123 resultados para Exército brasileiro - castigo físico
Resumo:
O desenvolvimento sustentvel foi definido pelo Relatrio Brundtland como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das geraes futuras de suprir suas prprias necessidades. Esse tipo de desenvolvimento abarca tanto a questo do crescimento econmico com distribuio de renda, quanto a necessidade de se preservar os recursos escassos do planeta, alm de seus ecossistemas. O desenvolvimento sustentvel um tema que aborda dois conceitos-chave que afetam as relaes entre os pases: a necessidade de desenvolvimento de muitas naes que ainda no atingiram o patamar de riqueza dos pases desenvolvidos e o imperativo da sustentabilidade, que restringe a possibilidade do desenvolvimento econmico ao interferir no processo produtivo das naes. Dessa forma, torna-se necessrio abordar o desenvolvimento sustentvel na perspectiva das Relaes Internacionais. Acordos cooperativos em relao ao meio ambiente tm sido assinados muito mais como forma de cooperao bilateral do que global. O contexto histrico nos leva a um ponto de inflexo no cenrio internacional, iniciado no ano de 2002 e que perdura at os dias atuais. Neste incio de sculo XXI, a convergncia dos pases ao desenvolvimento sustentvel passa a ser analisada pelo esforo unilateral de cada nao, explicitando o uso dos indicadores de desenvolvimento sustentvel e justificando sua apreciao. neste perodo em que se dar a anlise da economia brasileira, conforme proposto pela dissertao. A partir da anlise dos dados fornecidos pelos indicadores para a situao do desenvolvimento sustentvel no Brasil, tem-se elaborada a questo central que esta dissertao procurar responder: a efetividade no uso destes indicadores para o direcionamento das polticas de desenvolvimento sustentvel das naes. A valorao do desenvolvimento sustentvel de vital importncia para o posicionamento das naes frente ao tema ambiental no mundo. Como diferentes conceitos so aceitos para o tema, a possibilidade de um grande acordo multilateral acerca do mesmo fica prejudicada. A maneira encontrada por alguns pases foi redirecionar suas economias unilateralmente sustentabilidade. O que isso ir provocar nas Relaes Internacionais s o tempo poder dizer. O que certo que a frgil relao entre os pases ser afetada por esse fato. O Brasil desponta como um expoente do desenvolvimento sustentvel, pelo menos na inteno, e atravs do uso de ferramentas como os indicadores de desenvolvimento sustentvel que podemos mensurar o quanto seu discurso se converte em prtica.
Resumo:
Indivduos que permanecem longo tempo em cadeira de rodas apresentam importante perda de massa ssea, principalmente nos membros inferiores, possivelmente agravada pela baixa ingesto de clcio diettico e pelo inadequado estado nutricional de vitamina D. O exerccio físico pode contribuir para a manuteno ou aumento da massa ssea em diferentes populaes e nos indivduos com leso medular pode contribuir para atenuar a perda de massa ssea. O objetivo do presente estudo foi avaliar a influncia da prtica regular de exerccio físico sobre a adequao da massa ssea, indicadores bioqumicos do metabolismo sseo e estado nutricional de vitamina D em indivduos com leso medular cervical h pelo menos um ano. Em vinte e cinco homens de 19 a 56 anos sendo 15 fisicamente ativos e 10 sedentrios, foi realizada anlise srica de clcio, PTH, 25(OH)D, IGF-1, osteocalcina e NTx. As medidas do contedo mineral sseo, densidade mineral ssea (DMO), massa magra e massa gorda foram realizadas por DXA. A pigmentao da pele (constitutiva e por bronzeamento) foi determinada por colorimetria com o objetivo de investigar sua influncia sobre o estado de vitamina D. A ingesto habitual de clcio foi registrada em um questionrio de frequncia alimentar direcionado para alimentos fonte. As comparaes entre os dois grupos foram realizadas pela aplicao do Teste t de Student exceto para as variveis sseas que foram realizadas aps ajustes pela massa corporal total, tempo de leso e ingesto de clcio utilizando-se anlise de co-varincia. Associaes entre as variveis estudadas foram avaliadas atravs de anlise de correlao de Pearson. Valores de p<0.05 foram considerados significativos. No foram observadas diferenas estatisticamente significativas entre os grupos para nenhuma varivel ssea com exceo do z-score da DMO da coluna lombar, que foi significativamente maior no grupo de indivduos sedentrios (0,9 1,7 vs -0,7 0,8; p<0,05). No entanto, entre os indivduos ativos, aqueles que iniciaram a prtica de exerccio físico com menos tempo decorrido aps a leso apresentaram maior DMO do fmur (r=-0,60; p<0,05). Nos indivduos ativos, a freqncia do exerccio apresentou associao negativa com a concentrao srica de i-PTH (r = -0,50; p =0,05) e positiva com a concentrao de 25(OH)D (r= 0,58; p <0,05). Aps ajustes pela massa corporal total e tempo de leso foram observadas associaes positivas entre a ingesto diria de clcio e z-score da DMO da coluna lombar (r = 0,73 e p <0,01) e DMO do rdio (r = 0,56 e p <0,05). Os resultados do presente estudo apontam para um efeito benfico do exerccio físico sobre a massa ssea e o perfil hormonal relacionado ao metabolismo sseo. O incio da prtica regular de exerccio físico o quanto antes aps a leso parece contribuir para atenuar a perda de massa ssea nos membros inferiores. Alm disso, os resultados deste estudo sugerem uma possvel potencializao do efeito osteognico do exerccio físico quando combinado a uma adequada ingesto de clcio.
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Este trabalho tem por objetivo analisar as proposies polticas da CUT na dcada de 1980, bem como a memria que esta entidade construiu sobre o passado do movimento operrio brasileiro. Isso se far atravs da observao de uma prtica, que segundos os membros da entidade, seria mais combativa, inovadora e defensora dos reais interesses da classe trabalhadora. O que a levou a se colocar como representante de um novo sindicalismo, contrapondo-se a o que a CUT denomina velho sindicalismo, colaboracionista, clientelista e pouco combativo. O trabalho se utiliza das leituras que a CUT faz ao longo da construo das bases ideolgicas de seu sindicalismo e sobre a atuao sindical anterior ao golpe civil-militar de 1964, sendo este um instrumento de criao de sua identidade poltica e tambm um referencial crucial para o estabelecimento de suas estratgias e propostas de ao no campo sindical, alm de seu projeto poltico. Utilizando-se das referencias tericas da nova histria poltica, da cultura poltica, do conceito de memria e das relaes entre memria-identidade e identidade-projeto, o trabalho pretende investigar como a CUT, a partir de sua fundao e nos primeiros anos de sua atuao se apoiou neste discurso que desqualificava as lideranas sindicais que atuaram antes de 1964.
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Esta dissertao tem como objetivo compreender e analisar o jacobinismo brasileiro tendo como foco os anos de 1894 at 1897. Pretende-se perceber como esse grupo conseguiu construir um projeto de personalizao do poder em torno do Marechal Floriano Peixoto em momentos crticos da histria Repblica brasileira: durante a Revolta da Armada de 1894; no momento de transio do governo militar para o governo civil de Prudente de Moraes em 1894/95; e na ocasio da morte do Marechal Floriano Peixoto em 1895. Para tanto, o estudo prope uma reflexo sobre a utilizao do discurso jornalstico como instrumento na fabricao da imagem dos revoltosos da Marinha como restauradores monarquistas e de Floriano como heri da Repblica, buscando assim, perceber igualmente a dinmica de sua elaborao e as suas repercusses na sociedade brasileira. Chegaremos a concluso que as foras jacobinas enfraqueceram no momento do atentado a Prudente de Morais em 1897, mas seus discursos ainda tiveram eco na primeira metade do sculo XX na Repblica brasileira.
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Esta dissertao discute as funes desempenhadas pelo psiquiatra no sistema penal brasileiro, que so a assistncia aos transtornos mentais, a avaliao da responsabilidade sobre um ato delituoso e a elaborao de laudos para a concesso do benefcio da libertao progressiva a presos comuns. So apresentados os impasses advindos do contato entre justia e cincia, demonstrando-se como, nos dois ltimos casos, o psiquiatra no lida com seu objeto habitual, o doente mental, mas com um outro diverso, o indivduo perigoso. Para conhecer e controlar este novo objeto a psiquiatria forma, junto com o judicirio, um outro poder denominado, conforme Michel Foucault, normalizador que, sob uma tica genealgica, transcende o seu objeto original, transformando-se em meio de controle de todo o corpo social. Tendo por principal referencial terico a obra daquele pensador francs, notadamente os textos vindos luz nos ltimos anos, com a publicao da transcrio de cursos e de outros artigos dispersos, este mecanismo de controle social analisado, discutindo-se as transformaes por que vem passando nas ltimas dcadas. Paralelamente, defendida a extino da necessidade do referendo psiquitrico progresso do regime prisional, como forma de corrigir um sistema que no funciona satisfatoriamente.
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Este estudo analisa o papel do Estado no contexto do Sistema de Sade Brasileiro, sob a tica das relaes pblico/privadas, usando como contraponto experincias internacionais, particularmente as reformas ocorridas nos pases cntricos. Parte da anlise da teoria Keynesiana para identificar no s um papel a ser desempenhado pelo Estado para alm da funo anticclica, como tambm para situar historicamente o nascimento dos sistemas de proteo social de cunho universalista na Europa. A inflexo sofrida no sistema capitalista nos anos 70s levou reverso nas orientaes poltico-ideolgicas que culminaram em propostas de introduo de mecanismos de mercado nos sistemas de proteo social e de retrao do Estado. Para entender o desenho de Estado que da emerge, so apresentados e analisados os fundamentos conceituais da regulao e sua aplicao frente s especificidades do mercado de servios de sade. A apresentao da experincia internacional, particularmente o delineamento das motivaes das reformas empreendidas e os resultados alcanados, feita com o objetivo de contrapor posteriormente, o que especfico no Brasil na convivncia pblico/privado. A reflexo sobre o desenvolvimento do Sistema de Sade no Brasil passa pela sua evoluo no perodo entre a criao das Caixas de Aposentadoria e Penso e a Constituio Federal de 1988, para recolher particularidades na relao entre o Estado e o Mercado e, ao mesmo tempo, mostrar o momento de rompimento com o modelo de proteo, baseado no seguro social que acompanha o pas neste perodo. As dificuldades na concretizao do conceito de universalidade conforme definido na Constituio so analisadas a partir da extemporaneidade da mudana de modelo e do vis privatista, que acompanha o sistema de sade no Brasil. As contradies geradas pelas interfaces pblico/privadas na sade so exploradas sob o enfoque da inexistncia de uma delimitao de espaos de atuao dos mesmos, mas, principalmente, pelo foco do financiamento. As principais concluses se referem constatao de que a permissividade do Estado no avano e apropriao privada de recursos e espaos pblicos, ou ainda na ampliao da mercadorizao da sade, dificulta a concretizao do conceito de universalidade no atendimento assistncia sade. Finalmente, o estudo delineia o conflito de interesses dos atores envolvidos no sistema, que dificulta a capacidade de governana do Estado Brasileiro, mas aponta para a necessidade de reviso das bases da relao Estado versus Mercado e a re-definio da sociedade quanto ao tamanho que deseja dar iniciativa privada no mbito da sade.
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No se questiona que o design seja um saber naturalmente multidisciplinar. Os projetos da indstria automobilstica ilustram esse ponto magistralmente: do ato de inventar engenharia da produo; do design de exteriores aos interiores; das autopeas s diversas tintas. Projetos desenvolvidos em engenharia simultnea, produzidos em diversos pases do mundo e montados onde quer que se mostre mais rentvel. A moderna indstria automobilstica mostra-se, nesse sentido, global. Mas como harmonizar os gostos e as legislaes locais a essa estrutura produtiva internacional? Esta dissertao ilustra alguns aspectos da estratgia de projetos em design automobilstico tomando como base a experincia brasileira. Foram entrevistados os mais destacados designers brasileiros de automveis dos pioneiros aos mais importantes profissionais contemporneos. Embora as estratgias das empresas sejam diversas fato que impede uma nica concluso -, esta dissertao lana luzes sobre os desafios do desenvolvimento de projetos automobilsticos onde o projeto global mas as vendas so locais.
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O presente trabalho tem por objetivo apresentar o papel do design no mercado brasileiro de perfumes. Parte-se da hiptese de que ele o elemento fundamental para o bom desempenho desse segmento. Na medida em que ele possibilita a diferenciao entre as diversas embalagens, criando uma segmentao para o consumo nas mais diversas camadas sociais. Inicialmente ser apresentado o universo do perfume, abordando seus aspectos tcnicos e culturais. Uma relao de matrias primas utilizadas na indstria de perfumaria ser fornecida. Seu propsito proporcionar ao designer profissional e ao designer pesquisador uma referncia visual dos elementos que compe um perfume. Adiante, os principais aspectos da histria do perfume no mercado nacional de perfumaria so destacados, bem como a mudana de paradigmas de consumo ao longo dessa trajetria. Segue-se com a apresentao das peculiaridades de um projeto de embalagens para esse segmento, destacando o perfil do designer, desse mercado e uma relao de termos tcnicos. Por fim, um modelo para catalogao ser apresentado e aplicado a um grupo de perfumes nacionais e internacionais. O estudo se encerra com uma anlise das embalagens catalogadas, a fim de mostrar que existem diferentes solues de design para comunicar os conceitos de um perfume.
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Muitos trabalhos tm buscado compreender como se d o processamento da concordncia entre sujeito e verbo e investigar fatores que possam influenciar a produo correta da concordncia, gerando os chamados erros de concordncia verbal. Franck et al (2010) realizaram pesquisa na lngua francesa e encontraram interferncia devido a elemento movido sintaticamente na produo da concordncia verbal. Se faz necessrio investigar se o fenmeno envolvendo movimento o mesmo em sentenas do portugus brasileiro. Sendo assim, nosso objetivo foi investigar uma possvel interferncia de cpia de nmero plural entre sujeito e verbo (em relao de concordncia) de elemento movido sintaticamente em construo de rvore sinttica do PB, observando a origem do erro e tentando mostrar se h autonomia do formulador sinttico. Ao propormos o dilogo entre Teoria Lingustica e Psicolingustica utilizando o Programa Minimalista, verso mais atual do Gerativismo de Chomsky, a fim de observar a derivao sinttica e o processamento das sentenas, acreditamos que o estudo de formulao sinttica e um olhar por meio de um modelo de processamento, que abarquem tanto a formulao como a produo, esclareceriam a ns pontos importantes sobre o funcionamento da concordncia verbal. A nossa hiptese a de que um erro de concordncia verbal no ocorra devido ao formulador sinttico em estruturas de PB, buscaremos respostas para isso no modelo MIMC (Modelo Integrado Misto da Computao On-Line) (Corra & Augusto, 2007). No entanto, por outro lado, se um erro de concordncia ocorre, tentaremos encontrar uma outra explicao que no proveniente da sintaxe, tal como, por exemplo, devido a aspecto de ordem morfofonolgica e devido a tamanho da sentena, como colocado pelo modelo PMP (Modelo de Processamento Monitorado por parser (Rodrigues, 2006). medida que realizamos dois experimentos com sentenas declarativa e interrogativa com o movimento do elemento DP e QU, os resultados mostram que o tamanho da sentena e fatores morfofonolgicos podem produzir interferncia devido ao tipo de elemento movido. Os resultados cedem terreno para assumir um formulador sinttico autnomo e abre caminho para prximas investigaes sobre o processamento da concordncia verbal e possveis interferncias durante a sua produo
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O fenmeno da factividade, no mbito da lingustica, em sentido amplo, est relacionado propriedade que certos itens lexicais ou determinados predicadores gramaticais possuem de introduzir um pressuposto, que pode estar implcito ou explcito. No domnio verbal, Kiparsky e Kiparsky (1971) remetem a um conjunto de verbos, os quais admitem uma sentena como complemento e cujo uso pressupe a veracidade da proposio a expressa. Em termos aquisicionais, no h consenso acerca da idade em que factividade estaria dominada. Hopmann e Maratsos (1977), por exemplo, propuseram que seu domnio se daria a partir dos 6 anos. Para Abbeduto e Rosenberg (1985), no entanto, isso ocorreria mais cedo, por volta dos 4 anos de idade. J Schulz (2002; 2003), defende uma aquisio gradual, que se daria por estgios e se estenderia at os 7;0 anos de idade. Lger (2007), por sua vez, afirma que o domnio da factividade, especificamente dos semifactivos, s se daria aps os 11 anos. Scoville e Gordon (1979), por fim, propem que s por volta dos 14 anos a criana seria capaz de dominar a factividade em todos os seus aspectos. Essa falta de consenso corrobora a ideia de uma aquisio gradual, uma vez que esse fenmeno envolve vrios aspectos: identificao de uma subclasse de verbos, uma interpretao semntica especfica, uma subcategorizao sinttica varivel entre as lnguas e um comportamento caracterstico no que diz respeito ao movimento-QU. Esta dissertao tem como objetivo geral contribuir para os estudos sobre aquisio da factividade, particularmente no que diz respeito ao portugus, debruando-se mais especificamente sobre dois aspectos pouco explorados na literatura da rea: uma questo de variao translingustica, que diz respeito possibilidade de se admitirem complementos no-finitos factivos em portugus, e a questo da interpretao de interrogativas-QU em contextos factivos, com propriedades caractersticas de ilha fraca. O quadro obtido discutido frente s anlises lingusticas propostas para os verbos/ predicados factivos, que tm considerado uma distino sinttica (KIPARSKY E KIPARSKY, 1971; MELVOLD, 1991; SCHULZ, 2003; AUGUSTO, 2003; LIMA, 2007), com repercusses de ordem lgico/ semntica (LEROUX E SCHULZ, 1999; SCHULZ, 2002; 2003)
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Alguns estudos na rea da Psicolingustica tratam sobre a interrupo da forma natural da fluncia da fala. Essas suspenses so denominadas disfluncias e podem ser de variados tipos como, por exemplo, repeties, substituies ou pausas. Entre alguns trabalhos sobre disfluncias, destaca-se o realizado por Jaeger (2005), que tratou da omisso do relativizador that na lngua inglesa e a possibilidade desse fator ser responsvel pela criao de disfluncias. Nessa mesma linha, objetivamos analisar as disfluncias na camada dos relativizadores camada CP em lngua portuguesa brasileira. Para isso, tomaram-se dados obtidos por Corra et al (2008) sobre produo de oraes relativas. Nesse estudo, os autores, buscando verificar a complexidade da formulao de oraes relativas, manipularam duas condies: plenamente planejada que reduziria a carga de processamento e, consequentemente, levaria maior produo de oraes relativas padres e parcialmente planejada a qual aumentaria a carga de processamento e, consequentemente, maior produo de oraes relativas cortadoras e resumptivas. Diante disso, sabendo que o planejamento de estruturas mais complexas pode ser um fator que gere mais sentenas disfluentes, resta saber em qual das condies, estipuladas por Corra et al (2008), haveria maior caso de disfluncias. Acreditamos que a condio parcialmente planejada resultaria mais casos de disfluncias em comparao condio inteiramente planejada. Para verificao de tal hiptese, a presente pesquisa focou suas atenes no banco de dados de Corra et al (2008). Aps determinados critrios, privilegiamos sentenas de oraes relativas genitivas, oraes relativas de objeto indireto funcional e oraes relativas de objeto indireto lexical, pois tais seriam construes sintticas mais complexas e passveis de terem mais casos de disfluncias. Identificadas e quantificadas todas as falas de interesse, criamos tabelas para melhor visualizao das disfluncias em localizaes especficas na sentena como, por exemplo, antes da orao relativa (AOR), na orao relativa (NAOR) e depois da orao relativa (DPOR). Com tais dados analisados, verificamos que eles corroboravam a hiptese levantada: na condio parcialmente planejada h mais casos de disfluncias do que na condio inteiramente planejada, principalmente quando se focalizada a localizao NAOR. Entre os principais resultados, percebemos que as disfluncias do tipo pausas preenchidas aparecem em grande quantidade na localizao NAOR, fator que revela uma caracterstica especial da orao relativa. Essa disfluncia, nesse trecho da sentena, revela que os falantes no somente fazem uma procura lexical, como tambm, um planejamento discursivo. Tais resultados nos motivaram a pensar em outras determinadas situaes de pesquisa como, por exemplo, a anlise das disfluncias em sentenas de voz passiva
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Esta tese trata da ficcionalizao das questes de identidades, lugares e imaginrios judaicos e brasileiros nos romances contos e novelas de temtica judaica escritos pelo gacho Moacyr Scliar. Na introduo, apresento os objetivos e pressupostos gerais do trabalho, bem como proponho uma diviso da obra em questo em duas fases. No primeiro captulo, analiso os romances A Guerra no Bom Fim (1972) e O Exército de um Homem S (1973), sob o ponto de vista da testagem de lugares judaicos clssicos enquanto fontes de inspirao para a resoluo dos dilemas que emergem na dispora brasileira e o incio de um processo de dotao de legitimidade ao viver judaico na dispora sul-americana. No segundo captulo, analiso o conto A Balada do Falso Messias (1976) e o romance Os Voluntrios (1979), sob o ponto de vista da tematizao do Messianismo, do Sionismo e do papel que Jerusalm exerce no imaginrio judaico moderno e de sua adequao ou no para alimentar o imaginrio judaico na contemporaneidade. No terceiro captulo, trato da ficcionalizao das construes identitrias das personagens judias da primeira fase da obra scliariana (1972 a 1980), sob o ponto de vista das noes de hibridismo, aculturao e assimilao. Neste captulo, analiso as personagens centrais dos romances A Guerra no Bom Fim, O Exército de um Homem S, Os Deuses de Raquel (1975), (O Ciclo das guas) (1975), Os Voluntrios e O Centauro no Jardim (1980). No quarto captulo, analiso o romance A Estranha Nao de Rafael Mendes (1983), tentando demonstrar que esta narrativa representa um divisor de guas na obra do autor, por tematizar as razes judaicas da cultura brasileira atravs dos marranos, cristos-novos e cripto-judeus que aqui aportaram com os portugueses em 1500. No quinto e ltimo captulo, analiso os romances da Segunda fase scliariana: Cenas da Vida Minscula (1991), A Majestade do Xingu (1997) e A Mulher que Escreveu a Bblia (1999). Neste captulo, tento demonstrar que nestas narrativas d-se o incio de uma tentativa de construo de um imaginrio judaico-brasileiro prprio, formado por uma fuso de motivos tipicamente brasileiros e outros especificamente judaicos, o que seria o corolrio do j mencionado processo de dotao de legitimidade e viabilidade da dispora judaico-brasileira frente concretude e a reificao do Israel moderno. Na concluso, teo algumas consideraes sobre o todo do trabalho e levanto algumas questes relativas construes de imaginrios coletivos nas disporas judaicas, mais especificamente na brasileira
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Este trabalho trata do funcionamento da prescrio extintiva relacionada a aes pessoais, alm da decadncia, no mbito do direito internacional privado. Primeiramente feita uma breve anlise histrica e comparatista do direito de regncia da prescrio em relaes de carter internacional antes de se demonstrar a soluo abarcada pelo direito brasileiro: a regncia pela lei que rege a obrigao (lex causae). Apesar de ser um instituto de direito civil, substantivo, a prescrio possui muitas ligaes com o direito processual, uma vez que o principal efeito de sua consumao tonar inexigvel uma obrigao e, em decorrncia, pr fim a um processo. Assim, o autor detalha em seguida as questes que so regidas pela lex causae e as que so regidas pela lex fori (aqui abrangendo tambm a lex arbitri) em matria de prescrio no direito brasileiro, antes de tratar minuciosamente de como se opera a exceo da ordem pblica para afastar a aplicao da lex causae estrangeira em matria de prescrio no Brasil (incluindo tambm regras de aplicao imediata lois de police brasileiras). Ao final, cuida-se da prescrio na homologao e execuo de sentenas estrangeiras no Brasil.
Resumo:
A dissertao trata sobre o Direito dos Investimentos. O texto busca reconhecer os princpios mais importantes do Direito dos Investimentos, bem como verificar como esta disciplina tem sido aplicada a rea de energia. Como estudo de casos, ser analisado o mercado brasileiro de biocombustveis. Em uma primeira parte o texto aborda o histrico e desenvolvimento do Direito dos Investimentos, demonstrando as modificaes ocorridas ao longo do tempo e apresentando os principais questionamentos e tendncias adotadas durante esta jornada. O segundo captulo trata sobre os princpios do Direito dos Investimentos, suas aplicaes e algumas controvrsias acerca da aplicao destes. O terceiro captulo aborda o Direito dos Investimentos em matria de energia, destacando definies, tendncias atuais e casos relevantes para o International Energy Law, que se relacionam intimamente a atuao de investidores estrangeiros. Finalmente, no ltimo captulo o mercado brasileiro de biocombustveis ser analisado sob o prisma dos conceitos trabalhados nos captulos anteriores, com foco nas questes relacionadas aos investidores e em que medida a regulao governamental pode ser considerada adequada luz do Direito dos Investimentos.
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A Literatura e a Histria sempre foram determinantes na evoluo e afirmao de todos os povos que sofreram dominao estrangeira; o que, tantas vezes, levou os povos subjugados perda de todas ou de uma boa parte de suas caractersticas especficas. Uma situao que ocasionou o questionamento das histrias destes povos - elaboradas pelos dominadores da cultura hegemnica poca e que, no nosso trabalho, so identificados como colonizadores. Este trabalho se prope a visitar e salientar, atravs de duas obras bem caractersticas - a brasileira, Viva o Povo Brasileiro, de Joo Ubaldo Ribeiro e a senegalesa Sundjata ou a Epopia Mandinga, de Djibril Tamsir Niane - no s o impacto das ocupaes no cotidiano desses povos, mas tambm discutir e contribuir para a destruio da viso estereotipada desses povos espalhada pelos colonizadores antes de projetar a re-construo das identidades nacional e cultural corrompidas pela dependncia cultural, uma das conseqncias da colonizao. Tal ser levado a cabo atravs de uma atuao de primeiro e segundo planos do Heri-Mito que, ultrapassando o maravilhoso e o fantstico com que se identifica geralmente sua personagem, sublinha com insistncia a evoluo de uma entidade totalizadora como o povo-nao: o passado, o presente e o futuro. O Senegal e o Brasil, a partir de uma explorao detalhada de suas culturas, tm plena conscincia dos laos mais do que estreitos que os definem como meio-irmos, frutos de um pai...polgamo