se que o ttulo vai propiciar ao aluno atender as necessidades concretas do mercado, proporcionando sua entrada no mundo do trabalho, por outro, o mundo social d ao ttulo de bacharel um peso simblico que colocar o sujeito num patamar diferenciado dentro da sociedade. Todavia, todo este processo passa por uma dimenso de tomada de conscincia do lugar social que coloca os alunos num confronto direto entre sua realidade objetiva e a realidade social concreta dos alunos pagantes da PUC-Rio, o que cria em alguns alunos momentos de adoecimento. Conclumos que o programa Prouni pode ser um caminho para a conscientizao do lugar social das diferentes fraes de classe, mas precisa de aperfeioamentos, pois nestes processos, onde o enfretamento da realidade direto e envolve pessoas, a questo do cuidado deve se fazer presente.

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A tese trata da poltica de aes afirmativas para pessoas com limitaes oriundas de deficincia na educao superior problematizando os fatores que do sustentabilidade, aperfeioam ou dificultam o acesso, a acessibilidade e a permanncia de estudantes com tais caractersticas neste nvel educacional. Valendo-se de fontes bibliogrficas, documentais e orais caracteriza-se como pesquisa qualitativa do tipo exploratria. Seus objetivos so: apresentar elementos de referncia para a construo de protocolos que dem sustentabilidade a incluso deste grupo na educao superior; discutir as bases sobre as quais se assentam o direito reserva de vaga para este grupo social; investigar, aportada na acessibilidade, fatores facilitadores e dificultadores para o acesso e a permanncia de estudantes cotistas com deficincia ao longo do processo de formao. O cenrio de investigao a Universidade do Estado de Rio de Janeiro (UERJ), Campus Francisco Negro de Lima (Maracan) e os atores so estudantes com limitaes por deficincia ingressantes atravs da reserva de 5% das vagas (vestibulares 2004/2005). O percurso metodolgico compreendeu: entrevista de aproximao; construo de roteiro para entrevista composta de questes semi-estruturadas; oitiva destes estudantes atravs de entrevista e; anlise hermenutica (MINAYO, 1996, 1999, 2005) para interpretar as informaes e apreender as dimenses em que se elaboram os sentidos sobre as aes afirmativas na UERJ. Privilegiamos a narrativa (QUEIROZ, 2004) como prtica de linguagem que oportunizou abordar textos cientficos, documentos e depoimentos como resultado de processos resultantes de mltiplas determinaes e significados especficos expressos em linguagens. As concluses apontam para a relativa invisibilidade dos estudantes cotistas com deficincia no contexto da UERJ. Tal invisibilidade deve ser pensada como construo na qual participam a Instituio - que se encontra em uma espcie ‗zona de conforto quanto s necessidades formativas destes sujeitos e a prpria forma como eles se inserem na Universidade. Os estudantes tm escassa participao cultural, no integram redes de sociabilidade, no se reconhecem como parte de um coletivo (de estudantes cotistas com deficincia) e enfrentam problemas relacionados pedagogia acadmica, conforme a gravidade das limitaes e os estigmas decorrentes. No tocante a UERJ, verificou-se a convivncia de dois movimentos: um, que busca avanar no processo da permanncia e concluso do curso de tais estudantes e outro, que ignora tais necessidades podendo ser caracterizado como no-movimento. Esperamos contribuir para a construo de protocolos de sustentabilidade da incluso de estudantes deficientes e cooperar para o funcionamento inclusivo das IESPs em dimenses culturais, tcnicas, organizacionais e scio-pedaggicas

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O presente estudo documental tem como principal objetivo apreender, atravs da anlise dos parmetros terico-metodolgicos (PTM`s), a proposta de qualificao profissional desenvolvida no REUNI e nos BI`s UFBA. A escolha de investigar os PTM`s se deu por compreender que estes representam bem a proposta de qualificao profissional de ambos os planos referidos anteriormente, pois agregam uma srie de categorias e conceitos que vm sendo utilizados como referncia pelas IES na adeso ao REUNI. Investigamos as respectivas categorias e conceitos e fizemos uma anlise com base na referncia de qualificao profissional como relao social. Percebemos que a proposta de qualificao profissional em voga no REUNI desloca e reduz esta referncia de qualificao profissional em favorecimento noo de competncias e habilidades para o mercado. A metodologia adotada para a construo do texto foi de investigar, fichar e analisar criticamente as fontes primrias (documentos do governo, UFBA e BM) e secundrias (reviso de literatura de textos atuais que tratam deste objeto). Voltamos tambm esforos para a definio de categorias do mtodo dialtico, analticas e de contedo que estivessem articuladas entre si, proporcionando a realizao de mediaes, prprias do mtodo de anlise e exposio adotado, o materialismo histrico dialtico. A hiptese principal do estudo que as tendncias e diretrizes do REUNI contemplam as necessidades de reproduo do capital subsumindo o trabalho humano sua lgica, cumprindo as demandas vinculadas s suas transformaes contemporneas. Estas medidas consistem numa heteronomia e visam desenvolver a formao de uma fora de trabalho qualificada para atender a sociabilidade capitalista, porm ao mesmo tempo desqualificam a formao do trabalhador no que diz respeito perspectiva da formao humana. Conclumos que se faz necessrio o acmulo de foras do campo da esquerda com intuito de travar uma disputa de hegemonia para desenvolver PTM`s, com base nas contradies e possibilidades do objeto, tendo como referncia a lgica da formao humana.

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O presente estudo tem como objetivo analisar o ENEM como poltica pblica de avaliao, a fim de compreender se ele atua como uma poltica pblica e se os resultados da avaliao do Ensino Mdio esto atingindo o objetivo de buscar a melhoria da educao. Ele um exame individual, de carter voluntrio, oferecido anualmente aos estudantes que esto concluindo ou que j concluram o ensino mdio em anos anteriores. Sua criao se deu no governo de Fernando Henrique Cardoso e perdura at os nossos dias. A legislao e o Documento Bsico Oficial do ENEM estabelecem como principal objetivo avaliar o desempenho do aluno ao trmino da escolaridade bsica, mas tambm modalidade alternativa ou complementar aos exames de acesso aos cursos profissionalizantes ps-mdio e ao ensino superior, sendo que a partir de 2009 passa a servir como forma de ingresso nas universidades pblicas atravs do Sistema de Seleo Unificado. Para objetivar a pesquisa, foram elaboradas as seguintes questes: O ENEM , realmente, uma poltica pblica? Qual a validade do ENEM como avaliao do ensino mdio? Desta forma se alcanaria a importncia do ENEM como uma poltica pblica e como forma de avaliao do ensino mdio. A metodologia utilizada a da pesquisa bibliogrfica, tendo como fontes utilizadas publicaes oficiais, trabalhos sobre o tema publicados por agentes estatais e seus interlocutores e demais fontes bibliogrficas. O desenvolvimento da pesquisa se deu em trs momentos: a) levantamento de conceitos de Estado avaliador, polticas pblicas, polticas de Estado e de Governo, o Estado Neoliberal e a avaliao; b) estudo do ENEM, quanto sua implantao, o novo ENEM e suas diretrizes; c) ordenao das ideias com o intuito de responder s questes formuladas

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O processo de institucionalizao do Sistema nico de Sade (SUS) j dura vinte anos e uma das medidas de organizao e implementao o fortalecimento da Ateno Bsica, via Estratgia de Sade da Famlia, procurando atender populao de acordo com as realidades locais. Nesse contexto, a partir de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional e as Diretrizes Curriculares dos cursos de Educao Superior modificam a qualificao do profissional de sade com vistas ao processo de trabalho no SUS. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a formao do enfermeiro na perspectiva do trabalho na Sade da Famlia no municpio do Rio de Janeiro. Foi realizado estudo de caso mltiplo em duas instituies de ensino superior que possuem curso de graduao em enfermagem, utilizando uma abordagem quali-quantitativa de natureza descritivo-exploratria. O instrumento de coleta de dados foi um survey aplicado por meio de questionrio aos alunos dos ltimos perodos das instituies escolhidas. O eixo norteador da construo do questionrio foram as diretrizes do Programa Nacional de Reorientao da Formao Profissional em Sade (Pr-Sade), escolhido por ser um programa que visa induo de medidas de transformao do ensino de sade no Brasil, com nfase na Ateno Bsica. Os dados obtidos foram processados e tabulados atravs do software R verso 2.10.0 e receberam tratamento estatstico. Os resultados apontam para um grupo de alunos de graduao em enfermagem com perfil predominantemente feminino e jovem, que reside com os pais e no contribui financeiramente com a manuteno da casa. Em relao organizao das atividades curriculares, h o predomnio da abordagem do processo sade doena e da sade como um processo multideterminado, valorizando aes de promoo, preveno, recuperao e perspectiva de vigilncia da sade. Em relao aos campos de prtica, as diferenas observadas nas duas instituies estudadas esto relacionadas precocidade e predominncia da insero dos alunos nos campos. Em ambas as instituies, prevalece a expectativa profissional dos alunos em buscar aprimoramento profissional aps conclurem a graduao. Assim sendo, foi possvel verificar que a continuidade e o fortalecimento do incentivo s instituies para a adeso ao programa aproximar cada vez mais a formao do enfermeiro ao modelo de ateno proposto pelo SUS, repercutindo desta forma na qualidade do atendimento prestado aos usurios do sistema de sade brasileiro.

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O presente estudo tem por objetivo avaliar as contribuies do Programa de Tutoria Especial da Universidade Estadual da Paraba (UEPB) para a permanncia e bom desempenho acadmico dos seus alunos com deficincia no ensino superior. A pesquisa realizada, nessa Instituio de Ensino Superior, nos cursos de Pedagogia, Histria, Filosofia, Comunicao Social, Servio Social, Direito e Fsica, contou como sujeitos: alunos com deficincia, seus respectivos tutores especiais, professores e a coordenadora do referido Programa. A investigao foi desenvolvida se utilizando de uma abordagem quantitativa e qualitativa, sendo do tipo exploratria e assumindo a forma de estudo de caso. Os procedimentos metodolgicos de coleta de dados foram: anlise documental, aplicao de questionrios, entrevistas e registro de observaes do comportamento. A pesquisa documental foi realizada durante todo o percurso da investigao, mediante acesso e anlise de documentos e informaes do Programa de Tutoria Especial. O questionrio foi usado para a identificao e caracterizao socioeconmica dos alunos com deficincia. A entrevista semiestruturada, foi aplicada aos vinte e seis sujeitos da pesquisa. J, as sesses de observao do comportamento dos participantes foram conduzidas por meio de vinte sesses distribudas em sala de aula e em atendimentos pedaggicos individualizados do Programa. Neste momento, procedemos, de maneira especfica, ao estudo de caso de dois alunos com deficincia, integrantes da amostra dos sujeitos das entrevistas. Os resultados das entrevistas indicaram, dentre outros dados, que os sujeitos da pesquisa avaliaram o Programa de Tutoria Especial de forma positiva, alegando que o mesmo contribui tanto para a permanncia dos alunos com deficincia na academia, quanto para o seu bom desempenho acadmico. Na anlise dos registros de observao, assim como das entrevistas, detectamos aspectos do Programa que ratificam, pontos que contrariam e pontos que necessitam ser incorporados sua Resoluo de criao (Resoluo CONSEPE/UEPB N 013, de 07/07/2006). Os dados apontaram, portanto, a necessidade desta Resoluo ser revista e reformulada para contemplar as novas demandas da dinmica do Programa. Por fim, diante dos achados da investigao, levantamos a tese de que o Programa de Tutoria Especial da UEPB um tipo de Atendimento Educacional Especializado (AEE) no ensino superior, com caractersticas e adaptaes peculiares, ocorrendo de maneira diferenciada do AEE criado pelo Ministrio da Educao, Cultura e Desporto (MEC) para a educao bsica. Assim sendo, esta experincia da UEPB, sendo pioneira dentre as universidades brasileiras, poder servir como uma proposta a ser socializada com outras universidades do pas, uma vez que o MEC ainda no dispe de uma poltica de AEE para o ensino superior.

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Desde 2001, intensificaram-se, no Brasil, as discusses sobre a formao de professores. A Resoluo CNE/CP n 1 de 2002 institui novas diretrizes para os cursos de licenciatura em nvel superior, rompendo com o conceito de currculos mnimos, assim como prope a LDB de 1996. No cerne da proposta de reforma das licenciaturas, est o aumento da carga horria destinada formao profissional do docente, fundamentado na reflexo sobre a prtica no apenas restrita ao momento do estgio supervisionado, mas tambm como componente curricular. As instituies de ensino superior (IES), por sua parte, precisam cumprir as exigncias da lei, reformulando seus currculos e definindo seus posicionamentos diante da necessidade de repensar seus estgios e incluir as mencionadas prticas como componente curricular (PCC). Eis o contexto em que esta pesquisa se desenvolve, buscando discutir, a partir de escolhas curriculares, os dilogos e as produes de sentido sobre formao de professores de espanhol para atuar na educao bsica, no contexto especfico das universidades pblicas do Rio de Janeiro que passaram pelo processo de reforma dos cursos de Licenciatura em Letras Portugus-Espanhol (UERJ, UFF e UFRJ). A perspectiva terica adotada a anlise do discurso (MAINGUENEAU, 1997, 2005, 2008) e tambm as contribuies dos estudos da enunciao (BENVENISTE, 1989, 1995), a partir dos quais se permite uma reflexo do corpus de anlise como enunciados sobre formao de professor sustentados por sujeitos institucionais em contextos especficos e que se materializam a partir de gneros de discurso (BAKTHIN, 2000). Consideram-se, tambm, as contribuies de Foucault (2003, 2009, 2012) quanto compreenso de que a formao docente em cada IES se d em meio a relaes de poder que participam da produo de verdades sobre o que a prpria atividade de formar professor. Os estudos da ergologia (SCHWARTZ, 2002; TRINQUET, 2010) tambm participam da fundamentao da pesquisa, destacando a distncia existente entre a prescrio e a atividade de trabalho, o que contribui para a compreenso de que h documentos que prescrevem o trabalho de formao, mas no o impossibilitam de se modificar de acordo com a situao. As anlises se realizam em duas etapas: primeiro, a observao das modificaes em fluxogramas acadmicos que, por meio de marcas verbais e no verbais, citam e se apropriam das propostas de lei; segundo, a observao de ementas de PCC e estgio, considerando suas referncias aos campos da teoria e da prtica, a partir do emprego de nominalizaes (OLMPIO, 2006; PACHI FILHO, 2008). Em sntese, o resultado das anlises mostra que houve diferentes estabilizaes no que se refere s PCCs e aos estgios, contudo, em geral, notou-se que as unidades bsicas de formao (Instituto/Faculdade de Letras) ainda so sustentadas por discursividades que valorizam a formao para o beletrismo, apresentando certa resistncia incorporao e reformulao sustentada por discursividades que valorizam a profissionalizao docente