291 resultados para Exercícios físicos Aspectos fisiológicos - Teses


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O presente estudo descreve e analisa o aprendizado dos mdicos residentes para a prtica da assistncia s pessoas que vivem com HIV/Aids desenvolvida em um servio de Doenas Infecciosas e Parasitrias de um Hospital Universitrio no Estado do Rio de Janeiro. uma pesquisa de cunho etnogrfico, com a observao do processo de treinamento em consulta em ato da ateno, realizada por mdico residente, sob superviso de staffs do servio. Os aspectos multicausais da Aids suscitam demandas tanto nos pacientes quanto nos profissionais de sade envolvidos na assistncia a essas pessoas. O processo de ensino/aprendizado na medicina prioriza a doena, relegando a segundo plano, o doente com suas questes subjetivas, sociais, culturais e econmicas. Entretanto, ao lidarem com estas pessoas, os mdicos entram em contato com aspectos objetivos e subjetivos do processo de adoecimento individual. neste momento, que fica evidente as lacunas deixadas neste processo de aprendizado. Paulatinamente, os mdicos vo aprendendo a cuidar do vrus e seus efeitos. Eventualmente aprendem a cuidar tambm da pessoa. Para o alcance de uma ateno integral e humanizada ainda necessrio ampliar e aprofundar as reformulaes no processo de ensino/aprendizagem dos mdicos. Mudanas essas que permitam o aprendizado de cuidar bem tanto da carga viral, do CD4 e dos anti-retrovirais quanto da pessoa que porta o vrus.

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A partir da dcada de 1970, a cincia geogrfica passou a entender que seus conceitos, suas categorias analticas, bem como seus objetos de pesquisa poderiam se utilizar dos discursos literrios, em suas diversas possibilidades, incluindo o cinema, a pintura e, at mesmo, a msica. Compreender os lugares a partir dos panoramas narrados pelos literatos {escritores ou compositores} e fomentar uma leitura de mundo repleta de sentidos existenciais, oferecida pelas maneiras que os autores apreendem, se configura como um relevante caminho de entendimento do mundo vivido a partir da interrelao entre a linguagem cientfica e artstica. Neste sentido, a corrente humanstica em geografia tem se dedicado a esta anlise, uma vez que a linguagem literria tem a particularidade de comunicar aspectos da vida ou fatos e tempos da experincia humana, revelando, pois, o sentimento e o entendimento do literato frente sociedade. No que tange literatura musical, os versos permitem mltiplas interpretaes. A msica pode afetar, comover, causar estranheza, interesse ou reflexo, fazer o corpo se movimentar ou relaxar e, ainda, servir de base para anlises filosfico-cientficas a respeito dos espaos e lugares geogrficos. Dito isto, esta dissertao segue a trilha da geografia humanstica e nossa inteno mostrar esta corrente configurando um caminho para a elucidao da complexidade exposta pela anlise subjetiva de um elenco de letras capturadas do acervo de Chico Buarque, bem como o desvendar da pliade de efemrides, sentimentos, mazelas e vibraes encerradas no cancioneiro buarqueano e que podem ser lidas atravs do conceito de lugar, este confundido com a trajetria da geografia humanstica.

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Estudos multitemporais de dados de sensoriamento remoto dedicam-se ao mapeamento temtico de uso da terra em diferentes instncias de tempo com o objetivo de identificar as mudanas ocorridas em uma regio em determinado perodo. Em sua maioria, os trabalhos de classificao automtica supervisionada de imagens de sensoriamento remoto no utilizam um modelo de transformao temporal no processo de classificao. Pesquisas realizadas na ltima dcada abriram um importante precedente ao comprovarem que a utilizao de um modelo de conhecimento sobre a dinmica da regio (modelo de transformao temporal), baseado em Cadeias de Markov Fuzzy (CMF), possibilita resultados superiores aos produzidos pelos classificadores supervisionados monotemporais. Desta forma, o presente trabalho enfoca um dos aspectos desta abordagem pouco investigados: a combinao de CMF de intervalos de tempo curtos para classificar imagens de perodos longos. A rea de estudo utilizada nos experimentos um remanescente florestal situado no municpio de Londrina-PR e que abrange todo o limite do Parque Estadual Mata dos Godoy. Como dados de entrada, so utilizadas cinco imagens do satlite Landsat 5 TM com intervalo temporal de cinco anos. De uma forma geral, verificou-se, a partir dos resultados experimentais, que o uso das Cadeias de Markov Fuzzy contribuiu significativamente para a melhoria do desempenho do processo de classificao automtica em imagens orbitais multitemporais, quando comparado com uma classificao monotemporal. Ainda, pde-se observar que as classificaes com base em matrizes estimadas para perodos curtos sempre apresentaram resultados superiores aos das classificaes com base em matrizes estimadas para perodos longos. Tambm, que a superioridade da estimao direta frente extrapolao se reduz com o aumento da distncia temporal. Os resultados do presente trabalho podero servir de motivao para a criao de sistemas automticos de classificao de imagens multitemporais. O potencial de sua aplicao se justifica pela acelerao do processo de monitoramento do uso e cobertura da terra, considerando a melhoria obtida frente a classificaes supervisionadas tradicionais.

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A saudvel interao entre o indivduo e o meio depende do alinhamento entre a dinmica fisiolgica do primeiro e os peridicos movimentos da natureza. A interao entre tais ritmos por sua vez constitui-se em base e derivao do processo de evoluo. O comprometimento de tal alinhamento representa um risco para a sobrevivncia das espcies. Neste contexto, os organismos alinham seus ritmos fisiológicos a diferentes ciclos externos. Desta forma, ciclos endgenos so coordenados por relgios biolgicos que determinam em nosso organismo, especficos ritmos em fase com a natureza, tais como ritmos circadianos (RC), cujo perodo aproxima-se de 24 horas. O peso corporal, a ingesto de alimentos e o consumo de energia so processos caracterizados pelo RC e a obesidade est associada a uma dessincronizao deste processo. A modulao do RC resultado da expresso dos clock gens CLOCK e BMAL1 que formam um heterodmero responsvel pela transcrio gnica de Per1, Per2, Per3, Cry1 e Cry2. As protenas codificadas por estes genes, uma vez sintetizadas, formam dmeros (PER-CRY) no citoplasma que, a partir de determinada concentrao, retornam ao ncleo, bloqueando a ao do heterodmero CLOCK/BMAL1 na transcrio dos prprios genes, formando assim uma ala de retroalimentao negativa de transcrio e traduo. Estes genes asseguram a periodicidade e so significativamente expressos no ncleo supraquiasmtico (SCN) do hipotlamo. Para estudar esse processo em camundongos normais e hiperalimentados, saciados e em estado de fome, foi utilizado um mtodo de registro do comportamento alimentar baseado no som produzido pela alimentao dos animais, e a correlao destes estados metablicos com a expresso de CLOCK, BMAL1, Per1, Per2, Per3, bem como das protenas Cry1 e Cry2 no SCN, por anlise de imagens obtidas em microscopia confocal. Camundongos suos controle em estado de fome (CF) e saciados (CS) foram comparados com animais hiperalimentados com fome (HF) e saciados (HS). Nenhum grupo demonstrou diferena nos contedos CLOCK e BMAL1, indicando capacidade potencial para modular os ritmos biolgicos. No entanto, as protenas Per1, Per2, Per3 e Cry1 apresentaram menor expresso no grupo CS, mostrando uma diferena significativa quando comparados com o grupo CF (P<0,05), diferena esta no encontrada na comparao entre os grupos HF e HS. A quantidade de protena Cry2 no foi diferente na mesma comparao. Os resultados do estudo indicaram que as alteraes dos ritmos endgenos e exgenos, refletido pelo comportamento hiperfgico observado em camundongos hiperalimentados, pode ser devido a um defeito no mecanismo de feedback negativo associado ao dmero Cry-Per, que no bloqueia a transcrio de Per1 Per2, Per3 e Cry1 pelo heterodmero CLOCK-BMAL1.

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O presente trabalho apresenta o processo utilizado por terapeutas ocupacionais no desenvolvimento de objetos de Tecnologia Assistiva. So apresentadas definies e teorias relacionadas ao desenvolvimento de produtos de Tecnologia Assistiva a qual trata de um grupo de produtos desenvolvidos para pessoas com deficincia. So apresentados: o design de produtos voltados para incluso, modelos de aes voltados s pessoas com deficincia, princpios para o desenvolvimento de produtos para pessoas com deficincia, o mercado brasileiro e o perfil do pblico-alvo, e os mtodos e tcnicas de desenvolvimento de Tecnologia Assistiva. Sendo o terapeuta ocupacional um profissional que no processo de reabilitao desenvolve produtos de Tecnologia Assistiva, explicita-se o seu papel no desenvolvimento desses produtos. Tendo o Ergodesign como base metodolgica para o desenvolvimento de produtos de Tecnologia Assistiva, apresentam-se questes pertinentes essa teoria dentro da ergonomia e do design. Expem-se os resultados da pesquisa de campo realizada com terapeutas ocupacionais que produzem produtos de Tecnologia Assistiva, com terapeutas ocupacionais que encaminham para outro profissional realizar a produo, com professores de disciplinas de Tecnologia Assistiva dos cursos de Terapia Ocupacional da cidade do Rio de Janeiro e com usurios desses produtos. A partir da pesquisa bibliogrfica e dos resultados obtidos na pesquisa de campo, este trabalho tem como objetivo principal contribuir, atravs de uma proposta metodolgica, para a formao do terapeuta ocupacional no processo de desenvolvimento de objetos para pessoas com deficincia

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Esta tese estuda o processo da implantao do Programa de Turismo Solidrio pelo governo de Minas Gerais no Vale do Jequitinhonha - MG, bem como as caractersticas e os significados que o mesmo adquiriu, tanto junto aos moradores das localidades alvo quanto junto aos chamados turistas solidrios, e avalia o estado da arte de modos de turismo semelhantes ao que ocorre no Vale, com nfase em alguns casos nas favelas cariocas. A tese focaliza a apropriao pela populao das diretrizes e dos aspectos terico-metodolgicos da proposta desse Programa; a percepo dos moradores em relao ao turismo que ali ocorre; o enquadramento em que os encontros no turismo solidrio ocorrem; os significados do turismo solidrio; os indicadores do turismo solidrio. Traz, de um lado, uma viso abrangente, discutindo questes relacionadas s polticas pblicas no campo do turismo, e de outro lado, uma abordagem de carter etnogrfico, relativa ao encontro intersubjetivo entre &#8213;turistas solidrios&#8214; e a populao local. A construo da linha argumentativa da tese fundamenta-se nos seguintes pressupostos: as propostas de descentralizao por meio da ideia de governana apresentadas pelas polticas pblicas que sustentam a ideologia do Programa de Turismo Solidrio so ferramentas importantes para o desenvolvimento local; o encontro entre pessoas com diferentes formas de vida, com reconhecimento recproco entre si, suscita em ambas as partes um alargamento da percepo de mundo e uma possibilidade para redescrio dos sujeitos; o enquadramento em que a interao ocorre e o nvel de intimidade entre os participantes influenciam na possibilidade do individuo repensar valores e atitudes. O documentrio &#8213;Retrato Brasil&#8214; filmado durante as pesquisas de campo, foi elaborado na perspectiva de auxiliar na promoo do que chamado de turismo solidrio, entre outras possibilidades.

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A AIDS deixou de ser uma doena aguda, tendo como desfecho morte imediata. Com o advento da terapia antirretroviral potente, controlou-se o vrus da imunodeficincia humana, tornando a AIDS uma doena crnica. Entretanto, a terapia antirretroviral potente possui reaes adversas, sendo uma delas a sndrome lipodistrfica do HIV. Uma das manifestaes desta sndrome a lipoatrofia facial: perda de gordura na face. O Ministrio da Sade do Brasil normatizou a aplicao de polimetilmetacrilato para reabilitao da face. Porm, crianas e adolescentes no podem realizar tal procedimento. Para esta populao, o presente trabalho prope a terapia miofuncional. Objetivo: Verificar os efeitos da terapia fonoaudiolgica miofuncional em adolescentes vivendo com HIV/AIDS, contrado por transmiso vertical, com lipoatrofia facial. Mtodos: Realizou-se avaliao fonoaudiolgica antes e depois de 12 sesses de terapia fonoaudiolgica, utilizando avaliao estrutural, medidas antropomtricas da face, registro fotogrfico, peso e altura, ndice de lipoatrofia facial (ILA) e ndice de incapacidade facial ndice de bem-estar social (IIF-IBES). Na terapia fonoaudiolgica, utilizou-se exercícios isotnicos e isomtricos para face, bochechas e lngua. Foram coletados os ltimos dados, como a contagem de CD4, a carga viral, e o histrico da terapia antirretroviral utilizada. Resultados: Dos 15 pacientes estudados, 10 tinham lipoatrofia facial, mensurada atravs do ILA. Quatro completaram as todas as sesses de terapia fonoaudiolgica. Nestes pacientes, as medidas antropomtricas da face ficaram mais harmnicas, corroborando com os achados do registro fotogrfico e da avaliao estrutural. Aumentou-se sutilmente o ILA em trs pacientes. Concluso: A terapia fonoaudiolgica mostrou-se eficaz no tratamento da lipoatrofia facial leve. Considera-se importante a readequao das funes estomatognticas quando necessrio. Outras demandas fonoaudiolgicas surgiram na populao estudada.

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As matas inundveis e brejos presentes nas restingas desencadeiam uma srie de processos que influenciam as caractersticas fsico-qumicas e biolgicas do solo, levando as plantas a apresentarem mecanismos de aclimatao ou adaptao ao estresse da inundao, como alteraes morfolgicas e fisiolgicas de forma a minimizar os efeitos da falta de oxignio. Dentre as espcies vegetais de samambaias ocorrentes em ambientes inundveis nas restingas, se destacam trs espcies: Acrostichum danaeifolium Langsd. & Fisch., Blechnum serrulatum Rich. e Thelypteris interrupta (Willd.) K.Iwats. O objetivo deste trabalho caracterizar os aspectos ecofisiológicos que os esporfitos dessas samambaias apresentam para sobreviver em ambientes de inundao na restinga de Maric, estado do Rio de Janeiro. Neste sentido, foi determinada a caracterizao fsica e qumica dos stios de ocorrncias destas samambaias, as variaes foliares entre elas, espessura, densidade, massa por unidade de folha, teor de clorofilas e atributos quantitativos das clulas epidrmicas, alm da quantificao e determinao distribuio dos carboidratos. Para as variveis dos vegetais foram feitas coletas na estao chuvosa e seca e para variveis do solo na estao seca. Os stios analisados se mostraram extremamente cidos, de baixa fertilidade e com toxidez por macro e micro nutrientes, indicando que as samambaias apresentam tolerncia a estes fatores. Na poca chuvosa (inundao), as samambaias apresentaram queda na densidade foliar, acompanhada de um aumento de massa por unidade de folha. Esta habilidade de conseguir ganhar massa seca por rea classifica todas as samambaias analisadas como tolerantes inundao. Os altos valores de carboidratos solveis nas folhas indicam aumento da degradao do amido foliar e o menor teor de carboidrato solvel encontrado nos caules explicita a reduo na respirao das razes destas plantas sob anoxia/ hipoxia, para evitar a oxidao e o incremento do estoque de amido de reserva, elucidando estratgia de tolerncia inundao. A menor disponibilidade de gua na estao seca afeta diretamente os atributos foliares diminuindo o ndice estomtico, a suculncia e a massa por unidade de folha, no qual reflete na queda das concentraes de clorofilas. Os menores valores nas concentraes de clorofila tm influencia direta na presena de amidos foliar que so estocado e, alterando toda a dinmica dos carboidratos nestas espcies. A anlise do stio onde cresce Acrostichum danaeifolium indica nveis crticos de Na no solo e provavelmente, a produo de mucilagem no caule e no pecolo uma estratgia de tolerncia ao ambiente salino e inundado. O elevado ndice de cobertura de Blechnum serrulatum em ambientes inundados indica que esta espcie possui adaptaes a solos hidromrficos, entre elas, grande capacidade de estocagem de amido no caule. A maior sinuosidade das clulas epidrmicas em T. interrupta permite uma alta suculncia mantendo o status hidrolgico da folha em ambas as estaes. Os resultados apresentados, alm de agregar informaes sobre a biologia das samambaias nos neotrpicos, iro contribuir para a compreenso da dinmica de ocupao de espcies herbceas em ambientes alagveis nas restingas brasileiras

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A presente tese tem o objetivo de promover uma anlise sobre a norma penal brasileira que versa sobre a violenta emoo, com base no estudo terico da ao criminal passional. Tem por objeto de estudos a discusso sobre a temporalidade psquica da ao que sustenta as distines no instituto jurdico da violenta emoo apresentada nos artigos 28; 65, III, c; 121 1 e 129 4 do Cdigo Penal Brasileiro. A partir de uma construo genealgica, buscou-se os antecedentes histricos dessas leis, posteriormente, interpretadas luz de conceitos psicanalticos e de contribuies da antropologia social acerca do imaginrio cultural que sustenta a ecloso e o julgamento de crimes na esfera amorosa. O mtodo de trabalho consistiu em um estudo terico de carter dedutivo-construtivo baseado em fontes oriundas de diferentes campos terico-prticos e tambm de consultas abertas feitas a juristas e estudiosos da criminologia. As transformaes histricas nos julgamentos indicam uma transposio da antiga indulgncia em relao aos criminosos ao atual apelo por recrudescimento das penas, demonstrando que justificar ou punir crimes sob a rubrica da violenta emoo ligados esfera amorosa representa um sintoma atrelado ao contexto social. O conceito de "violenta emoo" est sujeito a reducionismos tericos, devido nfase dada dimenso da "culpabilidade consciente" no sistema jurdico, ao predomnio de interpretaes ligadas aos aspectos psicofisiológicos do mpeto, bem como incipiente ateno dada s condies inconscientes culturalmente determinantes do ato criminal violento em casais. Desse modo, o texto dos referidos artigos pode servir indevidamente diminuio da pena em crimes envolvendo casais, assim como a devida atenuao pode ser desconsiderada quando a/o r/u sofre de privaes sociais e psquicas prolongadas constitutivas de um mal-estar passional por vezes dissociado do tempo da ao. Com as limitaes apontadas, reconhece-se a importncia da existncia da referncia violenta emoo enquanto uma atenuante criminal genrica e critica-se a sua aplicao como "privilgio" de diminuio de pena em crimes de mpeto em casais. O estudo psicanaltico historicizado do tema assevera a necessidade de realar tanto a responsabilidade subjetiva ligada atualizao de um potencial psicopatolgico, mas, tambm, a responsabilidade social em relao aos crimes passionais, enfatizando a importncia de se criar alternativas resposta penal, buscando promover uma leitura e interpretao cuidadosa dos artigos sobre a violenta emoo no sentido de propiciar melhor entendimento da temporalidade inconsciente inerente a esses crimes.

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Trata-se de estudo multicntrico, com reviso retrospectiva de pronturio, que teve como objeto a associao entre o aprazamento de medicaes intravenosas realizadas por enfermeiros e as potenciais interaes medicamentosas (PIM) graves, encontradas em prescries de pacientes crticos adultos hospitalizados. Os objetivos foram: a) apresentar os grupos medicamentosos e medicamentos prevalentes em cada Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pesquisada; b) descrever o perfil do aprazamento dos medicamentos intravenosos em cada UTI pesquisada; e, c) analisar a frequncia das potenciais interaes medicamentosas graves favorecidas pelo aprazamento feito por enfermeiros. Para coleta de dados foi utilizado um instrumento que contemplou o nome do medicamento, a dose, a via, a frequncia de administrao e os horrios aprazados pelo enfermeiro, dando origem a um imenso banco de dados. Os dados foram coletados em 3 UTIs conveniadas ao SUS e pertencentes Rede Sentinela. O levantamento das PIM foi feito de prescrio a prescrio, pareando-se todos os medicamentos intravenosos conforme critrios de incluso, obtendo-se assim uma lista com as interaes encontradas. As PIM foram identificadas nas bases Micromedex Drugs-Reax System.12 e Drugs.com. Foi encontrada uma chance quase trs vezes maior (OR: 2,96) de PIM em prescries com mais de 5 medicamentos. s 6h foi encontrada nas UTIs A e B a maior chance de PIM. Na UTI C no foi encontrada prevalncia nem OR significativa, assim como o nmero de doses comprometidas com PIM foi o menor entre todas as UTIs. Houve predomnio de medicamentos que atuam no sistema digestivo (31,99%), com destaque para ranitidina (44,08%). As UTI A e B seguem um mesmo padro no que diz respeito a acumular o aprazamento, preferencialmente em quatro horrios: 14h, 18h, 22h e 6h. A UTI C distribui seu aprazamento por nove horrios, inclusive no horrio de visitas (16h) e no incio de planto (08h e 20h). Na UTI A e B predominaram aprazamentos noturnos; na UTI C foram tarde e noite, sugerindo uma rotina organizada de acordo com o processo de trabalho de mdicos, enfermagem e farmcia. Foram encontrados 47 PIM graves nos horrios prevalentes. A UTI A apresentou o maior nmero de PIM graves (n=32). Destacam-se cinco medicamentos que, repetidamente, foram aprazados associados em PIM grave: haloperidol, metoclopramida, tramadol, furosemida e prometazina. Conclui-se que a rotina de atividades na UTI favorece o aprazamento padronizado e concentrado em poucos horrios, logo a ocorrncia de PIM graves, desconsiderando assim os aspectos farmacocinticos e farmacodinmicos dos medicamentos em uso concomitante.

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Este trabalho tem por objetivo geral apresentar uma ferramenta computacional auxiliar na gesto dos servios farmacuticos bem como alguns resultados alcanados com a sua aplicao na sistematizao do atendimento aos usurios do Centro de Ateno Psicossocial lcool e drogas (CAPS ad) do municpio de Vitria-ES, conhecido como Centro de Preveno e Tratamento de Toxicmanos (CPTT). O Programa de Gesto em Farmcia Pblica (PGFP) Mdulo Sade Mental possui um formato de banco de dados relacional, desenvolvido sob a plataforma Access e possui interface com o gerador de planilhas e grficos do tipo Excel , aplicveis a outras farmcias de unidades do tipo CAPS ad. Desde 2004 vem sendo utilizado e aperfeioado com uma proposta de informatizar a administrao da farmcia, possibilitando a instrumentalizao do farmacutico via emisso de relatrios para a gesto tcnica, operacional e estratgica, alm de propiciar a avaliao do servio baseando-se em indicadores scio demogrficos, de morbidade e especficos da Assistncia Farmacutica voltados para o campo da toxicodependncia. Para ilustrar o uso do PGFP so apresentados dados pertencentes a 489 pronturios de usurios cadastrados na farmcia no perodo de janeiro de 2007 a dezembro de 2008, alm de 50 prescries mdicas sistematicamente selecionadas para cada ano, coletadas a partir do sistema. Com isso, foi possvel elaborar o perfil demogrfico, sciosanitrio dos usurios alm de aspectos relacionados a Assistncia Farmacutica local. Foi utilizado o programa computacional SPSS 11.5 for Windows para a anlise estatstica exploratria descritiva (distribuio de freqncias) e inferencial (teste qui-quadrado) dos dados contidos nos pronturios. Dentre algumas dessas anlises, observou-se a prevalncia do Crack (44%) como substncia psicoativa. Revelou que a maioria dos usurios cadastrados so homens (82,4%), com faixa etria prevalente entre 25 e 34 anos (31,7%) e com grau de escolaridade equivalente ao 1 Grau Incompleto (41,3%). Com relao aos aspectos relacionados a Assistncia Farmacutica pode-se observar um No. mdio de medicamentos prescritos por receita entre 1,6 1,7 itens/receita; um percentual mnimo de 96% das receitas atendidas na farmcia; e o Clonazepam como o medicamento mais prescrito no perodo. So citadas algumas limitaes do PGFP e dos dados apresentados. Conclui-se o presente estudo fazendo-se aluso a relevncia do Programa de Gesto em Farmcia Pblica (PGFP), em relao no somente ao seu potencial de uso na gesto estratgica e operacional da Assistncia Farmacutica em Sade Mental (lcool e drogas), mas fundamentalmente, como importante ferramenta de informao que propicia a elucidao do perfil da drogadio, despertando a percepo para os aspectos ligados sade pblica e as implicaes scio-econmicas sobre a populao em estudo.

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A partir da formalizao do Programa de Agentes Comunitrios de Sade e do Programa Sade da Famlia pelo Ministrio da Sade (anos 90), as discusses sobre a reorientao dos modelos assistenciais ganham destaque. O Programa Sade da Famlia passa a ser visto por boa parte dos profissionais de sade coletiva como um modelo capaz de imprimir mudanas no apenas na ateno em si como tambm na dinmica dos processos. Ao propor a substituio das estratgias tradicionais, voltadas para a doena e centradas no hospital, a nova proposta voltase, entre outros aspectos, para a ao preventiva e para a promoo da sade. Busca contemplar tambm a ateno s necessidades de sade da populao adscrita, a famlia e seu territrio, aes intersetoriais e tem na equipe multiprofissional pilar importante no cuidado. O Agente Comunitrio de Sade se apresenta como ator importante na possibilidade de mudana de modelo assistencial; atuando intensamente na produo do cuidado assim como na organizao de tal assistncia. Criam-se conflitos acerca da percepo de potencialidades e da possibilidade de interao entre os diversos aspectos envolvidos neste contexto. Este trabalho buscou investigar a percepo de Agentes Comunitrios de Sade do municpio de Petrpolis RJ acerca dos saberes envolvidos na sua prtica. A estratgia metodolgica utilizada para coleta de dados em campo foi a de entrevistas semi estruturadas. O corpo textual gerado pelas entrevistas foi analisado com base na teoria da Anlise do Discurso. Este estudo concluiu que o saber do Agentes Comunitrios de Sade aponta para uma posio que vai alm de ser ponte ou de fazer ponte. Argumenta que a potencialidade deste saber a de ser como a linha de costura entre comunidade e as propostas de cuidado. Esta imagem indica que ao pertencer em algum momento a ambos tecidos, e ao fazer o movimento de pertencer ora ao tecido comunidade e hora ao tecido UBS, o ACS pode aproximar essas partes na busca da construo de algo mais unificado. Como em uma colcha de retalhos, onde cada tecido mantm suas caractersticas e padronagens iniciais, mas aos serem costurados, formam algo nico, inteiro.

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Este estudo aborda a temtica das relaes existentes entre a formao universitria e a imagem social de mulheres negras universitrias da rea da sade e suas possveis transformaes pessoais e sociais. Considerando que a formao universitria produz uma valorizao social e os seus desdobramentos influenciam nos papis sociais vividos por este grupo. Buscamos assim, descrever a imagem social de mulheres negras na perspectiva de mulheres negras universitrias e sua autoimagem social; e analisar a influencia da formao universitria na autoimagem social das mesmas. Metodologia: Pesquisa descritivo-exploratria com abordagem qualitativa, realizada com roteiro de entrevista semi estruturada com dez entrevistadas que se autodeclararam pretas ou pardas matriculadas em Programa de Ps-graduao (Mestrado) de uma universidade pblica estadual no municpio do Rio de Janeiro (Brasil). Os dados produzidos foram analisados e interpretados luz da anlise de contedo de Bardin. Deste processo emergiram trs categorias. A primeira categoria A imagem social da mulher negra na perspectiva de mulheres negras universitrias descreve a condio desigual da mulher negra na sociedade a partir da desvalorizao do gnero feminino e da raa (sexismo e o racismo) e o corpo da mulher negra como objeto de sensualidade. A segunda categoria - A formao universitria na vida de mulheres negras desdobrou-se em duas categorias intermedirias: Situaes positivas vivenciadas durante a formao (formao universitria como veculo para as transformaes sociais e pessoais a partir da ampliao do conhecimento cientfico e a melhora na insero social); Situaes negativas (desigualdades de classes, sentimentos de indeciso, frustrao frente escolha do curso e limitaes na aprendizagem e adaptao). A terceira categoria A autoimagem social de mulheres universitrias negras desenvolve a percepo das entrevistadas acerca da sua autoimagem a partir do processo de formao universitria, e desdobra-se em vises positivas e negativas sobre sua autoimagem. A viso positiva destaca o empoderamento diante da sua condio tnica caracterizado por atitudes perseverantes e demonstrao de competncia no cotidiano, favorecendo o fortalecimento de posies sociais; algumas inclusive no identificam vivenciar diferenas sociais pela etnia. A viso negativa foi descrita a partir dos sentimentos de baixa estima, insegurana no posicionamento nos espaos sociais e a dificuldade de falar sobre a sua autoimagem. Para as depoentes a autoimagem se traduz no no esteretipo, mas, nas conquistas sociais que elas alcanam decorrente da formao universitria. A formao universitria se torna condio fundamental para transpor os estigmas sociais que interferem na imagem social deste grupo populacional na sociedade.

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Manguezais so ecossistemas marinhos costeiros que ocorrem nas regies tropicais e subtropicais do globo. A associao desses ambientes a formaes recifais restrita, particularmente no Brasil, onde se destaca a ilha de Tinhar, na costa sul do estado da Bahia, no s pela ocorrncia desse sistema manguezal-recifes, mas tambm pelo desenvolvimento estrutural da floresta e pela atividade produtiva de mariscagem exercida pela populao do povoado de Garapu. Apesar da proximidade de Morro de So Paulo, atrator turstico internacional, este povoado experimentava certo isolamento socioeconmico at a chegada da indstria do petrleo que, em funo de suas potencialidades e riscos, tensionou a vida da comunidade local. Este estudo tem por objetivo analisar a vulnerabilidade socioambiental dos manguezais adjacentes Garapu, Cairu-BA, frente a insero da indstria petrolfera na regio, a partir da caracterizao estrutural das florestas de mangue e da caracterizao social do povoado de Garapu e, particularmente, das marisqueiras usurias deste ecossistema. As abordagens metodolgicas utilizadas podem ser classificadas como pesquisas quantitativas, empregadas no levantamento fitossociolgico, e qualitativas, utilizadas a partir de observaes de campo e entrevistas, alm de levantamentos bibliogrficos, para elaborao das anlises sociais. Os resultados indicam florestas de mangue de porte varivel, em bom estado de conservao, com altura mdia das dez rvores mais altas entre 2,40,2 metros (estao 7) e 22,71,1 metros (estao 29), geralmente dominadas por Rhizophora mangle (38 das 52 estaes de amostragem). A partir da caracterizao estrutural foi realizado teste estatstico de agrupamento que, aliado a aspectos da arquitetura das rvores, permitiu a classificao das florestas em 12 Tipos Estruturais. As anlises relativas vulnerabilidade ambiental fundamentaram-se nos aspectos de sensibilidade e na posio fisiogrfica ocupada por cada Tipo de floresta e identificaram nveis distintos de vulnerabilidade a derramamentos de leo. Com relao aos aspectos sociais, as informaes sobre os sistemas socioeconmicos e culturais relacionados sade, educao, s prticas produtivas e gerao de renda, ao transporte, religio e organizao social, como um todo, evidenciaram vulnerabilidades frente insero da indstria do petrleo, apontando as marisqueiras como o segmento mais suscetvel a vivenciar os riscos e os impactos desse empreendimento no local. A insero da indstria do petrleo neste contexto socioambiental representa aumento de riscos e, consequentemente, de vulnerabilidade socioambiental, na medida em que o dilogo estabelecido entre empreendedor e populao se apresenta de forma assimtrica, dificultando a participao da populao local, sobretudo dos mais excludos que, nesse caso, so representados pelos usurios dos manguezais.

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A pesquisa aqui desenvolvida buscou investigar qual o tipo de sociedade que vem sendo produzida a partir das mudanas scio-espaciais implementadas no Rio de Janeiro desde a haussmanizao da cidade durante a gesto municipal de Pereira Passos, bem como as alternativas recentemente elaboradas para garantir o direito cidade especialmente o acesso moradia, com potencial para a realizao de outros direitos tais como ao poder, aos bens e servios concentrados nos centros urbanos. Inicialmente, identificamos as caractersticas da sociedade urbana sob o capitalismo para pensarmos as possibilidades de transformao dessa realidade pela ao dos sujeitos sociais cujo direito cidade s pode ser conquistado mediante mudanas econmicas e polticas estruturais. O referencial terico elaborado por Henri Lefebvre e Jean Lojkine foi fundamental para a compreenso dos aspectos poltico-econmico e scio-cultural do urbano capitalista, bem como a obra de Florestan Fernandes para pensarmos sua especificidade em situao de dependncia. Sob esse prisma, refletimos aspectos fundamentais relativos aos projetos e prticas de urbanizao empreendidos na cidade do Rio de Janeiro, especialmente aqueles destinados rea central. rea na qual vo se localizar em princpios do sculo XXI ocupaes de imveis ociosos com a inteno de torn-los moradia popular, cujas caractersticas so analisadas a fim de verificarmos seus limites e possibilidades no que tange efetivao da democracia plena na brasileira atravs da luta pelo direito cidade.