263 resultados para Rilke, Rainer Maria, 1875-1926 - Crítica e interpretação


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Arnoia, Arnoia, do escritor galego Xos Lus Mndez Ferrn, recorre a estruturas literrias arquetpicas do Maravilhoso, ressignificando-as. O heri, diante de provaes que vivencia, sai em viagem na busca de um lugar ideal, sendo acompanhado de um personagem e variados objetos mgicos. Um passeio pelas sendas de Arnoia, Arnoia obriga a reler criticamente elementos de construo literria que retomam a tradio mtica, em especial a cltica medieval, uma vez que a literatura galega tem recorrido, em muito, cultura celta para expressar o seu imaginrio. Arnoia, Arnoia traz para a contemporaneidade variados elementos prprios do Maravilhoso, valendo-se deles para construir novos sentidos. Dessa maneira, o inslito, pacificamente esperado e mesmo demandado no Maravilhoso, surpreende na narrativa ferriniana

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A presente dissertao pretende analisar a viso do autor irlands Oscar Wilde sobre diferentes expresses artsticas, e discutir como ele relacionava tais formas de arte com a vida cotidiana. Para tanto, o primeiro captulo dedicado vida de Wilde por entendermos que a sua vida foi, igualmente com os seus textos, uma obra de arte. No segundo captulo, foram analisadas as conferncias proferidas pelo escritor em uma turn que ele fez pelos Estados Unidos e Canad no ano de 1882. No terceiro, e ltimo captulo, foram selecionados trs ensaios nos quais os temas debatidos sempre convergem para a discusso sobre a arte e sua relao com a vida

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O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma leitura do romance A Costa dos Murmrios da autora Ldia Jorge, que aborda o lado oculto da guerra portuguesa em frica, denunciando os fatos ali ocorridos, destacando os aspectos da narrativa, o universo simblico e as caractersticas de alguns personagens, com finalidade de desconstruir, revelar, rasurar junto com Eva Lopo a Histria oficial, bem como ler as entrelinhas a fim de desvendar a barbrie da guerra colonial em frica por meio desse extraordinrio recuo temporal realizado por Ldia Jorge. Atravs de sua personagem principal, encontramos a metamorfose de uma frgil Evita, que ressurge, agora, na pele daquela que devora- Eva Lopo (lupus)

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Este trabalho visa refletir sobre a composio da narrativa no livro de contos "Os lados do crculo" (2004) do escritor Amlcar Bettega Barbosa, alm de sua insero na literatura brasileira, principalmente nas dcadas de 90 a 2000. A partir da anlise dos contos, foi possivel pensar algumas de suas caracteristicas, tais como o uso da metafico, a hibridizao dos gneros literrios, assim como a questo do conceito de realismo e dos processos de subjetivao na contemporaneidade

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da natureza do ser humano encantar-se, ao menos em determinada fase da vida, pela narrativa de um conto de fadas, deixando-se levar pela fantasia da Literatura, acreditando que nas pginas de um livro tudo possvel. Essa crena na fantasia, no entanto, pode no lhes acompanhar a vida toda, uma vez que a passagem da infncia para a adolescncia e a fase adulta, bem como as exigncias do mundo moderno, cerceiam essa capacidade de fantasiar, ao mesmo tempo inata e necessria ao homem. A escola, ento, teria o papel fundamental de preserv-la, perpetuando nos alunos o gosto pela fantasia, to essencial ao seu desenvolvimento cognitivo e psicolgico, alm da percepo esttica; afinal, Literatura arte. Nem sempre isso o que ocorre, e o ambiente escolar torna-se um espao de reproduo de conhecimentos, com o ensino focado na norma gramatical, na historiografia literria, sendo o texto relegado ao simples papel de pretexto para anlises dissociadas do que realmente importa: o texto e os recursos que o compem. No caso da Literatura, arte da palavra, parte-se do pressuposto de que um dos recursos essenciais para sua concepo sejam as metforas, instaurando a fantasia. Chega-se, ento, a um ponto crucial desse trabalho: as metforas so componentes essenciais da fantasia, mas ambas so relegadas pela escola, que no se pauta por um ensino produtivo. Ao invs de compreenderem o potencial metafrico, aos alunos cabe a simplria tarefa de reconhec-las e classific-las. Essas constataes despertaram o desejo de entender melhor a relao existente entre fantasia, metfora e literatura infantil, gerando alguns questionamentos: afinal, o que fantasia? o mesmo que fantstico? A fantasia caracteriza, apenas, a Literatura infantil? Essas indagaes propiciaram reflexes acerca da importncia do texto literrio na sala de aula e no trabalho feito com ele. Assim, lanando teoria um olhar docente, empreende-se uma anlise do livro A casa da madrinha, de Lygia Bojunga, verificando a fantasia presente na obra perfeita fuso entre o real e imaginrio e como ela se instaura: pelas metforas

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Essa dissertao uma proposta de releitura do conjunto de murais no interior da Capela de Chapingo, Mxico. Tal releitura de crítica artstica relaciona-se apropriao de uma metodologia derivada da prpria noo de capela, metodologia essa que compactua com o ambiente artstico em questo e com a fenomenologia do contemplador desse conjunto. O objetivo dessa proposta apresentar as nuances envolvidas no conceito-chave, por parte da historiografia artstico-religiosa, de suporte-capela, isto , a capela no apenas como ambiente religioso, mas como ocasio artstica

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H um consenso nos meios crtico e acadmico de que Joaquim Maria Machado de Assis o maior ficcionista brasileiro. Alm da qualidade inegvel, sua fico notvel por sua dimenso, atingindo uma dezena de romances e mais de duzentos contos. Com esta unio singular entre extenso e qualidade, a obra machadiana acumulou a maior fortuna crítica no Brasil e uma das maiores da literatura universal. Ainda assim, sua fortuna a que mais cresce no Brasil. Diante de tamanha dedicao dos estudiosos, em que seria relevante a apresentao de mais uma dissertao sobre o Bruxo do Cosme Velho? Acreditando que, apesar do tamanho da investigao que j se fez sobre Machado, alguns dos aspectos cruciais da vida e da obra do escritor ainda no foram devidamente elucidados, este trabalho nasce com a inteno de contribuir para a diminuio dessa lacuna. Um desses aspectos o contedo filosfico da fico machadiana. Durante muitas dcadas, a ideia de que Machado de Assis se alinhara filosoficamente ao pessimismo foi hegemnica. Entretanto, muitas caractersticas da fico machadiana, tais como o humour e a ironia, podem ser sinais de outra orientao filosfica: o ceticismo. A identificao entre Machado e ceticismo no , entretanto, algo novo, mas durante a maior parte do tempo, a crítica identificou o ceticismo de Machado com a acepo popular do termo: descrena no campo metafsico e desengano no campo poltico-social. Este modo de ver o ceticismo acaba por aproximar o termo, e reaproximar Machado de Assis, ao pessimismo. Por outro lado, h algumas dcadas, alguns estudiosos brasileiros comearam a verificar que a filosofia da fico machadiana estaria de fato associada ao ceticismo, mas a outro tipo de ceticismo, o ceticismo pirrnico ou filosfico, iniciado com Pirro de Elis, filsofo grego que viveu entre 360 e 270 a.C., e estabelecido pelos escritos de Sexto Emprico, filsofo e mdico do sculo 2. Fazendo jus origem grega do termo skeptics, aquele que investiga, o ceticismo pirrnico prima no pela descrena, mas pela busca contnua da verdade. Esta busca se mantm indeterminada em virtude da limitao dos sentidos e do pensamento humanos. No podemos alcanar a verdade das coisas, mas apenas descrever como elas aparentam. Esta impossibilidade no conduz o pirrnico ao pessimismo, o conduz, ao contrrio, tranquilidade, pois ele aceita a sua limitao, no fica se debatendo contra ela. Na fico machadiana, o conselheiro Aires o personagem ctico por excelncia, a comear pelo to famoso tdio controvrsia. Entretanto, apesar da semelhana entre a fico de Machado de Assis e a filosofia ctica, h um problema a ser enfrentado: como o escritor poderia ter criado um personagem to prximo do pirronismo se Machado nunca chegou a ler uma pgina de Sexto Emprico?

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Clarice Lispector foi uma das maiores escritoras brasileiras e, por essa razo, uma das mais estudadas. Muitas relaes se fizeram entre sua escrita e a de alguns dos principais cones da literatura mundial. Entretanto, o mesmo no aconteceu com seus textos produzidos aproximadamente a partir da dcada de 1970, a fico derradeira da autora. As obras produzidas principalmente durante essa dcada, com algumas consagradas excees, foram um tanto negligenciadas pela crítica. As pesquisadoras Marta Peixoto e Snia Roncador procuraram provar que a pouca ateno s obras da fico tardia da autora se deve ao fato de que as mesmas apresentam tendncias que vo contra as caractersticas do que Clarice produziu anteriormente, como se a escritora tivesse desejado criar um repertrio de formas que contradiziam sua produo de antes de 1970. Para demonstrar tal inteno de Lispector, este trabalho procura analisar as caractersticas do manuscrito Objeto gritante nunca publicado , o qual, aps uma srie de alteraes significativas, acabou por se transformar na obra gua viva. Caso o projeto do manuscrito no tivesse sofrido redirecionamentos substanciais, teria sido a primeira ocorrncia, em livro, das novas formas da escrita clariciana que comeavam a se manifestar naquela poca, mas que vieram a se consolidar nas suas obras posteriores

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A presente dissertao objetiva a comparao proposta no Preldio do romance Middlemarch por sua autora George Eliot entre a protagonista da obra, Dorothea Brooke, e a figura histrica Teresa dvila. A partir de tal estudo, busca-se compreender de que modo a situao especfica da mulher na Era Vitoriana articulada no romance de modo a espelhar a crise ontolgica e epistemolgica do prprio ser humano diante das transformaes consolidadas com o Iluminismo e as revolues liberais do sculo XVIII que culminariam na morte de Deus. Dorothea mostra-se uma crist to fervorosa quanto a Teresa quinhentista, mas faltam-lhe certezas e a resoluo para concretizar as reformas sociais que defende, pois ela encarna o mito de feminilidade oitocentista batizado de Anjo do Lar ideal de sujeio feminina ordem falocntrica cujas funes so a proteo e difuso da moralidade burguesa e a substituio de elementos cristos no universo do sagrado a uma sociedade cada vez mais materialista e insegura de valores absolutos. As aflies de Dorothea representam as aflies da mulher vitoriana, mas o momento crtico desta mulher reflete, em Middlemarch, uma crise muito maior do Ocidente, que teve incio com a Era da Razo

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A partir do pequeno livro Os caminhos do Conhecer, publicado em 1981 pela Editora Noa Noa, esta dissertao procurou analisar os principais aspectos da obra da poeta Angela Melim, tal como pensar sua escrita, com relao poesia contempornea brasileira. Primeiramente, traamos um breve panorama do contexto no qual surgiu a poeta, os vidos anos 70, para em seguida entender o que foi a poesia marginal e qual relao Melim manteve com ela. Detivemo-nos, depois, na leitura e anlise de Os caminhos do Conhecer e nas importantes questes que ele suscita, como, por exemplo, a relao entre sujeito e paisagem, o feminino na literatura, o tempo e o espao literrios, o ritmo, o gnero do texto etc. Usamos, para tal, os conceitos de (des)limites entre poesia e prosa (a partir de Agamben e de Mas Lemos), de gnero (segundo Derrida), de outramento (Evando Nascimento), de tempo (Maurice Blanchot), entre outros

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A presente pesquisa percorre os interiores de uma fortaleza colonial, cenrio de A varanda do frangipani, do escritor moambicano Mia Couto. Nessa obra, o autor estabelece com o leitor um pacto ficcional (ECO, 1994) e o convida a iluminar-se com as diversas micro-narrativas que traam um paralelo entre o ontem e o hoje de uma varanda que protege e aprisiona. O narrador convoca o narratrio e relata a histria de personagens que vivem uma realidade paradoxal, transitando entre as vises de dentro e de fora, racional e irracional. Em um mundo fragmentado, os componentes ficcionais se conjugam para compor uma narrativa que promove profundas reflexes atravs da palavra, pois palavras valem a pena se nos esperam encantamentos (COUTO, 2007, p. 112)

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A presente tese de doutorado analisa, em perspectiva comparada, as convergncias e divergncias entre as dramaturgias do francs Jean Genet e do brasileiro Plnio Marcos, sob o prisma de trs tpicos inegavelmente presentes, nelas: a violncia, a revolta e a religiosidade. As questes de margem, borda, periferia, ex-centricidade, dissenso etc so abordadas neste trabalho para situar a ideia de outro como o referencial ontolgico que sustenta a obra teatral de ambos. As respectivas biografias dos autores em questo, direta ou indiretamente, tem relao com a aura de marginalidade artstica atribuda (e at assumida por eles prprios) a sua produo em geral (seus romances, poemas, ensaios e contos). Pode-se dizer que muito da persona que ambos assumiram correspondia s expectativas que os crculos intelectuais engajados tinham em adotar uma figura que viesse a encarnar o papel de autntico porta-voz do segmento marginalizado da sociedade na qual cada um deles se criou. Ambos gozam de certo status de vanguardistas no caso do metateatro de Genet, na sua atribuda vinculao ao Teatro do Absurdo, e, no caso do hipernaturalismo dramtico de Plnio, na sua atribuda (e mesmo confessa) descendncia da linhagem criativa de caracteres e motivos do teatro de Nelson Rodrigues. Outro aspecto comum dramaturgia de Genet e Plnio que abordamos a problematizao de dois espaos alegricos definidores por excelncia do ethos dos tipos humanos que o habitam: a priso e o prostbulo. Para tanto, ganham destaque, aqui, Alta vigilncia e O Balco, de Genet, e Barrela e O abajur lils, de Plnio. Nelas tambm se verifica a figurao de motivos de inspirao religiosa que, no autor francs, concorrem para uma espcie de sacralizao ritual do crime (o que ecoa o iderio de Antonin Artaud) e, no brasileiro, funcionam como um exerccio catrtico de compaixo sombra de uma cristandade de feio primitiva que se insinua no tratamento que d degradao dos prias sociais que compem seu universo dramtico. Por fim, analisamos comparativamente trs peas brasileiras (Pedro Mico, de Antonio Callado; Gimba, o presidente dos valentes, de Gianfrancesco Guarnieri; e Orao para um p de chinelo, de Plnio Marcos) tomando como ponto de partida uma situao dramtica comum a elas para traar, assim, as afinidades e distines de cada qual quanto abordagem da criminalidade. E, assim, tambm, poder apontar o tipo de projeto de teatro a que cada uma se vincula, trazendo tona questes caras ao momento histrico-cultural no qual foram compostas, como a figurao do negro e do favelado na sociedade brasileira

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Esta pesquisa tem por objetivo apontar os recursos criativos, usados por Shakespeare e Cames, para a construo de cenas, que tem como finalidade provocar o riso nos expectadores. Escolhemos trs comdias de Shakespeare (Noite de Reis, A comdia dos erros, Sonho de uma noite de vero) para fazer uma leitura comparativa com as trs comdias escritas por Cames (Filodemo, El Rei Seleuco e Anfitrio). Constatamos que, apesar da existncia de uma variedade de procedimentos tcnicos para a produo do riso, os autores recorreram aos mesmos recursos criativos: naufrgios, personagens com identidades trocadas, gmeos que so confundidos e encenao de uma pea dentro de outra pea. Esses recursos so ferramentas com a funo de criar um anteparo diante do horror da morte, o que constitui um processo de defesa do homem diante do seu inexorvel destino. Nesse sentido, a comdia uma das vias pela qual o homem ri da morte

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Considerando a extensa e intensa abordagem da temtica ertica na poesia de Manuel Bandeira, a pesquisa visou ampliao e ao aprofundamento do estudo desse aspecto de sua obra, com o intuito de complementar os estudos crticos que versam sobre o assunto. Nosso objetivo concentra-se na relevncia do conceito de alumbramento, termo empregado em diferentes ocasies pelo poeta. Essa palavra, que o autor emprega na sua autobiografia e em duas de suas composies, alude, simultaneamente, a uma espcie de revelao divina, capaz de proporcionar a inspirao para a criao do poema, e a uma iluminao resultante do estado de deslumbramento diante da viso da nudez feminina. Dessa forma, com base, sobretudo, nas ideias de Octavio Paz e Georges Bataille, bem como nos apontamentos especficos de Davi Arrigucci Jr. sobre o lirismo bandeiriano, buscamos comprovar, por meio da leitura analtica de poemas exemplares, a associao entre os xtases ertico, potico e mstico, como questo fundamental na obra do poeta pernambucano

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Esta tese trata da ficcionalizao das questes de identidades, lugares e imaginrios judaicos e brasileiros nos romances contos e novelas de temtica judaica escritos pelo gacho Moacyr Scliar. Na introduo, apresento os objetivos e pressupostos gerais do trabalho, bem como proponho uma diviso da obra em questo em duas fases. No primeiro captulo, analiso os romances A Guerra no Bom Fim (1972) e O Exrcito de um Homem S (1973), sob o ponto de vista da testagem de lugares judaicos clssicos enquanto fontes de inspirao para a resoluo dos dilemas que emergem na dispora brasileira e o incio de um processo de dotao de legitimidade ao viver judaico na dispora sul-americana. No segundo captulo, analiso o conto A Balada do Falso Messias (1976) e o romance Os Voluntrios (1979), sob o ponto de vista da tematizao do Messianismo, do Sionismo e do papel que Jerusalm exerce no imaginrio judaico moderno e de sua adequao ou no para alimentar o imaginrio judaico na contemporaneidade. No terceiro captulo, trato da ficcionalizao das construes identitrias das personagens judias da primeira fase da obra scliariana (1972 a 1980), sob o ponto de vista das noes de hibridismo, aculturao e assimilao. Neste captulo, analiso as personagens centrais dos romances A Guerra no Bom Fim, O Exrcito de um Homem S, Os Deuses de Raquel (1975), (O Ciclo das guas) (1975), Os Voluntrios e O Centauro no Jardim (1980). No quarto captulo, analiso o romance A Estranha Nao de Rafael Mendes (1983), tentando demonstrar que esta narrativa representa um divisor de guas na obra do autor, por tematizar as razes judaicas da cultura brasileira atravs dos marranos, cristos-novos e cripto-judeus que aqui aportaram com os portugueses em 1500. No quinto e ltimo captulo, analiso os romances da Segunda fase scliariana: Cenas da Vida Minscula (1991), A Majestade do Xingu (1997) e A Mulher que Escreveu a Bblia (1999). Neste captulo, tento demonstrar que nestas narrativas d-se o incio de uma tentativa de construo de um imaginrio judaico-brasileiro prprio, formado por uma fuso de motivos tipicamente brasileiros e outros especificamente judaicos, o que seria o corolrio do j mencionado processo de dotao de legitimidade e viabilidade da dispora judaico-brasileira frente concretude e a reificao do Israel moderno. Na concluso, teo algumas consideraes sobre o todo do trabalho e levanto algumas questes relativas construes de imaginrios coletivos nas disporas judaicas, mais especificamente na brasileira