243 resultados para Síndrome metabólica Adolescentes - Teses


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Pr-eclmpsia (PE), uma síndrome sistmica da gestao caracterizada por proteinria e hipertenso, est associada a uma significativa mortalidade tanto materna quanto fetal. Eentretanto, sua fisiopatologia ainda no totalmente compreendida. Apesar de um expressivo aumento da atividade do sistema renina-angiotensina (SRA) na gestao normal, a presso arterial no aumenta. Alm disso, a reduo da presso de perfuso intra-uterina promove um aumento na liberao de espcies reativas de oxignio que podem contribuir para a hipertenso na gestao. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi estudar o papel do SRA vascular, assim como, do estresse oxidativo plasmtico, cardiorenal e placentrio para a regulao cardiovascular materna em ratas normotensas e em modelo de PE induzida por L-NAME. Foi observado um aumento da pesso arterial em animais que receberal L-NAME. As ratas grvidas + L-NAME apresentaram um menor ganho de massa corporal durante a gestao, menor mmero de filhotes vivos, maior nmero de abortos, menor massa placentria total e fetos com menor massa corporal. Foi observada uma reduo na resposta vasodilatadora induzida por acetilcolina (ACh) e angiotensina (Ang) II, aumento na resposta vasodilatadora induzida por nitroglicerina (NG) e aumento na resposta vasoconstritora induzida por fenilefrina (Phe) e Ang II em LAM de ratas grvida e no grvidas que receberam L-NAME. No foi observada diferena na expresso dos receptores AT1 e AT2 e das enzimas ECA, ECA2 e eNOS. Foi observado um aumento na concentrao plasmtica de renina e bradicinina (BK) em ratas grvidas + L-NAME e uma reduo na concentrao de Ang 1-7. As ratas grvidas e grvidas + L-NAME apresentaram um aumento nos nveis sricos de estradiol. Os nveis de malondialdedo e carbonilao de protenas estava aumentados e a atividade das enzimas antioxidantes SOD e GPx estavam reduzidas em ratas grvidas e no grvidas que receberam L-NAME. A atividade da CAT no apresentou diferena entre os grupos. Em concluso, uma reduo na vasodilatao induzida pela Ang II associada a um aumento da vasoconstrio promovida por este peptdeo, sugerem uma contribuio do SRA no desenvolvimento das complicaes caractersticas da PE observadas no modelo experimental de PE induzido por L-NAME. Do mesmo modo, a peroxidao lipdica e oxidao de protenas aumentadas, assim como, as atividades enzimticas antioxidantes reduzidas sugerem a contribuio de uma defesa antioxidante comprometida e um dano oxidativo aumentado para o desenvolvimento da hipertenso e disfuno endotelial, aumento da mortalidade fetal e retardo do crescimento intra-uterino observados no modelo de PE estudado.

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A doena meningoccica (DM) , ainda hoje, um srio problema de sade pblica, estando associada a elevadas taxas de morbidade e letalidade no mundo. A DM evoca proteo imunolgica persistente contra a doena em pessoas com sistema imunolgico normal. Em contraste, a proteo induzida por vacinas meningoccicas sempre requer a administrao de doses reforo (booster) da vacina. No Brasil, Neisseria meningitidis dos sorogrupos C (MenC) e B (MenB) so as principais causas de DM durante os ltimos anos. Atualmente, no existe uma vacina universal contra o meningococo B (MenB). A infeco pelo vrus da imunodeficincia humana (HIV) tem sido apontada como um fator de risco para a mortalidade da DM. Um dos pilares do tratamento do HIV a utilizao de vacinas para doenas imuno-prevenveis. A vacina conjugada anti-MenC frequentemente recomendada para crianas e adolescentes infectados pelo HIV no Brasil e em muitos outros pases. Poucos estudos tm abordado os mecanismos pelos quais as vacinas meningoccicas geram e sustentam a memria imunolgica. Os objetivos deste estudo foram: 1) avaliar a resposta de anticorpos bactericidas e de linfcito T (LT) CD4 de memria contra o meningococo aps a infeco; 2) avaliar a resposta de anticorpos bactericidas e de LT CD4 de memria e linfcito B de memria (LBm) contra o meningococo aps o booster da vacina cubana VA-MENGOC-BC em voluntrios imunizados h aproximadamente 17 anos; 3) investigar a resposta de anticorpos funcionais (bactericidas e opsonizantes) aps imunizao com a vacina conjugada anti-MenC (CRM197) em indivduos infectados pelo vrus HIV. Aps a infeco, 83% dos pacientes diagnosticados como tendo DM pelo teste de ltex e/ou cultura tiveram ttulos de anticorpos bactericidas protetores, mas no houve uma associao entre os ttulos de anticorpos bactericidas e a concentrao de imunoglobulina total especfica. Houve aumento na frequncia de linfcitos T de memria central (TCM) (mediana de 15%) ativados, principalmente aps estmulo com a cepa MenC. Nos voluntrios pr-vacinados, 3 de 5 indivduos soroconverteram 7 ou 14 dias aps a administrao da dose booster. Houve um aumento importante da populao TCM 14 dias aps o booster, mas sem ativao celular diferenciada dos grupos controles. Observamos resposta positiva de LBm na maioria dos voluntrios, mas sem correlao com os anticorpos bactericidas. Em relao aos pacientes HIV positivos, os resultados mostraram a necessidade de uma segunda dose da vacina, j que apenas 15% soroconverteram a uma nica dose e a segunda dose resultou em soroconverso de cerca de 55% dos indivduos. Observamos correlao positiva (r= 0,43) e significativa (P= 0,0007) entre os anticorpos opsonizantes e bactericidas aps a vacinao. No observamos diferenas significativas quando relacionamos os ttulos de anticorpos bactericidas com o nmero absoluto de LT CD4 P= 0,051) e LT CD4 nadir (P= 0,09) entre os pacientes que soroconverteram (n= 43) ou no soroconverteram (n= 106) aps a primeira dose. Desta forma, os resultados desta tese indicaram que: 1) os pacientes convalescentes da DM adquirem anticorpos bactericidas aps infeco por N. meningitidis; 2) nos voluntrios vacinados, a dose booster da vacina anti-MenB no foi plenamente eficaz em ativar a memria imunolgica atravs da produo de anticorpos bactericidas ou ativao de LTm; 3) os pacientes HIV positivos necessitam de uma dose booster da vacina conjugada anti-MenC.

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Esta dissertao, que se insere na Linha de Pesquisa Produo Social do Conhecimento, objetiva gerar uma reflexo acerca da metodologia de formar e inserir jovens no mundo do trabalho, aps a promulgao do Estatuto da Criana e do Adolescente. Isto feito a partir da anlise ideolgica do que est subjacente aos discursos dos que atuam ou estimulam o desenvolvimento desta atividade. Partindo de uma fundamentao em autores que, entre as dcadas de 1980 e 1990, realizaram investigaes nas reas de trabalho/educao e de assistncia infncia e juventude, e de uma anlise junto ao Projeto Bolsa de Iniciao ao Trabalho, desenvolvido pela UERJ em conjunto com DEGASE e 2 Vara, foram feitas observaes e entrevistas com educadores e jovens envolvidos nesta prtica. Foi possvel, assim, desvelar o significado desses discursos: falas produzidas a partir das distintas e complexas relaes sociais vivenciadas pela populao brasileira e que, at os dias atuais, interferem no processo de formao e insero profissional do jovem pobre. Aps a anlise, verificou-se que esta ideologia reproduzida por educadores e jovens e, que, apesar das mudanas desta dcada, a prtica instituda a de adequar o jovem ao trabalho, visando a sua socializao, ocupao do tempo ocioso e renda familiar. Este texto ainda tenta sinalizar para a importncia dos programas e da escola formal interagirem, rompendo com o falso paradigma de que a infncia pobre est destinada, com rarssimas excees, ao trabalho instrumental ou marginalizao, o que contribui para sua excluso da escola e do direito ao lazer. Busca, tambm, estratgias que auxiliem na construo de um jovem/cidado crtico e ciente de seus direitos.

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Este estudo, intitulado Adolescente infrator: A mediao prevista na nova Lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) na cidade do Rio de Janeiro trata da mediao na vertente transformativa, com o objetivo de permitir nova tica sobre a conduta infratora e as consequncias dos atos no mundo social. Esta forma de atuao, dentre outros benefcios, pode evitar o desgaste jurisdicional, na medida em que os casos selecionados a partir de suas caractersticas passam a ser operados por especialistas em composio pacfica de conflitos, com a perspectiva de seres humanos que necessitam da inter-relao no convvio social. Os mediadores trabalham com os adolescentes em conflito com a lei, seus pais e as vtimas. Destarte, verificando as circunstncias favorveis mediao, passa-se ao dilogo para alcanar um acordo, mantendo-se o centro da interveno no conflito e na relao dos conflitantes, incentivando a capacitao para a negociao a partir do reconhecimento do direito do outro, produzindo a transformao interna dos litigantes que causar, como efeito desejado, a dissoluo do conflito. A princpio os mediadores devem atuar apenas em fatos de menor potencial ofensivo, como agresses leves e outros conflitos entre adolescentes. Com o passar do tempo e o aperfeioamento da prtica, possvel abarcar outras classes de prtica infracional, a exemplo de pequenos furtos. Para tanto, na fase de pesquisa, tentando-se explicar a mediao transformadora a partir das referncias tericas publicadas em livros ou obras congneres, utilizou-se a tcnica bibliogrfica; na fase da redao, ordenou-se o material coletado, segundo a lgica necessria elaborao de um trabalho cientfico. O mtodo a presidir este estudo foi o dedutivo, na medida em que parte da anlise geral das crianas e dos adolescentes, em especial aqueles em conflito com a lei, para depois apresentar a teoria geral da mediao e em seguida, numa abordagem mais particular, enfrentar as questes envolvendo a mediao no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) para, ao final, defender que preciso desvendar o marco normativo que autoriza a prtica da mediao como instrumento de resoluo de questes relacionadas com o adolescente em conflito com a lei, para identificar a natureza jurdica desse modelo de mediao e, ao final, a ttulo de sugesto, desenhar seu procedimento no estabelecido pela lei material que a prev, qual seja, a Lei n 12.594, de 18 de janeiro de 2012. O grande desafio establecer a metodologia adequada para que a autocomposio de conflito seja restaurativa ao adolescente infrator e aos integrantes desse conflito instaurado. O resgate do meio social abalado com a prtica infracional to importante quanto a conscientizao do adolescente. A pretenso sugerir um marco normativo que posicione o procedimento da mediao como instrumento de ligao do indivduo adolescente infrator, com o ambiente social onde est inserido, e com o formalismo processual que vem afastando o Poder Judicirio de sua funo social de dizer o direito e fazer justia.

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O objetivo deste estudo discutir a associao entre padro de consumo de lcool e dimenses de risco exposio ao HIV, desdobradas em conhecimento sobre HIV e prticas sexuais entre universitrios. Trata-se de uma pesquisa transversal com abordagem quantitativa, realizada com 416 universitrios de 14 cursos distintos. Os dados foram coletados atravs de dois instrumentos e tratados atravs de estatstica descritiva com o software SPSS 21.0. A pesquisa foi autorizada pelo Comit de tica em Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, sob n 003.3.2012. A populao de estudo predominantemente do sexo masculino (59,6%), com faixa etria entre 19 a 22 anos (54,3%), de cor branca (57,5%), sem companheiros (69,2%) ou filhos (92,3%) e com maior percentual de catlicos (31,3%) e daqueles que no possuem religio (33,7%). Destaca-se, ainda, que so possuidores de computador ou eletrnicos portteis (98,8%) com fcil acesso internet (96,8%). Os principais achados apontam que a maioria faz uso de lcool (60%), com a proporo de 7 homens para cada 3 mulheres. Relacionado ao AUDIT, foi identificado predomnio das zonas I (abstinncia ou baixo risco-73,8%) e II (uso nocivo-20,4%). Sobre as relaes sexuais, a maioria afirmou ter experincia sexual (69,5%), com idade da primeira relao entre 16 e 18 anos (54%), no entanto, mais homens (54,3%) afirmaram manter relaes sexuais aps o consumo de lcool do que mulheres (45,7%). Apesar do conhecimento sobre HIV/aids e lcool ser considerado como fator protetor pela literatura vigente, constatou-se que no h associao deste conhecimento com a prtica sexual mais segura. Independente do padro de consumo de bebidas alcolicas, os universitrios apresentam o mesmo tipo de prtica sexual, muitas vezes se expondo infeco ao HIV e outras doenas sexualmente transmissveis. Dentre os dados analisados, um dos motivos de exposio ao HIV/Aids so as relaes sexuais aps a ingesto de bebida alcolicas e o no uso de preservativos nestas situaes. O consumo exagerado de bebidas alcolicas est ligado ao sexo masculino e este grupo apresenta prticas sexuais de maior risco. Sugere-se que novos estudos possam analisar a relao de causa e efeito para verificar quais fatores podem influenciar de fato a exposio ao HIV de estudantes usurios de lcool. Estas informaes so relevantes para conhecermos a atual demanda desse grupo e focar nas reais necessidades que so imperiosas para a preveno dos futuros danos nocivos sade individual e coletiva. Torna-se necessrio compreender qual a demanda dos jovens em se expor a diversos riscos sade adotando prticas no seguras e, principalmente, o que de fato modula estas condutas.

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Adolescentes humanos frequentemente associam o fumo do tabaco ao consumo de bebidas alcolicas. A despeito desta associao, pouco se sabe sobre a neurobiologia bsica da coexposio no crebro adolescente. No presente estudo, avaliamos os efeitos da exposio, que ocorreu do 30 ao 45 dia de vida ps natal (PN30 a PN45), nicotina e/ou ao etanol durante a adolescncia (PN38-45) e da retirada (PN50-57) na memria visuoespacial atravs do Labirinto Aqutico de Morris (LAM: 6 sesses + 1 prova, 3 tentativas/sesso, latncia = 2 min), em 4 grupos de camundongos Suos machos e fmeas: (1) exposio concomitante NIC [soluo de nicotina free base (50 μg/ml) em sacarina a 2% para beber] e ETOH [soluo de etanol (25%, 2 g/kg) injetada i.p. em dias alternados]; (2) exposio NIC; (3) exposio ao ETOH; (4) veculo (VEH). Uma vez que os resultados comportamentais podem sofrer a interferncia de alteraes motoras, avaliamos (a) a atividade locomotora no Teste de Campo Aberto (sesso nica, 5 min) e (b) a coordenao e o equilbrio no Teste de Locomoo Forada sobre Cilindro Giratrio (5 tentativas, latncia = 2 min). Para os efeitos da exposio NIC e/ou ao ETOH na eficincia do transporte de aminocidos excitatrios, avaliamos a captao de [3H] D-aspartato no hipocampo. A expresso do transportador glial GLAST/EAAT1 foi avaliada por Western-blot. Durante a exposio, animais ETOH e NIC+ETOH apresentaram dficits de memria nas sesses de teste e de prova no LAM enquanto, na retirada, os grupos NIC e NIC+ETOH apresentaram prejuzos na reteno. No houve diferenas significativas entre os grupos de tratamento em nenhum dos parmetros testados em ambos os testes motores, tanto na exposio quanto na abstinncia. Os grupos NIC, ETOH e NIC+ETOH tiveram uma diminuio significativa na captao de [3H] D-aspartato ao final do perodo de exposio, com uma normalizao da atividade dos EAATs na retirada das drogas. O tratamento com NIC e ETOH reduziu ainda a expresso de GLAST/EAAT1 no hipocampo em ambas as idades testadas. O uso de etanol na adolescncia causa prejuzos memria de camundongos, com um efeito negativo mais acentuado quando associado nicotina. Contudo, a retirada da nicotina apresentou um efeito mandatrio nos danos encontrados. Ambas as drogas, isoladamente ou na coexposio, alteram os nveis de atividade e expresso dos EAATs, sugerindo que os resultados bioqumicos estejam implicados nas alteraes comportamentais encontradas.

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A síndrome de fragilidade pode ser definida como um estado de vulnerabilidade a agentes estressores, um resultado de declnios orgnicos observados em mltiplos sistemas, comprometendo a habilidade do indivduo em manter a homeostase. O objetivo deste estudo transversal foi avaliar a prevalncia desta condio atravs da Escala de Fragilidade proposta pelo Cardiovascular Health Study em uma populao de idosos, clientes de uma operadora de sade, que vivem na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, alm de observar o comportamento deste instrumento em uma amostra brasileira. 754 indivduos foram avaliados quanto aos cinco critrios da escala alm de variveis sociodemogrficas, capacidade funcional, quedas, perfil cognitivo e comorbidades relatadas. Foram considerados Frgeis aqueles que apresentaram trs ou mais dos seguintes critrios: a) lentificao da velocidade da marcha; b) reduzida fora de preenso palmar; c) sensao de exausto; d) baixa atividade fsica; e) perda de peso. Os resultados apontam que, dentre os avaliados, 9,2% eram Frgeis. Estes eram mais idosos, com pior status socioeconmico, com pior desempenho cognitivo e maior comprometimento funcional (p< 0,05). Entre os 9,2% de Frgeis, 87% apresentaram alterao da velocidade da marcha, 79,7% da fora de preenso palmar, 66,8% baixa atividade fsica, 52,2% relato de sensao de exausto e 36,2% relato de perda de peso. A distribuio de suas frequncias quando comparado ao estudo original foi bastante semelhante. Vrios estudos partem do postulado que a fragilidade pode ser identificada atravs de medidas clnicas. Atravs de sua identificao precoce, possvel reconhecer uma entidade potencialmente reversvel, reduzindo morbidade e mortalidade na populao idosa, no entanto fundamental um estudo acurado sobre como esta entidade ser mensurada e quais sero os critrios adotados para defini-la. Maiores estudos so necessrios para realizar, no Brasil, uma anlise mais aprofundada desta pertinente questo.

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A Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Ordem Pblica e a operao Choque de Ordem, bem como o Governo do Estado do Rio de Janeiro, atra-vs da Secretaria de Segurana Pblica e do projeto UPP, demonstram que cada vez mais constante no cotidiano carioca a adoo de polticas de lei e ordem. Em tempos de Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo e Olimpadas, controlar, vigiar, punir, neutralizar so expresses que se destacam nas polticas de segurana pblica. As esta-tsticas oficiais demonstram que a adoo de polticas de lei e ordem provocaram, nos ltimos cinco anos, crescimento significativo da populao carcerria fluminense, com destaque para as prises provisrias e para o elevado aumento de adolescentes apreen-didos, o que gerou srias consequncias para a execuo penal e contribuiu para o au-mento do dficit de vagas do sistema penitencirio do estado do Rio de Janeiro.

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A partir da prtica clnica com pacientes psicticos, ns investigamos as formulaes da psicanlise sobre o corpo nessa estrutura. Questionamos que ordem de impasses prpria psicose na constituio e sustentao corporais. Inquirimos sobre os arranjos possveis que possam conferir ao corpo do psictico alguma amarrao. Inicialmente, apresentamos alguns discursos sobre o corpo, apontando a subverso operada pela psicanlise no tratamento do tema a partir da experincia freudiana com a clnica da histeria. Em seguida, abordamos a constituio do corpo em psicanlise, com nfase na determinao significante para que a imagem do corpo possa se constituir, velando o real da fragmentao pulsional. Passando pela teorizao do estdio do espelho, dos esquemas ticos e da topologia dos ns, destacamos que a constituio do corpo tributria de uma operao de perda de gozo, a partir da qual os registros do Real, do Simblico e do Imaginrio podem se atar. Apresentamos, ento, elementos da abordagem realizada pela psicanlise em torno da questo da psicose, situando-a como uma posio especfica quanto linguagem e ao gozo. Em seguida, ressaltamos indicaes sobre o corpo na psicose nas obras de Freud e Lacan, com a tese freudiana da retrao da libido na paranoia e na esquizofrenia, com nfase para a releitura lacaniana a respeito. Tomando ento como eixo a indicao de Lacan de que, na psicose, no ocorre a extrao do objeto a, retomamos algumas descries da psiquiatria clssica, notadamente a hipocondria, a Síndrome de Cotard, a mania e o falso reconhecimento para, por uma leitura analtica, localizar pontos acerca dos impasses na relao dos psicticos com o corpo. Por fim, recorremos aos conceitos de estabilizao, suplncia e sinthoma no ensino lacaniano para fundamentar a possibilidade de diferentes arranjos frente a esses impasses, como testemunham Schreber, Joyce e J. C..

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Este trabalho tem por objetivo investigar processos de criao no campo do ensino das artes atravs de propostas desenvolvidas em oficinas de artes visuais. Os interlocutores desta pesquisa foram seis jovens com diferentes deficincias: Síndrome Down, deficincia fsica e deficincia intelectual, matriculados na rede pblica de ensino. Os processos de criao aqui tratados revelaram que os variados repertrios utilizados por este grupo para criaresto fortemente atrelados produo veiculada pelas mdias na contemporaneidade. Dentre as produes de maior recorrncia verificadas no interior das narrativas dos jovens esto: a produo da TV, do cinema e das histrias em quadrinhos. As investigaes sobre os processos de criao deste grupo se deram tanto a partir dos seus processos individuais quanto dos coletivos. O conceito de processos de criao compreendido neste trabalho est vinculado ao pensamento de Mikhail Bakhtin, Lev Vigotski e Rita Ribes Pereira e do artista Marcel Duchamp. As relaes estabelecidas para compreender o campo das artes visuais na contemporaneidade esto no pensamento de Arthur Danto eNicolas Bourriaud. Este trabalho dialoga com o campo do ensino da arte atravs das reflexes realizadas por Ana Mae Barbosa, Jochen Dietrich, Ana Elisabete Lopes, Mirian Celeste Martins e Lucia Pimentel.

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Os estudos sobre os direitos da criana e do adolescente muito frequentemente trazem um tom festivo com ares de celebrao pelo que ficou positivado seja na Constituio, seja no Estatuto da Criana e do Adolescente, seja nos Tratados Internacionais. Diz-se do sculo XX que o sculo da criana e, de fato, ao longo do ltimo sculo inegvel a evoluo do reconhecimento dos chamados menores de idade como seres humanos autnomos, dotados de dignidade. No obstante, uma investigao mais aprofundada e crtica das estruturas de proteo montadas com o escopo de corresponder s peculiaridades desses sujeitos de direitos revela o senso de discriminao arbitrria que nunca deixou de estar em sua base e indica que por mais slidas que sejam as vigas levantadas em prol da proteo e da criana e do adolescente, elas o foram sobre um alicerce imprprio: o instituto das incapacidades. Investigado o sistema de proteo criana e ao adolescente com considerao aos fatos da vida nos quais se mostra necessria a invocao desse sistema, possvel vislumbrar quanto esse instituto das incapacidades assume um papel que, a princpio, no se desejava a ele atribuir, tornando-se centralizador e unificador do microssistema. Sendo inaceitvel tamanha importncia, quando inseridas as normas especficas de proteo no contexto do ordenamento em geral, preciso desvendar algumas das preocupaes ticas que esto na base da formulao de um sistema especial de proteo aos sujeitos de direito que se encontram ainda em desenvolvimento. A inteno resgatar o debate sobre os direitos da criana e do adolescente de um estado de estagnao em que se encontra, mapeando os aspectos que merecem ser levados em conta em uma abordagem sobre o tema e desvendando nessa cartografia as fronteiras que contm o exerccio livre e autnomo das decises existenciais das crianas e dos adolescentes para que no sejam mais traados aqum das suas necessidades nem alm de suas possibilidades.

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A síndrome da imunodeficincia adquirida (AIDS), causada pelo vrus da imunodeficincia humana (HIV), uma das mais destrutivas epidemias do mundo, e a infeco pelo HIV em mulheres jovens vem aumentando rapidamente nos dias atuais. Esse fato tem um impacto importante na transmisso vertical do vrus. Apesar da grande maioria dos casos de aids peditrica em todo mundo resultar da transmisso vertical, aproximadamente dois teros das crianas expostas ao HIV durante a vida fetal no so infectadas pelo vrus. Muitos trabalhos sugerem que durante a gestao doenas infecciosas maternas podem ter consequncias complexas para o desenvolvimento do feto, e poucos trabalhos tm explorado o impacto da exposio ao HIV sobre a responsividade imunolgica de crianas no infectadas a diferentes estmulos, particularmente na era das drogas antirretrovirais. Portanto, esse trabalho teve como objetivo avaliar eventos imunes em neonatos no-infectados expostos ao HIV-1 nascidos de gestantes que controlam (G1) ou no (G2) a carga viral plasmtica, usando neonatos no expostos como controle. Para tanto, sangue do cordo umbilical de cada neonato foi coletado, plasma e clulas mononucleares foram separados e a linfoproliferao e o perfil de citocinas foram avaliados. Os resultados demonstraram que a linfoproliferao in vitro induzido por ativadores policlonais foi maior nos neonatos do G2. Entretanto, nenhuma cultura de clula respondeu a um conjunto de peptdeos sintticos do envelope do HIV-1. A dosagem de citocinas no plasma e nos sobrenadantes das culturas ativadas policlonalmente demonstrou que, enquanto a IL-4 e IL-10 foram as citocinas dominantes produzidas nos grupos G1 e controle, a secreo de IFN-&#947;, IL-1&#61538;, Il-6, IL-17 e TNF-&#945; foi significativamente superior nos neonatos G2. Nveis sistmicos de IL-10 observados dentre os neonatos G1 foram maiores naqueles nascidos de mes tratadas com drogas inibidoras da transcriptase reversa do vrus. Por outro lado, nveis superiores de citocinas inflamatrias foram observados dentre estes nascidos de gestantes tratadas com terapia antirretroviral de alta eficcia. Em resumo, nossos resultados indicam uma responsividade imune alterada em neonatos expostos in utero ao HIV-1 e refora o papel do tratamento materno anti-viral com drogas menos potentes em atenuar tais distrbios.

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O processo de tratamento de efluentes por lodos ativados um dos processos de tratamento mais difundido em todo o mundo, devido principalmente a qualidade do efluente obtido. Entretanto, trata-se de um processo biolgico dependente da atividade bacteriana para a estabilizao da matria orgnica proveniente dos esgotos e com isso, se faz necessria a manuteno das condies ideais para a sobrevivncia e proliferao das bactrias e dos outros microrganismos envolvidos neste processo. Efluentes salinos causam um grande distrbio na atividade celular dos microrganismos presentes neste processo. A anlise biolgica do lodo e a taxa de consumo de oxignio so testes rpidos, prticos, baratos e sem gerao de resduos qumicos e que foram adotados neste trabalho para acompanhar a eficincia do processo. Esses dois parmetros so amplamente utilizados em pesquisas, porm ainda sub-utilizado para efetivo monitoramento de Estaes de Tratamento de Esgotos. Este presente trabalho investigou a influncia da salinidade nos processos de lodos ativados atravs de parmetros que levam em considerao a atividade metabólica dos organismos aerbios e atravs do monitoramento da comunidade de protozorios indicadores biolgicos do lodo ativado, os testes de respirometria e os testes da anlise biolgica do lodo, respectivamente. Os resultados da atividade metabólica so apresentados em forma de grficos, em termos de taxa de consumo de oxignio especfico e porcentagem de inibio. Os resultados da qualidade biolgica so apresentados em nmeros de 0 a 10 de acordo com o ndice de Madoni (1994). Os resultados demonstraram a imediata intoxicao dos lodos ativados em concentraes de sal a partir da concentrao mnima utilizada neste trabalho, que foi de 5 gL de NaCl. Para entender melhor o processo de intoxicao foi realizado experimentos de 96 horas de monitoramento aps o choque de cloreto de sdio nos reatores com lodos ativados, os resultados no demonstraram melhoria no processo. Os resultados sugerem que os testes de taxa de consumo de oxignio em consonncia com os testes da qualidade biolgica so eficientes e complementares para a avaliao da influncia da salinidade no processo de lodos ativados.

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O excesso ou a privao de nutrientes em perodos especficos do desenvolvimento, tais como a lactao, estimulam alteraes no metabolismo celular, por exemplo. Estas modificaes perpetuam-se ao longo da vida e em conseqncia tornam o organismo mais suscetvel ao aparecimento de patologias na idade adulta (Programao Metabólica). Estudamos a influncia da grelina na secreo de insulina em camundongos Swiss de 120 dias submetidos hiperalimentao na lactao. Para induzir a hiperalimentao as ninhadas foram reduzidas a 3 filhotes machos por lactante no 3o dia de vida ps-natal. As ninhadas controle foram ajustadas para 9 filhotes machos por lactante. Na idade adulta os animais hiperalimentados (AH) exibiram em comparao aos animais controle (AC) um incremento de 20% no peso corporal, maior ndice de Lee (1705,63 g/mm + 29,3 vs 1374,10 g/mm + 54,9; p< 0,001), elevao da gordura corporal (31,0% + 4,6 vs 21,5% + 3,6; p< 0,01), aumento da gordura retroperitoneal (0,79 g + 0,1 vs 0,44 g + 0,1; p< 0,001), hiperglicemia de jejum (151,83 mg/ dl + 8,3 vs 118,0 mg/ dl + 1,0; p< 0,001), hiperinsulinemia de jejum (54,06 UI/ml + 2,3 vs 19,28 UI/ml + 1,53; p< 0,001) e hipogrelinemia de jejum (98,64 pg/ml + 56,5 vs 201,14 pg/ml + 46,4; p< 0,05). Os AH apresentaram maior secreo de insulina in vitro em presena de glicose aos 10 minutos (209,66 UI/ml + 46,5; p< 0,05), 30 minutos (441,88 UI/ml + 30,2; p< 0,05) e 60 minutos (214,34 UI/ml + 29,8) em comparao aos AC, respectivamente 86,90 UI/ml + 9,5; 74,31 UI/ml + 7,7 vs 27,45 UI/ml + 6,1; p< 0,05. As ilhotas pancreticas dos AH adultos demonstraram em relao aos AC diminuio do consumo de O2 (1,76 pmols O2/ s. ilhota-1 + 0,4 vs 4,85 pmols O2/ s. ilhota-1 + 1,5; p< 0,001) e elevao do contedo do receptor de grelina GHSR1A (3,05 % + 2,13 vs 0,95 % + 0,1; p< 0,05). A grelina acilada estimulou a secreo de insulina in vitro dos AC aos 30 minutos (controle com grelina: 208,50 UI/ml + 40,85 vs controle sem grelina: 74,31 UI/ml + 7,7; p< 0,05) e diminuiu a razo do controle respiratrio (controle com grelina: 1,45 + 0,2 vs controle sem grelina: 2,51 + 0,7; p< 0,05). Nos AH, a grelina acilada elevou o contedo de GLUT2 nas ilhotas pancreticas em relao aos AC (hiperalimentados com grelina: 2,07 % + 0,5 vs controle com grelina: 0,85 % + 0,4; p< 0,01); entretanto a grelina no foi capaz de estimular a secreo de insulina nestes animais. Conclumos que a hiperalimentao na lactao associou-se ao aumento da gordura corporal e elevou a secreo de insulina na fase tardia do desenvolvimento. A grelina acilada estimulou a secreo de insulina somente nos AC adultos.

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Objetivo: Avaliar os efeitos da obesidade materna sobre a estrutura do pncreas e metabolismo de carboidratos no incio da vida adulta, com foco na prole da primeira gerao (F1) e segunda gerao (F2) de progenitoras F0 alimentadas com dieta rica em gordura nos perodos pr-gestacional, durante a gestao e lactao. Mtodos: Camundongos C57BL/6 do gnero feminino (F0) foram alimentadas com dieta padro (SC) ou dieta rica em gordura (HF) durante as oito semanas que antecederam o acasalamento, durante a gestao e lactao para gerar a F1 (F1-SC e F1-HF). As proles geradas receberam dieta SC at o terceiro ms de vida. Aos trs meses de idade, fmeas F1 foram acasaladas para gerar a F2 (F2-SC e F2-HF). Apenas os machos das gerao F1 e F2 foram avaliados aos 3 meses de idade. As caractersticas metabólicas foram avaliadas pela massa corporal (MC), glicemia de jejum, rea sob a curva no teste oral de tolerncia a glicose; anlise plasmtica de insulina, leptina e adiponectina; distribuio e anlise morfolgica do pncreas atravs da imunohistoqumica e imunofluorescncia. Resultados: A prole F1-HF teve aumento significativo na massa corporal e glicemia quando comparado F1-SC. Por outro lado, as proles F2-HF e F2-SC tiveram massas corporais semelhantes. A prole F1-HF e F2-HF mostrou aumento da ingesto de energia, intolerncia glicose, hiperinsulinemia, hiperleptinemia, hipoadiponectinemia, resistncia insulina, aumento da massa pancretica, o aumento da densidade de volume de ilhotas com elevada massa de clulas alfa e beta, ilhotas hipertrofiadas caracterizadas por uma distribuio alterada de clulas alfa e beta, e fraca imunoreatividade do pncreas homeobox duodeno-1 (PDx1). Concluses: Uma dieta HF materna consumida durante o perodo pr-concepo e durante toda a gestao e lactao em camundongos promoveu programao metabólica do pncreas endcrino com pr-disposio ao diabetes mellitus tipo 2 precoce nas proles F1 e F2 do gnero masculino, sugerindo que essas mudanas so intergeracionais.