230 resultados para Enfermagem Ensino auxiliado por computador
Resumo:
Estudo cujo objeto tratou da incluso do cliente estomizado no mundo do trabalho. Os objetivos foram: identificar as dificuldades e facilidades dos clientes estomizados para incluso no mundo do trabalho; analisar as possibilidades de incluso no mundo do trabalho; discutir, a partir do ponto de vista do cliente estomizado, as orientaes fornecidas pelos enfermeiros com vistas incluso no mundo do trabalho. O referencial terico baseou-se no campo da Sade do Trabalhador, enfocando a reabilitao profissional e o captulo de bases conceituais abordou o conhecimento da estomaterapia, do mundo do trabalho, da deficincia fsica e aspectos legais que envolvem a reabilitao do estomizado no mundo laboral. O desenho metodolgico foi de uma pesquisa descritiva, exploratria, de natureza qualitativa, realizada com 20 clientes estomizados definitivos, aos quais se aplicou uma entrevista semiestruturada. O mtodo de anlise dos dados foi a Anlise Temtica de Contedo, a qual fez emergir quatro categorias: a) Sentidos do Trabalho para o Ser Estomizado; b) O Estomizado e Sua Problemtica Biopsicossocial; c) Contexto Social e Aspectos Legais Envolvendo a Incluso do Estomizado no Mundo Laboral; d) O Enfermeiro e Sua Participao na Reabilitao do Cliente Estomizado. Os resultados revelaram que a maioria dos sujeitos trabalhava informalmente e recebia ao mesmo tempo algum auxlio governamental. Ressalta-se que eles reconheciam a ilegalidade desta situao, porm, julgavam-na necessria devido aos baixos valores dos benefcios, enfatizando-se a sensao de utilidade causada pelo fato de trabalharem. Referiram que o retorno ao trabalho era prejudicado devido a empecilhos encontrados nas dimenses psquica, fsica e social, as quais estavam articuladas intimamente. Enfatizaram grande dificuldade em encontrarem empregos adequados s suas especificidades, e que no prejudicassem sua condio de sade, pois h necessidade de banheiros adaptados, de no exposio ao calor na regio do estoma e nem a esforos fsicos severos, sem contar com a necessidade de um emprego que lhes permita flexibilidade para irem s consultas da equipe multiprofissional. Os maiores empecilhos sociais referiram-se ao desconhecimento e descaso social e governamental a respeito do que ser estomizado, pois esta problemtica no divulgada, e nem conhecida pela maioria da populao. Em relao aos enfermeiros, os sujeitos foram quase unnimes em referirem falta de orientao por parte desses profissionais, acerca de esclarecerem sobre sua incluso no mundo do trabalho. Este fato caracterizou-se como preocupante, pois os enfermeiros so educadores por excelncia e a orientao est intimamente ligada ao processo de reabilitao. Concluiu-se que o retorno ao trabalho foi considerado essencial, mas existem inmeras dificuldades para que este retorno e manuteno no universo laboral. Estes empecilhos os levam a adquirirem aposentadorias precoces ou auxlios-doena. H de se rever o processo de reabilitao da pessoa com estoma, especialmente no que se refere a sua incluso no mundo do trabalho, no sentido de melhor prepar-la para suas potencialidades e limitaes, destacando-se que ela no incapaz e que existem atividades formais em que elas podem ser produtivas e felizes.
Resumo:
Trata-se de um estudo do tipo estudo de caso, na abordagem qualitativa, que visa a analisar as vivncias das mulheres que utilizaram as tecnologias no-invasivas de cuidado de enfermagem durante a gravidez e o parto e discutir quais e como essas tecnologias estimularam o empoderamento nelas. Para isso foram utilizadas referncias que abordem conceitos de gnero, empoderamento e tecnologias. Como referencial terico foi utilizado a de Promoo da Sade de Nola Pender que, a partir da identificao dos fatores biopsicossociais do indivduo, busca influenciar comportamentos saudveis, visando ao bem-estar como proposta de promoo da sade. O cenrio do estudo foi a Casa de Parto David Capistrano Filho, localizada no municpio do Rio de Janeiro, e contou com a participao de dez mulheres que pariram na Casa. Para a coleta de dados, foi elaborado um diagrama semelhante ao de Pender, contendo alguns aspectos biopsicossociais das mulheres que pudessem ter influncia na vivncia de empoderamento delas. As entrevistas aconteceram entre os meses de maro e maio de 2010. Os dados produzidos foram analisados e transformados em trs categorias: caractersticas e vivncias individuais da mulher; conhecimentos, sentimentos e influncias, na gravidez e no parto, a partir do uso das tecnologias; e o resultado do empoderamento. A tecnologia relacional, como o acolhimento, o vnculo e a escuta sensvel, influenciou de forma benfica as mulheres desde o momento que elas iniciaram o pr-natal na Casa, j que no incio da gravidez algumas tinham receio com as mudanas do corpo e com as responsabilidades da maternidade. A dor do parto tambm foi outra preocupao citada por desconhecerem a fisiologia do processo. Mas, atravs de tecnologias como a de informao, de apoio, de potencializao de expresso corporal, de favorecimento da presena do acompanhante e de respeito de escolha delas, o parto acabou sendo calmo, tranqilo, acolhedor e prazeroso. Com isso, as tecnologias contriburam para as vivncias de fortalecimento do vnculo com o beb, na maior autoconfiana em parir e no preparo da maternidade que despertou nelas um desejo de serem pessoas de opinies prprias e de terem uma formao profissional para garantir um bom futuro para o filho. Percebeu-se, nesse estudo, que as tecnologias favoreceram o empoderamento delas em parir numa Casa de Parto sendo assistidas por enfermeiras obstetras. No entanto, elas ainda se mostram passivas dominao masculina quando valorizam a capacidade feminina em conquistar o espao pblico masculino, mesmo em detrimento de suas reais necessidades, mostrando a importncia de mais discusso sobre a temtica a fim de vislumbrar novas tecnologias que auxiliem s mulheres a transpor esse empoderamento, adquirido durante a gravidez e o parto, para o seu dia a dia.
Resumo:
O Centro Cirrgico um servio especializado com estrutura fsica e organizacional complexa, normas e rotinas rigorosas, intensa atividade tcnica, aparato tecnolgico que requer profissionais treinados. A pesquisa teve como objeto de estudo os fatores de riscos ocupacionais e os problemas de sade decorrentes do trabalho, identificados pelos profissionais de enfermagem de um Centro Cirrgico de um Hospital Universitrio da cidade do Rio de Janeiro. Os objetivos foram: analisar os fatores de riscos ocupacionais que possibilitam o aparecimento de problemas de sade nos profissionais de enfermagem do Centro Cirrgico segundo esses trabalhadores; descrever as caractersticas sociodemogrficas dos profissionais lotados no Centro Cirrgico; levantar os fatores de risco do ambiente cirrgico identificados pelos trabalhadores de enfermagem do Centro Cirrgico de um Hospital Universitrio; e, discutir a relao entre os riscos do ambiente de trabalho e os problemas de sade autoreferidos por trabalhadores de enfermagem do Centro Cirrgico. A metodologia usada foi uma pesquisa no-experimental, de natureza descritiva, com abordagem quantitativa, desenvolvida em um centro cirrgico de um hospital universitrio federal da cidade do Rio de Janeiro. A populao escolhida foi composta de trabalhadores da equipe de enfermagem, lotados no mnimo h seis meses neste servio e que aceitassem participar da pesquisa. O questionrio de coleta de dados utilizado foi adaptado por Mauro dos Guias e Avaliao de riscos em indstrias de Boix e Vogel. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa (CEP) do Hospital Universitrio em estudo, atravs Parecer Consubstanciado no. 287/10, protocolo no. 217/09. Os dados foram analisados atravs do Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), verso 13.0. Os riscos biolgicos foram os mais apontados pelos trabalhadores de enfermagem, seguidos dos riscos qumicos, ergonmicos e de acidentes ou mecnicos. As doenas provocadas pelo trabalho mais referidas foram o estresse, a lombalgia, as varizes, a fadiga muscular e os problemas de articulao. As doenas agravadas pelo trabalho mais citadas foram as varizes, a lombalgia, os problemas de articulao, o estresse, as leses de coluna vertebral, os problemas digestivos e os transtornos do sono. Conclui-se que o Servio estudado possui riscos inerentes s atividades desenvolvidas que caracterizam os problemas relacionados pelos trabalhadores, e que so passveis de controle atravs da intensificao de um Programa de Preveno de Riscos Ambientais voltado para o Centro Cirrgico. A partir da NR 17 e a 32, pode-se consultar as diretrizes para preveno dos riscos encontrados. Uma estratgia de reposio digna de pessoal de enfermagem imprescindvel, assim como estudo e implantao de um Programa de Preveno de Riscos laborais aos trabalhadores do Centro Cirrgico, e utilizao do questionrio aos demais membros da equipe multiprofissional.
Resumo:
As doenas infecto-parasitrias, ainda hoje, em pleno sculo XXI so responsveis por uma quantidade generosa de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo. Muitas delas so amplamente influenciadas pelas mudanas climticas que esto ocorrendo em todo o planeta fazendo com que sua incidncia e distribuio geogrfica aumentem. A dengue considerada a principal doena reemergente nos pases tropicais e subtropicais. A malria tem forte incidncia nos pases ao sul do deserto do Saara na frica, ocorrendo tambm em vrios pases da Amrica do Sul que possuem parte da regio Amaznica em seu territrio. Vrias doenas voltam a assolar a populao de vrios locais como as leishmanioses, a Doena de Lyme, erlichioses entre outras. Em maro de 2009 comeam a ocorrer os primeiros casos de uma nova doena inicialmente denominada Influenza suna, a qual, levou alguns indivduos a bito em Oaxaca, uma cidade mexicana localizada a 400 quilmetros da capital. Rapidamente, a doena se espalhou pelo pas e posteriormente, no comeo do ms de abril de 2009 j, existiam relatos de casos em vrios pases. O objetivo geral desta pesquisa verificar em que medida o cuidado de enfermagem realizado expressou um maior ou menor grau de controle do enfermeiro sobre seu trabalho, apontando para os potenciais riscos (biolgicos) de adoecimento e impactos negativos na sade deste trabalhador. O presente estudo foi desenvolvido por meio de uma abordagem quantitativa com desenho longitudinal e observacional, delineamento de pesquisa no experimental e carter descritivo. Foi feita a anlise observacional nas tendas quanto a sua infraestrutura e posteriormente foi passado um questionrio aos enfermeiros pautado em questes sobre o risco biolgico que estes estavam sendo submetidos. Faz-se necessrio que a cultura do improviso acabe e comece a se pensar em uma nova realidade: as doenas transmissveis so uma realidade, elas existem e h de ser feito um adequamento de tudo que esteja ligado rea de sade pensando em um novo contexto. imperioso que tanto as autoridades como os profissionais revejam e reflitam sobre o que aconteceu, para que os erros do passado possam ficar para trs e no se repitam.
Resumo:
Esse estudo trata-se de uma dissertao de Mestrado do Programa de Ps Graduao da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Essa pesquisa tem como objeto A relao entre saber cientfico e senso comum na consulta de enfermagem. O objetivo geral deste estudo Refletir acerca da presena e possveis articulaes entre o saber cientfico e o senso comum nas consultas de enfermagem da Policlnica Piquet Carneiro. Como objetivos especficos temos: Compreender a percepo dos enfermeiros da Policlnica Piquet Carneiro acerca da consulta de enfermagem; Identificar a presena do saber cientfico e do senso comum nas consultas de enfermagem da Policlnica Piquet Carneiro e Identificar possveis articulaes entre o saber cientfico e o senso comum nas consultas de enfermagem da Policlclinica Piquet Carneiro. Trata-se de um estudo qualitativo descritivo que utilizou como abordagem metodolgica a hermenutica dialtica. O cenrio do estudo foi a Policlnica Piquet Carneiro e os sujeitos foram doze enfermeiros que realizam consulta de enfermagem na Policlnica em diversas reas. Todos os participantes autorizaram a coleta de dados mediante a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. A coleta de dados foi realizada atravs de observaes livres e entrevistas. As entrevistas foram transcritas e analisadas utilizando a lgica de compreenso da hermenutica dialtica. A partir dos resultados foi possvel selecionar quatro categorias de anlise de dados. A consulta de enfermagem na percepo dos enfermeiros e enquanto espao educativo, Sentidos do senso comum, A expresso do saber cientfico na consulta de enfermagem e Articulaes possveis entre o senso comum e o saber cientfico na consulta de enfermagem. Diante de tudo o que foi explicitado nesse estudo conclui-se que a articulao entre saberes possvel e pode acontecer quando estamos dispostos a reconhecer o valor e a sabedoria presente nos saberes populares.
Segurana na deglutio de pacientes disfgicos ps acidente vascular cerebral: contribuies do enfermeiro
Resumo:
Trata da temtica do paciente portador de acidente vascular cerebral, especificamente das aes do enfermeiro para a preveno das complicaes decorrentes da disfagia aps um acidente vascular cerebral no atendimento domiciliar. Objetivou-se propor aes de enfermagem que garantam uma deglutio segura em pacientes com disfagia ps-AVC a partir dos dados obtidos junto a pacientes usurios do SAD. Pesquisa desenvolvida no servio de atendimento domiciliar de um hospital pblico do Rio de Janeiro com 30 sujeitos. Aplicou-se um instrumento, que descreveu dados scio-laboriais, presena de disfagia e a consistncia dos alimentos ingeridos pelos pacientes. Resultados: dezessete pacientes desenvolveram a disfagia, caracterizando-se como idosos, 76,47% foram do sexo feminino, a mdia de idade foi de 73,6 ( 9,55). A maioria com ensino fundamental completo (76,48%) e aposentados (70,59%). Todos so hipertensos e a metade diabticos (58,82%). Com relao ao tipo de AVC, todos tiveram AVC isqumico, sendo 58,82% um episdio e 41,18% dois episdios. A prevalncia da disfagia de 57%. No h associao entre a idade e a disfagia e sua presena no dependeu da frequncia de episdios de AVC. Pacientes com dois fatores de risco, hipertenso e diabetes apresentam maior prevalncia de disfagia para lquidos do que para alimentos slidos ou ambos. O enfermeiro deve realizar orientaes em relao ao ambiente, posicionamento do paciente, aos materiais e utenslios a serem usados na alimentao, quantidade, temperatura e consistncia do alimento. Informaes como cabeceira elevada, colher de sobremesa para administrao de dietas com volume de 3 a 5 ml, alm do uso de espessantes para gerar uma consistncia segura na deglutio, so fundamentais para garantir o mnimo de complicaes. importante tambm que a famlia participe de todo o processo de recuperao do paciente. Consideraes finais: aps o AVC, a disfagia merece ateno por gerar complicaes como a aspirao e a pneumonia, o que serve para nortear o planejamento e orientaes de enfermagem direcionadas a limitar o efeito dessa sequela, assim como a possibilidade de realizao de pesquisas que tratem de conhecer o que os enfermeiros podem fazer no domiclio dos pacientes disfgicos de forma a melhorar o desempenho nas atividades dirias de vida.
Resumo:
Trata-se de um estudo do tipo qualitativo, sobre as aes experienciadas pela equipe de enfermagem no cotidiano da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal), tendo como objetivo apreender os aspectos ticos implcitos nas aes experienciadas pelos profissionais de enfermagem ao cuidar do recm-nascido (RN). Foram utilizados como referencial terico-filosfico alguns autores renomados como: Mehry, Pegoraro, Pessini, entre outros. A abordagem metodolgica aplicada no estudo foi a fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz, buscando, na intencionalidade das aes de enfermagem, a motivao que sustenta este cuidar. A aproximao face a face aos sujeitos do estudo deu-se solicitando o seguinte: Fale-me sobre a sua experincia ao cuidar de um RN no cotidiano da UTI. Para alcanar o objetivo proposto, utilizei as questes orientadoras da entrevista fenomenolgica: O que voc tem em vista ao cuidar do RN na UTI? Em relao tica, o que voc pensa ao cuidar do RN? As entrevistas foram realizadas com 16 profissionais da equipe de enfermagem da UTI de uma Maternidade Pblica do Municpio do Rio de Janeiro, escolhidos de forma aleatria. Foram respeitados os critrios estabelecidos pela Resoluo n 196/96, garantindo a privacidade e o anonimato dos entrevistados, bem como aprovao do estudo pelo comit de tica em pesquisa. A partir da anlise das falas emergiram trs categorias, que possibilitaram a apreenso dos aspectos ticos das aes de enfermagem na UTI como um tpico. Esses profissionais tm em vista realizar o melhor cuidado desejando a cura e a alta do RN, apoiando-se na tecnologia para valorizar a perspectiva humana do cuidado na UTI e na possibilidade de agir com tica. Na realidade pesquisada, a tecnologia manifestou-se de maneira positiva no projeto intencional dos profissionais, mostrando uma enfermagem que acredita estar fazendo o seu melhor, envolvida com as questes ticas e humanas. A apreenso do tpico da ao e compreenso do cotidiano da equipe de enfermagem permitir uma avaliao crtica e reflexiva sobre a adequao da tecnologia no cuidado neonatal, bem como a adoo de medidas e estratgias que valorizem e respeitem a vida humana em toda a sua dimenso. Ratifica a sensibilidade, intuio e percepo do cuidador, propiciando um cuidado individualizado e personalizado ao RN e sua famlia. Alm disso, contribui para se repensar novas maneiras de cuidar, utilizando a arte e a criatividade na adequao e humanizao das tecnologias.
Resumo:
O estudo emergiu da minha experincia profissional como enfermeira de um servio especializado em cuidados paliativos em oncologia. A abordagem paliativa exige da equipe maior interao, no apenas na realizao de procedimentos teraputicos necessrios naquele momento, mas, sobretudo, em orientar adequadamente, quanto aos cuidados realizados com pacientes que se encontram em estado de doena avanada, bem como promover a adeso teraputica do familiar, atravs de aes interdisciplinares. Estudo de natureza qualitativa com referencial terico metodolgico na fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz, que tem como enfoque o significado da ao. Nesse sentido, as vivncias e as aes dos familiares constituem fontes de significados subjetivos das experincias adquiridas, ao cuidar de um familiar em tratamento paliativo em oncologia. A partir dessas reflexes, o objeto de estudo a experincia vivida pela famlia em cuidar de pessoa em tratamento paliativo em oncologia e tem como objetivo compreender a perspectiva de cuidar do familiar de pessoa em tratamento paliativo em oncologia. O cenrio onde foi realizado o estudo o Instituto Nacional de Cncer/MS, situado no municpio do Rio de Janeiro, na Unidade de Cuidados Paliativos/HCIV. Os sujeitos participantes foram, 20 familiares de pacientes em tratamento paliativo em oncologia. A apreenso das falas, deu-se mediante entrevista fenomenolgica, guiada por meio da questo orientadora: como voc est vivendo a experincia de cuidar de seu familiar em tratamento paliativo em oncologia? O estudo permitiu compreender que o familiar de pessoa em tratamento paliativo em oncologia se mostrou como aquele que ajuda, apia, estando junto, no abandonando, dando apoio e representando a famlia, na perspectiva de enfrentar suas prprias dificuldades diante do tratamento paliativo em oncologia e tentar entender a abordagem paliativa que tem como foco reduzir a dor, superando o rtulo de terminal. Portanto, oferecer uma forma de compreender o cuidado desse familiar, situado no mundo institucional, possibilitando apreender o vivido e os significados que aliceram esta prtica conduz a um comportamento, aes e relaes, ou seja, um modo de pensar que oriente o individuo no seu cotidiano para ser e estar com o outro nessa fase da vida. Nesse sentido, a escuta e a comunicao se constituem como os pilares do cuidar dos familiares em cuidados paliativos em oncologia. A insero da famlia durante todo o processo fundamental para os cuidados realizados com a pessoa, evidenciando para o enfermeiro a importncia de atender s expectativas de ambos, agindo como facilitador na implementao do cuidar. Assim sendo, as aes de enfermagem podem contribuir e auxiliar a famlia a descobrir suas prprias solues para as situaes que envolvem o suporte s necessidades apresentadas.
Resumo:
Estudo de natureza qualitativa, descritiva e exploratria, que teve como objeto o raciocnio clnico elaborado pelos enfermeiros ao cuidarem de feridas em clientes com afeces oncolgicas. Os objetivos traados para o estudo foram: identificar as estratgias cognitivas que os enfermeiros com especializao em rea oncolgica consideram adotar para o estabelecimento de um julgamento clnico na avaliao de feridas em clientes com afeces oncolgicas e caracterizar as etapas de elaborao mental para construo do raciocnio clnico que os enfermeiros consideram percorrer quando da avaliao de feridas em cliente acometido por afeces oncolgicas. O campo de pesquisa foi o Instituto Nacional do Cncer, no qual os cenrios de coleta foi a unidade HC-I nas Sees de Oncologia Clnica, Neurocirurgia, Abdominoplvica, Centro de Tratamento Intensivo e Cirurgia de Cabea e Pescoo. Os sujeitos do estudo foram treze enfermeiros com especializao em oncologia, que assistiam clientes com afeces oncolgicas, h pelo menos cinco anos. A coleta dos dados aconteceu nos meses de junho e julho de 2009, sendo utilizado um roteiro de entrevista semi-estruturada para captar as informaes. A anlise dos dados foi realizada com base no mtodo de anlise de contedo, que ao ser aplicado possibilitou a apreenso de quatro categorias: (1) a afeco oncolgica como fator expressivo na elaborao mental diagnstica do enfermeiro; (2) a relevncia do conhecimento terico-prtico avanado para a elaborao mental avaliativa do enfermeiro; (3) a construo da elaborao mental para o raciocnio clnico diagnstico do enfermeiro; (4) a importncia da interao humana no contexto avaliativo. Concluiu-se que, este estudo identificou, na discusso das categorias, as quatro principais estratgias cognitivas que os enfermeiros com especializao em rea oncolgica consideram adotar para o estabelecimento de um julgamento clnico na avaliao de feridas em clientes com afeces oncolgicas e caracterizou as etapas de elaborao mental para construo do raciocnio clnico diagnstico do tipo hipottico-dedutivo e intuitivo. Compreendeu-se que os sujeitos da pesquisa detm qualidades intelectuais especficas e avanadas, quando elaboram diagnsticos e intervenes baseadas nas respostas humanas em situao de avaliao de feridas nos clientes com doena oncolgica, e foi considerado que o ensino pode impulsionar o desenvolvimento das competncias cognitivas no sentido de formar profissionais capazes de avaliar o prprio conhecimento, bem como a fomentao de novas pesquisas relativas a essa temtica imprescindvel para uma assistncia de enfermagem qualificada.
Resumo:
O cenrio atual das instituies pblicas de sade caracteriza-se pelas peculiaridades do modelo de reestruturao produtiva, em que o enxugamento da mquina pblica traduz-se num contexto de precarizao das condies de trabalho. Em meio escassez e inadequao dos recursos materiais e ao dficit de recursos humanos, os trabalhadores de enfermagem vem-se diante da necessidade de elaborarem adaptaes e improvisaes de materiais, equipamentos e, at mesmo, de pessoal. Diante desta problemtica, selecionou-se como objeto de estudo: a percepo do trabalhador de enfermagem sobre as adaptaes e improvisaes no trabalho hospitalar e suas implicaes na sade do trabalhador. Apresenta como objetivos: identificar a percepo dos trabalhadores de enfermagem sobre as adaptaes e improvisaes; descrever as situaes que conduzem os trabalhadores de enfermagem realizao desta prtica e analisar as implicaes das adaptaes e improvisaes na sade dos trabalhadores de enfermagem. Pesquisa qualitativa e descritiva, cujo cenrio foi um hospital pblico universitrio, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Os sujeitos foram vinte trabalhadores das equipes de enfermagem, atuantes nos setores de terapia intensiva e enfermarias cirrgicas. Os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada, no ms de julho do ano de 2009. Procedeu-se anlise temtica de contedo, a qual propiciou a criao de quatro categorias empricas: categoria 1: contextos e determinantes das adaptaes/improvisaes; categoria 2: pr-requisitos para a realizao das adaptaes/improvisaes; categoria 3: aspectos subjetivos vinculados prtica do adaptar/improvisar e categoria 4: a face positiva e a face negativa do adaptar/improvisar as repercusses na sade do trabalhador. Concluiu-se que as percepes dos trabalhadores de enfermagem sobre a prtica do adaptar/improvisar caracteriza-se contraditria ou dialtica, com respostas que envolvem o sofrimento e o prazer; a satisfao e a insatisfao; a motivao e a desmotivao, entre outras contradies. Constatou-se que as adaptaes e improvisaes so elaboradas, predominantemente, para garantir que o cuidado seja prestado, pois diante de um contexto de precarizao, a falta de recursos quase que inviabiliza a prestao do cuidado, e esta prtica caracteriza-se como uma artimanha ou um ajuste no processo de trabalho o qual assegura que a tarefa seja cumprida. Verificou-se que esta prtica tem impactos negativos na sade, espoliando fsica e psiquicamente os trabalhadores de enfermagem.
Resumo:
A presente pesquisa centrou-se em analisar as implicaes do processo de superviso e sua importncia para a formao acadmico-profissional em Servio Social, tendo como pressuposto o acompanhamento sistemtico realizado pelo assistente social junto ao discente, uma das dimenses que envolvem a superviso, qual seja, a superviso profissional ou de campo. O objetivo do estudo sobre essa dimenso da formao profissional refletiu o entendimento da realidade profissional, das transformaes no mundo do trabalho e as respectivas formas de enfrentamento da questo social. Tratou do processo de superviso acadmico-profissional em Servio Social no municpio de Ipatinga/MG a partir dos projetos de extenso universitria coordenados pelo curso de Servio Social da UNIPAC/Campus Vale do ao, onde so desenvolvidas atividades que envolvem aes de assistentes sociais e se constituem em espaos scio-ocupacionais onde se inserem estagirios. A hiptese do presente estudo de que existe uma tenso entre a proposta das Diretrizes Curriculares da Associao Brasileira de Ensino em Servio Social (ABESS), de 1996 e sua efetivao em um contexto de aceleramento de privatizao do ensino superior e das condies de trabalho dos profissionais. Os pressupostos relacionados direo social ou ao aparato legal para a profisso so norteados e conduzidos pelas diretrizes curriculares. E a direo assumida pela profisso a partir das mudanas que vinculam a ao profissional ao projeto societrio da classe trabalhadora, demanda novas respostas profissionais, que vo se refletir diretamente numa exigncia de um trabalho profissional que ultrapasse o mero fazer cotidiano. Para a apreenso do objeto de estudo, procurou-se discutir a formao profissional mediante o que est preconizado nas Diretrizes Curriculares de 1996. Num segundo momento discutiu-se acerca da mercantilizao do ensino superior ps dcada de 1990 e a UNIPAC nesse contexto. J no captulo 3 foram analisadas as particularidades do processo de superviso de campo no universo dos projetos de extenso da UNIPAC e as condies de trabalho dos supervisores de campo. Nas consideraes mais conclusivas apresentado um balano da pesquisa realizada, buscando apontar possveis desafios e tendncias para a formao profissional dos assistentes sociais na atualidade.
Resumo:
Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, visando uma anlise das condies de trabalho em unidades intensivas de um hospital universitrio no municpio do Rio de Janeiro. Foi definido como objeto de estudo a percepo dos trabalhadores de enfermagem sobre os riscos ocupacionais e os problemas de sade inerentes s condies de trabalho em unidades intensivas e como problema de pesquisa: quais os riscos ocupacionais e problemas de sade relacionados s condies de trabalho, percebidos pelos trabalhadores de enfermagem, em unidades intensivas de um hospital universitrio? O objetivo geral foi estudar nas unidades intensivas os riscos ocupacionais e problemas de sade da equipe de enfermagem e sua relao com condies de trabalho, a partir da percepo dos mesmos. Os objetivos especficos traados foram: identificar as caractersticas pessoais e profissionais dos trabalhadores de enfermagem de unidades intensivas; descrever os fatores de risco do ambiente de trabalho percebidos pelos trabalhadores de enfermagem; levantar os problemas de sade percebidos pelos trabalhadores e sua relao com o trabalho; analisar a associao entre os problemas de sade percebidos pelos trabalhadores de enfermagem e as condies do trabalho em unidades intensivas. Participaram da pesquisa 125 profissionais de enfermagem de quatro unidades intensivas do Hospital Universitrio (HU) entre Maio e Julho de 2009. A predominncia foi de profissionais do sexo feminino, com idade acima dos 40 anos, com mais de um vnculo empregatcio e trabalhando no HU h mais de 10 anos. Os riscos ocupacionais mais percebidos pelos trabalhadores foram os ergonmicos, seguido dos biolgicos, de acidentes, fsicos e qumicos. Os problemas de sade mais frequentes foram varizes, problemas oculares, lombalgias, estresse e depresso, transtornos do sono, leses de coluna vertebral, dores de cabea, mudanas no humor, dores musculares crnicas e hipertenso arterial. Pela associao entre riscos ocupacionais e problemas de sade, conclui-se que os trabalhadores expostos a fatores de riscos ergonmicos e fsicos tm maior probabilidade de adquirir problemas de sade osteoarticulares e circulatrios (varizes). Diante dos dados desta pesquisa faz-se necessrio aprofundamento da investigao sobre os fatores de riscos encontrados e possveis medidas para minimiz-los, mediante novos estudos. Como recomendaes destacam-se a criao de um espao de discusso entre os gerentes e trabalhadores para a elaborao de um programa que vise a promoo e proteo da sade do trabalhador de enfermagem de unidades intensivas; implementao de medidas de controle especficas para cada tipo de risco evidenciado e a criao de um Comit de Ergonomia para operacionalizar a implementao das melhorias no HU, a fim de consolidar as transformaes esperadas.
Resumo:
Pesquisa realizada em um Hospital Universitrio do Estado do Rio de Janeiro, atravs de uma abordagem quantitativa descritiva, com objetivo de identificar os fatores de riscos ambientais presentes nas situaes de trabalho dos profissionais de enfermagem, a partir da observao sistemtica dos locais de trabalho pelos profissionais de sade e segurana do trabalho e dos chefes de enfermagem de clnicas de um Hospital Universitrio, visando gerar resultados que possam trazer a discusso, os riscos ocupacionais aos quais esto expostos os profissionais de enfermagem, seu conhecimento a respeito destes riscos e sua atuao na identificao e ao sobre os mesmos. A populao foi composta por treis profissionais de sade e segurana no trabalho e trinta enfermeiros chefes de unidade de internao. Para a coleta de dados foi utilizado um questionrio fechado proposto no Guia de Avaliao de Riscos nos Locais de Trabalho de Boix e Vogel (1997) e adaptado para aplicao em estabelecimentos de sade por Mauro (2001). Os dados foram analisados atravs do software Statical Package for the Social Sciences (SPSS) verso 15.0. Os resultados evidenciaram que os fatores de riscos ocupacionais de maior relevncia do estudo foram: os sistemas inadequados de preveno de incndio, de sada de emergncia e dispositivos e instrues de segurana e manuteno preventiva inadequada, exposio riscos biolgicos, desenho arquitetnico dos locais de trabalho inadequado, distribuio inadequada de pessoal e conhecimento ergonmico insuficiente do trabalhador. Estes fatores atuam de forma direta ou indireta nos locais de trabalho, propiciando aos profissionais um ambiente desfavorvel para a realizao das atividades, o que pode comprometer a sua sade e vida profissional. Concluiu-se que os profissionais enfermeiros no cargo de gestores, em sua maioria, no possuem a visibilidade sobre os fatores de riscos aos quais eles prprios e a equipe sob sua gerncia encontram-se expostos, mesmo porque desempenham suas tarefas quase em sua integralidade com alto risco de acidentes e doenas. O estudo proporcionou melhor compreenso dos fatores de risco presentes no ambiente, suas repercusses no processo de trabalho de enfermagem e na sade dos profissionais, da importncia da insero e comprometimento dos gestores sobre os fatores de risco no ambiente de trabalho e da ergonomia participativa na anlise e preveno de riscos ocupacionais.
Resumo:
Este estudo buscou identificar os critrios utilizados pelas enfermeiras obsttricas para empregar as tecnologias no-invasivas de cuidado no suporte fsico parturiente e quais so seus efeitos esperados. Para tanto, se realizou uma pesquisa quantitativa exploratria do tipo survey, que abordou as prticas/cuidados fornecidas pelas enfermeiras obsttrica durante a assistncia s parturientes que tinham relao com o suporte fsico. Estas foram agrupadas em: suporte relacionado ao ambiente; suporte ao posicionamento (livre movimentao e adoo de posturas verticais, deambulao, movimentos plvicos, posio de ccoras, e posio de quatro apoios); suporte aos estmulos tteis (massagens, compressas frias/mornas, banho morno de asperso e imerso); e suporte energtico (oferta de alimento). Para tanto, utilizou-se um questionrio, que foi disponibilizado via internet, aps a criao de um domnio e web site prprio para tal finalidade. A populao-alvo constituiu-se de enfermeiras obsttricas que atuam no cuidado da parturiente em territrio nacional, sendo que estas foram convidadas a participar, entre os meses de julho e setembro de 2009, atravs de e-mails survey individuais ou coletivos. Participaram do estudo120 profissionais, sendo que 45,8% foram excludos automaticamente pelo sistema, pois no possuam os critrios de incluso. Dos participantes elegveis (65), 33,8% responderam somente o teste de elegibilidade, 4,6% responderam parcialmente e 61,6% responderam completamente o questionrio. Os resultados demonstraram que alguns aspectos relacionados ao conceito ainda encontram-se pouco compreendidos pelas profissionais da rea, entretanto este no um entrave para que prticas/cuidados relacionados a esta nova terminologia sejam utilizadas durante a assistncia parturiente. De acordo com os objetivos propostos, conseguiu-se determinar os critrios e efeitos esperados pelas enfermeiras obsttricas ao utilizarem as tecnologias no-invasivas de cuidado estudadas, entretanto tambm se evidenciou brechas no conhecimento cientfico. Assim conclui-se que as enfermeiras obsttricas utilizam prticas/cuidados relacionadas as tecnologias no-invasivas de cuidado de enfermagem obsttrica no suporte fsico parturiente, pautadas em critrios e efeitos esperados que em sua maioria possuem bases cientficas que os comprove. Considera-se que a utilizao destas so uma ferramenta importante para a desmedicalizao do processo de parto e consequentemente, para a diminuio dos ndices de morbimortalidade materna e neonatall. Portanto, necessrio estimular assistncia ao parto por enfermeiras obsttricas, de modo a suplantar o modelo de assistncia tecnocrtico, ainda hegemnico no pas.
Resumo:
Estima-se que, no ano de 2025, 23% da populao total dos pases desenvolvidos estaro com mais de 60 anos, evidenciando-se assim o envelhecimento gradativo do contingente populacional destes pases. Deste modo, perceptvel o contingente de mulheres que estaro vivenciando a fase da menopausa com seus efeitos biolgicos, psicolgicos e sociais. As mudanas hormonais e fisiolgicas que acontecem nas mulheres durante a fase da menopausa, acompanhadas pela desvalorizao esttica do corpo e por toda uma sintomatologia fsica e psquica, tm sido interpretadas como perda da feminilidade, sinalizando o envelhecimento inevitvel e a finitude. No entanto, muitos dos desconfortos que as mulheres vivenciam nesta fase no se devem s mudanas biolgicas, mas ao seu processo de socializao, caracterizando a influncia de gnero. Neste contexto, este trabalho teve como objeto o estudo da influncia da relao de gnero na vivncia e no significado do processo da menopausa, tendo como objetivos: descrever a vivncia da menopausa a partir da perspectiva de mulheres que a vivenciam e identificar as particularidades relacionadas ao gnero diretamente envolvidas na experincia da menopausa a partir da perspectiva das mulheres. Para desenvolvimento do trabalho foi utilizada abordagem qualitativa de natureza descritiva com vinte mulheres de idade entre 45 e 55 anos que apresentavam menopausa espontnea e eram clientes das Unidades Bsicas de Sade da cidade de Curitibanos-SC, no perodo de 1 a 15 de outubro de 2009. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista semi-estruturada com uma questo norteadora: Fale-me como para voc estar vivenciando a menopausa. A interpretao e anlise foram feitas atravs de anlise de contedo do tipo temtica descritas por Bardin. Nas narrativas, identificaram-se categorias que foram integradas em quatro temas principais: 1- Vivenciando a Menopausa, 2- Identificando Transformaes no Corpo e na Vida, 3- Cuidando de Si, 4- Buscando Informaes/Influncias e Construindo Conhecimento. Foi possvel identificar nessas categorias que as mulheres trazem o conceito de que a fase da menopausa uma doena, e relacionam essa fase com envelhecimento e declnio fsico, a qual traz grandes sofrimentos, o que demonstra a influncia de gnero no vivenciar desta fase. As entrevistadas explicitaram em suas falas diversos sintomas que as incomodavam e interferiam em suas atividades dirias e na sua maneira de ser, repercutindo muitas vezes no seu comportamento familiar e profissional. O conhecimento sobre a menopausa, neste grupo de mulheres, foi construdo ao longo de suas vidas e reflete as suas realidades culturais e sociais, deixando evidente a escassez de fontes de informao e os tabus relacionados com relao fase da menopausa. Este estudo contribui com a gerao de conhecimentos levando em considerao os efeitos que a influncia de gnero pode ter na vivncia e percepo da menopausa, desmistificando-a para que a vivncia das mulheres durante esse perodo no seja condicionada por esteretipos e crenas relacionadas ao gnero.