304 resultados para Mattos, Glauco, 1951 Crítica e interpretação
Resumo:
Este trabalho busca principalmente reconhecer o que considera ser a dimenso sistemtica do pensamento de Paul Ricoeur, fundada, como se acredita, na concepo da conscincia como tarefa. Procura outrossim compreender os pressupostos ontolgicos e metodolgicos de seu pensamento. Pretende mostrar tambm que, ao perseguir uma simblica dos sentidos mltiplos, a reflexo concreta de Ricoeur integra, a partir do que ele chama dom da linguagem, o logos filosfico, a episteme que virou cincia e a riqueza pr-filosfica do smbolo. Sua hermenutica filosfica busca a compreenso do si, da reflexo sobre si mesmo, atravs da interpretação aplicada sobre os signos e smbolos de uma conscincia que no se sabe no princpio, mas ao cabo do desvio de suas obras e de seus atos. A reflexo a reapropriao daquilo que se a partir do que dito a si mesmo pelos signos e smbolos da cultura e das tradies. Paul Ricoeur apresentado ainda como crtico da conscincia imediata e narcsica. Ele constri seu percurso intelectual de sorte a arbitrar o conflito das diversas interpretaes que versam sobre o simbolismo humano. Este trabalho procura mostrar finalmente que o filsofo prope de fato um novo percurso para a reflexo, atravs de uma dmarche em dois tempos, em que o pensamento reflexivo se desapossa do imediatismo da conscincia falsa e comum, para posteriormente se reapropriar das significaes mais profundas manifestadas em nosso esforo para existir e nutridas pelo nosso desejo de ser. Eis a trajetria histrica e exemplar que esta dissertao busca evidenciar.
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A pesquisa Educao Emancipatria Crítica: Um Ensaio Sobre Fetiche Tecnolgico na Prxis Docente questiona o quanto a prtica da formao emancipatria crítica pode ser sufocada como crena s argumentaes do modelo educacional capitalista ou como modelo emancipatrio de comportamento reflexivo e crtico na formao humana. A questo est centrada na relao que se estabelece entre os temas Educao e Tecnologia sob a tica da Educao Emancipatria Crítica Reflexiva e o Fetiche Tecnolgico. As razes que levaram a desenvolver esta pesquisa fazem parte da uma experincia esttica, que se distingue de outras baseadas na educao emancipatria, pois propiciada dentro de realidades combinadas do conhecimento, estabelecidas pela prxis social e pela docncia. O que passa assim a agregar a necessidade de aprofundamento da educao emancipatria crítica em um cenrio de relaes de conflitos de poder na sociedade, tendo como pano de fundo a barbrie no processo de acumulao capitalista e o que esta legitima. Neste sentido, a relao entre Educao Emancipatria Crítica Reflexiva e o Fetiche Tecnolgico passa a ser entendida como poltica estratgica, principalmente por permitir a reflexo crítica e abrir perspectivas, com limites e possibilidades pela trajetria da tecnologia no que desenvolvido nesta pesquisa como cultura digital. A metodologia da autorreflexo baseia-se em Adorno, sob a prxis social e docente em um percurso pela Extenso Universitria na UFRJ, realizada desde 1987, com aes em territrios de exceo nas escolas pblicas ou nos centros comunitrios. No se pretende buscar concluses que possuam o cunho do determinismo cientfico como causa e efeito, mas sim, emergir reflexes que apontam a necessidade estratgica do empoderamento tecnolgico.
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O objetivo deste trabalho apresentar o contemporneo movimento sociopoltico do Decrescimento, partindo das ideias inaugurais de Serge Latouche, economista e filsofo francs responsvel pela criao deste termo, sua historicidade, premissas de anlise, e novas formas de subjetivao que prope, cuja argumentao se sustenta e deriva tambm, dentre outros autores - como Castoriadis, Gorz e Mszros - da tese de David Harvey que estabelece que desenvolvimento no o mesmo que crescimento, e que possvel promover desenvolvimento nas dimenses das relaes pessoais, sociais do cotidiano e das relaes com o meio ambiente sem as orientaes que favoream o capital e sua mxima de acumulao. Trata-se, segundo os autores, de um movimento anticapitalista que busca denunciar questes críticas contemporneas e contradies e crises do capitalismo, apontando um conjunto de passos a serem dados para o lado de fora desta lgica que valoriza e incentiva o desejo e a necessidade do excesso. Em dilogo pleno com a tica e seus mais recentes estudos, nos quais desponta a autora Victoria Camps, o Decrescimento se preocupa com as escolhas do indivduo, com o que as mobiliza e com as maneiras pelas quais devemos viver. Segundo esta autora o reconhecimento em torno de nossa no autossuficincia faz com que nos percebamos vulnerveis e o esprito do que a maioria dos autores do Decrescimento chama de esprito do Dom do Decrescimento e de a Economia da Felicidade dialoga diretamente com a busca do homem por governar estas vulnerabilidades, compreender suas virtudes, desenvolv-las e praticar o bem e seu senso coletivo. Sua contribuio por sua vez para a construo contnua e transformadora de uma Psicologia Social Crítica deve-se busca por um novo sujeito, e cuja subjetividade possa ser ressignificada e emancipada, neste exerccio alguns conceitos nos foram muito caros, como por exemplo, o conceito de liberdade. Discutiu-se o Decrescimento destacando suas viabilidades prticas, importncia, dimenses planetrias e aquilo que particularmente mais me chamou ateno em relao ao movimento a partir de minha prpria experincia na 3 Conferncia Internacional do Decrescimento que ocorreu em Veneza em setembro de 2012. A espinha dorsal deste trabalho foi o prprio discurso do Decrescimento e o discurso construdo em torno dele, e suas vozes que foram dispostas e organizadas em anlise nesta pesquisa em forma de interlocuo e dilogos abertos, interdisciplinares, tericos e prticos. A interlocuo foi exerccio metodolgico capaz de reunir as vozes do Decrescimento e transport-las para dentro do texto desta pesquisa, sendo a prpria pesquisa em si, pelo dar a conhecer deste sujeito e que pode ser outro e mediar sua existncia com o mundo de outras maneiras, e pelo dar a conhecer em torno do prprio movimento, e sobre o qual no se pretende concluses, pois no se trata de encerrar a discusso trata-se de valoriz-la por ela mesma e potencializar possibilidades dialticas, críticas e reflexivas, ficando, portanto ao leitor o convite a problematizar-se diante das questes aqui destacadas, em busca de si, para si e pelas alternativas existenciais mais diversas, dentre elas, o Decrescimento.
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A dissertao baseia-se na Teoria do Desenvolvimento Geogrfico Desigual, fruto das elucubraes e da insero do vis marxista no mbito da Geografia Crítica ou Radical, que desvelar a produo das diferenciaes espaciais concernente ao espao urbano. Apoiado nessa base terica objetiva-se desvelar a produo do espao desigual no bairro de Campo Grande, Rio de Janeiro, com foco nas Zonas Residenciais 3 e 4, pela leitura das polticas urbanas estatais, que fragmentam e restringem o acesso aos diferentes espaos do bairro, estabelecidas e influenciadas pelo neoliberalismo no momento atual da integrao e acumulao do sistema poltico-econmico mundial estabelecido como Globalizao. Ainda, verifica-se a influncia dos agentes privados na formulao de tais polticas e na apropriao e produo do espao.
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Neste trabalho foram analisadas e comparadas as principais teorias da conduta. Com isso buscou-se no apenas aprofundar um debate frequentemente mediado pelos manuais, mas tambm, por meio do recurso aos aportes crticos da bibliografia latino-americana, verificar se a concepo ontolgica de conduta de fato a mais limitadora ao poder punitivo. Parte do eixo analtico deste trabalho passa pelo estudo da articulao entre o respeito estrutura lgico-objetiva da conduta humana como base de sucessivas valoraes e a funo limitadora da conduta. Com isso, pretende-se debater se a minimizao dessa estrutura lgico-objetiva, acarretando a um acrscimo potencial de uma normativizao do direito penal, representaria uma maior exposio do sujeito ao poder punitivo. A partir do conceito de praxis, como desenvolvido por Lukcs, busca-se paralelamente uma base filosfica que no se esgote na compartimentalizao jurdica. Trata-se de uma corrente que reivindica criticamente a herana terica das principais contribuies filosficas ocidentais, desde proposies aristotlicas, passando pelos conceitos hegelianos, chegando ao debate sobre objetificao hegeliano-marxista.
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O projeto de Estaes de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEIs) deve objetivar um desempenho mdio, o qual no pode ser ultrapassado certo nmero de vezes durante seu tempo operacional. Este trabalho prope a aplicao da metodologia conhecida como Coeficiente de Confiabilidade (CDC) para quantificao da confiabilidade das etapas de tratamento fsico (Separao gualeo SAO e flotao) e biolgico (lodos ativados com aerao prolongada), considerando efluente oleoso proveniente de refino de petrleo. Tal metodologia, entretanto, no possibilita a identificao das provveis causas do baixo desempenho na tratabilidade. Por isso tambm proposta a aplicao da ferramenta de gesto riscos conhecida como FMECA (Failure Modes, Effects and Criticality Analysis), que permite a quantificao das observaes qualitativas de campo, tornando os valores comparveis para definir a hierarquizao dos riscos e criticidade das etapas de tratamento estudadas. A etapa biolgica para o parmetro NH3 apresentou a maior confiabilidade, ainda que a anlise de risco tenha apontado esta etapa como mais crítica. Ou seja, um sistema confivel no necessariamente apresenta menor criticidade, pois uma m gesto implicar em possveis infraes s metas pr-fixadas ou prpria legislao ambiental.
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O presente estudo tem como objetivo desenvolver uma reflexo sobre o uso dos indicadores sociais sintticos no sentido de formular e implementar polticas pblicas na rea social, especificamente em relao ao caso brasileiro, tomando como referncia principal o ndice de Desenvolvimento Humano (IDH). Nossa anlise partiu da premissa de que, pelos menos nas ltimas trs dcadas, os indicadores sociais tm sido amplamente utilizados no Brasil com o objetivo de justificar e orientar aes pblicas direcionadas para as tentativas de equacionamento das mais variadas questes sociais, tais como a pobreza e a concentrao de renda. Principalmente a partir dos anos 1990 os dados e apontamentos de alguns indicadores sociais sintticos, especialmente o IDH, parecem que vm sendo utilizados como justificativa principal ou at mesmo nica para a priorizao de determinadas polticas pblicas voltadas para a rea social. A partir dessa reflexo, nossa anlise buscou avaliar, com um olhar mais apurado sobre o IDH, a existncia de falhas e limites inerentes aos indicadores sintticos, que poderiam estar comprometendo sua eficcia no sentido de refletir dados mais aproximados com a realidade social brasileira. Assim, pretendemos apontar que a prtica de priorizao de polticas a partir dos dados desses indicadores sintticos, que parece ser constante no Brasil, acaba se tornando bastante preocupante ou, algumas vezes, talvez inadequada. Do ponto de vista metodolgico, este estudo dependeu basicamente de uma pesquisa bibliogrfica e de uma pesquisa documental, a partir das quais decompomos nossas anlises em reflexes sobre a formao e evoluo dos indicadores sociais, sobre os aspectos filosficos e metodolgicos do IDH e sobre as possveis falhas e limites inerentes aos indicadores, com base na anlise do IDH e dos ndices parciais que o compem (ndices de Renda, Educao e Longevidade). A seguir, para mostrar que a prtica de priorizao de polticas sociais a partir de indicadores parece constante no Brasil, ilustramos os casos selecionados de determinados estados e municpios brasileiros.
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O objetivo da nossa investigao a ideia de identidade, a partir do lugar central que ocupa nas discusses sobre a experincia subjetiva na contemporaneidade. Partindo inicialmente das formulaes de Giddens em torno da identidade como narrativa do eu, procuramos indicar os vnculos entre tal noo e o que chamamos racionalidade moderna, destacando assim a prpria identidade como ideia especificamente moderna e vinculada a determinadas categorias fundamentais ao pensamento ocidental a partir do sculo XVIII, como indivduo e estado-nao. Nesse percurso, introduzimos ainda uma discusso sobre a vinculao no modelo identitrio, entre a afirmao de si e a sujeio s instncias de poder e soberania. Em seguida, trabalhamos com a ideia de initeligvel, que parece percorrer de modo fundamental a lgica identitria interrogando o seu poder mortfero frente ao que, sendo estrangeiro, e escapando aos padres de inteligibilidade dessa racionalidade moderna, se apresenta como impossvel de ser absorvido pelo sistema e pelos identitrios vigentes. A partir dais, procuramos vislumbrar modos alternativos para a enunciao de si, fora de uma lgica identitria e no submetidos a essa racionalidade moderna. Para isso, recorremos sobretudo ao pensamento de Freud em torno das categorias de desejo e fantasia.
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O presente estudo traz para discusso as aes educativas destinadas aos trabalhadores, no mbito do licenciamento ambiental das atividades de perfurao e explorao de petrleo e gs offshore - luz dos referenciais terico metodolgicos de uma Educao Ambiental (EA) crítica. Muito embora as pesquisas em EA no Brasil tenham alcanado um elevado grau de maturidade, produzindo reflexes profcuas e embasando a elaborao tanto de diretrizes quanto instrues normativas; ainda hoje, importantes eixos de atuao e pblicos de interesse especficos - a exemplo de trabalhadores alocados em unidades de perfurao, produo e embarcaes de apoio - carecem de uma reflexo aprofundada que questione tanto o substrato epistemolgico empregado quanto o tipo de prxis educativa que vem sendo construda. Neste sentido o estudo analisa o Projeto de Educao Ambiental dos Trabalhadores (PEAT) elaborado por duas grandes empresas de consultoria, sediadas no Rio de Janeiro, com o objetivo de avaliar em que medida seus projetos pedaggicos incorporam os princpios da EA institudos pela Poltica Nacional de Educao Ambiental. Ademais so observados os pontos crticos (contradies) para a operacionalizao do Projeto e o embate entre discursos antagnicos, que buscam a hegemonia material e simblica do campo da EA, tomando por base a anlise de discurso a partir de entrevistas realizadas com os principais atores envolvidos na elaborao do PEAT: empreendedor-consultoria-rgo ambiental. Como resultado observamos: (i) uma deficincia (por parte das consultorias) em incorporar os fundamentos tericos da EA ao PEAT submetido para aprovao do rgo ambiental licenciador; (ii) uma inadequao das concepes metodolgicas do PEAT, com consequentes advertncias por parte do rgo ambiental e (iii) o engendramento de uma situao de incoerncia na qual o rgo ambiental licenciador aprova um documento escrito (PEAT submetido) e desaprova as prticas educativas por este desencadeadas.
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Esta dissertao tem como tema o processo de expropriao da terra e de explorao da fora de trabalho enquanto estratgia de acumulao de capital. Tomando por base a apropriao da dinmica de produo do espao e de (re)produo das relaes sociais pelo circuito de valorizao do capital, tem como objetivo analisar as particularidades do processo de monopolizao da terra no espao urbano a partir da implementao da Operao Urbana Consorciada do Porto, tambm conhecida como Porto Maravilha. Os resultados dessa pesquisa demonstram que, dada a forma como foi implementada e considerando a modelagem financeira que lhe d sustentao, a Operao Urbana Consorciada do Porto exemplo de uma das estratgias do capital para superar suas crises internas via apropriao do espao. Sendo assim, consideramos que essa operao urbana refora o processo civilizatrio do capital que, neste caso, se realiza por meio da acumulao por espoliao, do ajuste espacial, do empreendedorismo urbano, do controle e monopolizao da terra para obteno de renda capitalizada, e do uso do fundo pblico para se consolidar.
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A presente dissertao prope analisar o perigo como fundamento de punibilidade de condutas humanas e suas reverberaes no campo dogmtico para comprovar a tese de sua progressiva perda de materialidade na dogmtica penal hodierna. Para tanto se adotou como principais linhas de anlise os institutos da tentativa, da teoria do bem jurdico e da estrutura dos crimes de perigo. Inicialmente, objetivando pontuar o local da fala e das críticas que se direcionam as construes atuais, problematizou-se a prpria concepo dogmtica optando por um paradigma de conteno do poder punitivo como decorrncia da deslegitimao da pena j denunciada pela criminologia crítica, negando, portanto, qualquer funo tutelar no direito penal ou desnecessidade de ofensividade na estrutura tpica. Por fim, como marco terico possvel de anlise da mutao que se observa no desenvolver histrico, apontam-se as tendncias poltico-criminais atuariais no mbito da dogmtica penal, como uma vertente de legitimao (simblica) da opo poltica hodierna pelo Estado Penal.
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O presente trabalho tem por objetivo analisar o controle judicial sobre as leis de incidncia tributria, criticando a postura ativista e prestigiando a interpretação da Constituio pelo Legislativo. Ao longo da histria da jurisdio constitucional brasileira, diversos fatores contriburam para o fortalecimento do Judicirio em relao aos demais poderes: o constitucionalismo, com o reconhecimento da fora normativa da Constituio, a doutrina da tipicidade fechada em Direito Tributrio, a natureza de regra definitiva das normas de repartio de competncia tributria, a vagueza da linguagem constitucional, entre outros. Como consequncia, comum que o Supremo Tribunal Federal declare a inconstitucionalidade de leis com base em concepes formadas jurisprudencialmente, como se o Sistema Tributrio Nacional estivesse completamente encerrado na Constituio, e no fosse tambm construdo pela lei. Sero apresentadas algumas alternativas para essa postura, tais como: a teoria dos dilogos constitucionais, a autoconteno judicial, a adoo de pluralidade metodolgica no lugar de critrios apriorsticos de interpretação, a adoo de conceitos constitucionais dotados de ncleos semnticos rodeados de outros possveis contedos marginais, e o reconhecimento do papel criativo e decisrio da discricionariedade legislativa na interpretação das normas constitucionais de competncia.
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A popularizao da Internet nos ltimos anos parte de diversas transformaes no mbito das comunicaes humanas. Essas transformaes tambm esto presentes na educao; e tanto instituies como seus profissionais vem buscando se atualizar em relaes s inovaes tcnicas dos ltimos tempos. Professores de Histria tambm integram esse quadro e foi percebida a presena de inmeros deles na rede mundial de computadores. Uma dessas expresses se d atravs da criao de blogs pessoais. Entendendo a utilizao desta ferramenta como potencial para diversas reconfiguraes na educao, esta pesquisa investigou como professores de Histria constroem suas prticas pedaggicas na rede. Para fundamentar a reflexo terico-metodolgica, foram utilizadas algumas das produes de Walter Benjamin, Guy Debord, Eni Orlandi e Norman Fairclough. Como metodologia de pesquisa, foi realizado um mapeamento de 122 blogs de professores de Histria da Educao Bsica. Buscando um dilogo com o chamado mtodo das constelaes de Walter Benjamin (2006), foi construda uma constelao com os blogs mapeados e posteriormente, desenvolvida uma anlise com contribuies da Anlise Crítica do Discurso.
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O ensino de Geografia defrontase com inmeros desafios no que compete formao de cidados com efetiva atuao social. Neste estudo, apontase, como um destes desafios, o raciocnio espacial, tendo como ponto de partida a compreenso multiescalar e multifacetada da questo ambiental por meio do reconhecimento dos diversos discursos e significados que permeiam essa questo. A mdia constituise, nos ltimos tempos, em expressiva instncia para a produo de sentidos e de representaes acerca do que vem a constituir esse debate, tendo o docente um papel indispensvel na mediao da prtica educativa e na problematizao dos processos que se pretendem hegemnicos. Considerando essas questes, este estudo discute o movimento a ser estabelecido da crítica relao sociedadenatureza no ensino de Geografia crítica da questo ambiental apresentada pela mdia. Para tal, desenvolveuse uma metodologia de pesquisa que, envolvendo professores e alunos, buscou confrontar as concepes e prticas enunciadas como as responsveis pelo debate ambiental em sala de aula com a questo ambiental difundida pela mdia, sendo observados como principais aspectos: a persistente dicotomia sociedade versus natureza como a principal responsvel pela dificuldade de professores e alunos na anlise da questo ambiental; o no reconhecimento, por parte dos professores, de que essa dicotomia ainda se faz latente no pensar e no fazer geogrfico na escola; a carncia de uma mediao pedaggica entre o material da mdia e o conhecimento geogrfico incorrendo na no problematizao de importantes elementos concernentes questo ambiental; as informaes ambientais da mdia tmse sobreposto ao conhecimento geogrfico do ambiente a ser pautado na relao sociedadenatureza; o reprodutivismo dos discursos e representaes mediticos sobre a natureza, o ambiente e o espao pelos alunos. Portanto, a partir dessas constataes, concluise que as percepes da questo ambiental, deslocadas da compreenso analtica e crítica da relao sociedadenatureza na contemporaneidade, podem conduzir a interpretaes fragmentrias e simplificadoras do espao. Como contrapontos a essa perspectiva, so apresentados aspectos das teorias da complexidade (Edgar Morin) e da totalidade (na concepo geogrfica de Milton Santos) como importantes alternativas analticas para o combate da viso dicotmica homem (sociedade) versus meio (natureza) e, por conseguinte, para o fortalecimento da compreenso do espao enquanto uma totalidade dialtica.
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A partir do final da dcada de 1960, no mundo e no Brasil, o fenmeno de crítica sociopoltica com arte tem se desenvolvido expressivamente e apresentado um considervel conjunto em termos de quantidade, mas tambm de qualidade de produes. De meados da dcada de 1990 at a presente data, esse fenmeno se apresenta de maneira mais acelerada, e em torno de coletivizaes artsticas. Tais coletivizaes caracterizam-se por desenvolver ainda mais as aproximaes entre a arte, o sociopoltico e o cultural, e tambm por revelar lugares outros para o desenvolvimento de expresses artsticas e de formas variadas de atuao artstica no e sobre o espao pblico no sentido de subverso e de crítica sobre os sistemas sociais. A presente dissertao observa o desenvolvimento do fenmeno em suas diferentes nuances ao longo do tempo, bem como faz uma anlise apreciativa e investigativa sobre algumas obras individuais e de coletivos. Visa apontar e percorrer as diferentes produes artsticas presente e passado aqui elencadas, dado que incorporam uma visada de crítica sociopoltica com arte, o que nos possibilita observar a potncia da arte para tratar questes que emergem dos ambientes sociopoltico e cultural; sua reincidncia, variedade, conexes e diferenas