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O objeto deste estudo foi a percepo dos discentes acerca do processo de ensinagem desenvolvido na abordagem do fenmeno das drogas. Os objetivos foram: 1) Descrever o processo de ensinagem desenvolvido na abordagem do fenmeno das drogas de acordo com a percepo dos discentes; 2) Analisar a construo do conhecimento dos discentes em relao ao fenmeno das drogas a partir das estratgias de ensinagem desenvolvidas; 3) Discutir os nexos entre a abordagem do fenmeno das drogas e a construo do conhecimento na perspectiva discente. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados de dezembro/2008 a janeiro/2009, na Faculdade de Enfermagem da UERJ, utilizando-se trs grupos focais, constitudos por 19 acadmicos dos trs ltimos semestres do curso. O projeto foi aprovado pela Comisso de tica em Pesquisa da UERJ conforme protocolo n 029.3.2008 e os participantes assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram tratados por anlise de contedo segundo Bardin, tendo sido selecionadas 142 Unidades de Registro. Estas foram agrupadas em doze unidades de significao, com suas respectivas quantificaes. Em conseqncia formaram-se trs categorias: Construindo conhecimento acerca do fenmeno das drogas; A conduo docente na construo do conhecimento; O processo de ensinagem na percepo discente. Como o processo de ensinagem consiste em uma prtica social que envolve o objeto de estudo, o docente e o discente, a primeira categoria engloba os assuntos pertinentes ao objeto abordado, a segunda se refere ao trabalho docente e a terceira ao discente, complementando as trs interfaces do processo de construo do conhecimento. Os resultados evidenciaram que a instituio de ensino desempenha um papel fundamental no meio acadmico ao utilizarem a metodologia crtica e problematizadora na abordagem do fenmeno das drogas, entretanto, h lacunas a serem preenchidas na construo do conhecimento sobre drogas.

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O objeto deste estudo foi o processo de construo da resilincia em mulheres que vivenciaram violncia sexual. A violncia sexual contra a mulher um problema antigo no mundo, onde o Brasil dispe de elevadas estatsticas. As justificativas para a violncia contra a mulher constroem-se sob normas e preceitos sociais de gnero, os quais definem as diferenas nos papis e responsabilidades dos homens e das mulheres na sociedade e na famlia. As consequncias fsicas e psicolgicas para a mulher em situao de violncia sexual so alarmantes, podendo ocasionar traumas por longo prazo ou at mesmo para a vida inteira, impedindo-a de retomar seus direitos humanos e de se reinserirem em suas famlias e na sociedade. Entretanto, aps a vivncia de uma violncia algumas mulheres tm seus comportamentos transformados a fim de retomarem o curso de suas vidas. Tais comportamentos dizem respeito postura resiliente diante violncia sexual vivida e sua superao. Reconhecendo este comportamento como uma nova possibilidade de promoo da sade dessas mulheres, traou-se como objetivo geral do estudo compreender o processo de construo da resilincia em mulheres que vivenciaram violncia sexual. Desenvolveu-se uma pesquisa exploratria com abordagem qualitativa, realizada atravs da coleta da histria de vida com seis mulheres que vivenciaram violncia sexual atendidas em um hospital municipal do Rio de Janeiro (Brasil), referncia no atendimento dessas mulheres. Os dados produzidos foram interpretados luz da modalidade temtica da anlise de contedo de Bardin. Deste processo emergiram duas categorias: A violncia sexual vivida expressa nas atitudes do cotidiano: sentimentos e emoes e A resilincia de mulheres em situao de violncia sexual. Na primeira categoria identificaram-se as atitudes, sentimentos e emoes decorrentes da adversidade. Destacaram-se os sentimentos de medo, tristeza, culpa e perda como sendo as principais mudanas ocorridas com a violncia. Na segunda categoria emergiram elementos existentes na vida das mulheres que vivenciaram violncia sexual e que favoreceram no processo de construo da resilincia, sendo os aspectos individuais, familiares e sociais. A pesquisa considerou que a resilincia elemento fundamental na promoo da sade das mulheres que vivenciaram violncia sexual assim como uma oportunidade de melhoria de sua qualidade de vida, uma vez que reduz os agravos decorrentes dessa violncia e incorpora sentido de vida, serenidade, autoconfiana, autossuficincia e perseverana na vida da mulher. Contudo, a resilincia para ser desenvolvida precisa alm dos aspectos individuais da mulher, uma rede de apoio familiar e social significativa e eficaz. A consulta de Enfermagem estabelecida nos princpios da humanizao, integralidade e dialogicidade entre profissional e a mulher, seja nas Estratgias de Sade da Famlia ou nos ambientes ambulatoriais e hospitalares, caracteriza-se como campo frtil na promoo e apoio a essa rede familiar e social. A enfermeira torna-se facilitadora na construo da resilincia em mulheres em situao de violncia sexual, onde preciso oferecer escuta sensvel e sem preconceitos, incentivar a construo de sentido de vida, a recuperao da autoestima e autoconfiana e de sua reinsero social.

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Estima-se que, no ano de 2025, 23% da populao total dos pases desenvolvidos estaro com mais de 60 anos, evidenciando-se assim o envelhecimento gradativo do contingente populacional destes pases. Deste modo, perceptvel o contingente de mulheres que estaro vivenciando a fase da menopausa com seus efeitos biolgicos, psicolgicos e sociais. As mudanas hormonais e fisiolgicas que acontecem nas mulheres durante a fase da menopausa, acompanhadas pela desvalorizao esttica do corpo e por toda uma sintomatologia fsica e psquica, tm sido interpretadas como perda da feminilidade, sinalizando o envelhecimento inevitvel e a finitude. No entanto, muitos dos desconfortos que as mulheres vivenciam nesta fase no se devem s mudanas biolgicas, mas ao seu processo de socializao, caracterizando a influncia de gnero. Neste contexto, este trabalho teve como objeto o estudo da influncia da relao de gnero na vivncia e no significado do processo da menopausa, tendo como objetivos: descrever a vivncia da menopausa a partir da perspectiva de mulheres que a vivenciam e identificar as particularidades relacionadas ao gnero diretamente envolvidas na experincia da menopausa a partir da perspectiva das mulheres. Para desenvolvimento do trabalho foi utilizada abordagem qualitativa de natureza descritiva com vinte mulheres de idade entre 45 e 55 anos que apresentavam menopausa espontnea e eram clientes das Unidades Bsicas de Sade da cidade de Curitibanos-SC, no perodo de 1 a 15 de outubro de 2009. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista semi-estruturada com uma questo norteadora: Fale-me como para voc estar vivenciando a menopausa. A interpretao e anlise foram feitas atravs de anlise de contedo do tipo temtica descritas por Bardin. Nas narrativas, identificaram-se categorias que foram integradas em quatro temas principais: 1- Vivenciando a Menopausa, 2- Identificando Transformaes no Corpo e na Vida, 3- Cuidando de Si, 4- Buscando Informaes/Influncias e Construindo Conhecimento. Foi possvel identificar nessas categorias que as mulheres trazem o conceito de que a fase da menopausa uma doena, e relacionam essa fase com envelhecimento e declnio fsico, a qual traz grandes sofrimentos, o que demonstra a influncia de gnero no vivenciar desta fase. As entrevistadas explicitaram em suas falas diversos sintomas que as incomodavam e interferiam em suas atividades dirias e na sua maneira de ser, repercutindo muitas vezes no seu comportamento familiar e profissional. O conhecimento sobre a menopausa, neste grupo de mulheres, foi construdo ao longo de suas vidas e reflete as suas realidades culturais e sociais, deixando evidente a escassez de fontes de informao e os tabus relacionados com relao fase da menopausa. Este estudo contribui com a gerao de conhecimentos levando em considerao os efeitos que a influncia de gnero pode ter na vivncia e percepo da menopausa, desmistificando-a para que a vivncia das mulheres durante esse perodo no seja condicionada por esteretipos e crenas relacionadas ao gnero.

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Trata-se de uma pesquisa de mestrado do Programa de Ps-Graduao da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Teve como objetivo geral compreender e analisar as prticas do enfermeiro na assistncia sade no Programa HIV/AIDS nos Centros Municipais de Sade do Rio de Janeiro a partir do princpio da integralidade. Buscou-se a compreenso da prtica do enfermeiro, pois devido complexidade da epidemia, o paciente requer assistncia que estabelea qualidade de vida. Neste sentido, explorou-se o conceito de integralidade como embasamento para as aes em sade nos diversos nveis de assistncia em especial na ateno bsica. O enfermeiro diante de uma perspectiva de integralidade quer no manejo clinico do portador, quer na preveno da disseminao da doena nos diversos grupos populacionais, deve buscar uma prtica profissional com vistas a priorizar as necessidades de sade dos usurios. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, sendo esta abordagem a que possibilita a compreenso dos fenmenos e das aes humanas no que se refere prtica. A pesquisa foi desenvolvida no perodo 2008 a 2009, sendo o trabalho de campo desenvolvido atravs de observao livre e entrevistas semi-estruturadas. Os sujeitos consistiram de 12 enfermeiros que trabalham nos CMS no Programa HIV/AIDS. Os dados foram analisados visando buscar eixos temticos a fim de transparecer as prticas e seus contextos, utilizando tambm os registros da observao livre. Atravs da anlise temtica emergiram duas categorias: O cotidiano da assistncia no programa HIV/AIDS e a Prtica do enfermeiro no programa HIV/AIDS, as quais deram origem a cinco subcategorias descritas a seguir: O cotidiano dos CMS e a organizao da assistncia voltada para o HIV/AIDS; Limitaes poltico-institucionais que dificultam as aes de enfermagem no programa HIV/AIDS; A relao da equipe de sade e o processo de trabalho no programa HIV/AIDS; Bases tericas que orientam a prtica do enfermeiro em HIV/AIDS nos CMS; e Modelos de ateno sade e a realidade vivenciada no programa HIV/AIDS. Podemos constatar que os servios que atendem HIV/AIDS so estruturados basicamente com a presena dos profissionais de sade e na estrutura fsica disponvel para a assistncia. Este fato influencia a chegada do paciente ao servio e sua forma de atendimento. Constatou-se que a falta de estrutura fsica prejudica a percepo das necessidades de sade do grupo populacional assistido, mas tambm isto nos remete a falta de preparo do profissional. H muita dificuldade em articular o conhecimento terico com a prtica diria, isto , com suas atividades de rotina. Neste caso, o enfermeiro busca, a partir das aes que so postas no dia-a-dia, superar essa indefinio na tentativa de dar respostas aos problemas de sade que lhes so direcionados. Conclumos que h necessidade de condies mais especficas para o desenvolvimento de aes que possibilitem a visualizao das necessidades de sade desta clientela para que possa desenvolver a integralidade de forma consistente nos CMS do Rio de Janeiro.

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Esta pesquisa fruto da dissertao de mestrado do Programa de Ps-Graduao em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ENF/UERJ). Teve como objetivo geral compreender os sentidos e as prticas de cuidado realizadas pelos enfermeiros nos Centros Municipais de Sade (CMS) em uma rea de Planejamento do municpio do Rio de Janeiro. A escolha pelo estudo dos sentidos e das prticas de cuidado ocorreu por entender-se que cada ser humano pensa, reflete e age de forma diferente, perante a realidade e a si prprio e, dessa forma, estabelecem relaes entre esses sentidos e suas experincias de vida. Assim, torna-se necessrio no somente estudar e conhecer as prticas de cuidados exercidas pelos enfermeiros da Ateno Primria em Sade, mas tambm reconhecer e apreender os sentidos de cuidado que este profissional possui. Os trabalhos relativos prtica do enfermeiro na Ateno primria em Sade discutem as atividades deste profissional, porm no as correlacionam ao cuidado de enfermagem. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, que privilegiou a utilizao da abordagem Hermenutica-Dialtica. A pesquisa desenvolveu-se no perodo de 2007 a 2009, sendo utilizada a entrevista semi estruturada como instrumento de coleta de dados. Foram entrevistados 14 enfermeiros que desenvolvem suas atividades em CMS. A anlise das entrevistas foi feita mediante a anlise de seu contedo. Desta anlise, foram identificadas trs categorias: Prtica do enfermeiro na Ateno Primria em Sade; Fatores que influenciam a prtica do enfermeiro e O cuidado do enfermeiro na Ateno Primria em Sade. Com a anlise dos dados, pde-se perceber a diversidade de prticas realizadas pelo enfermeiro neste campo de atuao, porm o cuidado de enfermagem no identificado diretamente como uma prtica em sade. Sobre os sentidos da prtica de cuidado, constatou-se que o enfermeiro a compreende como um conjunto de dimenses que englobam o fazer tcnico, organizacional e de uma boa prtica em sade. Por meio da produo dos sentidos referentes prtica de cuidado, percebe-se que, apesar do cuidado no ser descrito como uma prtica pelo enfermeiro, ele permeia o cotidiano de suas aes nos CMS. Assim, olhar para as prticas do enfermeiro na Ateno Primria em Sade ajudou a compreender como realizada a prtica de cuidado, seja para a organizao dos servios, para a oferta de um atendimento com base na identificao das necessidades de sade do indivduo e na orientao em sade.

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O presente estudo tem objetivo investigar as prticas educativas desenvolvidas por enfermeiros, no interior da Equipe de Sade da Famlia. A profisso de Enfermeiro no Brasil foi marcada, desde a sua origem, por ser aquela incumbida das aes de educao em sade. No processo de trabalho das equipes de sade da famlia, esto includas aes educativas, que tanto devem interferir no processo sade- doena como ampliar o controle social em defesa da qualidade de vida. Assim, essas prticas esto presentes no cotidiano dos enfermeiros, sendo importante a reflexo a respeito das mesmas para a construo de uma prtica educativa mais consciente. Participaram do estudo 21 enfermeiros do Programa Sade da Famlia do municpio de Petrpolis- RJ. A pesquisa foi realizada pelo mtodo qualitativo. A entrevista semi-estruturada foi utilizada como tcnica de coleta de dados, que foram tratados pelo mtodo da anlise de contedo temtica. Foram obtidas cinco categorias empricas, que demonstraram que no cenrio estudado, predominam as prticas educativas em grupo. Nelas, h priorizao do trabalho em equipe, sendo que os profissionais mais atuantes so os enfermeiros e os mdicos. Em relao aos locais onde so realizados os grupos, poucos postos de sade dispem de uma sala especfica para a sua realizao, sendo ento utilizadas escolas, igrejas, clubes e associaes de moradores, que nem sempre so considerados adequados. A falta de infra- estrutura e de incentivo por parte dos gestores no impedem a realizao das prticas educativas, mas traduzem a falta de valorizao das mesmas. A complexidade do trabalho do enfermeiro no Programa de Sade da Famlia reconhecida como um dificultador para o trabalho educativo. A maioria dos entrevistados teve alguma aproximao, prtica ou terica, com a educao em sade durante sua formao acadmica. Embora haja predominncia do enfoque preventivo, so percebidas aproximaes a enfoques mais crticos. Os enfermeiros percebem que o trabalho educativo traz mudanas benficas s comunidades e aos indivduos assistidos. Tambm referem gostar desse trabalho, percebendo-o como integrante do trabalho do enfermeiro e do Programa Sade da Famlia. O estudo recomenda a formao e a capacitao dos enfermeiros a respeito das abordagens em educao em sade, assim como a priorizao da educao em sade por parte desses profissionais. Recomenda tambm a busca de um relacionamento transdisciplinar entre os membros das equipes. Sugere a realizao de pesquisas a respeito de tcnicas para a abordagem a grupos educativos, por profissionais de sade, especialmente por enfermeiros.

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Os dirios de escrita ntima constituem tipo de texto do domnio confessional. Apresentam narrativas pessoais com caractersticas especficas ao gnero, como datao, marcas de subjetividade, escrita informal e coloquialidade. Durante muitos anos, eram escritos em cadernos e guardados a sete chaves por seus autores para que no fossem lidos por outras pessoas. Por volta dos anos 80, surgiram as agendas de adolescentes. Aproveitando o modelo pr-definido industrialmente, as agendas eram preenchidas dia a dia, como um dirio, mas com a novidade do acrscimo de elementos semiticos, como fotos, papis de bala, recortes de revistas, entre outros. Alm disso, traziam como diferencial a presena de um leitor participativo: os textos eram compartilhados com amigos, e bilhetes e comentrios eram escritos nas pginas das agendas. Com o advento da Internet, o dirio e a agenda se fundem no blog que aproveita os recursos do suporte virtual para tornar o gnero interativo, hipertextual e multimdia, acentuando o processo de leitura e de escrita nos jovens produtores de blogs. Paralelamente, a escrita se torna grande ferramenta de comunicao no ambiente virtual, adquirindo caractersticas peculiares em funo da rapidez na comunicao e da economia de digitao. A partir da teoria de Bakthin sobre gneros do discurso e do conceito de gneros digitais de Marcuschi, a pesquisa apresenta como objeto perceber e elencar categorias pertinentes aos gneros dirio e blog para analis-las e compar-las, na inteno de mapear um possvel percurso dos dirios aos blogs de adolescentes, discutindo o contraste pblico-privado na escrita ntima, bem como suas principais marcas lingusticas, percebendo vantagens e desvantagens de sua utilizao como ferramenta auxiliar no processo de aprendizagem da escrita e da leitura de Lngua Portuguesa. A pesquisa foi motivada pela discusso de que a escrita digital pode prejudicar o desenvolvimento da produo textual de jovens em formao, o que no se confirmou, visto que a estrutura sinttica da lngua se mantm, e que a variao acontece apenas no nvel vocabular, no interferindo na comunicao. Os resultados apontam para a utilizao de blogs na educao como complementao do material pedaggico e como incentivo leitura, escrita, construo da argumentao e do posicionamento crtico, aproximando a escola da vida cotidiana dos estudantes

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Face crescente procura por outras modalidades teraputicas que abordam o ser humano de forma holstica e a introduo das mesmas no SUS, torna-se muito importante a avaliao da efetividade e segurana dessas formas de cuidado. A Homeopatia faz parte deste conjunto de teraputicas e, para sua avaliao, pode existir a necessidade de se valer de mltiplos instrumentos para abarcar os vrios aspectos de uma resposta integral ao tratamento. Este trabalho teve como objetivo identificar e elaborar categorias de anlises e instrumentos que permitam avaliar e mensurar a efetividade deste tratamento, bem como test-los, considerando-se as caractersticas desta racionalidade. Foram levantados, na literatura nacional e internacional, trabalhos sobre efetividade do tratamento homeoptico, em busca da definio do estado da arte mas tambm dos principais problemas, limitaes e possibilidades dessas avaliaes tendo em vista seu resultado integral. Finda esta etapa, a pesquisa destinou-se a elaborao, proposio e testagem de uma metodologia considerada mais adequada a avaliar o tratamento homeoptico nesta perspectiva. Um estudo observacional foi realizado em servio pblico homeoptico no municpio de Juiz de Fora, com tratamento individualizado, no qual foi utilizada uma estratgia de avaliao composta por trs componentes: (1) avaliao de qualidade de vida pelo instrumento SF-36; (2) anlises em busca de objetivar e quantificar queixas clnicas e outros atributos de natureza subjetiva (sensao de bem-estar, sono, estado cognitivo e memria, vida sexual, sensao de felicidade) por meio da utilizao de uma escala visual analgica (EVA), na mensurao da intensidade e de opes fechadas, a exemplo do SF-36, na estimativa da frequncia desses aspectos e (3) entrevistas qualitativas por intermdio de questionrio semiestruturado, com a finalidade de abordar questes relacionadas a biopatografia e mudana da atitude vital (como pacientes enfrentam os problemas do cotidiano, fatores deflagradores das queixas, como se sentem e como reagem, alm de indagar seus projetos de vida e felicidade). A aplicao do questionrio SF-36 apresentou algumas dificuldades de compreenso pelos participantes, talvez devido baixa escolaridade dos entrevistados, mas mostrou-se til pesquisa, embora demonstre limitaes na avaliao do aspecto integral do resultado da teraputica analisada. O acompanhamento das queixas clnicas, sensao de bem-estar, sono e estado cognitivo e memria foram captados e mensurados de forma satisfatria tanto pela EVA (intensidade dos sintomas) quanto pelas respostas fechadas para medir a frequncia. Situaes como as avaliaes da biopatografia e da sexualidade foram insuficientes para serem adequadamente avaliadas pelo pesquisador e o paciente somente. A participao do mdico assistente poderia contribuir nestes casos. Questes mais abrangentes na avaliao da mudana na atitude vital, como reao diante de fatores desequilibrantes e projeto de vida e felicidade, necessitam de metodologia qualitativa at que se possa avanar nas pesquisas espera de solues futuras. A combinao dessas estratgias em estudos controlados, randomizados, com amostras de magnitude satisfatria, preferencialmente em rede e que explicitem as condies nas quais o atendimento homeoptico ocorreu e como se chegou a cada prescrio, podem ter utilidade para a avaliao da efetividade da dimenso integral do tratamento homeoptico.

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O cncer de pulmo atualmente a neoplasia mais frequentemente diagnosticada, considerando ambos os sexos, e a principal causa de bito por cncer em todo o mundo. A incidncia e a mortalidade do cncer de pulmo vm sendo influenciadas ao longo do tempo pela histria do tabagismo e seus aspectos scio-demogrficos. Este estudo tem como objetivo analisar a sobrevida e fatores prognsticos em mulheres com cncer de pulmo assistidas em uma clnica especializada no Rio de Janeiro no perodo de 2000 a 2009. Foram analisadas 193 mulheres com diagnstico de cncer de pulmo confirmado por exame histopatolgico. Os dados foram obtidos diretamente do sistema informatizado de registros mdicos do referido servio. A idade do diagnstico foi categorizada em quatro faixas etrias: at 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos e maior de 70anos. O tabagismo foi categorizado como no fumante, ex-fumante, fumante e fumante passiva. O estado nutricional foi avaliado pelo ndice de Massa Corprea (IMC). A classificao histolgica seguiu a diviso entre tumores de clulas no-pequenas (CPCNP) e tumores de pequenas clulas (CPCP). O estadiamento clnico se baseou na classificao do American Joint Committee on Cancer (AJCC) e Veterans Administration Lung Cancer Study Group (VALCSG) para os tumores de clulas no-pequenas e tumores de clulas pequenas, respectivamente. A modalidade de tratamento foi categorizada pela inteno da abordagem teraputica em quatro grupos: controle, neoadjuvncia, adjuvncia e paliativa. Foram calculadas funes de sobrevida pelo mtodo de Kaplan-Meier. Para os fatores prognsticos de risco, foram calculados os hazards ratios brutos e ajustados com intervalos de confiana de 95%, atravs do modelo de riscos proporcionais de Cox. A idade mdia das pacientes foi de 63 anos. Destas, 47,7% eram fumantes, 26,9% no fumantes, 19,7% ex-fumantes e 3,6% fumantes passivas. Em relao ao estado nutricional, 2,6% das pacientes apresentavam IMC baixo peso, 52,8% normal, 29,5% sobrepeso e 15% obesidade. A maioria dos casos, 169 (87,6%) pacientes, foi classificado como cncer de pulmo de clulas no-pequenas (CPCNP). Apenas 24 casos (12,4%) foram de cncer de pequenas clulas (CPCP). Durante o perodo estudado ocorreram 132 bitos; 114 por CPCNP e 18 por CPCP. O tempo mediano de sobrevida para toda a coorte foi de 23,2 meses (IC95%: 16,9-33,5). Quando os dados foram estratificados por classificao tumoral, a sobrevida mediana nas pacientes com diagnstico de CPCNP foi de 18,2 meses (IC95%: 15,6-25,5) e para aquelas com CPCP foi de 10,3 meses (IC95%: 8,4-19,3). A sobrevida encontrada em 24 meses foi de 49% (IC95%: 42,25-56,9), sendo 22,95 (IC95%: 0,6-49,3) para os tumores de pequenas clulas e 50,29% (IC95%: 43,1-58,7) para os tumores de clulas no- pequenas. Para o total das pacientes, as curvas de sobrevida estratificadas pelas variveis selecionadas mostraram diferenas em relao idade do diagnstico (p=0,0023) nas faixas etrias intermedirias de 50-59 anos e 60-69 anos, se comparadas com os limites extremos (as mais idosas e as mais jovens). No houve diferenas para o status de tabagismo (p=0,1484) nem para o IMC (p=0,6230). Na anlise multivariada para todos os tumores, nenhum fator prognstico influenciou no risco de morte. A idade nas categorias intermedirias (50-59 anos e 60-69 anos) e o IMC na categoria sobrepeso mostraram uma tendncia proteo, porm, no houve significncia estatstica. Para o grupo de mulheres com CPCNP, o modelo de riscos proporcionais apontou diferena em relao ao estadiamento clnico, especificamente o estdio IV (HR=3,36, IC95%: 1,66-6,8; p=0,001). As pacientes com idade entre 50-59 anos e sobrepeso mostraram uma tendncia diminuio do risco, embora sem significncia estatstica. Esses resultados mostram a necessidade de conhecer melhor o perfil das mulheres que desenvolvem cncer de pulmo e de realizar pesquisas que investiguem de forma mais aprofundada as condies que influenciam a evoluo clnica dos casos e assim contribuir para o aprimoramento da abordagem teraputica.

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Este estudo apoia-se na abordagem sociocultural, em uma perspectiva interacionista da relao biologia cultura, beneficiando-se tambm do olhar da psicologia evolucionista para os fenmenos humanos. Estas abordagens, a partir de uma viso do homem como biologicamente cultural fazem-se relevantes para o estudo de crenas e conhecimento sobre o desenvolvimento de crianas com sndrome de Down (SD). Esta sndrome tem prevalncia de um a cada 700 nascimentos, no importando classe social, racial ou local de nascimento dos pais, ou seja, universal. A reviso da literatura revelou uma carncia de estudos psicolgicos sobre o contexto de desenvolvimento dessas crianas, inclusive as crenas de seus cuidadores e de profissionais de sade. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi investigar crenas e conhecimento de dois grupos (pais e profissionais de sade) sobre o desenvolvimento de crianas com sndrome de Down at dois anos de idade no Estado do Rio de Janeiro. Participaram da pesquisa 101 pessoas sendo 60 pais com filhos de at oito anos com sndrome de Down e 41 profissionais de sade, mdicos ou residentes do Instituto Fernandes Figueira, IFF/Fiocruz. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionrio com duas perguntas abertas sobre crenas sobre sndrome de Down que foram respondidas livremente pelos participantes; inventrio sobre concepo de desenvolvimento infantil (ICDI); inventrio sobre conhecimento de desenvolvimento infantil (KIDI) modificado, adaptado para crianas com sndrome de Down. Os dados foram analisados em aspectos qualitativos e quantitativos. A aplicao dos instrumentos foi realizada individualmente, em local conveniente para o participante ou no IFF/Fiocruz e aps a assinatura do termo de consentimento. Os dados dos trs instrumentos foram tratados e reduzidos. As respostas ao instrumento de crenas foram organizadas em categorias e comparadas. Escores nas diferentes subescalas do ICDI foram calculados e, em cada grupo (pais e profissionais) analisaram-se as concepes sobre desenvolvimento predominantes, estabelecendo-se comparaes entre eles. Escores nas diferentes partes do KIDI foram ainda calculados (porcentagem de acertos). Foram feitas comparaes intra e entre grupos. Os resultados foram tratados em cada um dos aspectos: crenas sobre SD, concepes e conhecimento sobre desenvolvimento. Os resultados obtidos mostram que as crenas dos pais esto distribudas em oito categorias com trs focos distintos (na criana, nos pais ou nos dois) e a dos profissionais em nove categorias, tambm, com trs focos distintos (na SD, no mdico e na criana e famlia). O resultado obtido no ICDI indica que os participantes valorizam mais as concepes de aprendizagem e interacionismo do que de maturao e que no h diferena significativa entre os grupos. Para o KIDI observou-se diferena significativa entre os grupos tanto no resultado geral de percentual de acertos como nos resultados em cada subescala. Espera-se que os resultados obtidos possam contribuir para a literatura sobre psicologia do desenvolvimento e sndrome de Down.

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A divulgao de informao sobre qualidade das guas para um pblico no especialista fundamental para subsidiar aes polticas e institucionais de gesto dos ambientes aquticos. Para tanto, ndices de qualidade de gua tm sido propostos por serem capazes de sintetizar em um nico valor ou categoria a informao normalmente descrita a partir de um conjunto extenso de variveis qumicas, fsicas e biolgicas de qualidade de gua. A maioria das metodologias propostas para o desenvolvimento de ndices de qualidade de gua baseada no conhecimento de especialistas quanto escolha das variveis a serem utilizadas, a ponderao da importncia relativa de cada varivel e mtodos utilizados para agregar os dados das variveis em um nico valor. Este trabalho prope um novo ndice de qualidade de gua, baseado em lgica nebulosa e direcionado para o ambiente ltico. Esse ndice, o IQAFAL, foi desenvolvido com a colaborao de especialistas com ampla e comprovada experincia na rea de qualidade de gua. A essncia do desenvolvimento de um ndice, usando-se lgica nebulosa, est na capacidade dessa metodologia representar, de forma mais eficiente e clara, os limites dos intervalos de variao dos parmetros de qualidade de gua para um conjunto de categorias subjetivas, quando esses limites no so bem definidos ou so imprecisos. O ndice proposto neste trabalho foi desenvolvido com base no conhecimento dos especialistas em qualidade de gua do Instituto Estadual do Ambiente - INEA e aplicado aos dados de qualidade de gua do Rio Paraba do Sul, obtidos pelo INEA, nos anos de 2002 a 2009. Os resultados do IQAFAL mostraram que esse ndice foi capaz de sintetizar a qualidade da gua deste trecho do Rio Paraba do Sul correspondendo satisfatoriamente s avaliaes de qualidade de gua descritas nos relatrios disponveis. Verificou-se tambm que com essa metodologia foi possvel evitar que a influncia de uma varivel em condies crticas fosse atenuada pela influncia das outras variveis em condies favorveis produzindo um resultado indesejvel no ndice final.

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Esta pesquisa tem como objetivo principal investigar como aprendizes brasileiros de lngua inglesa usam advrbios com terminao em ly no ingls escrito, e comparar ao uso que deles fazem os falantes de ingls como lngua materna. Para tanto, o trabalho encontra suporte terico e metodolgico na Lingustica de Corpus e fundamenta-se na rea chamada de pesquisa sobre corpora de aprendizes, que se ocupa da coleta e armazenagem de dados lingusticos de sujeitos aprendizes de uma lngua estrangeira, para a formao de um corpus que possa ser utilizado para fins descritivos e pedaggicos. Esta rea objetiva identificar em que aspectos os aprendizes diferem ou se assemelham aos falantes nativos. Os corpora empregados na pesquisa so o corpus de estudo (Br-ICLE), contendo ingls escrito por brasileiros, compilado de acordo com o projeto ICLE (International Corpus of Learner English) e dois corpora de referncia (LOCNESS e BAWE), contendo ingls escrito por falantes de ingls como lngua materna. Os resultados indicam que os alunos brasileiros usam, em demasia, as categorias de advrbios que indicam veracidade, realidade e intensidade, em relao ao uso que deles fazem os falantes nativos, alm de usarem esses advrbios de forma distinta. Os resultados sugerem que, alm das diferenas apresentadas em termos de frequncia (seja pelo sobreuso ou subuso dos advrbios), os aprendizes apresentavam combinaes errneas, ou em termos de colocados ou em termos de prosdia semntica. E finalmente a pesquisa revela que a preferncia dos aprendizes por advrbios que exprimem veracidade, realidade e intensidade cria a impresso de um discurso muito assertivo. Conclui-se que as diferenas encontradas podem estar ligadas a fatores como o tamanho dos corpora, a influncia da lngua materna dos aprendizes, a internalizao dos elementos lingusticos necessrios para a produo de um texto em lngua estrangeira, a falta de fluncia dos aprendizes e o contexto de sala de aula nas universidades

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O objeto deste estudo consiste na violncia autoinfligida em mulheres por queimadura. As leses por queimadura so consideradas causas externas (acidentes e violncias) e tem contribudo para o aumento geral dos ndices de morbimortalidade acarretando perda de anos de vida produtiva. So resultantes de mltiplos fatores como condies socioeconmicas, violncias e desigualdade de gnero. Esta pesquisa teve como objetivos: analisar o perfil sociodemogrfico das mulheres que vivenciaram queimadura autoinfligida; descrever as circunstncias e o contexto social relacionados queimadura autoinfligida em mulheres; analisar os fatores motivadores da queimadura autoinfligida em mulheres; e, discutir a queimadura autoinfligida em mulheres na perspectiva de gnero. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e exploratria. Os cenrios da pesquisa foram dois Centros de Tratamento de Queimados (Municipal e Federal) localizados no Estado do Rio de Janeiro. Os sujeitos do estudo foram 10 mulheres com histria de queimadura autoinfligida e que no tivessem histria de tentativa de suicdio anterior e diagnstico de sofrimento psquico, uma vez que estas situaes poderiam comprometer a anlise das vivncias de violncia. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevista semi-estruturada, com roteiro previamente elaborado, no perodo de novembro de 2009 a maro de 2010. Os dados foram analisados atravs da tcnica de Anlise de Contedo de Bardin, tendo emergido duas categorias: a) A vida da depoente antes da queimadura: percepo da sua condio pessoal; relaes familiares envolvendo me, pai, avs, irmos e filhos; relaes sociais e relao com o companheiro; b) Queimadura autoinfligida em mulheres: uma questo de violncia de gnero: fatores motivadores da queimadura autoinfligida na perspectiva da mulher e queimadura autoinfligida como desfecho da vivncia de violncia conjugal. As participantes do estudo caracterizavam-se por ter uma vida, anterior ao evento da queimadura, marcada pela violncia na relao familiar e, principalmente, com o parceiro. A constante vivncia de violncia presente na relao com o parceiro, manifestadas por diferentes expresses (fsicas, sexuais e psicolgicas) resultou em intenso sofrimento que culminou na queimadura autoinfligida. Ficou evidenciado que a queimadura autoinfligida, no grupo estudado foi uma tentativa de interromper com a violncia de gnero vivenciada. A escolha pelo fogo foi justificada pelas mulheres como um elemento capaz de produzir maior letalidade e ser de fcil acesso no ambiente domstico. As mulheres afirmam que o evento da queimadura autoinfligida promoveu transformaes em suas vidas. Nos agravos sade da mulher, em especial na violncia autoinfligida por queimaduras, relevante considerar as questes de gnero como estratgia de ao e ampliao das prticas de cuidado.

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Shn神 uma categoria chinesa de sentidos mltiplos e abrangentes, presente na filosofia e na medicina. Direcionaria o processo de surgimento de todas as coisas no universo, como uma fora configuradora. Na pessoa, atuaria sobre todos os estgios de desenvolvimento corporal e pessoal, do nascimento at a morte, caracterizando-a como pessoa nica no universo. Teve seus sentidos reduzidos pela Medicina Chinesa Contempornea, hegemnica na China e instituda aps a Revoluo comunista. Costuma ser traduzida como Esprito ou Mente no ocidente e indissocivel do corpo fsico. Est presente em todas as dimenses da Racionalidade Mdica Chinesa, observando-se na literatura convencional, grande abrangncia de sentidos quando tratada pela dimenso cosmolgica, porm costuma ser reduzida aos sentidos de mente, segundo definies ocidentais, quando tratada pelas dimenses de ordem prtica: diagnose e teraputica. O desafio desta tese foi elaborar uma sntese entre os sentidos cosmolgicos e as dimenses prticas. Para isso, procedeu a uma pesquisa terico conceitual, a partir de leituras e interpretaes ocidentais de textos clssicos chineses, elaboradas por autores com critrio filolgico apurado. Observou-se que os sentidos de Shn神 se fazem presentes em ressonncia recproca com diversas outras categorias da Doutrina Mdica Chinesa, como Q氣, Xu血, Jīng精, Qng情, Emoes, Zng-Fǔ贓腑, rgos e Vsceras, entre outras. Cada uma delas com atribuies especficas, que, porm, se reorganizariam em ressonncia com as outras. Assim, ao proceder a diagnose e instituir uma teraputica direcionada a cada uma dessas categorias, o terapeuta estaria interferindo diretamente sobre Shn神 e vice versa. Shn神 poderia assumir sentidos diversos, numa viso de totalidade. A partir da, percebeu-se a necessidade de estudar essas categorias em ressonncia com Shn神, alm da prpria diagnose e da teraputica, luz das premissas do Pensamento Chins. Categorias como processo, totalidade, potencial ou eficcia ajudaram a apreender, no s os amplos sentidos de Shn神, e suas ressonncias, mas tambm as peculiaridades do ato de diagnosticar e tratar na Racionalidade Mdica Chinesa. Foi, ento, elaborada uma viso da Diagnose e da Teraputica capaz de contemplar Shn神 e suas ressonncias, que se espera poder utilizar nos servios de sade, contribuindo para estratgias de promoo da sade, estreitamento de vnculos terapeuta-paciente e maior eficcia teraputica na prtica da Racionalidade Mdica Chinesa.

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Os moradores das Ocupaes Zumbi dos Palmares e Quilombo das Guerreiras, no centro da cidade do Rio de Janeiro, se definem como atores sociais que agem segundo representaes adquiridas do contexto histrico-social do modo de produo capitalista de fins do sculo XX. Sob a ideologia de que a qualidade de vida ser morador no centro da cidade, atuam ilegalmente a fim de pressionar o Poder Pblico a efetivar polticas pblicas de direito moradia, positivadas na Constituio Federal. Buscam a legitimao dessas condutas e o reconhecimento de suas aes coletivas e de suas identidades no Poder Judicirio, instituio do Estado democrtico de direito que se torna espao pblico de discusso entre a esfera privada e a esfera pblica, cujos limites se reorganizam na crise na ps-modernidade. Investiga-se se a funo de intermediador do poder judicirio refere-se a legitimador dessas discusses ou de efetivo solucionador das demandas que lhe chegam. O trabalho conta com trs partes: uma prtica, onde so descritos as ocupaes e os processos judiciais respectivos; uma parte terica, onde so apresentadas as categorias de pensamentos utilizados para pensar a realidade apresentada na parte prtica; e uma terceira parte, de anlise da parte prtica luz da parte terica, a fim de se observar e testar a hiptese construda.