422 resultados para Política habitacional Rio de Janeiro Teses.


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Estudos de comunidades de esponjas marinhas so escassos no Brasil, sendo este trabalho pioneiro nessa abordagem para a Ilha Grande - RJ, um local de alta diversidade biolgica. A estrutura das assembleias de esponjas marinhas e da comunidade bentnica marinha sssil foi avaliada, a partir de ndices descritores de diversidade, em seis pontos da Ilha Grande e ilhas prximas, sendo trs do lado continental e trs do lado ocenico. As assembleias foram comparadas entre os diferentes lado e profundidade, atravs da contagem do nmero de indivduos e rea de cobertura por foto-quadrados. Paralelamente, as esponjas foram coletadas, fixadas e posteriormente identificadas atravs de metodologia e literatura especializada. Foi encontrado um total de 5.457 indivduos, representando as Classes Demospongiae e Calcarea, distribudos em 41 espcies e nove morfotipos, indicando maior diversidade para Lagoa Azul e menor para Parnaica, sendo o local com maior riqueza a Ilha do Abrao. Dentre as espcies identificadas, quatro dominaram mais de 50% do total e 26 no alcanaram nem 5% da abundncia absoluta. Anlises de varincia por GLM s evidenciaram diferena significativa para profundidade com substratos diferentes (F= 2,79; p<0,04), enquanto o fator lado (F= 2,23; p>0,16) e a interao entre os fatores (F= 1,17; p>0,38) no tiveram diferena estatstica. As anlises multivariadas de ordenao Cluster e MDS indicaram a formao de quatro assembleias de esponjas: 1) quatro locais com substrato no consolidado; 2) Lagoa Azul com substrato no consolidado; 3) locais ocenicos de substrato rochoso; e 4) locais continentais de substrato consolidado. J para a comunidade geral, 49 espcies foram encontradas, sendo o Filo Porifera o de maior representatividade especfica, apesar das macroalgas terem formado o grupo mais abundante. A comunidade bentnica foi dominada por quatro espcies, que juntas alcanaram mdia de 50% da cobertura bentnica: alga calcria incrustante, algas formadoras de tapete de turf, a esponja Iotrochota arenosa e o zoantdeo Palythoacaribaeorum. Estatisticamente, o lado continental se mostrou diferente do ocenico, o qual possui maior riqueza, diversidade e uniformidade de espcies, muito provavelmente pelo menor nmero de espcies dominantes e aliado a isso maior heterogeneidade de habitats, o que promove o aumento da diversidade. Quinze novas espcies esto sendo registradas para a Baa da Ilha Grande, sendo trs novas espcies, as quais esto sendo descritas por especialistas, e 12 so novos registros de espcies ou gneros para a regio, evidenciando que a diversidade de esponjas marinhas na BIG alta e ainda pouco conhecida e que a formao de assembleias pode ser devida a singularidade de cada local, implicando na necessidade de conservao dos costes rochosos da Ilha Grande e cercanias, a qual pode ser manejada atravs da realizao de rpidos levantamentos sobre a riqueza e o nmero de indivduos da espcie na regio

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A regio da Bacia de Campos est exposta a diversas atividades antrpicas, que interferem diretamente no funcionamento do ecossistmico marinho. O estudo da fauna marinha na costa centro-norte fluminense mostra grande relevncia, diversas aves marinhas residem ou passam grande parte de seu perodo migratrio ao longo da Bacia de Campos, entre elas est Sula leucogaster (Boddaert, 1783). Embora essas aves sejam altamente mveis, suas populaes apresentam uma estrutura populacional gentica robusta. Com o intuito de verificar a estruturao e as relaes evolutivas da populao de Sula leucogaster na Bacia de Campos foram recolhidas 91 amostras de encalhe e os dados gerados para esta regio foram comparados com dados j publicados de outras bacias ocenicas. A partir da regio controle do DNA mitocondrial foram gerados 26 hapltipos, todos exclusivos da Bacia de Campos, muitos raros e apenas oito possuram frequncia comum. As anlises mostraram que a populao da Bacia de Campos um estoque gentico de Sula leucogaster. Tal fato pode ser atribudo ao comportamento filoptrico e ao hbito costeiro dessa espcie que impede o fluxo gnico entre populaes. Alm disso, a populao da Bacia de Campos detm baixa variabilidade gentica e possivelmente est sofrendo efeito gargalo ou seleo purificadora, corroborados por valores do teste Fu, o que comum para espcies que se dividem em subpopulaes. Os dados filogenticos demonstram um contato recente entre as populaes da Bacia de Campos e da ilha de Ascenso. As condies oceanogrficas tambm tm influncia na estruturao de populaes de Sula leucogaster, visto que a ausncia de barreiras e a proximidade geogrfica poderiam favorecer contato secundrio com o Mar do Caribe, fato no evidenciado nas anlises. Sendo assim, a divergncia de populaes nessa espcie e a baixa variabilidade gentica so fatores preocupantes para a manuteno da populao de atobs marrons em uma rea de grande impacto ambiental

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O mote da presente pesquisa perseguir os sentidos postos em circulao no Rio de Janeiro entre 1945 e 1955 sobre o existencialismo, em especial vinculado s ideias de Jean-Paul Sartre. Fortemente relacionado ao ambiente francs do ps-guerra, o existencialismo aqui intencionado como produto que passa pelo crivo da carioquice, dialogando, por exemplo, com o carnaval e com as gestes de Vargas e Dutra. Das matrias jornalsticas coletadas em A Manh e ltima Hora, ambos peridicos cariocas importantes na poca aqui focalizada, emergem trs eixos principais: a encenao do existencialismo no campo poltico e religioso carioca; a circulao dessa filosofia entre os intelectuais brasileiros, bem como um levantamento das produes culturais conectadas ao existencialismo que circularam pela ento capital nacional; e, por fim, a criao de certa moda existencialista no Rio e no pas, atrelada a certos papis de gnero, crimes, vcios, depravao. O que se afirma, afinal, o quanto o existencialismo que circula pela cidade menos um ismo de importao, noo presente em uma das matrias de jornal coletadas, do que uma produo tambm brasileira

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Staphylococcus aureus resistente meticilina (MRSA) um dos principais microrganismos envolvidos nas Infeces relacionadas Assistncia Sade (IrAS). Porm, um clone de MRSA, o CA-MRSA, emergiu na comunidade e atualmente vem sendo agente de IrAS. O objetivo desta dissertao avaliar fenotpica e genotipicamente 111 amostras de Staphylococcus aureus resistentes meticilina e sensveis a antibiticos no -lactmicos de pacientes atendidos em cinco hospitais no municpio do Rio de Janeiro. Utilizando os critrios padronizados pelo CLSI 2012, foram determinadas as susceptibilidades a 11 antimicrobianos pelo mtodo de disco difuso em gar e concentrao inibitria mnima para vancomicina e oxacilina pelo mtodo da microdiluio em caldo. A multirresistncia (resistncia a 3 ou mais antimicrobianos no -lactmicos) foi observada em 31,5% das amostras, sendo que 53,2% apresentaram resistncia ao antimicrobiano clindamicina, uma das opes para o tratamento emprico das infeces de pele/tecidos moles. 86,4% apresentaram concentrao inibitria mnima (CIM) para vancomicina &#8805; 1,0 g/mL ou seja, elevado percentual de amostras associadas ao fenmeno MIC creep, o qual est associado ao insucesso na terapia antimicrobiana anti-MRSA. No foi observado at o momento nenhuma amostra com CIM &#8805; 4cg/mL para vancomicina, entretanto, j h resistncia linezolida em quatro hospitais do estudo. A tipificao do SCCmec nos permitiu classificar 4,5% das amostras em HA-MRSA e 86,5% em CA-MRSA, nas quais a resistncia heterognea tpica oxacilina foi observada em 57,2%. A toxina de Panton-Valentine (PVL) foi identificada pela metodologia de PCR em 28% das amostras com gentipo CA-MRSA. Os fatores de riscos clssicos, da literatura, relacionados infeco por HA-MRSA foram tambm observados nos pacientes com infeco por CA-MRSA portadoras de SCCmec IV e V. No intuito de verificar a existncia de similaridades genticas ou a presena de clone predominante entre as amostras dos cinco hospitais, foi realizada a tcnica de eletroforese em gel sob campo pulsado (PFGE) e observou-se diversidade gentica assim como a presena de amostras com padres similares aos clones OSPC (18,5%) e USA400. No foram encontradas amostras com padres de eletroforese similares aos clones USA300, USA800 e CEB. essencial a vigilncia da resistncia aos antimicrobianos no -lactmicos no CA-MRSA, em especial vancomicina. A mudana na epidemiologia deste microrganismo vem impactando os padres caractersticos dos gentipos limitando os critrios de diferenciao entre eles. Neste contexto, as tcnicas moleculares atuam como excelentes ferramentas de caracterizao. O conhecimento do patgeno auxilia na elaborao e implementao de medidas preventivas, contribuindo para o controle da doena tanto no ambiente hospitalar quanto na comunidade.

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A doena falciforme uma sndrome hematolgica gentica que faz parte das hemoglobinopatias de grande abrangncia na populao mundial. Estima-se que 4,5% da populao apresente algum tipo de hemoglobinopatia, cujos aspectos clnicos oscilam de leve grave. O principal fator que pode influenciar o fentipo das doenas falciformes o gentipo da doena; homozigose para HbS ou gentipos compostos do tipo HbSC, HbS/beta-talassemia, HbSD. Este pode desenvolver distrbios como dislipidemia, colelitase e transtornos cardiovasculares que podem causar o bito. O presente estudo visa correlacionar o perfil lipdico de pacientes portadores de doena falciforme. Foram avaliados 52 pacientes do Servio de Hematologia Clnica do Hospital Universitrio Pedro Ernesto HUPE-UERJ, portadores da doena falciforme confirmada pela tcnica de HPLC realizada no Laboratrio de Anlises Clnicas da Faculdade de Farmcia (LACFAR)-UFRJ. As anlises hematolgicas compostas pelo hemograma completo e dosagens bioqumicas do perfil lipdico formado pela dosagem de triglicerdeos, colesterol total, colesterol HDL, colesterol LDL e colesterol VLDL. A populao estudada composta por 52 pacientes, sendo 22 pacientes do sexo masculino, representando 42% do total de pacientes e 30 do sexo feminino, definindo 58% do total. E com objetivo comparativo, foi constitudo um grupo controle de 52 pessoas com mdia de idade 26 anos, variando entre 5 e 63 anos. A populao de Doena Falciforme apresenta grupos etrios que oscilam entre 6 e 60 anos de idade, tendo mdia de 28 anos. Baseada nas caractersticas fenotpicas definidas por HPLC, a classificao de hemoglobina demonstra um grupo de 83% de portadores de Hemoglobina SS (n=43), 13% portadores de Hemoglobina SC (n=7) e 4% com Hemoglobina SB0 (n=2). Em relao s dosagens bioqumicas, a anlise do perfil lipdico demonstra hipocolesterolemia, cuja mdia da populao definida por 122mg/dL quando comparada com o grupo controle (GC) com mdia de 201mg/dL (p<0,001). A taxa do colesterol-HDL situa-se na mdia de 29mg/dL e do GC 54 mg/dL (p<0,001) e do colesterol-LDL 69mg/dL enquanto o GC 120mg/dL (p<0,001). A sistematizao dos resultados hematolgicos define uma mdia de hematimetria de 2,7. 106/mm3. Na dosagem de hemoglobina obteve-se mdia de 8,4g/dL. Tais resultados caracterizam que predominante neste grupo a hipocromia sem expresso de microcitose. Dentre os processos patolgicos mais comuns, a litase biliar se destacou nos pacientes com doena falciforme, onde 25% dos pacientes estudados (n=13) apresentaram este comprometimento hepatobiliar, na qual grande parte desses pacientes foram submetidos colecistectomia. A doena Falciforme cursa com hiperplasia medular principalmente s custas da hiperproliferao dos precursores eritrides na medula ssea. O estado hiperproliferativo nessa doena possivelmente causa reduo do colesterol plasmtico para atender maior demanda deste elemento para sntese de novas membranas. Esta reduo na produo endgena de colesterol pode ser entendida pela disfuno heptica que habitualmente est presente em pessoas com doena falciforme. Logo se concluiu que existe uma correlao de hipocolesterolemia total e de HDL-c baixo em pacientes com doena falciforme.

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Em estudos ecolgicos importante entender os processos que determinam a distribuio dos organismos. O estudo da distribuio de animais com alta capacidade de locomoo um desafio para pesquisadores em todo o mundo. Modelos de uso de habitat so ferramentas poderosas para entender as relaes entre animais e o ambiente. Com o desenvolvimento dos Sistemas de Informao Geogrfica (SIG ou GIS, em ingls), modelos de uso de habitat so utilizados nas anlises de dados ecolgicos. Entretanto, modelos de uso de habitat frequentemente sofrem com especificaes inapropriadas. Especificamente, o pressuposto de independncia, que importante para modelos estatsticos, pode ser violado quando as observaes so coletadas no espao. A Autocorrelao Espacial (SAC) um problema em estudos ecolgicos e deve ser considerada e corrigida. Nesta tese, modelos generalizados lineares com autovetores espaciais foram usados para investigar o uso de habitat dos cetceos em relao a variveis fisiogrficas, oceanogrficas e antrpicas em Cabo Frio, RJ, Brasil, especificamente: baleia-de-Bryde, Balaenoptera edeni (Captulo 1); golfinho nariz-de-garrafa, Tursiops truncatus (Captulo 2); Misticetos e odontocetos em geral (Captulo 3). A baleia-de-Bryde foi influenciada pela Temperatura Superficial do Mar Minima e Mxima, no qual a faixa de temperatura mais usada pela baleia condiz com a faixa de ocorrncia de sardinha-verdadeira, Sardinella brasiliensis, durante a desova (22 a 28C). Para o golfinho nariz-de-garrafa o melhor modelo indicou que estes eram encontrados em Temperatura Superficial do Mar baixas, com alta variabilidade e altas concentraes de clorofila. Tanto misticetos quanto os odontocetos usam em propores similares as reas contidas em Unidades de Conservao (UCs) quanto as reas no so parte de UCs. Os misticetos ocorreram com maior frequncia mais afastados da costa, em baixas temperaturas superficiais do mar e com altos valores de variabilidade para a temperatura. Os odontocetos usaram duas reas preferencialmente: as reas com as menores profundidades dentro da rea de estudo e nas maiores profundidade. Eles usaram tambm habitats com guas frias e com alta concentrao de clorofila. Tanto os misticetos quanto os odontocetos foram encontrados com mais frequncia em distncias de at 5km das embarcaes de turismo e mergulho. Identificar habitats crticos para os cetceos um primeiro passo crucial em direo a sua conservao

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A presente tese desenvolveu um olhar sobre o indivduo que consome crack abusivamente nas cidades do Rio de Janeiro e Nova Iorque, especialmente os que se encontravam em situao de vulnerabilidade social. Neste sentido, buscou-se conhecer de que forma o processo de vulnerabilidade social corroborou para o uso abusivo da droga, concentrando, principalmente, o foco sobre os que se encontravam em condio marginal, especialmente aqueles que viviam em situao de rua, residindo nas cenas de uso. Rio de Janeiro e Nova Iorque foram escolhidas por apresentarem populao usuria abusiva de crack em nmero considervel. Por isso, pretendeu-se analisar se os perfis socioculturais desses sujeitos se assemelhariam. Foram analisados significados complexos e conotaes socioculturais que exerciam influncias significativas nas motivaes ao consumo abusivo da droga. Sendo assim, nas pginas que seguem, objetiva-se aprofundar a compreenso sobre os fenmenos sociais que interagem com ou sobre o uso abusivo de crack e com seus usurios, tendo como base o respeito aos indivduos investigados. O processo de elaborao da pesquisa desenvolveu-se por meio da tcnica de observao participante, histria de vida e aplicao de entrevistas semi-estruturadas a usurios desta droga em ambas as cidades. Tanto no Rio de Janeiro, quanto em Nova Iorque, o perfil sociocultural dos participantes apresentou-se de forma semelhante: indivduos socialmente marginalizados, excludos, vtimas de racismo, preconceito, misria, pobreza, conflitos familiares e rodeados pelos efeitos de políticas proibicionistas, assim como represso policial e encarceramento. Pode-se afirmar que o processo de vulnerabilidade sofrido por esses indivduos tornou-se evidente na vivncia de problemas sociais anteriores ao consumo de crack. Estes problemas ampliaram-se na medida em que esses sujeitos se tornaram usurios abusivos, principalmente, frente ao estigma e excluso consequentes do fardo de serem drogados, cracudos ou crackheads, o que salientou ainda mais o rompimento dos vnculos sociais, na maioria dos casos, j enfraquecidos. Os resultados demonstraram que, embora sejam de cidades de diferentes pases, com realidades econmicas, culturais e sociais distintas, a populao usuria abusiva de crack se assemelha no que se refere aos aspectos especialmente as falhas - sociais, culturais e econmicas no processo de organizao de vida, fortalecendo os argumentos em torno das dimenses socioculturais do uso.

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Os efeitos das temperaturas elevadas na sade humana representam um problema de grande magnitude na sade pblica. A temperatura atmosfrica e a poluio do ar so fatores de risco para as doenas crnicas no transmissveis, em particular as doenas isqumicas do corao. O estudo teve como objetivo analisar a associao entre a temperatura atmosfrica e internaes hospitalares por doenas cardacas isqumicas no municpio do Rio de Janeiro entre os anos de 2009 e 2013. Utilizaram-se modelos de sries temporais, via modelos aditivos generalizados, em regresso de Poisson, para testar a hiptese de associao. Como variveis de controle de confuso foram utilizadas as concentraes de poluentes atmosfricos (oznio e material particulado) e umidade relativa o ar; utilizou-se mtodo de defasagem simples e distribuda para avaliar o impacto da variao de 1oC nas internaes hospitalares dirias. No modelo de defasagem simples foram encontradas associaes estatisticamente significativas para as internaes por DIC no dia concorrente a exposio ao calor, tanto para a temperatura mdia quanto para a mxima. No modelo de defasagem distribuda polinomial, essa associao foi observada com 1 e 2 dias de defasagem e no efeito acumulado tanto para a temperatura mdia quanto para a mxima. Ao estratificarmos por faixa etria, as associaes para as internaes por DIC e exposio ao calor no foram estatisticamente significativas no modelo de defasagem simples para as temperaturas mdia e mxima. Em contrapartida, no modelo de defasagem distribuda polinomial, a correlao entre internaes por DIC e exposio ao calor foi observada na faixa de 30 a 60 anos no efeito acumulado para a temperatura mdia; e com defasagem de 1 e 2 dias para 60 anos ou mais de idade para a temperatura mdia. Estes resultados sugerem associao positiva entre as internaes hospitalares por doena cardaca isqumica e temperatura na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados do presente estudo fornecem informaes para o planejamento de investimentos de reas urbanas climatizadas e para a preparao dos hospitais para receber emergncias relacionadas aos efeitos de calor que uma das consequncias mais importantes das mudanas climticas.

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A resistncia aos antimicrobianos pela produo de &#946;-lactamases em enterobactrias um problema adicional neste cenrio. Staphylococcus spp considerado um patgeno humano freqentemente associado a infeces adquiridas no ambiente hospitalar. O objetivo desse trabalho foi estudar a resistncia aos antimicrobianos em cepas de Enterobactrias e Staphylococcus spp. isoladas de equipamentos utilizados no preparo de dietas destinadas pacientes internados em um hospital universitrio no municpio do Rio de Janeiro, alm de verificar a presena de genes codificadores de enterotoxinas nas cepas de Staphylococcus spp. As enterobactrias e os Staphylococcus spp. foram isolados e identificados por metodologia convencional. Para o teste de susceptibilidade aos antimicrobianos foram utilizados discos contendo antimicrobianos clinicamente relevantes. Foi determinada a concentrao inibitria mnima (CIM) pela tcnica de microdiluio em caldo para os antimicrobianos clinicamente relevantes. A pesquisa de genes que codificam &#946;-lactamases em enterobactrias foi realizada pela tcnica de reao em cadeia da polimerase (PCR) e sequenciamento para os genes blaTEM, blaSHV, blaCTX-M, blaOXA-1 e blaCMY-2. Para Staphylococcus spp. foram pesquisados, atravs da PCR e sequenciamento, os genes de resistncia a meticilina, gentamicina e eritromicina e os genes codificadores de enterotoxinas (sea-see, seg-sej, sen-ser e seu). Foram isoladas 97 cepas de enterobactrias, 40 de liquidificador e 57 de batedeira e 40 cepas de Staphylococcus spp., 20 de cada equipamento. Dentre as enterobactrias, o gnero Enterobacter foi isolado com maior frequencia (n=37, 38%). Foram ainda isoladas seis cepas de Salmonella spp. Das enterobactrias, 80% (n=79) foram resistentes a pelo menos um antimicrobiano e 38% (n=37) a trs ou mais. A expresso fenotpica presuntiva de b-lactamases do tipo AmpC foi detectada em 32 cepas. O gene blaCMY-2 no foi encontrado. Doze cepas apresentaram halos de inibio com screaning positivo para a pesquisa de ESBL. Foi detectada a presena do gene blaSHV em K. pneumoniae subsp. pneumoniae. O sequenciamento desse gene permitiu identific-lo como sendo blaSHV-36. Dentre os Staphylococcus spp., oito foram identificados como coagulase-positivas (SCP) e 32 como coagulase-negativas (SCN). As oito cepas de SCP foram identificadas como S. aureus subsp. aureus. Dentre os SCN, as espcies identificadas com maior frequncia foram: S. caprae (n=7, 17,5%), S. simulans (n=5, 12,5%) e S. epidermidis (n=4, 10%). Destas, 83% (n=33) foram resistentes a pelo menos um antimicrobiano e 30% (n=12) foram resistentes a mais do que trs. Duas cepas (5%) de S. epidermidis apresentaram perfil de resistncia a at seis antimicrobianos e genes de resistncia a meticilina, a eritromicina e a gentamicina. Todas as sete cepas que foram resistentes no TSA e na CIM a gentamicina, apresentaram o gene aac(2)/aph(6). O gene ermB foi observado ainda em uma S hominis subsp hominis que apresentou resistncia na CIM e no TSA. Foi detectada a presena de pelo menos um gene codificador de enteroxotxina em 83% (n=33) das cepas. O gene seg foi detectado em 11 cepas, o gene sei em 17 cepas e o gene sen em 31 cepas. Os resultados encontrados implicam as dietas preparadas com esses equipamentos como veculo de disseminao de enteropatgenos e Staphylococcus spp. com marcadores de resistncia e genes codificadores de enterotoxinas relevantes no ambiente hospitalar.

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Diversos estudos em epidemiologia tm investigado a influncia do ambiente urbano na sade da populao. Os benefcios dos espaos verdes tm sido um dos aspectos estudados recentemente. Uma das principais vias apontadas atravs da promoo da prtica de atividades fsicas. Outros benefcios incluem a melhoria das condies psicossociais e da qualidade do ar. Esses fatores, por sua vez, tm comprovada associao com a sade cardiovascular. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho investigar a associao entre espaos verdes e mortalidade por doenas isqumicas do corao (DIC) e doenas cerebrovasculares (DCBV) no municpio do Rio de Janeiro, entre os anos de 2010 e 2012. Foi realizado um estudo do tipo ecolgico, tendo os setores censitrios como unidade de anlise. Como varivel desfecho foi calculada a razo de mortalidade padronizada (RMP) por sexo e idade, pelo mtodo indireto. Como medidas de exposio s reas verdes foram utilizadas a mdia e a variabilidade do ndice de Vegetao por Diferena Normalizada ou NDVI (sigla em ingls) mdio referente ao perodo de estudo, em buffers de 100 metros das bordas dos setores censitrios. Os dados foram analisados por um modelo linear condicional autorregressivo, que considera tambm a estrutura de dependncia espacial. Foram includas no modelo as covariveis ndice de Desenvolvimento Social (IDS); densidade de vias de trfego veicular, divididas entre vias coletoras e locais e vias estruturais primrias e secundrias, utilizadas como proxy de poluio em buffers de 100 metros dos setores; e o indicador de setores censitrios litorneos. Aps o ajuste do modelo controlando os possveis fatores de confuso, foi verificada a reduo de 4,5% (CI95%: 7,3%, 1,6%) da mortalidade nas reas com exposio referente ao intervalo interquartlico mais alto da mdia do NDVI; e de 3,4% (IC95%: 6,2%; 0,7%) nas reas referentes ao intervalo interquartlico mais alto da variabilidade, ambos em comparao com o intervalo mais baixo. Esse resultado indica a associao inversa entre a exposio aos espaos verdes e a mortalidade por DIC e DCBV no municpio do Rio de Janeiro. Alm disso, o aumento da mortalidade est associado a piores condies de vida e poluio do ar.

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Nesta tese foram analisadas iniciativas e aes individuais e coletivas de gestores e profissionais de dois Hospitais Pblico-Universitrios de Sade, que mantm servios de referncia no atendimento s infertilidades, no Estado do Rio de Janeiro. visada a implementao de tecnologias de reproduo assistida (RA) pelo SUS, no Estado. O estudo constou de entrevistas com profissionais de sade destes servios e especialistas na rea que ali atuam, leitura de pronturios e pesquisa documental no Departamento de Servio Social de um dos servios, alm de atualizao bibliogrfica no campo estudado. Os resultados obtidos de material primrio e documental evidenciam a no priorizao da reproduo assistida em políticas pblicas de sade no Brasil. No entanto, foi possvel encontrar importantes iniciativas dos prprios profissionais de sade para a ampliao da ateno em infertilidade e do acesso s tecnologias reprodutivas no Rio de Janeiro. Em geral, foram mobilizaes individuais, que dependeram do empenho direto dos mdicos responsveis dos servios. As motivaes para estas aes incluam aspectos acadmicos, assistenciais, de direitos reprodutivos, alm de interesses pblico-privados. A nica mobilizao interinstitucional, organizada inicialmente pelo Servio Social, no conseguiu garantir o acesso assistncia integral em reproduo assistida no Rio de Janeiro. No caso da reproduo assistida, h uma forte desigualdade de base socioeconmica, j que mulheres e casais pobres so excludos, ou quase, do acesso IIU, Fiv e ICSI, pois no tm condies econmicas para tentar um tratamento particular, onde se encontram concentradas mais de 90% da assistncia no pas. Este segmento populacional no encontra recursos, nem tecnolgicos, nem humanos, nos servios pblicos de sade. Este quadro aumenta sua vulnerabilidade e reduz sua autonomia reprodutiva pela falta de acesso.

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Este trabalho tem como objetivo analisar a prtica do assistente social no Sistema Penitencirio do Estado do Rio de Janeiro, a partir dos pressupostos estabelecidos pelo Projeto tico Poltico da Profisso. A relevncia deste estudo consiste em colocar no centro do debate o desafio que representa para a categoria, com um direcionamento profissional tico e poltico comprometido com os interesses da classe trabalhadora e com a efetivao dos direitos da mesma, efetivar estes pressupostos num campo de atuao marcado pelo controle e represso dos indivduos pertencentes a esta classe. A priso uma instituio total, punitiva, vingativa, onde observamos a face mais dura do Estado, onde, muitas vezes, o assistente social se v sozinho na defesa e efetivao dos direitos do preso. Constitui-se como objetivo central deste estudo analisar se dentro desta instituio, o assistente social consegue efetivar os valores defendidos e consagrados pelo projeto profissional. Para realizao do estudo nos debruamos sobre a produo terica e a histria do sistema penitencirio; sobre a legislao especfica da rea (Lei de Execuo Penal e Regulamento Penitencirio do Estado do Rio de Janeiro) e sobre documentos, relatrios, manuais, etc., elaborados pela Coordenao de Servio Social da Secretaria de Estado de Administrao Penitenciria (SEAP). Devido s limitaes impostas pela instituio, os sujeitos de nosso estudo foram os gestores e ex-gestores que aturam na Coordenao de Servio Social e na antiga Diviso de Servio Social da SEAP. Procuramos resgatar a trajetria histrica do Servio Social dentro do Sistema Prisional fluminense, destacando as batalhas e conquistas alcanadas pela categoria, ao longo dos quase sessenta anos de insero nas unidades prisionais do Rio de Janeiro. Observamos ao longo do estudo que a insero do assistente social no Sistema Penitencirio encontra-se devidamente institucionalizada, regulamentada e organizada, o que demonstra a relevncia do trabalho deste profissional, que muitas vezes ainda visto como benfeitor do preso. Hoje, a execuo penal pode ser considerada uma rea consolidada para a atuao profissional dos assistentes sociais, embora apresente uma srie de inconsistncias e discrepncias, tais como pssimas condies de trabalho, violao de direitos, entre outras. Procuramos mostrar neste estudo como o profissional de Servio Social enfrenta essa realidade e contribui para a sua transformao, a partir dos ideais defendidos pelo Projeto tico Poltico da profisso.

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Os estudos anatmicos do lenho so frequentemente aplicados soluo de questes taxonmicas, filogenticas e evolutivas, visto que este tecido apresenta uma tendncia mais conservadora e, consequentemente, menor plasticidade. Este trabalho tem por objetivo o estudo da estrutura anatmica do lenho de oito espcies arbustiva-arbreas da subfamlia Ixoroideae ocorrente no Parque Estadual da Ilha Grande, Angra dos Reis-RJ, visando contribuir com subsdios identificao local das espcies e taxonomia e filogenia da subfamlia Ixoroideae e da famlia Rubiaceae. O estudo foi desenvolvido em um importante remanescente do bioma Mata Atlntica no estado do Rio de Janeiro. O material botnico foi coletado por mtodos no destrutivo, as amostras foram processadas segundo tcnicas usuais em anatomia da madeira e as anlises e descries seguiram as recomendaes da COPANT (1973) e IAWA Commitee (1989). Os resultados demonstraram que as oito espcies estudadas apresentam caractersticas qualitativas diagnsticas que permitiram segregar as espcies e construir uma chave de identificao com base na presena ou ausncia de incluses inorgnicas, paredes celulares disjuntivas, clulas envolventes nos raios e no tipo de parnquima axial. As anlises estatsticas realizadas sustentaram o agrupamento das espcies estudadas na subfamlia Ixoroideae, porm no foi possvel o agrupamento em nvel das tribos s quais estas espcies esto subordinadas. Os resultados indicaram ainda a necessidade de reanlise das rvores filogenticas hipotticas propostas para subfamlia Ixoroideae, com base nos tipos de lenho, de incluses minerais e de parnquima axial. Cabe ainda destacar que os resultados obtidos corroboraram a importncia da anatomia do lenho para a identificao de espcies de difcil reconhecimento na famlia Rubiaceae. Esses dados so teis especialmente na ausncia de material reprodutivo, o que representa importante aspecto para o gerenciamento e manejo das espcies nativas da Unidade de Conservao onde este estudo foi realizado

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O tema que nos propomos a estudar Choque de Capital: criminalizao da pobreza e (re)significao da questo social no Rio de Janeiro. A delimitao espao temporal de nosso estudo situa-se na cidade do Rio de Janeiro, de 2009 a 2012. O perodo selecionado corresponde a primeira gesto do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e os primeiros anos de execuo das denominadas aes de Choque de Ordem. A proposta apresentada tem como pressuposto a centralidade do estudo da metrpole e a relao entre especulao imobiliria e capital financeiro, como um dos motivadores da criminalizao da pobreza na contemporaneidade, cujo principal objetivo tornar os espaos "ordenados" fonte de lucro, no importando as consequncias impostas s classes subalternas. Considerando que este paradigma evidencia um processo de criminalizao das classes subalternas e a necessidade compreendermos o modo especfico de enfrentamento pobreza por parte da prefeitura do Rio de Janeiro considerando suas implicaes para o Servio Social, optamos pelo seguinte caminho de estudo traduzido na forma dos captulos assim identificados: I-Barbrie e passivizao: aportes para compreenso da banalizao da violncia no Brasil, II- Das bases de tradio autoritria ao Esplendor do Estado de Polcia e III- Reordenamento urbano, mdia e consenso no Rio de Janeiro: Choque de Ordem para quem?. Acreditamos que o estudo aprofundado desses temas propiciaro um entendimento acerca da realidade, base insuprimvel para sua transformao.

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A tese analisa a dinmica curricular da educao fsica na Secretaria de Estado de Educao do Rio de Janeiro (SEEDUC) a partir dos pressupostos do ciclo de políticas curriculares de Ball e Bowe (1992). A fim de compreender a amplitude das políticas curriculares da SEEDUC, o estudo investiga os contextos da dinmica curricular e o modo com o qual se articulam. Para o contexto das influncias, as notcias e informes publicados no site da SEEDUC e da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer constituem as nossas fontes. Foram catalogados e analisados 117 documentos. Para o contexto da construo curricular foram realizadas entrevistas com trs dos professores que foram responsveis pela construo do Currculo Mnimo para a educao fsica da SEEDUC, publicado no ano de 2012. Alm disso, foi realizada uma anlise de todos os documentos curriculares prescritivos que compem o Currculo Mnimo. Para o contexto da prtica curricular foram entrevistados oito professores de educao fsica e duas de lngua portuguesa que estavam, no momento das entrevistas, atuando como professores de escolas da SEEDUC. As anlises dos dados nos permitem as seguintes inferncias: as políticas curriculares da SEEDUC se direcionam primordialmente para a obteno de melhorias nos ndices de qualidade da educao no estado, aferidos atravs de avaliaes externas de larga escala; essas políticas esto associadas ao regime de verdade da performaticidade (BALL, 2005), uma vez que tm como pressupostos bsicos a padronizao, o controle e a meritocracia; a vinculao com a pedagogia das competncias complementa esse pacote de performatividades; as disposies crticas do grupo de professores de educao fsica que construiu o Currculo Mnimo concorreram com e, em alguma medida, subverteram as políticas da performatividade da SEEDUC, de tal modo que os documentos prescritivos tm a marca da ambivalncia do controle e da diversidade; os professores de educao fsica que lidam com a prtica curricular no compartilham as disposies crticas dos professores que construram as prescries, e fazem suas tradues curriculares influenciados pelas problemticas inerentes do cotidiano; entre elas, se destaca o trao da cultura escolar que toma os tempos e espaos da educao fsica na escola como os lugares do gosto e da liberdade; a comparao das tradues curriculares dos professores de educao fsica com as de lngua portuguesa contribuiu para iluminar algumas caractersticas da dinmica curricular da educao fsica, especialmente os impactos distintos que as sistematizaes curriculares tiveram no cotidiano; para as professoras de lngua portuguesa as novas sistematizaes presentes no Currculo Mnimo repercutiram em desestabilizaes de tradies, para os de educao fsica significaram a possibilidade de um norte.