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As prticas de cuidado em fisioterapia, em muitas situaes, resgatam a funo do fisioterapeuta de executor de tcnicas que lhe era atribuda nos primrdios da profisso. Ao exercer essa funo meramente tcnica, muitas vezes deixando-se substituir pelo equipamento nas suas aes, o profissional compromete o estabelecimento do vnculo terapeuta-paciente, contribuindo para o esvaziamento do encontro em sade. Nessas situaes, predomina o xito tcnico (a eficincia na realizao do procedimento) sobre o sucesso prtico (os benefcios trazidos para vida das pessoas). Para que o sucesso prtico seja atingido, fundamental que haja o questionamento sobre o que sonham as pessoas, profissionais e pacientes, para as suas vidas e para a sade, quais so suas perspectivas e projetos de vida, seus projetos de felicidade. Nesse sentido, imprescindvel considerar, tambm, os projetos de felicidade dos profissionais da sade enquanto sujeitos desse encontro. Afinal, a partir deles que o profissional elabora o seu projeto de cuidado para cada paciente. Assim, esse trabalho buscou compreender os elementos que configuram a construo de projetos de cuidado em fisioterapia a partir da reflexo dos prprios fisioterapeutas. Para tanto, utilizou-se a metodologia qualitativa de pesquisa por meio de entrevistas semi-estruturadas para que fossem produzidas narrativas da histria de vida do trabalho. Os discursos foram analisados integralmente e a categorizao foi feita em trs sub-temas: exerccio profissional, relao com os pacientes e reflexes. Foi possvel perceber que muitos dos arranjos de trabalho estabelecidos visam coibir o vnculo profissional-paciente, transformando-o em valor de troca e mercantilizando a relao teraputica. Expropriada do vnculo, a prtica se resume realizao de procedimentos independentes de sua finalidade, minando as possibilidades de sucesso prtico. Nesse caso, no a tecnologia que gera o afastamento e a mecanizao, mas so as estratgias de mercantilizao do cuidado fisioterpico. Essa situao s pode ocorrer por um processo de subordinao do profissional e seu saber, o que est fortemente associado a condies de trabalho exploratrias. Podemos dizer que a mercantilizao do cuidado facilita a restrio sobre as condies de trabalho e tambm fruto dela. O problema que essa restrio vista pelos profissionais como no definitiva, mas como um caminho para se alcanar reconhecimento na busca pelo exerccio liberal da fisioterapia. A inteno desse estudo no foi traar um plano normativo de conduta para a profisso, mas imaginamos que o equacionamento dessas questes passa necessariamente pelo reconhecimento, pelas inquietaes e indignaes com o problema. O que se espera, portanto, facilitar esse processo de desconforto por meio da proximidade dessas questes trazidas pelas narrativas.

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O presente trabalho se prope fazer uma aproximao aos estudos sobre a tradicionalmente chamada Feira de So Cristvo, levando em considerao a relao entre os agentes partcipes e a dinmica no espao. O objetivo compreender melhor a fora que move os atores no sentido da mudana da forma da feira para a forma do Centro Luiz Gonzaga de Tradies Nordestinas (CLGTN), e assim me aproximar da seguinte questo: Por que uma forma de comrcio como a modelada na Feira de So Cristvo, popularmente conhecida como feira dos parabas, sobrevive fora das mudanas operadas no ramo, dando lugar aos sofistificados shopping-centers? Para isso, fao uma aproximao ao estado de arte da pesquisa na rea com base nas seguintes categorias de anlise: a Feira como forma de produo do espao e a relao Forma-Contedo, a relao espao-identidade na feira e a relao entre agentes internos e externos no Espao. Vendo a migrao como movimento responsvel pela constituio de um espao social e territorialmente diferenciado do nordestino na cidade do Rio de Janeiro, por ela que inicio a exposio. Esta se continua com a anlise dos trabalhos escolhidos para estudo, via as categorias indicadas e, com um captulo no qual procuro repensar a feira a partir da relao global-local que vem referenciando as reflexes acumuladas na rea do urbano a partir da segunda metade do sculo XX. Por fim, concluo observando que a permanncia da feira se deve a um duplo movimento de resistncia-absoro que, se redefinindo no tempo e no espao, no consegue, entretanto, apagar os traos da tradio que lhe deu origem.

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No h duvidas sobre a grandeza e intensidade que pode existir no relacionamento entre me e filho, porm, quando esse recm nascido um beb prematuro e/ou necessita de hospitalizao em uma Unidade de Terapia Intensivo Neonatal (UTIN) pode haver um pode haver um choque, uma grande decepo, pois essa me no poder interagir de forma plena com seu filho, no poder amamentar e nem cuidar dele da forma habitual que se espera. Neste sentido, esse estudo prope uma reflexo sobre a atuao do enfermeiro quanto relao me/recm-nascido na UTIN. Assim sendo, tem-se como objeto A vivncia do enfermeiro na construo/desenvolvimento da relao me/recm-nascido na UTIN. E como objetivo Compreender o significado da ao do enfermeiro na aproximao me/recm-nascido. Para o embasamento terico foi necessrio pensar sobre a prtica do enfermeiro na UTIN, no que diz respeito a sua assistncia, o processo de humanizao neste ambiente e na insero da famlia nos cuidados. Outro conceito fundamental discutido foi a interao, destacando o pensamento fenomenolgico de Alfred Schutz. Estudo do tipo descritivo, desenvolvido com abordagem qualitativa e o referencial terico-metodolgico da fenomenologia. O cenrio para sua realizao foi a UTIN de um grande hospital da rede pblica, localizado no subrbio da cidade do Rio de Janeiro e foram sujeitos 16 enfermeiros lotados nesta unidade. A entrevista fenomenolgica foi a tcnica utilizada para captar as vivncias profissionais e em seguida realizou-se a anlise compreensiva tendo em vista a categorizao. Como resultado chegou-se a 3 categorias do vivido; (1) ambientar as mes na UTIN: o comeo da relao,(2) aproximar atravs do toque: usando os sentidos para se relacionar e (3) melhorar a relao entre me/recm-nascido: pensando no futuro. Alm dessas categorias foi possvel a apreenso do contexto vivencial das experincias dos enfermeiros no relacionamento com as mes de recm-nascidos na UTIN. Conclui-se que os enfermeiros que trabalham em UTIN tm a percepo de quo fundamental promover a aproximao entre me e filho nesse ambiente. Contudo, essa ao ainda acontece de forma intuitiva, sem nenhum embasamento, e ainda muitas vezes desprestigiada em detrimento da grande carga de trabalho deste setor, ou a gravidade do recm-nascido. preciso que haja um maior engajamento por parte dos enfermeiros, em aprimorar as estratgias de aproximao entre me e recm-nascido, visando sempre um relacionamento mais saudvel e harmonioso no futuro. Deste modo, o estudo contribui para enriquecer esta temtica e despertar nos enfermeiros neonatologistas um olhar que compreenda no s os aspectos biolgicos, mas tambm os psicossocias e torne, assim, a assistncia ao recm nascido e sua famlia mais plena.

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Trata-se de um estudo do tipo qualitativo, sobre as aes experienciadas pela equipe de enfermagem no cotidiano da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal), tendo como objetivo apreender os aspectos ticos implcitos nas aes experienciadas pelos profissionais de enfermagem ao cuidar do recm-nascido (RN). Foram utilizados como referencial terico-filosfico alguns autores renomados como: Mehry, Pegoraro, Pessini, entre outros. A abordagem metodolgica aplicada no estudo foi a fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz, buscando, na intencionalidade das aes de enfermagem, a motivao que sustenta este cuidar. A aproximao face a face aos sujeitos do estudo deu-se solicitando o seguinte: Fale-me sobre a sua experincia ao cuidar de um RN no cotidiano da UTI. Para alcanar o objetivo proposto, utilizei as questes orientadoras da entrevista fenomenolgica: O que voc tem em vista ao cuidar do RN na UTI? Em relao tica, o que voc pensa ao cuidar do RN? As entrevistas foram realizadas com 16 profissionais da equipe de enfermagem da UTI de uma Maternidade Pblica do Municpio do Rio de Janeiro, escolhidos de forma aleatria. Foram respeitados os critrios estabelecidos pela Resoluo n 196/96, garantindo a privacidade e o anonimato dos entrevistados, bem como aprovao do estudo pelo comit de tica em pesquisa. A partir da anlise das falas emergiram trs categorias, que possibilitaram a apreenso dos aspectos ticos das aes de enfermagem na UTI como um tpico. Esses profissionais tm em vista realizar o melhor cuidado desejando a cura e a alta do RN, apoiando-se na tecnologia para valorizar a perspectiva humana do cuidado na UTI e na possibilidade de agir com tica. Na realidade pesquisada, a tecnologia manifestou-se de maneira positiva no projeto intencional dos profissionais, mostrando uma enfermagem que acredita estar fazendo o seu melhor, envolvida com as questes ticas e humanas. A apreenso do tpico da ao e compreenso do cotidiano da equipe de enfermagem permitir uma avaliao crtica e reflexiva sobre a adequao da tecnologia no cuidado neonatal, bem como a adoo de medidas e estratgias que valorizem e respeitem a vida humana em toda a sua dimenso. Ratifica a sensibilidade, intuio e percepo do cuidador, propiciando um cuidado individualizado e personalizado ao RN e sua famlia. Alm disso, contribui para se repensar novas maneiras de cuidar, utilizando a arte e a criatividade na adequao e humanizao das tecnologias.

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O envelhecimento populacional no Brasil sobreleva a necessidade de organizao de servios de sade, sendo a estimulao do autocuidado uma estratgia privilegiada para orientar programas de promoo da sade para pessoas idosas. Face busca das mais variadas formas de viver bem, abrem-se fronteiras possibilitando o surgimento de modelos de envelhecimento saudvel. Partindo do pressuposto de que as pessoas possuem uma dimenso imaginativa no acrescentar qualidade aos anos de vida, delimitou-se como objeto de estudo o imaginrio de um grupo da terceira idade na construo das aes de autocuidado. Objetivos: descrever a potica sobre as aes de autocuidado construdas por um grupo de pessoas idosas; e analisar os significados (conceitos/confetos) atribudos por essas pessoas ao envelhecer. Utilizou-se como marco referencial a Teoria de Promoo da Sade de Nola Pender. Trata-se de pesquisa descritiva, qualitativa, considerando o paradigma naturalista. Foi aplicado o mtodo sociopotico por meio do dispositivo analtico Grupo Pesquisador, composto por 11 idosos participantes da Unati da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que desenvolveram a investigao no perodo de outubro a dezembro de 2008, mediante as tcnicas de pesquisa: Dinmica de Corpo como Territrio Mnimo e a Vivncia de Lugares Geomticos. Foram questes norteadoras do estudo, respectivamente: Como vocs se cuidam para o caminho do bom envelhecer? E Como o autocuidado para o envelhecer saudvel se ele for um lugar geomtico?. Os dados produzidos foram submetidos anlise categorial, dos estudos sociopoticos. No estudo filosfico, observou-se haver coexistncia da autoimagem realista revelando que os idosos esto mais aptos aos desafios da vida, pois seu comportamento coerente com a ideia que faz de si, alm de intenes, aspiraes e tendncias. O classificatrio ressaltou as dicotomias das aes de autocuidado tendo: O Autocuidado atravs dos Limites e Possibilidades; e Transcender para Experienciar o Dom do Envelhecer; O transversal revelou O Autocuidado como Reconhecimento das Necessidades de Sade, enquanto no surreal sobrelevam-se Aceitar o Novo para um Renascer Saudvel; Perseverana para Conviver com o Envelhecimento; e Procurar Assistncia pode Desvelar Temores para a Finitude do Viver. Conclui-se que a compreenso do imaginrio dos sujeitos de pesquisa mediada pela teoria de Pender permitiu identificar fatores que influenciam e motivam o autocuidado para comportamentos saudveis. Assim, o grupo vislumbra para seu futuro uma imagem de envelhecer mais dinmica, adotando para si prprio um viver mais autnomo, ativo e bem-sucedido. contribuio do estudo, prope-se aos enfermeiros a apropriao de conceitos tericos como forma de traduzir a realidade e demonstrar alternativas viveis de aes de cuidado/sade, bem como a utilizao das prticas de dinmicas de criatividade e sensibilidade nas atividades assistenciais.

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O estudo das dimenses psicossociais do trabalho tem aumentado em importncia nas ltimas dcadas, devido ao novo contexto poltico e econmico mundial de globalizao, que determina mudanas no mundo do trabalho e expe trabalhadores a fatores de risco ocupacional, entre eles o estresse. A categoria profissional do Agente Comunitrio de Sade (ACS), criada no contexto das reformas sanitrias atravessadas pelo Brasil desde a dcada de 80, tem como um dos principais propsitos atuar na reorganizao do sistema de sade do pas. O ACS tem como especificidade e pr-requisitos a necessidade de ser morador da regio atendida pela Equipe de Sade da Famlia, fato este responsvel por um aspecto nico dentro do estudo na rea de sade do trabalhador. Nesse cenrio o enfermeiro exerce papel de liderana e possui uma caracterstica marcante, que a manuteno de constante contato com a comunidade, realizando atividades de grande interao com os ACS, devendo evitar ou minimizar fatores estressores e possveis agravos sade no mbito da Sade do Trabalhador. O presente estudo tem como objeto o trabalho do ACS como gerador de estresse ocupacional no Programa de Sade da Famlia. Tem como objetivo geral discutir o estresse ocupacional na percepo dos ACS no PSF, numa rea Programtica do Municpio do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo descritivo e de abordagem qualitativa. O cenrio do estudo foram Unidades de Sade da Famlia do Municpio do Rio de Janeiro, e os sujeitos 32 ACS inseridos em trs mdulos do PSF. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevistas individuais semi-estruturadas, organizadas e analisadas utilizando a metodologia da Anlise de Contedo, a partir da qual foram identificadas as seguintes categorias: frustrao, trabalho do ACS, representao do trabalho, processo de trabalho, o estresse e relao trabalho x sade. Os resultados identificam o baixo reconhecimento interferindo na produtividade e na auto-estima, excessiva intensidade e ritmo empregados no trabalho, valorizao da burocracia na execuo do trabalho, violncia como fator de insegurana e reconhece a interferncia do estresse na sade tanto fsica quanto psquica. A anlise do trabalho do ACS atuante no PSF aponta aspectos que dificultam sua plena atuao, assim como a prtica estende-se para alm dos conceitos normatizados contidos nas Portarias e outros instrumentos que regulamentam suas atribuies. O trabalho real representa um universo mais complexo e rico do que o trabalho prescrito, que nesse estudo, apresentou-se como fonte geradora de tenso, adoecimento e mal estar, expresso nas vocalizaes de queixas.

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O presente estudo teve como objetivo descrever o contedo das representaes sociais acerca da Aids para os usurios soropositivos em acompanhamento ambulatorial da rede pblica de sade e analisar a interface das representaes sociais da Aids com o cotidiano dos indivduos que vivem com o HIV, especialmente no que concerne sua organizao e ao processo de adeso ao tratamento. Trata-se de um estudo exploratrio-descritivo, pautado na abordagem qualitativa e orientado pela Teoria das Representaes Sociais. Os sujeitos consistiram em 30 usurios em acompanhamento ambulatorial de um Hospital Pblico Municipal localizado na cidade do Rio de Janeiro referenciado para clientes soropositivos ao HIV/Aids. Os dados foram coletados por meio de entrevista e analisados atravs da anlise de contedo. Como resultados, emergiram 6 categorias, quais sejam: Elementos de memria da Ancoragem da Aids na sociedade e o seu processo de transformao, onde foi explicitada a ancoragem da Aids no outro, na frica, no macaco, no homossexual e uma nova ancoragem apresentada consiste na cronicidade do diabetes, deixando a sndrome de ser sinnimo de morte; Transmisso e Preveno da Aids segundo as pessoas que convivem com a sndrome, na qual os sujeitos apresentaram quase todas as formas cientificamente comprovadas quanto aos meios de transmisso do vrus HIV; O cotidiano dos indivduos soropositivos permeado pelo processo de vulnerabilidade ao HIV, no mbito do qual entende-se que o reconhecimento do risco individual frente epidemia ir influenciar, sobretudo, as prticas e os comportamentos das pessoas; Discriminao e ocultamento no conviver com o HIV, onde se apresenta como estratgias de sobrevivncia social o ocultamento do estado de soropositividade ao HIV. Assim, podem continuar a vida como pessoas consideradas normais, sem serem acusadas e discriminadas, sejam no mbito familiar, social ou no trabalho; alm disso, os sujeitos do estudo declararam que eram preconceituosos antes do diagnstico; o processo de adeso ao tratamento na cotidianidade de indivduos soropositivos, observando-se, nesta categoria, que um dos grandes motivadores da adeso ao tratamento consiste no fato dos usurios acreditarem no resultado positivo da teraputica; o enfrentamento cotidiano experinciado pelos sujeitos que convivem com o HIV, onde a forma como os sujeitos organizam o seu cotidiano para enfrentar e conviver com o HIV reflete diretamente em suas atitudes e em suas prticas, tanto no processo da adeso, como nas relaes sociais (o outro) e, principalmente, na relao individual (o eu). Conclui-se que a representao social da Aids apresenta-se multifacetada e dependente do contexto histrico e social no qual o indivduo est inserido, seus valores, cultura, nvel de informao e conhecimento.

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Este estudo teve como objeto as prticas educativas em sade desenvolvidas no Programa de Sade da Famlia (PSF), no Municpio do Rio de Janeiro. O objetivo geral foi a compreenso das prticas educativas realizadas pelos profissionais que atuam no PSF. O interesse se deu pelo fato de reconhecer o PSF como espao privilegiado no desenvolvimento de prticas educativas voltadas para a conscientizao popular, nos aspectos sociais, polticos e da sade, pelas suas caractersticas de atuao em territrio definido, e na lgica de vigilncia sade. Ressalta-se a importncia da Educao em Sade como estratgia de interveno por uma sociedade mais saudvel. Trata-se de pesquisa qualitativa descritiva, realizada entre 2007 e 2008. A anlise dos dados foi orientada pelo mtodo de Anlise de Contedo. Os dados foram coletados atravs de entrevista semi-estruturada, com cinco equipes de sade da famlia, totalizando vinte profissionais. Na anlise foram identificadas quatro categorias: organizao do processo de trabalho, papel do profissional na equipe, organizao da prtica educativa e fatores que interferem na realizao das prticas educativas. Na anlise verificou-se que os profissionais enfrentam dificuldades no planejamento das prticas educativas, relacionadas, principalmente, falta de capacitao pedaggica e dificuldade de organizao do processo de trabalho, centrado no modelo biomdico. Os agentes comunitrios se destacam na realizao das atividades, com o apoio da equipe, principalmente da enfermeira. Os temas so escolhidos, prioritariamente, a partir da identificao das necessidades de sade dos usurios pelos profissionais. Verifica-se que h dificuldade na definio dos objetivos das prticas educativas. Predomina o formato de grupos, voltados para a promoo da sade, mas tambm com enfoque preventivista. Verifica-se a presena de prticas com outras formas de relao entre profissionais e usurios, num exerccio de cidadania para a qualidade de vida. A avaliao realizada informalmente, entre os profissionais e, geralmente, se detm quantidade de usurios participantes, ou na constatao de mudana de comportamento do usurio. Os fatores que interferem dizem respeito s relaes estabelecidas entre os profissionais, e entre estes e os usurios. A violncia associada ao narcotrfico surge como fator que prejudica a atividade no territrio. As capacitaes em prtica educativa tambm so mencionadas. Verifica-se que a forma de organizao do processo de trabalho influencia fortemente, visto que a realizao das prticas educativas depende diretamente da dinmica dada ao trabalho, e do espao destinado para essa atividade na diviso do trabalho. As questes relacionadas infra-estrutura so relatadas, principalmente, no que diz respeito escassez de material, recursos financeiros, e espao fsico inadequado. Percebe-se que a falta da sistematizao da prtica educativa parece comprometer as transformaes necessrias para o seu aprimoramento e reflete a falta de compreenso dos profissionais sobre a importncia do processo educativo para a sade e como instrumento de transformao social e poltica dos sujeitos. Percebe-se, ainda, a necessidade de investimentos para a qualificao do profissional do PSF, no somente em relao s prticas educativas, mas tambm para que seja possvel operar as mudanas necessrias para a reorientao do modelo de ateno sade proposto pelo PSF.

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O presente estudo tem como objetivo apreender e analisar as representaes sociais do tratamento do HIV/AIDS para enfermeiros atuantes em um hospital de referncia, localizado do municpio do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, que utilizou como referencial terico-metodolgico a teoria das representaes sociais. Os sujeitos do estudo foram 20 enfermeiros que atuam em um hospital pblico universitrio da cidade do Rio de Janeiro. A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada. Para anlise dos depoimentos obtidos atravs das entrevistas utilizou-se a tcnica de anlise de contedo temtica, proposta por Bardin (1977). Aps a anlise, emergiram nove categorias: O tratamento medicamentoso e os determinantes de sua adeso; O tratamento clnico e fsico; Aes psico-espirituais enquanto parte do tratamento; A abordagem teraputica social na busca da qualidade de vida; Aes educativas preventivas e teraputicas; A dinmica familiar envolvida no tratamento; O cuidado psicossocial no diagnstico e suas repercusses; O relacionamento interpessoal como parte do tratamento; Sentimentos do profissional que cuida. A representao social do tratamento prestado ao portador do HIV/AIDS, identificada no presente estudo, foi construda a partir das novas necessidades apresentadas por estes pacientes, diante do carter de cronicidade do HIV/AIDS. Observa-se que as representaes sociais apreendidas apontam para uma concepo de tratamento dentro de uma perspectiva holstica, e no apenas focada na doena e no corpo, apontando para o tratamento enquanto atendimento das necessidades humanas essenciais e no apenas garantia de sobrevivncia.

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O objeto desta dissertao explorar os discursos militantes relativos diferenciao entre as identidades coletivas de travestis e transexuais no mbito do movimento de travestis e transexuais brasileiro e sua repercusso nas demandas e proposies de polticas pblicas de sade, mais especificamente no que tange s transformaes corporais. Realizei entrevistas semi-estruturadas com ativistas reconhecidas como lideranas desse movimento, tendo como principais eixos: trajetria militante, diferenciao entre travestis e transexuais, organizao do movimento, agenda poltica, transformaes corporais e demandas relativas sade. Alm disso, realizei etnografias em encontros gerais do movimento LGBT, assim como nos especficos de travestis e transexuais, com destaque para o XVI e XVII Encontro Nacional de Travestis e Transexuais (ENTLAIDS), realizados no Rio de Janeiro em 2009 e em Aracaju em 2010; a V Conferncia Regional para Amrica Latina e Caribe da ILGA (International Lesbian and Gay Association), realizada em Curitiba em 2009; e a I Marcha Nacional Contra a Homofobia, realizada em 19 de maio de 2010 em Braslia. A partir dos resultados das entrevistas e das etnografias, busco construir um histrico do movimento de travestis e transexuais no Brasil, no qual possvel localizar a emergncia das categorias identitrias e seus conflitos. Assim, minha investigao passa pela anlise da relao com categorias estigmatizantes como a prostituio e, especialmente, das capacidades de incorporao ou de apropriao de discursos mdicos e psiquitricos na construo de identidades, o que inclui a influncia de fatores de classe e de acesso a servios de sade especializados, notoriamente o processo transexualizador no SUS. A anlise das principais demandas do movimento me levou a uma relao entre polticas de reconhecimento e processos de purificao. Por fim, busco compreender o processo de construo de uma carreira militante no movimento de travestis e transexuais.

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Esta pesquisa objetivou compreender como se do as prticas de cuidado dirigidas ao sujeito adoecido de cncer no cotidiano dos servios de sade. Para tanto, partimos do entendimento que o processo de adoecer traz repercusses nos modos de andar a vida dos sujeitos, especialmente no que diz respeito ao cncer, patologia que traz consigo metforas ligadas morte, sofrimento e dor. Ao dar incio busca pelos servios de sade, os sujeitos se deparam com uma srie de entraves que podem no proporcionar alvio, no suprindo as necessidades que essa nova condio impe. Encontramos, em muitos momentos, prticas que negam o carter subjetivo da experincia da doena, no valorizando a narrativa dos sujeitos. Como trajetria metodolgica, escolhemos desenvolver um estudo de natureza qualitativa, utilizando como instrumento privilegiado a entrevista semi aberta. Iniciamos as entrevistas com a consigna: conte como se deu o tratamento de sua doena desde a descoberta at o momento em que se encontra. Os dados coletados a partir do encontro com os sujeitos adoecidos foram complementados por informaes contidas nos pronturios mdicos, bem como por observaes obtidas no momento da interao. O local de realizao da pesquisa foi um hospital estadual de grande porte localizado na cidade de Fortaleza, estado do Cear. As entrevistas foram realizadas no servio de oncologia clnica do referido hospital. Ao todo foram entrevistados doze sujeitos que estavam em tratamento ambulatorial no servio. Dos doze sujeitos, cinco eram mulheres e sete eram homens. As idades variaram de 29 a 65 anos. A anlise dos dados se deu aps imerso no material emprico, posteriormente materializado nas transcries das entrevistas. Procuramos deixar que os sentidos aflorassem, confrontando com o material que j tnhamos disponvel, surgindo da as categorias empricas. Dividimos as categorias em duas dimenses, a do sujeito e a da rede de servios de sade. Ao final da anlise, constatamos alguns pontos que consideramos importantes no sentido de se tornarem dispositivos de mudana. Foi possvel confirmar que os sujeitos sabem de si, e realizam um processo de construo do sentido sobre sua doena e das prticas teraputicas. A doena produz mudanas no sujeito, e os fora a ressignificarem sua rotina e hbitos de vida. Foi possvel observar que o encontro com os servios de sade tem se dado de forma truncada. A luta pelo direito a sade rdua: pela demora na confirmao do diagnstico, pela demora em conseguir marcar exames e receber seus resultados, pela falta de especialistas que saibam o que esto fazendo. Os sujeitos tm descoberto a doena quando esta se encontra avanada. A importncia do dilogo, da escuta, da percepo do que o outro necessita importante, por isso, valorizar os relatos dos sujeitos adoecidos de cncer se faz urgente.

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O livro Contos de amor rasgados, de Marina Colasanti, foi publicado em 1986, dcada de consolidao das conquistas do movimento feminista (Pinto, 2003). O feminismo almejava uma mudana de mentalidade, mudana nas prticas sociais e nos discursos sobre a mulher (ibid.). Entretanto, a mulher nos contos representada de forma peculiar, frustrando as expectativas de uma imagem positiva esperada de uma literatura produzida por uma autora feminista. Este estudo prope a anlise dos contos de Marina Colasanti, destacando algumas questes acerca da representao dos atores sociais em textos-contos que pretendem veicular um discurso de liberao da mulher. Para tanto, dez contos representativos do todo foram selecionados para compor o corpus e utilizou-se o sistema sociossemntico para a representao dos atores sociais proposto por van Leeuwen (1997) e a Lingustica Sistmico Funcional de Halliday (2004) como ferramentas de anlise. Nosso enfoque o da Anlise Crtica do Discurso de Fairclough (1995), que tem dedicado seus estudos s mudanas sociais atravs dos discursos. Consideramos que o movimento feminista se inscreve em algumas mudanas. Nessa perspectiva, Bourdieu (2005) afirma que, apesar do movimento feminista, muito pouco mudou, prevalecendo, ainda, a dominao masculina e a violncia simblica. As categorias de van Leeuwen (op. cit.) da excluso e incluso dos atores sociais no discurso servem de instrumental para uma anlise mais detalhada das relaes homem-mulher, permitindo desvelar algumas questes feministas tematizadas nos contos, questes descritas por Pinto (op. cit.) e apontadas por Bourdieu (op. cit.). Os resultados da anlise dos contos demonstram que a mulher ora est totalmente excluda, ora representada como um pano de fundo (encobrimento), ora enfraquecida (apassivada) em favor de seu marido/amante. Assim, os conflitos gerados a partir das aes do homem sobre a mulher nos contos confirmam certas preocupaes do discurso feminista

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Estudo de natureza qualitativa, descritiva e exploratria, que teve como objeto o raciocnio clnico elaborado pelos enfermeiros ao cuidarem de feridas em clientes com afeces oncolgicas. Os objetivos traados para o estudo foram: identificar as estratgias cognitivas que os enfermeiros com especializao em rea oncolgica consideram adotar para o estabelecimento de um julgamento clnico na avaliao de feridas em clientes com afeces oncolgicas e caracterizar as etapas de elaborao mental para construo do raciocnio clnico que os enfermeiros consideram percorrer quando da avaliao de feridas em cliente acometido por afeces oncolgicas. O campo de pesquisa foi o Instituto Nacional do Cncer, no qual os cenrios de coleta foi a unidade HC-I nas Sees de Oncologia Clnica, Neurocirurgia, Abdominoplvica, Centro de Tratamento Intensivo e Cirurgia de Cabea e Pescoo. Os sujeitos do estudo foram treze enfermeiros com especializao em oncologia, que assistiam clientes com afeces oncolgicas, h pelo menos cinco anos. A coleta dos dados aconteceu nos meses de junho e julho de 2009, sendo utilizado um roteiro de entrevista semi-estruturada para captar as informaes. A anlise dos dados foi realizada com base no mtodo de anlise de contedo, que ao ser aplicado possibilitou a apreenso de quatro categorias: (1) a afeco oncolgica como fator expressivo na elaborao mental diagnstica do enfermeiro; (2) a relevncia do conhecimento terico-prtico avanado para a elaborao mental avaliativa do enfermeiro; (3) a construo da elaborao mental para o raciocnio clnico diagnstico do enfermeiro; (4) a importncia da interao humana no contexto avaliativo. Concluiu-se que, este estudo identificou, na discusso das categorias, as quatro principais estratgias cognitivas que os enfermeiros com especializao em rea oncolgica consideram adotar para o estabelecimento de um julgamento clnico na avaliao de feridas em clientes com afeces oncolgicas e caracterizou as etapas de elaborao mental para construo do raciocnio clnico diagnstico do tipo hipottico-dedutivo e intuitivo. Compreendeu-se que os sujeitos da pesquisa detm qualidades intelectuais especficas e avanadas, quando elaboram diagnsticos e intervenes baseadas nas respostas humanas em situao de avaliao de feridas nos clientes com doena oncolgica, e foi considerado que o ensino pode impulsionar o desenvolvimento das competncias cognitivas no sentido de formar profissionais capazes de avaliar o prprio conhecimento, bem como a fomentao de novas pesquisas relativas a essa temtica imprescindvel para uma assistncia de enfermagem qualificada.

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O cenrio atual das instituies pblicas de sade caracteriza-se pelas peculiaridades do modelo de reestruturao produtiva, em que o enxugamento da mquina pblica traduz-se num contexto de precarizao das condies de trabalho. Em meio escassez e inadequao dos recursos materiais e ao dficit de recursos humanos, os trabalhadores de enfermagem vem-se diante da necessidade de elaborarem adaptaes e improvisaes de materiais, equipamentos e, at mesmo, de pessoal. Diante desta problemtica, selecionou-se como objeto de estudo: a percepo do trabalhador de enfermagem sobre as adaptaes e improvisaes no trabalho hospitalar e suas implicaes na sade do trabalhador. Apresenta como objetivos: identificar a percepo dos trabalhadores de enfermagem sobre as adaptaes e improvisaes; descrever as situaes que conduzem os trabalhadores de enfermagem realizao desta prtica e analisar as implicaes das adaptaes e improvisaes na sade dos trabalhadores de enfermagem. Pesquisa qualitativa e descritiva, cujo cenrio foi um hospital pblico universitrio, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Os sujeitos foram vinte trabalhadores das equipes de enfermagem, atuantes nos setores de terapia intensiva e enfermarias cirrgicas. Os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada, no ms de julho do ano de 2009. Procedeu-se anlise temtica de contedo, a qual propiciou a criao de quatro categorias empricas: categoria 1: contextos e determinantes das adaptaes/improvisaes; categoria 2: pr-requisitos para a realizao das adaptaes/improvisaes; categoria 3: aspectos subjetivos vinculados prtica do adaptar/improvisar e categoria 4: a face positiva e a face negativa do adaptar/improvisar as repercusses na sade do trabalhador. Concluiu-se que as percepes dos trabalhadores de enfermagem sobre a prtica do adaptar/improvisar caracteriza-se contraditria ou dialtica, com respostas que envolvem o sofrimento e o prazer; a satisfao e a insatisfao; a motivao e a desmotivao, entre outras contradies. Constatou-se que as adaptaes e improvisaes so elaboradas, predominantemente, para garantir que o cuidado seja prestado, pois diante de um contexto de precarizao, a falta de recursos quase que inviabiliza a prestao do cuidado, e esta prtica caracteriza-se como uma artimanha ou um ajuste no processo de trabalho o qual assegura que a tarefa seja cumprida. Verificou-se que esta prtica tem impactos negativos na sade, espoliando fsica e psiquicamente os trabalhadores de enfermagem.

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Estudo de natureza qualitativa que teve como objetivo analisar as prticas de Educao em Sade desenvolvidas com gestantes atendidas pela Estratgia de Sade da Famlia no municpio de Quissam no Rio de Janeiro. Para a coleta de dados foi utilizada a tcnica do grupo focal, sendo realizados trs grupos em unidades com elevadas taxas de cesrea, a fim de refletir sobre a relao entre a participao nas atividades e a escolha pelo tipo de parto. Os sujeitos do estudo foram 18 mulheres que tiveram seus filhos no ano de 2008 e que participaram de qualquer atividade educativa desenvolvida pelas unidades. A anlise de dados foi orientada pela anlise de contedo de Bardin e das falas das mulheres emergiram 03 categorias e uma subcategoria. A investigao apontou que a participao nas prticas educativas ajuda nas escolhas durante a gestao, pois as mulheres sentem-se mais seguras e preparadas para o parto e o ps-parto. Contudo, a escolha pelo tipo de parto ainda determinada pelos profissionais. O estudo indica que h uma disputa entre o projeto de assistncia obsttrica delineado pela mulher e o projeto do profissional, de modo que a indicao mdica continua a prevalecer. Apesar dos esforos dos profissionais da Estratgia de Sade da Famlia do municpio investigado, as prticas educativas realizadas com as gestantes, ainda precisam ser desenvolvidas a fim de possuir um cunho emancipatrio, na superao de uma prtica transmissora de modo a empoderar a mulher para a sustentao de suas decises. Observa-se que as atividades so orientadas por um planejamento, entretanto, a avaliao das aes no acontecem, de modo que se faz necessria a reflexo dos profissionais acerca das formas de avaliao das prticas desenvolvidas. A pesquisa recomenda a criao de comits de avaliao das indicaes de cesrea; o investimento na formao permanente dos profissionais, sobretudo em Educao e Sade; e a reavaliao da metodologia de desenvolvimento dessas atividades com o intuito de se pensar em estratgias que possam envolver as mulheres na construo das prticas educativas, no sentido de empoder-las para a tomada de deciso e para a defesa de seu projeto de parto.