436 resultados para Religião nas escolas públicas Rio de Janeiro (Estado)


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Esta tese busca analisar os significados da reatualizao de prticas e discursos sobre a remoo de favelas atualmente no Rio de Janeiro. Para a realizao da pesquisa que resultou neste trabalho acompanhei diversas situaes de realocao conduzidas pela prefeitura. Analiticamente, esta tese se articula a partir de trs nveis: no primeiro, busco retraar as condies de possibilidade, na atual conjuntura, que permitiram a retomada do termo/ao "remoo" como forma especfica de interveno estatal nas favelas cariocas. No segundo, analiso como operaram, concretamente, estas intervenes, a partir da observao dos inmeros contatos entre agentes estatais e moradores daquelas localidades em processo de realocao. Por fim, trato das dinmicas de ao coletiva constitudas a partir da crtica que estes moradores, bem como outros atores, individuais e coletivos, realizam a estes processos.

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O Transtorno do estresse ps-traumtico (TEPT) um transtorno mental que ocorre em resposta a um evento traumtico que coloca em risco a vida do indivduo ou de outras pessoas. O TEPT no perodo ps-parto foi documentado pela primeira vez em 1978. Porm, h poucos estudos sobre o tema, principalmente em gestantes de alto risco materno e fetal. Visando preencher essa lacuna, essa dissertao tem por objetivo estimar a magnitude de TEPT no perodo ps-parto em uma maternidade de alto risco fetal no municpio do Rio de Janeiro e identificar subgrupos vulnerveis ao transtorno. Trata-se de um estudo transversal, cuja populao de estudo foi composta por 456 mulheres que tiveram o parto no Instituto Fernandes Figueira e realizaram a consulta de reviso ps-parto entre fevereiro e julho de 2011. Casos suspeitos de TEPT foram identificados por meio de dois instrumentos: Trauma History Questionnaire (THQ) utilizado para a captao de situaes potencialmente traumticas ao longo da vida e Post-Traumatic Stress Disorder Checklist (PCL-C) para rastreio de sintomas de TEPT. A prevalncia agregada de TEPT no perodo ps-parto foi de 9,4%. Subgrupos considerados vulnerveis foram: mulheres com trs ou mais partos anteriores (15,1%), com o recm-nascido com APGAR menor ou igual a 7 no primeiro minuto (13,6%), com histrico de psicopatologia anterior (29,0%) ou concomitante gestao (36,7%), com depresso ps-parto (31,5%), mulheres que sofreram violncia fsica (19,8%) e psicolgica (11,6%) perpetrada por parceiro ntimo durante a gestao, mulheres que sofreram abuso sexual na infncia (25,7%) e com histrico de 5 ou mais situaes traumticas anteriores (25,9%). A elevada prevalncia de TEPT encontrada entre as mulheres entrevistadas pode ser, em parte, atribuda s particularidades da populao assistida nessa instituio, de reconhecido risco materno e fetal. A alta prevalncia de casos suspeitos de depresso ps-parto entre as mulheres com suspeio de TEPT um fator de preocupao adicional, j que dificulta o manejo clnico dos casos e afasta a mulher e a criana dos servios de sade. TEPT no perodo ps-parto no um evento raro e merece ateno. Rpido diagnstico e tratamento so fundamentais para a melhor qualidade de vida da me tornando-a apta aos cuidados do recm-nascido.

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O trabalho discute a qualidade da escola aferida por instrumentos avaliativos externos e a qualidade na escola vivida no cotidiano, por meio de transaes. Traz a contribuio de autores que discutem as correlaes entre qualidade e avaliao educacional, bem como o advento do ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (IDEB) como principal ferramenta de aferio da qualidade das escolas. Tem como questes: investigar de que forma a cultura do exame tem contribudo na produo de indicadores de qualidade na escola, quais os sentidos de qualidade atribudos pela comunidade escolar ao conhecer os resultados das avaliaes externas e de que forma as avaliaes em larga escala interferem nas concepes de qualidade dos sujeitos no cotidiano escolar. A metodologia considera o cotidiano escolar em sua complexidade e, no vis do paradigma indicirio, percebe o sentido e o significado de prticas exercidas pela escola que, principalmente, esto sendo desprezadas na concepo que vem se criando do que uma escola de qualidade. Conceituando a avaliao formativa como ferramenta para a promoo da qualidade escolar social, a pesquisa chama a ateno para o uso da avaliao em larga escala de forma vertical, pontual, inspirada nos parmetros de neutralidade, centrada no produto, entendendo ser este o conhecimento a ser medido, o sujeito da educao. Na contramo, procura compreender os sentidos de qualidade entendidos pelos partcipes do projeto educativo da escola e a forma como esta qualidade negociada, em sua operacionalizao, vislumbrando prticas e proposies que apontam um movimento de avaliao interna nas escolas.

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O objetivo desse trabalho foi analisar a formao de chores na Escola Porttil de Msica (EPM) do Rio de Janeiro. Nesse projeto de formao musical, que rene alunos interessados pelo choro, possvel perceber como os msicos passam a compartilhar determinados gostos e preferncias e como eles se submetem a determinadas regras quanto forma de tocar. H regras na formao do pandeirista do choro que o distinguem dos pandeiristas de samba, por exemplo. Na Escola Porttil h a formulao de regras, o fortalecimento do grupo que l se forma e seu distanciamento de outros grupos que no tm a mesma formao. O uso do pandeiro de couro uma das regras que contribui para o fortalecimento do grupo. Essas regras, que so passadas por um grupo de professores, direta ou indiretamente, a seus alunos, so apreendidas e incorporadas ao cotidiano da Escola, fortalecendo a identidade do grupo. O resultado a formao de msicos, pouco receptivos a formulaes distintas daquelas geradas na Escola. Por outro ladonovas configuraes do choro surgem a partir da disseminao da msica que traduzida na Escola tanto na esfera nacional como internacional. Em suma, este trabalho surge a partir da tentativa de avaliar o universo de regras que surge na Escola Porttil de Msica do Rio de Janeiro, levando em conta a afirmao da identidade a partir da diferena.

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Alguns estudos vm apontando o hipotireoidismo como um fator de risco para depresso; entretanto, esta associao ainda controversa. Como objetivo o presente estudo estimou a prevalncia de sintomas depressivos numa amostra probabilstica de mulheres e investigou se existe uma associao entre nveis de TSH e a presena de sintomas depressivos. Conduzimos um estudo transversal de base populacional onde avaliou-se uma amostra de mulheres com 35 anos ou mais anos de idade, residentes no municpio do Rio de Janeiro (RJ), que foram entrevistadas e tiveram amostras de sangue coletadas. O desenho de amostra proposto para a pesquisa seguiu um modelo de amostragem probabilstica por conglomerado, em trs estgios de seleo, tendo por base os setores censitrios do municpio. A funo tireoidiana foi medida pelo TSH srico, a partir das amostras coletadas no domiclio. Para avaliao da presena/ausncia de sintomas depressivos utilizou-se um instrumento padronizado e validado (PRIME-MD). Foram tambm coletados dados scio demogrficos e outras informaes de sade da participante. A prevalncia de sintomas depressivos, frequncias e associaes foram calculadas levando-se em conta o desenho de amostra complexo, utilizando procedimentos especficos do pacote SAS (verso 9.1). Da amostra de 1500 mulheres, 1298 foram entrevistadas, sendo o percentual de no-resposta igual a 13,5%. A amostra final foi composta por 1249 participantes, onde foi encontrada uma prevalncia de sintomas depressivos igual a 45,9%. Em relao aos nveis de TSH, 4,8% da amostra apresentaram-se acima do ponto de corte adotado (&#8805;6,0 mUl/ml). Destas, 61,9% apresentaram sintomas depressivos, contra 44,9% entre as mulheres com TSH<6,0 (p=0,04). A anlise ajustada mostrou que mulheres com nvel de TSH&#8805;6,0 tiveram uma chance duas vezes maior de apresentarem sintomas depressivos do que aquelas com TSH normal (OR=2,04). Ao excluir da anlise as participantes que auto-referiram diagnstico prvio de doena tireoidiana, a associao entre nveis de TSH e sintomas depressivos perdeu a significncia. Concluindo, foi observada alta prevalncia de sintomas depressivos na amostra, especialmente entre o grupo com nveis elevados de TSH. Os resultados chamam ateno para a importncia de se investigar em pacientes deprimidos a comorbidade tireoidiana.

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Excesso de peso (sobrepeso e obesidade) e transtornos mentais comuns so importantes problemas de sade pblica no Brasil e no mundo. A associao entre ambos tem sido investigada por pesquisadores, porm os resultados ainda so conflitantes. Estudos realizados com nutricionistas tm dado maior nfase prtica de atuao, entretanto, poucos abordaram questes de sade desses profissionais, principalmente sobre o excesso de peso e sofrimento psquico. Objetivo - Analisar a associao entre sobrepeso, obesidade e transtornos mentais comuns nesses profissionais. Mtodos - Estudo seccional, realizado com 289 nutricionistas da rede pblica de hospitais do municpio do Rio de Janeiro, no perodo de outubro de 2011 a agosto de 2012. A avaliao do excesso de peso corporal foi realizada com base no ndice de Massa Corporal (kg/m2) atravs da aferio de peso e altura, e os transtornos mentais comuns atravs do General Health Questionarie (GHQ-12). Variveis scio-demogrficas, laborativas e de sade tambm foram includas no estudo. Resultados - A prevalncia de sobrepeso foi de 32,3% e de obesidade, 15,3%. A prevalncia de transtornos mentais comuns (TMC) foi de 37,7%. A anlise bruta demonstrou uma associao negativa entre transtornos mentais comuns e sobrepeso (OR 0,68; IC95% 0,39 1,20) e positiva para obesidade (OR 1,34; IC95% 0,65 2,75) que no se modificou quando ajustado pelas variveis socioeconmicas (SES), laborativas e de sade (OR= 0,60 IC95% 0.32 1,10) para sobrepeso e para a obesidade (OR= 1.09 IC95% 0,50 2,37). Concluso - Os resultados do estudo destacam as altas prevalncias de sobrepeso, obesidade e transtornos mentais comuns, bem como, a magnitude da associao entre os eventos, ambos sem significncia estatstica. Sugerimos novos estudos em que se possam identificar os mecanismos envolvidos nesta relao, bem como os fatores relacionados s condies de trabalho e de vida que possam estar afetando a sade do nutricionista que formado para cuidar da sade populao muitas vezes em detrimento da sua prpria sade.

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Neste trabalho, escolheu-se a estrada canal Arroio Pavuna, em Jacarepagu, para avaliar quimicamente a qualidade do solo que recebe diariamente resduos slidos urbanos. A regio deste estudo tambm conhecida como estrada do Urubu, sendo este animal um dos principais vetores presente no local. Para uma caracterizao qumica, foram determinados pH, carbono orgnico, matria orgnica, concentraes dos metais alumnio, cdmio, chumbo, cobre, cromo, ferro, nquel e zinco, utilizando a tcnica de Absoro Atmica por Chama, alm da identificao dos principais compostos orgnicos atravs da tcnica de Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas. Tambm foi realizado o teste de comportamento com oligoquetas da espcie Eisenia andrei para avaliar a funo de habitat do solo analisado. Os resultados obtidos apontaram que a regio apresenta um solo cido na faixa de 5,51 a 6,70, bem como as concentraes de Cobre, Cromo, Nquel e Zinco acima dos valores orientadores de referncia de qualidade dos solos, um teor mdio de matria orgnica na faixa de 21,71 g.kg-1 a 29,73 g.kg-1, alm de presena de compostos orgnicos com estruturas muito complexas. O solo apresentou funo de habitat limitada. E como sugesto para a remediao deste solo, a fitorremediao apresenta bons rendimentos na literatura para remoo parcial ou total desses metais

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Esta pesquisa um estudo de caso com abordagem qualitativa e quantitativa, de natureza exploratria que se prope a analisar as caractersticas de oferta e produo das prticas integrativas e complementares, no perodo de 2006 a 2013 no municpio do Rio de Janeiro. Como fontes de dados foram utilizados os bancos de dados nacionais sobre oferta de servios, de profissionais e de produo: o SCNES- Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade onde so registrados dados da capacidade fsica e recursos humanos dos estabelecimentos de sade e o SIASUS Sistema de Informao Ambulatorial onde so registrados os dados da produo ambulatorial do SUS. Optou-se por esses dois bancos de dados por serem ferramentas institucionais de gerenciamento da capacidade instalada e produo utilizadas pelas esferas federal, estadual e municipal. Buscou identificar profissionais cadastrados no SCNES que so autorizados a oferecer prticas integrativas e complementares no municpio do Rio de Janeiro, detectar os servios de prticas integrativas e complementares cadastrados no CNES do municpio do Rio de Janeiro e analisar no Sistema de Informao Ambulatorial, registros de produo em prticas integrativas e complementares do municpio do Rio de Janeiro. A lista de prticas integrativas e complementares estabelecidas na portaria no 971 de 2006 so homeopatia, medicina tradicional chinesa (onde se inclui a acupuntura), medicina antroposfica, plantas medicinais e fitoterapia, termalismo/crenoterapia. Este estudo proporciona maior visibilidade quanto s caractersticas de implementao e institucionalizao de uma recente poltica pblica de sade e contribui com base na anlise dos dados encontrados em ferramentas de gesto, para o aprimoramento de aes de acompanhamento e avaliao, estruturao dos servios, bem como o desenvolvimento sustentvel de polticas locais de oferta das terapias complementares do SUS, em consonncia com as diretrizes da Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares.

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Trata-se de um estudo descritivo e exploratrio, que se apoiou na estatstica descritiva para abordagem dos resultados produzidos. Tem como objeto as iniciativas para segurana do paciente, implementadas pelos gerentes de risco em hospitais do municpio do Rio de Janeiro. O estudo teve como objetivo: analisar as iniciativas implementadas pelos gerentes de risco para garantir a segurana do paciente, considerando as iniciativas nacionais e mundiais existentes. Foi desenvolvido em cinco hospitais do Rio de Janeiro, com quatorze gerentes de risco. A tcnica utilizada foi a aplicao de um questionrio semiestruturado, composto por questes fechadas e abertas sobre as iniciativas para segurana do paciente. Foi verificado que todos realizam atividades voltadas para educao continuada. As menos desenvolvidas so aes de tecno, hemo e farmacovigilncia (29%). A maioria informou que se orienta pela Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, assim como implementa quatro programas para segurana do paciente: a identificao dos pacientes (100%), seguida da assistncia limpa uma assistncia mais segura (86%), controle de infeco da corrente sangunea associada ao cateter (64%) e cirurgia segura, salva vidas (64%). A maior parte dos gerentes de risco desconhece os cinco protocolos operacionais padronizados da Joint Comission on Acreditation of Healthcarecare Organizations e o contedo da campanha dos 5 milhes de vidas do Institute for Healthcare Improvement. Os eventos adversos cujo monitoramento prioritrio para os gerentes de risco, so queda do leito (43%) e infeces (36%). A maior parte deles (57%) informa utilizar a anlise de causa raiz e anlise do modo e efeito da falha como ferramentas de monitoramento de eventos adversos. Conclui-se que grande parte das iniciativas para segurana do paciente so implementadas pelos gerentes de risco, o que vai ao encontro do que sugerido atualmente, no entanto as iniciativas mais citadas so as iniciativas j divulgadas pelas instituies de referncia para segurana do paciente, e que exigem poucos investimentos para serem implementadas, logo essencial mais aes de capacitao dos gerentes de risco e de desenvolvimento de uma cultura de segurana no ambiente hospitalar.

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O tema desta tese compreender trajetrias de indivduos que atuaram no trfico de drogas e de armas na regio metropolitana do Rio de Janeiro. Discuto as motivaes que ensejaram a entrada destes indivduos na atividade criminosa e os efeitos que a passagem pelo sistema prisional causou na constituio de suas identidades pessoais. O objetivo principal examinar as condies que propiciaram o abandono do trfico e detectar as mediaes que serviram de suporte na tentativa de reinsero no mundo formal e lega. Procurei analisar as atividades do trfico de drogas a partir das diversas interaes entre seus participantes, reconstitudas por entrevistas com indivduos que exerceram tal atividade. As formas sociais de conexo entre o lcito e o ilcito examinada neste trabalho a partir das motivaes individuais face foras estruturais que induzem a produo de um jogo de identidades que no toma o indivduo como um "locus " emprico dotado de encerramento da anlise sociolgica.

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A presente dissertao tem por objeto elaborar um relato histrico da emergncia da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) no Brasil, com especial observncia ao eixo Rio-So Paulo nas dcadas de 1950, 1960 e 1970. A ACP faz parte da chamada Psicologia Humanista, um movimento inicialmente organizado pelo psiclogo norte-americano Abraham Maslow (1908-1970) na dcada de 1950, que contou com a forte participao de Carl Rogers (1902-1987), tambm psiclogo norte-americano, e fundador da atualmente denominada Abordagem Centrada na Pessoa. A trajetria profissional de Rogers foi marcada pelos acontecimentos de sua poca, como a crise econmica americana da dcada de 1930, a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria e os conflitos globais por questes tnicas, religiosas e raciais. Para uma melhor compreenso do desenvolvimento da ACP, este foi narrado em conjunto com a histria dos principais acontecimentos polticos, econmicos e culturais dos EUA, buscando construir uma narrativa situada historicamente. O mesmo foi feito em relao histria da ACP no Brasil, nas dcadas de 1950 a 1970, ressaltando-se o objetivo dos governantes nacionais de transformar o Brasil em uma grande nao em termos culturais e educacionais, para isso se valendo da criao de diversas instituies voltadas s crianas, adolescentes e jovens adultos, para seu atendimento psicolgico, educacional, orientao profissional e aprimoramento tcnico. A instaurao da ditadura civil-militar iniciada em 1964, o processo de regulamentao da profisso de psiclogo e a criao dos primeiros cursos de psicologia no Brasil so destaque. Registrar a histria da ACP no Brasil uma tarefa que se justifica dado o contingente de profissionais que atuam neste referencial terico e para incentivar a pesquisa em histria da psicologia. A metodologia de trabalho adotada foi a reviso bibliogrfica e o relato oral instrumentalizado por entrevistas com profissionais de destacada relevncia na histria da ACP no Rio de Janeiro e em So Paulo. Este estudo tem como marco final a vinda de Carl Rogers e sua equipe em 1977 ao Brasil para a realizao do I Encontro Brasileiro Centrado na Pessoa (Arcozelo I), o que possibilitou a reunio, o reconhecimento mtuo e a troca de experincias entre os profissionais brasileiros, fechando desta forma o perodo da emergncia da ACP no Brasil e favoreceu uma nova fase de desenvolvimento por todo o pas.

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Este trabalho est associado ao projeto de pesquisa As transformaes do cuidado de sade e enfermagem em tempo de AIDS: representaes sociais e memrias de enfermeiros e profissionais de sade no Brasil, coordenado pelo Programa de Ps-Graduao em Enfermagem da UERJ. Neste trabalho, foi feito um recorte do projeto original, tendo como objetivo fazer um levantamento das prticas desenvolvidas pelos psiclogos que atuam no Programa Nacional DST/AIDS, alm de descrever e analisar o contedo das representaes sociais dos psiclogos sobre o HIV/AIDS e sobre seus pacientes. A fundamentao terica do trabalho consiste na Teoria das Representaes Sociais, inaugurada por Serge Moscovici em 1961, e desenvolvida por outros autores desde ento. Os sujeitos da pesquisa foram doze psiclogos que trabalham em servios de sade que desenvolvem as aes do Programa Nacional DST/AIDS na cidade do Rio de Janeiro, em SAES e CTAS. A coleta de dados consistiu em duas etapas: a aplicao de questionrios aos profissionais que trabalham no Programa Nacional DST/AIDS e realizao de entrevista com alguns dos profissionais de sade que responderam anteriormente ao questionrio. Alm das questes presentes no roteiro de entrevista comum a todos os profissionais de sade, foram inseridas algumas questes relativas s prticas e especificidade do trabalho do psiclogo nas equipes. Para a anlise dos dados brutos obtidos atravs dos dois roteiros de entrevista, foi utilizada a tcnica de anlise de contedo temtico-categorial, operacionalizada pelo software QRS NVivo. O resultado da anlise do material discursivo ficou concentrado em seis categorias: 1) A memria do HIV/AIDS: o incio da epidemia e sua construo social ao longo do tempo; 2) Mudanas e avanos em relao ao HIV/AIDS: conhecimento, cuidado, mentalidade e perfil dos pacientes; 3) O sistema de atendimento a pacientes com HIV/AIDS: prticas comuns e dificuldades vividas pelos profissionais de sade; 4) A atuao dos psiclogos com pacientes HIV/AIDS: suas prticas, dificuldades e percepes; 5) Os desafios de se viver com o HIV/AIDS: adeso ao tratamento e discriminao; 6) Polticas governamentais, sociais e institucionais para o HIV/AIDS: desafios e questes epidemiolgicas. As representaes das psiclogas a respeito do HIV/AIDS contm alguns elementos compartilhados com a populao geral no passado, como a ideia de grupos de risco, mortalidade e culpabilizao dos pacientes, mas tambm apresentam elementos que foram incorporados por conta de sua prtica profissional, como a melhoria na qualidade de vida dos pacientes, a AIDS como uma doena crnica e a mudana de perfil dos pacientes. Em suas prticas, embora reconheam algumas particularidades nos pacientes com HIV/AIDS, as psiclogas no reconhecem nestas particularidades uma necessidade de atendimento diferenciado a esses pacientes.

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A presente dissertao constituiu um estudo da poltica na rea de Sade Bucal em um municpio de grande porte atravs dos seus processos - de formulao e implementao - seus atores e sua interface com a Poltica Nacional Brasil Sorridente. Tomando como referncia a experincia do Rio de Janeiro no perodo de 2001 a 2006, optou-se por um estudo de caso por tratar-se de descrever a unidade a poltica - em profundidade e em detalhe. A conduo de listas livres possibilitou um maior discernimento das mudanas poltico-organizacionais e principalmente de dois momentos consecutivos: a suposta centralidade da Sade Bucal na agenda municipal com o decreto do Programa Sade e Cidadania Dentescola e a oportunidade de se estabelecer uma poltica de Sade Bucal contextualizada no acolhimento, no acesso e na universalidade da ateno. O processo de implementao da Poltica Carioca Rindo Toa e do Programa Sade e Cidadania Dentescola dependeu principalmente do aumento de recursos humanos e da aproximao desses com as propostas de Integralidade e Transversalidade.

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Este estudo contempla a implementao da Poltica Nacional de Humanizao no Hospital da Lagoa, unidade hospitalar sob gesto do Governo Federal, situada no Municpio do Rio de Janeiro. A escolha do Hospital da Lagoa baseou-se na tradio dessa unidade em implantar aes e atividades inovadoras com vistas melhoria da qualidade da assistncia e, tambm, pela proximidade que a pesquisadora desenvolveu com a instituio ao longo de sua vida profissional. Foi privilegiada a perspectiva dos gestores da instituio quanto experincia de Humanizao, iniciada em 2003 e ainda em curso. De acordo com a poltica, entende-se por humanizao a valorizao dos diferentes sujeitos implicados no processo de produo de sade: usurios, trabalhadores e gestores. Como estratgia de mudanas, a humanizao orienta-se por trs princpios: a transversalidade; a estreita vinculao entre a ateno e a gesto em sade; e a autonomia e protagonismo dos sujeitos nos processos de trabalho. Em se tratando de um estudo de caso, a metodologia do trabalho observou a triangulao, combinando anlise documental, observao participante e realizao de entrevistas semi-estruturadas com 17 gestores, de diversas categorias profissionais e diferentes nveis de chefia. A anlise dos dados revelou a existncia de muitos obstculos a serem transpostos para a institucionalizao da poltica. Entre estes, foram apontados pelos entrevistados: a fragilidade da poltica de humanizao e a prpria cultura organizacional instituda. Nesta, segundo os entrevistados, se localizam os entraves gesto do trabalho: dificuldade na formao de equipes multiprofissionais, desconsiderao com a sade do trabalhador e inoperncia do Colegiado de Gesto Participativa local. Embora tenham sido indicados aspectos favorveis ao processo, ao final do trabalho de campo ainda no tinham sido implantados todos os dispositivos preconizados pela Poltica Nacional de Humanizao. Ademais, os esforos para sua implementao passaram a concorrer com o a implantao de um programa de acreditao hospitalar, pactuado com o Ministrio da Sade.

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Apesar das diversas aes governamentais nas questes relacionadas a alimentao, a insegurana alimentar faz parte da realidade brasileira. Esta pode ocorrer em diversos nveis: primeiramente a preocupao com a oferta de alimentos e a qualidade dos mesmos, em seguida, reduo da qualidade e quantidade de alimentos entre os adultos e por fim em um nvel mais elevado, a reduo ocorre entre as crianas, at mesmo a fome, quando no h nada para comer no domicilio. direito de todos terem acesso a alimentos seguros e nutritivos, desta forma a alimentao e nutrio uma condio para proteo da sade. Trata-se de um estudo seccional, com 273 trabalhadores de sete restaurantes localizados no municpio do Rio de Janeiro. A avaliao da insegurana alimentar foi realizada utilizando a Escala Brasileira de Insegurana Alimentar (EBIA) classificando a populao em segurana alimentar e insegurana alimentar. As anlises foram desenvolvidas aplicando-se o teste qui quadrado ou o teste exato de Fisher quando apropriado (p<0,20) e a regresso logstica foi efetuada considerando trs blocos de variveis: socioeconmicas, laborais e de sade. A prevalncia de insegurana alimentar foi de 53,7%. A maioria da populao estudada era do sexo masculino (57,9%), eram negros ou pardos (81,7%), com nove anos de escolaridade (57,1%), casados (58,2%), com filhos (70,1%), possuam moradia prpria (73,6%), eram ASGs ou copeiras (54,6%), quanto ao tempo gasto do deslocamento de casa para o trabalho, 67,6% dispendem mais de 40 minutos neste trajeto. As variveis: escolaridade (OR-2,39; IC-95% 1,38 - 4,16), opinio sobre a falta de condies financeiras para manter alimentao saudvel (OR-2,24; IC-95% 1,25 4,00), tempo de trabalho em cozinhas <29 meses (OR-2,72; IC-95% 1,44 5,16) e opinio da composio e regularidade da alimentao (OR- 2,01; IC-95% 1,12 3,57) associaram-se significativamente com a insegurana alimentar. Estes trabalhadores mesmo inseridos em um equipamento destinado a ofertar alimentao de qualidade, no tem a percepo da garantia ao acesso de forma satisfatria aos alimentos tanto quantitativamente como qualitativamente.