422 resultados para Política habitacional Rio de Janeiro Teses.
Resumo:
Bromeliaceae uma famlia vegetal com distribuio essencialmente neotropical frequentemente utilizada em estudos ecolgicos devido s suas caractersticas de armazenar gua livre, sustentar uma biota prpria, apresentar tamanho relativamente reduzido e ter fcil replicabilidade por serem abundantes. Estas caractersticas conferem s bromlias o status de microcosmos natural e, dentro do ambiente bromelcola as espcies tambm interagem entre si. Anuros so habitantes comumente encontrados em bromlias sendo que algumas espcies tm estreita relao com estes vegetais ao ponto de passarem todo seu ciclo de vida associados a bromlias. Na presente tese foram estudados distintos organismos que habitam bromlias (e.g. ostracodas, protozorios, helmintos e artrpodes em geral) com nfase em anuros do gnero Scinax (Hylidae). Foi realizado um experimento controlado em casa de vegetao para testar diferentes aspectos da relao entre anuros e bromlias usando como modelo S. perpusillus e Neoregelia sp. Foram tambm realizados estudos de campo em trs unidades de conservao do estado do Rio de Janeiro, a saber: Monumento Natural do Morro da Urca e Po-de-Acar; Parque Estadual da Serra da Tiririca; e Parque Nacional da Serra dos rgos onde, respectivamente, ocorrem os anuros S. perpusillus, S. littoreus e S. v-signatus. A tese est dividida em seis captulos que abordam diferentes interaes interespecficas como predao, parasitismo, foresia e mutualismo.
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O planejamento urbano no Brasil passou por diversas fases de sua construo no estabelecimento do controle do espao atravs dos instrumentos de regulamentao do uso do solo, mas marcado por intensa desigualdade, discriminao e excluso social e de desconsiderao das camadas menos favorecidas da populao quando beneficirias das melhorias sociais que a cidade pode oferecer. Esta tendncia mudou quando na dcada de 1990, introduziram-se as premissas dos planos diretores e da incluso e participao popular na formulao das políticas da cidade. O entendimento em questo busca contribuir para produo e adequao de instrumentos ou sugestes de instrumentos do direito urbanstico construo de espaos urbanos pblicos seguros baseados a princpio na busca das causas endgenas oriundas do prprio ambiente urbano, enfatizadas no presente trabalho por meio da ecologia humana e das causas exgenas fruto de caractersticas independentes do ambiente urbano, objeto de estudo das cicias criminais, por meio da contribuio da Escola de Chicago, atravs de seu ecologismo social, ser procendente a anlise das estatsticas que demonstram a distribuião da violncia no espao localizado das intervenes do programa favela-bairro e quais proposies podem ser formuladas no mbito do planejamento urbano e do direito urbanstico e se podem contribuir para o combate ou controle da criminalidade.
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urgente a necessidade da maior incluso social dos estudantes que articulam a rotina de trabalho diurno e a educao formal noturna, objetivando melhorar as condies de vida atravs de aumentar oportunidades no mercado de trabalho. Por ser tema de extrema relevncia social, a presente pesquisa busca compreender os desafios de alunos matriculados em cursos de Ensino Superior noturno no Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, destacando o processo de democratizao do acesso e a permanncia de jovens de camadas populares em quatro cursos de graduao. Descrevemos políticas pblicas de acesso e de permanncia dos estudantes nos cursos superiores noturnos de Pedagogia, Histria, Matemtica e Administrao, tendo em vista contribuir com a discusso da real efetividade destes cursos para a democratizao da educao superior. O procedimento metodolgico a investigao qualitativa em estudo de caso. Nesta pesquisa, foram contatadas pessoas chave da universidade, aplicados 361 questionrios e entrevistados 39 alunos de quatro cursos escolhidos. Os resultados relacionados aos fatores sociais que impem o carter compulsrio do trabalho ao estudante universitrio confirmaram que o jovem, dos cursos noturnos estudados deste Instituto Multidisciplinar, em geral, tem dificuldades de gerenciar sua vida para contemplar as diversas demandas, isto , as sociais, familiares, educacionais e laborais. O jovem estudado costuma ter um perfil de vulnerabilidade socioeconmica. Os resultados tambm mostram em alguns discursos dos entrevistados alguns desafios de conciliar o curso noturno com a vida de trabalho. Assim, os resultados tambm revelam a necessidade de que mais recursos sejam destinados a programas com alunos com o perfil de vulnerabilidade socioeconmica. Apesar do perfil heterogneo dos alunos desta pesquisa, os resultados apontam tambm que muitos aproveitam a oportunidade de continuidade de escolarizao conciliando o trabalho diurno com a educao noturna. A opo destes por cursos de licenciaturas, como os de Matemtica, Histria e Pedagogia, atrativa pela maior facilidade de acesso devido a serem carreiras menos disputadas no ingresso universidade pblica. Embora a profisso docente em nossa sociedade no oferea elevado prestgio social, ter a formao e o diploma de Ensino Superior ainda para muitos jovens, uma possvel trajetria que pode levar a mobilidade social. Assim, as políticas pblicas precisam melhor atender os jovens deste segmento populacional que deseja estudar e trabalhar com educao.
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A rea de Proteo Ambiental de Massambaba concentra diversas formaes vegetais com uma grande riqueza florstica e endemismos. Infelizmente esta rea est sujeita ao antrpica tanto que alguns fragmentos se encontram degradados. Para recuperar ecologicamente esta vegetao importante compreender os mecanismos de sucesso ecolgica. Como se sabe pouco sobre interaes entre plantas de restinga, e menos ainda sob o prisma da alelopatia (efeito negativo que uma planta exerce em outras, ao liberar metablitos secundrios para o seu entorno),objetivou-se a realizao de ensaios biolgicos com espcies nativas. Inicialmente determinamos as melhores condies de extrao de metablitos, e por fim realizamos bioensaios com 18 espcies (Allagoptera aenaria, Andira legalis, Byrsonima sericea, Clusia fluminensis, Couepia ovalifolia, Erythroxylum ovalifolium, Eugenia copacabanensis, Eugenia selloi, Garcinia brasiliensis, Guapira opposita, Maytenus obtusifolia, Myrsine parvifolia, Neomitranthes obscura, Ocotea notata, Pouteria caimito, Renvoizea trinii, Tocoyena bullata e Vitex megapotamica). A aplicao dos extratos foi sobrea germinao e ocrescimento inicial de sementes de alface. Para isso, folhas destas espcies foram coletadas sazonalmente na formao arbustiva aberta no inundvel (fcies alta) na restinga de Massambaba para o preparo de extratos aquosos. Os extratos foram obtidos a atravs da secagem das folhas 60C para posterior macerao, aquecimento, diluio e filtrao, obtendo-se as concentraes de 5 e 10% de concentrao (peso/volume). Os parmetros para avaliar a fitotoxidez foram:a porcentagem ea velocidade de germinao e o comprimento da raiz aps sete dias de crescimento em placas de Petri umedecidas com os extratos. Alm desses trs parmetros, foi utilizado o ndice de efeito global, que transforma as trs variveis em um ndice nico e uma analise de agrupamento (distncia euclidiana, mtodo de Ward) para classific-las em espcies de fraca, mdia ou alta fitotoxidez de acordo com o valor do ndice. A inibio do crescimento foi observada em todas as espcies, e verificou-se diferenas sazonais significativas, com destaque no inverno. Isso sugere que as diferenas os entre nveis de fitotoxidez estejam correlacionada so ambiente e gentica. Se a ao inibitria das espcies com maior efeito aleloptico for comprovada, novas estratgias podem ser elaboradas para a reintroduo em projetos de conservao ambiental
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Neste estudo, investigamos a distribuio altitudinal da composio, riqueza, abundncia das espcies de aves consumidoras de frutos em cinco altitudes e avaliamosa influncia da estrutura da vegetao nas diversidades de aves. O estudo foi realizado na Reserva Ecolgica de Guapiau (REGUA) contgua ao Parque Estadual dos Trs Picos (PEPT), no municpio de Cachoeiras de Macacu, RJ. Coletamos os dados das aves em 24 excurses a campo, incluindo seis bimensais (jul./2010 a maio/2011) e 18 mensais (jul./2011 a dez./2012). Para amostragem das aves, utilizamos o mtodo de captura-marcao-recaptura com redes de neblina, expostas durante sete h/dia em cinco altitudesao longo de uma variao altitudinal de 1000 m. O esforo amostral foi de 8400 h-rede. Para amostragem da estrutura da vegetao, sorteamos trs parcelas de 100 m2 adjacentes s linhas das redes em cada altitude, nas quais foram analisadas as densidades de diferentes hbitos de vida. Das rvores, arvoretas e arbustos coletamos as medidas de altura total e dimetro da altura (no caso dos arbustos, o dimetro foi coletado a 50 cm do solo). Capturamos 448 indivduos correspondentes a 35 espcies de aves, distribudas em 16 famlias. Destas, 26% so endmicas de Mata Atlntica, incluindo quatro espcies categorizadas com algum grau de vulnerabilidade. Dezesseis espcies foram classificadas como frugvoras enquanto 19 como insetvoras-frugvoras. Leptopogon amaurocephalus, Mionectes rufiventris, Lanio melanops, Chiroxiphia caudata foram capturadas nas cinco altitudes, sendo as ltimas duas espcies as mais abundantes. Registramos maior riqueza e abundncia de aves nas altitudes de 370 e 770 m. A composio de aves diferiu entre as altitudes, sendo 170 e 1000 m as mais dissimilares. As espcies de aves insetvoras-frugvoras predominaram nos sub-bosques das cinco altitudes. Registramos deslocamento altitudinal de cinco espcies de aves, sendo o maior deslocamento realizado por um indivduo de Attilarufus, capturado a 770 m e, recapturado a 370 m. Encontramos maior densidade de plantas no sub-bosque nas altitudes 170, 370 e 1000 m. Bambus foram registrados apenas a 1000 m, enquanto que as ervas foram limitadas s altitudes de 170 e 370 m. A estrutura da vegetao apresentou baixa similaridade entre as altitudes, principalmente devido a diferentes densidades das formas de vida e altura das plantas. Trs altitudes, 170, 370 e 1000 m, apresentaram alta densidade de indivduos no sub-bosque, sendo que esta ltima evidenciou uma estrutura da vegetao relativamente mais simples devido ao alto nmero de rvores de baixa altura, ao maior nmero de arvoretas e presena de bambus. A diversidade de aves foi sensvel estrutura da vegetao, em especial altura das rvores que apresentou um decrscimo da altura com o aumento da altitude. Esta relao entre a diversidade de aves e a estruturada da vegetao destaca a importncia da preservao da estrutura da vegetao para a manuteno da diversidade de aves consumidoras de frutos da REGUA e do PETP
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Os nudibrnquios gastrpodes so carnvoros e muitas espcies tm dietas especializadas, consumindo uma nica ou poucas espcies de esponjas marinhas. No Brasil no existe, at o momento, nenhum estudo especfico sobre a ecologia das espcies de nudibrnquios abordando qualquer interao com outros grupos de animais marinhos. Tambm no existem estudos sobre ensaios biolgicos que avaliem o comportamento alimentar e a mediao qumica existente entre os nudibrnquios e suas presas. Os objetivos deste trabalho foram: a) registrar in situ a predao de nudibrnquios doridceos sobre esponjas marinhas no litoral do Estado do Rio de Janeiro, identificar as espcies envolvidas, e comparar com os padres de alimentao observados em outras regies do mundo e b) avaliar o comportamento de quimiotaxia positiva de nudibrnquios em relao s suas presas. Observaes sobre a dieta dos nudibrnquios foram realizadas atravs de mergulhos livres ou autnomos e o comportamento destes em relao s esponjas foi registrado. Um total de 139 observaes foram realizadas em 15 espcies de nudibrnquios doridceos: Felimida binza; Felimida paulomarcioi; Felimare lajensis; Tyrinna evelinae; Cadlina rumia; Diaulula greeleyi; Discodoris evelinae; Geitodoris pusae; Jorunna spazzola; Jorunna spongiosa; Rostanga byga; Taringa telopia; Doris kyolis; Dendrodoris krebsii e Tayuva hummelincki. A predao foi confirmada em 89 (64%) das 139 observaes e em 12 (80%) das 15 espcies de nudibrnquios. A principal interao ecolgica existente entre os nudibrnquios e as esponjas no Estado do Rio de Janeiro a de consumo (predao). Em laboratrio, o comportamento alimentar das espcies Cadlina rumia e Tyrinna evelinae foi avaliado em ensaios de preferncia com dupla escolha oferecendo esponjas frescas. Experimentos de oferta de esponjas vivas, p de esponjas liofilizadas e extratos brutos orgnicos das esponjas foram utilizados para investigar se a percepo dos moluscos s suas presas modulada por sinais qumicos. O nudibrnquio Cadlina rumia no consumiu nenhuma das esponjas oferecidas, mas detectou o sinal qumico das esponjas vivas, e no detectou o sinal qumico da esponja Dysidea etheria, liofilizada em p, incorporada em alimentos artificiais. Tyrinna evelinae detectou o sinal qumico da esponja D. etheria oferecida de duas maneiras diferentes: viva e liofilizada em p. Foi confirmada em laboratrio, a predao in situ da esponja D. etheria pelo nudibrnquio T. evelinae, constituindo o primeiro registro de predao observado in situ e in vitro para o gnero Tyrinna. De uma maneira geral, os resultados das observaes de campo corroboram os padres de alimentao observados em outras regies do mundo e as esponjas da Classe Demospongiae so recursos fundamentais para a dieta dos nudibrnquios doridceos no Rio de Janeiro. A sinalizao qumica e a taxia positiva foi evidente para o nudibrnquio que possui dieta mais especializada, Tyrinna evelinae, e no para aquele que se alimenta de vrias esponjas, Cadlina rumia.
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Os girinos so organismos diversos e abundantes nos pequenos riachos de cabeceira de florestas tropicais e constituem importantes componentes da diversidade biolgica, da trfica e funcional dos sistemas aquticos. Diferentes caractersticas estruturais e limnolgicas dos ambientes aquticos influenciam a organizao das assembleias de girinos. Embora o estgio larvar dos anuros seja o mais vulnervel de seu ciclo de vida, sujeito a elevadas taxas de mortalidade, as pesquisas sobre girinos na regio neotropical ainda so pouco representativas diante da elevada diversidade de anfbios desta regio e ferramentas que permitam a sua identificao ainda so escassas. Nesta tese, dividida em trs captulos, apresento uma compilao das informaes relacionadas aos principais fatores que afetam as assembleias de girinos na regio tropical (Captulo 1), a caracterizao morfolgica dos girinos encontrados nos riachos durante o estudo e uma proposta de chave dicotmica de identificao (Captulo 2) e avalio a importncia relativa da posio geogrfica e da variao temporal de fatores ambientais locais sobre as assembleias de girinos, assim como a correlao entre as espcies de girinos e as variveis ambientais de 10 riachos, ao longo de 15 meses, nas florestas da REGUA (Captulo 3). H pelo menos oito tendncias relacionadas distribuio das assembleias de girinos: (1) o tamanho dos riachos e a diversidade de microhabitats so importantes caractersticas abiticas influenciando a riqueza e a composio de espcies; (2) em poas, o gradiente de permanncia (e.g., hidroperodo) e a heterogeneidade do habitat so os principais fatores moldando as assembleias de girinos; (3) a composio de espcies parece ser um parmetro das assembleias mais relevante do que a riqueza de espcies e deve ser primeiramente considerado durante o planejamento de aes conservacionistas de anuros associados a poas e riachos; (4) a predao parece ser a interao bitica mais importante na estruturao das assembleias de girinos, com predadores vertebrados (e.g. peixes) sendo mais vorazes em habitats permanentes e predadores invertebrados (e.g. larvas de odonata) sendo mais vorazes em ambientes temporrios; (5) os girinos podem exercer um efeito regulatrio, predando ovos e girinos recm eclodidos; (6) o uso do microhabitat varia em funo da escolha do habitat reprodutivo pelos adultos, presena de predadores, filogenia, estgio de desenvolvimento e heterogeneidade do habitat; (7) os fatores histricos restringem os habitats reprodutivos que uma espcie utiliza, impondo restries comportamentais e fisiolgicas; (8) a variao temporal nos fatores biticos (e.g., fatores de risco), abiticos (e.g., distribuio de chuvas), e no padro de reproduo das espcies pode interferir na estrutura das assembleias de girinos tropicais. A variao temporal na heterogeneidade ambiental dos riachos da REGUA resultou na previsibilidade das assembleias locais de girinos, sendo que os parmetros ambientais explicaram 23% da variao na sua composio. Os parmetros espaciais explicaram uma poro menor da variao nas assembleias (16%), enquanto uma poro relativamente elevada da variao temporal da heterogeneidade ambiental foi espacialmente estruturada (18%). As variveis abiticas que apresentaram as maiores correlao com a composio das assembleias de girinos foram a proporo de folhio e de rochas no fundo do riacho, e secundariamente a profundidade, a condutividade e a temperatura. O gradiente gerado pela proporo de folhio e de rochas representou a transio entre riachos permanentes e intermitentes. Este gradiente proporcionou o turnover de espcies, o qual tambm seguiu um gradiente de condutividade, temperatura, profundidade, e em menor extenso, de hidroperodo e largura, que estiveram fortemente associado ao grau de permanncia dos riachos. Estes resultados corroboram tanto a hiptese do controle ambiental, como do controle bitico de comunidades e indicam que a variao temporal da heterogeneidade ambiental e a variao na posio geogrfica so importantes para a estruturao local de assembleias de girinos da REGUA. Os resultados tambm permitiram distinguir entre assembleias de girinos exclusivas de riachos permanentes, exclusivas de riachos intermitentes e aquelas registradas nos dois tipos de riachos. Os resultados deste captulo so relevantes para compreender em que extenso os efeitos da variao temporal na heterogeneidade ambiental e de processos espaciais afetam localmente a estruturao de assembleias de girinos.
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Os RCC so originados dos diversos processos da construo civil, com caractersticas bastante particulares pela variedade dos mtodos construtivos empregados. Suas deposies em locais inadequados causam vrios impactos com diferentes tempos de reao e de degradao do meio ambiente. Para impedi-los foi aprovada a Resoluo 307 do CONAMA, que estabelece critrios e normas de carter protetor ao meio ambiente, porm as administraes pblicas possuem inmeras dificuldades tcnicas e financeiras para sua implementao. Para auxiliar os municpios, a CEF elaborou dois manuais de orientaes para o manejo e gesto dos RCC, direcionando o sistema gestor. Uma opo para a gesto de RCC a reciclagem. O Municpio do Rio de Janeiro com seu relevo original formado por mangues e morros, sofreu grandes aterros e sofre at os dias atuais, utilizando para isso os RCC e o desmonte de antigos morros. Os RCC, aps coletados, so destinados a uma nica rea de Transbordo e Triagem, com capacidade insuficiente para receb-los. A ausncia de controle do rgo gestor sobre os RCC, seus dados de produo e de destinao, exige uma estimativa dos RCC gerados no Municpio e uma observao global sobre seus destinos, considerando os aterros autorizados pela SMAC. Foi realizada uma anlise crtica da gesto corretiva adotada pelo sistema gestor, suas particularidades e dificuldades, e o perfil atual sobre a reciclagem de RCC no Rio de Janeiro. Algumas propostas para a melhoria do sistema gestor foram apresentadas e sugerida a necessidade de um estudo mais aprofundado e de um levantamento mais completo da realidade dos RCC no Municpio do Rio de Janeiro.
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Este estudo, intitulado Adolescente infrator: A mediao prevista na nova Lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) na cidade do Rio de Janeiro trata da mediao na vertente transformativa, com o objetivo de permitir nova tica sobre a conduta infratora e as consequncias dos atos no mundo social. Esta forma de atuao, dentre outros benefcios, pode evitar o desgaste jurisdicional, na medida em que os casos selecionados a partir de suas caractersticas passam a ser operados por especialistas em composio pacfica de conflitos, com a perspectiva de seres humanos que necessitam da inter-relao no convvio social. Os mediadores trabalham com os adolescentes em conflito com a lei, seus pais e as vtimas. Destarte, verificando as circunstncias favorveis mediao, passa-se ao dilogo para alcanar um acordo, mantendo-se o centro da interveno no conflito e na relao dos conflitantes, incentivando a capacitao para a negociao a partir do reconhecimento do direito do outro, produzindo a transformao interna dos litigantes que causar, como efeito desejado, a dissoluo do conflito. A princpio os mediadores devem atuar apenas em fatos de menor potencial ofensivo, como agresses leves e outros conflitos entre adolescentes. Com o passar do tempo e o aperfeioamento da prtica, possvel abarcar outras classes de prtica infracional, a exemplo de pequenos furtos. Para tanto, na fase de pesquisa, tentando-se explicar a mediao transformadora a partir das referncias tericas publicadas em livros ou obras congneres, utilizou-se a tcnica bibliogrfica; na fase da redao, ordenou-se o material coletado, segundo a lgica necessria elaborao de um trabalho cientfico. O mtodo a presidir este estudo foi o dedutivo, na medida em que parte da anlise geral das crianas e dos adolescentes, em especial aqueles em conflito com a lei, para depois apresentar a teoria geral da mediao e em seguida, numa abordagem mais particular, enfrentar as questes envolvendo a mediao no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) para, ao final, defender que preciso desvendar o marco normativo que autoriza a prtica da mediao como instrumento de resoluo de questes relacionadas com o adolescente em conflito com a lei, para identificar a natureza jurdica desse modelo de mediao e, ao final, a ttulo de sugesto, desenhar seu procedimento no estabelecido pela lei material que a prev, qual seja, a Lei n 12.594, de 18 de janeiro de 2012. O grande desafio establecer a metodologia adequada para que a autocomposio de conflito seja restaurativa ao adolescente infrator e aos integrantes desse conflito instaurado. O resgate do meio social abalado com a prtica infracional to importante quanto a conscientizao do adolescente. A pretenso sugerir um marco normativo que posicione o procedimento da mediao como instrumento de ligao do indivduo adolescente infrator, com o ambiente social onde est inserido, e com o formalismo processual que vem afastando o Poder Judicirio de sua funo social de dizer o direito e fazer justia.
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Os anfbios anuros que habitam o bioma Mata Atlntica, especialmente em sua floresta ombrfila densa, so pouco conhecidos sob diversos aspectos de sua ecologia, existindo poucas informaes disponveis na literatura cientfica. Estes dados esto limitados a poucas localidades, geralmente estudos realizados em fragmentos remanescentes do sudeste brasileiro. A mata bem conservada que recobre os 3300 ha da Serra do Mendanha, apesar de localizada na regio metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, ainda no tinha sua anurofauna conhecida. No presente estudo, recolhemos informaes ecolgicas sobre as espcies que habitam a regio, especialmente da assemblia encontrada no folhio que recobre o solo, com o uso de diferentes metodologias: armadilhas de queda; parcelas cercadas; procura visual e auditiva em transeces e encontros ocasionais; assim como dados abiticos do ambiente regional (profundidade do folhio; nveis de pH; taxa de oxignio dissolvido; temperaturas do ar e da gua; umidade do ar). Exemplares-testemunho foram fixados e depositados na coleo de anfbios do Museu Nacional, Rio de Janeiro. A anurofauna da Serra do Mendanha composta por pelo menos 44 espcies que esto distribudas em 12 famlias, sendo a famlia Hylidae com o maior nmero de espcies (50%, n = 22), enquanto que Physalaemus signifer foi a espcie mais abundante (18%, n = 272), sendo habitante do folhio. A espcie Rhinella ornata contribuiu com a maior biomassa (m = 548 g). Identificamos uma nova espcie de anuro (Brachycephalidae), que tambm habita o folhio das cotas altimtricas acima de 700 m. Biogeograficamente a comunidade de anuros da rea estudada indicou ser mais similar (68%) com a comunidade da regio da Serra da Tiririca e arredores. Comparando-se os trs tipo de fisionomias, ou mesohbitats, existentes na Serra do Mendanha, em termos de riqueza e diversidade, a floresta secundria indicou ter os mais elevados ndices, seguido pela floresta pouco perturbada e pela monocultura de bananeiras. A assemblia de anuros que habita o folhio da Serra do Mendanha composta por nove espcies, que pouco diferiu ao longo de um gradiente altitudinal (0 a 900 m), com o registro das espcies Euparkerella brasiliensis, H. binotatus, Leptodactylus marmoratus e Zachaenus parvulus na maioria das cotas altimtricas. A altitude, a declividade e profundidade do folhio foram as variveis abiticas que mais influenciaram na distribuio de abundncia e de riqueza de espcies do folhio. Na estao mida (setembro a maro) a densidade de anuros no folhio foi de 10,4 ind./100m2, enquanto que na estao seca (abril a agosto) houve uma reduo de 34,6% (6,8 ind./100m2). As assemblias de anuros utilizam os recursos hdricos disponveis na Serra do Mendanha (gua da chuva, crregos, fitotelmas, rios e umidade do ar), de diferentes formas, associadas diretamente ao modo reprodutivo de cada espcie. A altitude, a temperatura da gua e o pH afetaram a distribuio de espcies de girinos nos diferentes stios reprodutivos. O modo reprodutivo 1 foi o mais freqente (n = 18) entre os 14 modos identificados. O estudo de 12 poas (lnticas e lticas) indicou que estas diferiram consistentemente entre si, seja nas suas dimenses, na composio de suas assemblias de girinos e nos seus componentes abiticos. Diversos predadores de girinos foram encontrados em algumas poas. A assemblia de girinos de cada poa indicou ser moldada pela interao de diferentes fatores ambientais, ecolgicos e filogenticos de cada espcie
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A espcie Sotalia guianensis apresenta um variado repertrio de assobios que esto ligados a interao social e a diferentes contextos de comportamento. As variaes intraespecficas nas estruturas dos assobios podem indicar diferenas entre populaes dessa espcie. O presente estudo caracterizou e comparou o repertrio dos assobios de Sotalia guianensis, em trs baas do estado do Rio de Janeiro: Baa de Guanabara (BG), Baa de Sepetiba (BS) e Baa da Ilha Grande (BI), utilizando um sistema de gravao com limite superior de frequncia de 48 kHz e atravs da aplicao das anlises quantitativas e qualitativas dos parmetros acsticos. As gravaes dos assobios foram realizadas com embarcaes de 5,5 e 7m e sistema de gravao composto por um hidrofone High Tech, modelo HTI-96-MIN, e um gravador digital modelo PMD 671 Marantz, com limite superior de frequncia de 48 kHz. As anlises dos espectrogramas foram realizadas com os softwares Adobe Audition 1.5 e Raven 1.3. Os assobios foram classificados em seis categorias de forma de contorno e 11 parmetros acsticos foram medidos para cada assobio. Para comparar os parmetros acsticos de mesma forma de contorno entre as trs baas, foram aplicados a anlise descritiva e testes estatsticos de comparao de mdia. Um total de 1800 assobios foi selecionado e 61,38% (N=1105) dos assobios apresentaram forma de contorno ascendente. Assobios com zero ou um ponto de inflexo foram mais frequentes (N=1476), correspondendo a 82%. A amplitude de frequncia encontrada variou de 1,03 a 46,87 kHz, maior alcance registrado para essa espcie no Brasil. A mdia de durao dos assobios da BG foi menor do que as mdias encontradas na BS e na BI. Os resultados de todas as comparaes realizadas demonstraram que os parmetros de frequncia (FI, FF, FMAX e F3/4) foram os que mais apresentaram diferenas significativas entre as trs reas. A variao encontrada nos assobios de S. guianensis entre as trs reas estudadas pode tambm estar ligada aos tipos de assobios mais comuns em cada rea, representados pelos assobios ascendentes, que apesar de apresentarem a mesma forma de contorno, possuem diferenas em seus parmetros acsticos, possivelmente ligados a informaes individuais. A utilizao de um sistema de gravao com limite superior de 48 kHz possibilitou a anlise de muitos assobios. Com isso, foi possvel verificar a importncia do limite de frequncia aplicado para caracterizar o repertrio acstico dessa espcie, juntamente com as anlises qualitativas das formas de contorno e as anlises quantitativas dos parmetros acsticos dos assobios. A aplicao dessa metodologia foi eficaz na comparao intraespecfica dos assobios, e futuramente, estudos mais detalhados da classificao dos assobios, poder acrescentar informaes relevantes sobre a variao desse tipo de emisso sonora no repertrio acstico S. guianensis
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Em 2004 o governo federal anunciou um novo mecanismo para melhorar o acesso da populao brasileira aos medicamentos, chamado de "Programa Farmcia Popular do Brasil" (PFPB) que disponibiliza um rol de produtos subsidiados pelo governo, utilizando ou no sistema de copagamento. O PFPB est dividido em trs vertentes: (a) no setor pblico, chamada Rede Prpria; (b) expanso em 2006, com o comrcio farmacutico denominado "Aqui Tem Farmcia Popular" (ATFP) e; (c) iseno de copagamento, em 2011, em todas as farmcias no mbito do Programa, para anti-hipertensivos, antidiabticos e antiasmticos. Este estudo examinou o modelo de proviso de medicamentos na verso ATFP, comparando-o ao tradicionalmente praticado na Secretaria Municipal de Sade do Rio de Janeiro (SMS-Rio), com vistas a avaliar seus custos para os setores pblicos envolvidos. Foram levantados os gastos do Ministrio da Sade (MS) com pagamentos no Programa ATFP em fontes secundrias, como o Fundo Nacional de Sade e a Sala de Apoio Gesto Estratgica, de 2006 a 2012. Dados sobre o volume de pagamentos por medicamentos, perfil dos usurios atendidos e unidades farmacotcnicas (UF) dispensadas foram mapeados por contato direto com o Sistema Eletrnico do Servio de Informaes ao Cidado. Estimativas dos custos da SMS-Rio, com aquisio, logstica e dispensao de 25 medicamentos, restritas ao ano de 2012, foram realizadas. No perodo ocorreu forte expanso do Programa ATFP, tanto de unidades credenciadas, como de municpios cobertos, de 750% e 528%, respectivamente. Gastos federais com medicamentos no ATFP foram de aproximadamente R$ 3,4 bilhes, em valores ajustados para 31/12/2012. Houve inverso do fluxo dos pagamentos para entidades com matriz fora das capitais, representando aumento da capilaridade do Programa, e relativa concentrao de pagamentos em grandes redes varejistas. No municpio do Rio de Janeiro, estes gastos foram superiores a R$ 260 milhes e, desde 2008, so maiores que as transferncias do MS para aquisio de medicamentos bsicos. Custos comparativos entre o menor Valor de Referncia (VR) do Programa ATFP, e o custo estimado por UF na SMS-Rio dos medicamentos mostrou-se, na mdia geral, quase 255% vezes maior que o custo municipal. A comparao de custo foi mais favorvel SMS-Rio em 20 dos 25 itens comuns. Simulao considerando a demanda de cada medicamento consumido pela SMS-Rio em 2012 mostrou que, se a municipalidade os adquirisse pelo menor VR, incorreria em mais de R$ 95 milhes no custo global para os mesmos 25 produtos. O programa ministerial representou melhoria no acesso a medicamentos, mas os gastos expressivos repercutem em sua interface com o sistema descentralizado de financiamento da assistncia farmacutica. Alguns dos VR poderiam ser objetos de exame e avaliao, frente aos custos sistematicamente mais favorveis nos valores levantados para a SMS-Rio.
Resumo:
A infeco pulmonar de etiologia bacteriana um dos principais problemas que levam a morbi-mortalidade na fibrose cstica (FC). Staphylococcus aureus se destaca como um dos micro-organismos mais frequentes e com um agravante para a teraputica quando se apresentam resistentes oxacilina (MRSA). Amostras MRSA podem ser classificadas tanto genotipicamente quanto fenotipicamente em MRSA adquiridas na comunidade (CA-MRSA) ou adquiridas no hospital (HA-MRSA). Fenotipicamente, essa classificao muito controversa, podendo se basear em critrios epidemiolgicos ou ainda pelo perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos. Por outro lado, a classificao genotpica consiste na determinao dos cassetes cromossmicos (SCCmec), local de insero do gene mecA (que confere resistncia a meticilina). Atualmente so reconhecidos 11 tipos de SCCmec, sendo os de tipo I ao III e VIII relacionados ao gentipo HA-MRSA e IV ao XI ao gentipo CA-MRSA. Classicamente CA-MRSA capaz de produzir a toxina Panton-Valentine leukocidin (PVL), codificada pelos genes luk-S e luk-F que est associada pneumonia necrotizante e infeces de tecidos moles em pacientes com FC com quadros de exacerbao pulmonar. No Brasil, raros so os trabalhos envolvendo caracterizao de SCCmec em amostras de pacientes com FC. Diante disso, este estudo teve como objetivo principal a caracterizao dos tipos de SCCmec e ainda a determinao do perfil de susceptibilidade a antimicrobianos em uma populao de MRSA recuperada de pacientes com FC assistidos em dois centros de tratamento no Rio de Janeiro, Hospital Universitrio Pedro Ernesto (HUPE) e Instituto Fernandes Figueira (IFF). Foram estudadas 108 amostras de MRSA isoladas do perodo de 2008 a 2010, sendo 94 oriundas de 28 pacientes adultos atendidos no IFF e 14 de 2 pacientes adultos atendidos no HUPE. Foram encontradas altas taxas de resistncia para os antimicrobianos oxacilina, cefoxitina e eritromicina. Todas as amostras foram sensveis vancomicina e a linezolida quando determinada as Concentraes Inibitrias Mnimas (CIM). Atravs da tcnica de PCR foi possvel a tipificao dos SCCmec em 82,4% das amostras, sendo 64% destas compatveis ao gentipo CA-MRSA. No houve diferena estatstica nas taxas de susceptibilidade aos antimicrobianos entre as amostras CA-MRSA e HA-MRSA. Foram encontrados os SCCmec dos tipos I, III, IV e V, sendo os tipos I e IV os mais frequentes. O gene que codifica a toxina PVL foi encontrado em 34,2% das amostras e foi observado em amostras CA-MRSA e HA-MRSA. Nosso estudo se destaca por apresentar um alto percentual de amostras CA-MRSA e ainda por ser o primeiro do pas a detectar a presena do gene que codifica a toxina PVL em pacientes com FC. Alm disso, de forma indita na literatura, encontramos o gene luk-S, em amostras classificadas como HA-MRSA em pacientes com FC. Os poucos estudos nacionais, bem como as diferenas encontradas entre trabalhos, refletem a necessidade de conhecimento mais aprimorado do MRSA envolvido nas infeces pulmonares dos pacientes com FC.
Resumo:
As infeces em cirurgia cardaca ainda apresentam um cenrio importante nas infeces associadas assistncia a sade (IAAS), favorecendo ao paciente aquisio de infeces por micro-organimos multirreristentes. Este trabalho teve como objetivo avaliar o perfil de resistncia a antimicrobianos, verificar a presena de genes que codificam as enzimas dos tipos oxacilinases e metalo-beta-lactamases e descrever as caractersticas demogrficas e clnicas dos pacientes colonziados/infectados por Acinetobacter spp. e P.aeruginosa internados no Centro de Terapia Intensiva Cardaca do HUPE no perodo de 2005 a 2010. A maioria das 46 amostras de Acinetobacter spp e das 35 de P.aeruginosa foram de origem respiratria seguido de sangue. A maioria das amostras de A. baumannii apresentou altos percentuais de resistncia a: ceftazidina, cefepime, piperacilina-sulbactam, ciprofloxacin, ceftriaxona e CIM ≥32 μg/mL para os carbapenmicos. Uma amostra foi resistente a Polimixina B. O gene blaOXA-23 foi detectado em 65% das amostras e uma amostra apresentou o gene blaOXA-24. No foram detectados os genes blaOXA-58-like e blaOXA-143. Para P. aeruginosa os percentuais de resistncia para todos os antimicrobianos foram inferiores a 32%. Quatro amostras apresentaram resistncia intermediria a polimixina B e nenhum gene de resistncia foi detectado. Os pronturios dos pacientes foram analisados a fim de associar as caractersticas clnicas com os processos infecciosos identificados e seu desfecho clnico. Na anlise por tipo de micro-organismo associado ao processo infeccioso idade acima de 70 anos, DM e uso da ventilao mecnica por tempo prolongado foi maior no grupo dos pacientes que apresentaram infeco por P.aeruginosa. O IAM, a ICC em internaes anteriores e suas complicaes (choque cardiognico e arritmia) tiveram impacto na mortalidade na srie de pacientes (p<0,05). A insuficincia renal entre todas as comorbidades foi nica que teve associao com a mortalidade (OR= 8,3). No houve associao entre a mortalidade e o micro-organismo que causou a infeco (Acinetobacter spp. p=0,3 e P.aeruginosa p=0,2) ou a resistncia a carbapenmicos (p=0,5). Foram observados dois casos de mediastinte por Acinetobacter spp. e dois por P. aeruginosa sendo um achado indito no Brasil at o momento.
Resumo:
Instituies de Ensino Superior (IES) que realizam atividades de ensino e pesquisa em Qumica, em geral so potenciais reas de risco de acidentes, uma vez que utilizam substncias qumicas perigosas em seus processos de ensino e pesquisa. Esta pesquisa se justifica em face da existncia de substncias de natureza qumica e biolgica as quais possuem riscos sade e ao meio ambiente e de alguns acidentes j ocorridos em diversas IES no Brasil e exterior. O objetivo da pesquisa foi elaborar diretrizes para a gesto de emergncias em acidentes qumicos que possam ser aplicadas nos laboratrios de um Instituto de Qumica de uma Universidade Pblica do Estado do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo exploratrio e descritivo, aplicado a um caso estudado, de uma emergncia. Realizou-se de reviso em literatura especializada, visitas aos laboratrios, registros fotogrficos e entrevistas dirigidas a funcionrios, tcnicos e professores do IQ. A metodologia de avaliao de vulnerabilidade baseou-se no mtodo dos cinco passos da Federal Emergency Management Agency. O estudo de caso mostrou que o Instituto de Qumica no possui uma Gesto de Emergncias Qumicas, com ausncia de brigada de incndio e o no cumprimento de normas tcnicas e regulamentares. Apesar disso, existem laboratrios que possuem um perfil satisfatrio quanto segurana e sade. O estudo mostrou tambm que a metodologia de Anlise de Vulnerabilidade uma boa ferramenta para elaborao de diretrizes voltadas para um Plano de Emergncia, quando conduzida por equipe especializada.