304 resultados para Mattos, Glauco, 1951 Crítica e interpretação


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Uma das instncias de representao do mundo a linguagem. Por meio da lngua representamos dados de nossa experincia fsica e psquica, ou seja, representamos a realidade que nos cerca. Investigar como o homem representa essa realidade uma questo inesgotvel. Desse modo, necessrio selecionar um aspecto dessa realidade, i.e., fazer um recorte. Para tratar de como o homem representa o mundo, foi escolhido como objeto de pesquisa uma das mais recorrentes representaes feitas pela humanidade, a saber, deus. Os questionamentos em torno do personagem deus podem ser considerados uma das questes ontolgicas do homem. No mbito dos estudos da linguagem, a Lingustica Sistmico-Funcional mostra-se como suporte terico ideal, pois entende que a linguagem possui a habilidade de representar a realidade. O propsito da linguagem de representar ideias e expressar experincias remete Metafuno Ideacional que tem como ferramenta de anlise o Sistema de Transitividade. Sendo assim, nosso objetivo investigar, por meio do Sistema de Transitividade da LSF, que representaes de deus Jos Saramago nos mostra em seu ltimo romance, Caim, e responder s seguintes perguntas: Qual a representao do personagem Deus em Caim a partir da investigao dos enunciados do narrador, do personagem Caim e do prprio personagem Deus? A anlise lingustica corrobora ou no o posicionamento de Saramago expresso por meio de um narrador que se coloca contra Deus? Como a anlise lingustica pode corroborar e sustentar uma anlise literria? O conceito de religio e a relao homem-deus tm uma presena constante na obra de Saramago e, em Caim, o autor desconstri uma tradio judaico-crist, atravs das prprias narrativas bblicas do Velho Testamento. Por meio dos processos analisados possvel observar que o divino, na obra em questo, revestido de caractersticas humanas, vingativo, rancoroso e demonstra pouqussima compaixo por suas criaturas. Para Saramago, o Deus cristo faz dos seres humanos suas marionetes, por exemplo, quando induz Caim ao primeiro homicdio da historia crist. Desse modo, o autor desconstri a concepo judaico-crist do Deus justo, onipotente, onisciente e bondoso. Para o autor, Deus egosta, vingativo e se deixa levar pela ira

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This thesis examines Paul Austers extremely neglected early work: his poetry. Five books were published: Unearth (1974), Wall writing (1976), Effigies (1977), Fragments from cold (1977) and Facing the music (1980), available only at antiquarians and restrective universities libraries in the United States, as well as at the New York Public Library. Studies around Austers poetic oeuvre are restricted to papers, reviews, translators introduction, and a thesis that focus on his poetry to produce new analyses and interpretations of Austers novelistic works. The aim of this thesis is to gather this scattered material and provide new parameters of study around his poetry. Divided into three chapters, the first one maps the literary magazines where Auster published his poems at first, the translations of his poems and critical fortune; the second examines Austers five books according to three specific topics authorship, language, I and other themes related to them; the third analyzes White Spaces, text considered by the author as the bridge that leads him to prose and in this thesis as a singular writing in which Auster consolidates his literary project, since poetry, previous to prose, yet to come. Maurice Blanchot, Karlheinz Stierle and, principally, Auster, lay the foundation of the investigation. Other theorists who contribute to the understanding of the subject will be called to build the sui generis comparativism put into effect here

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Vidas Secas, de Graciliano Ramos considerada uma obra prima da fico regional da Literatura Brasileira da Gerao de 30. O romance um documento sobre a vida miservel de uma famlia de retirantes nordestinos, que sofrem as consequncias da seca no serto. O estudo do vocabulrio que permeia a trajetria dessa famlia gerou as bases para elaborao deste trabalho que tem como objetivo principal a formao de um glossrio de termos regionais nordestinos presentes na obra em estudo, a fim de contribuir com um dicionrio da fico do referido autor. Para isso, faz-se necessrio discorrer sobre a linguagem literria no Brasil a partir do Romantismo at o Modernismo. Expor a curva evolutiva da tradio regionalista brasileira, na fico, do Romantismo at o Modernismo, enfatizando autores e obras que participaram do processo de criao e evoluo do gnero em foco

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Este trabalho visa anlise das poesias erticas e satricas de Manuel Maria Barbosa du Bocage e de sua repercusso na sociedade portuguesa do sculo XVIII. A ironia, por definio, prope a inverso de enunciados, negando o contrrio daquilo que se afirma ou vice-versa. Mas, tal recurso, largamente empregado pelo Poeta, extrapola a mera funo de figura de pensamento, uma vez que, potencializando um poderoso arsenal crtico, propicia a construo de um discurso desestabilizador, cuja inteno colocar em xeque a ideologia oficial. A lrica bocagiana, em sua vertente ertica e satrica, vale-se do deboche, do escracho ou da stira desbocada para colocar s claras a distino entre essncia e aparncia, em uma sociedade cuja moral se constri a partir das crenas religiosas nem sempre professadas, quer pelo corpo social como um todo, quer pelo clero, guardio desta moral. Examinaremos, neste trabalho, os modos de representao discursiva inscritos nesta poesia. Bocage ultrapassou as fronteiras de seu tempo em poemas cuja licenciosidade, muitas vezes, no esconde uma ponta de amargura e sofrimento. Dividido entre dois mundos: o rcade, sob o signo da razo, constitudo de regras rgidas; e o romntico, regido pela paixo, Elmano no esconde o desconcerto, que procura na clandestinidade a via possvel para a expanso de um esprito revoltado

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O presente trabalho tem como objetivo estabelecer, pelo vis da Literatura Comparada, pontos de interseo entre o plano de vingana engendrado pelas personagens, Edmond Dants, no romance-folhetim O Conde de Monte-Cristo de Alexandre Dumas, e Norma Pimentel na telenovela Insensato Corao de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Alm de apresentar um histrico da formao, assim como a evoluo dos gneros, melodrama, folhetim e teledramaturgia. Este trabalho surgiu da vontade de revolver intertextos de obras, em diferentes gneros, que at hoje garantem uma continuidade de aspectos de absoro do grande pblico. Princpios tericos como aqueles de Julia Kristeva sobre intertextualidade, assim como os princpios de arquitexto e hipertexto, propostos por Grard Genette so tomados como norteadores da anlise. Pretendemos, tambm, refletir a respeito das ideias trabalhadas por Pierre Bourdieu sobre o capital simblico e o capital econmico das obras, trazendo tona uma discusso sobre o valor da produo artstica, considerando a sua recepo pelo seu respectivo pblico

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Diante da recorrncia da criao de personagens-escritores nas obras brasileiras de fico publicadas a partir dos anos 1990, foi escolhida a produo de Daniel Galera como estudo de caso. O personagem-escritor foi observado como estratgia para discutir questes relativas cena literria contempornea. Foi delimitado como corpus dessa pesquisa o blog criado durante a estada de Daniel Galera em Buenos Aires, ao participar do projeto Amores Expressos, e o romance Cordilheira (2008), escrito como fruto dessa experincia. Tendo em vista a trajetria de sua carreira em constante relao com a internet, foi analisada a construo do escritor-personagem no blog hospedado no site do projeto, em contraponto figura do personagem-escritor no romance. Para tanto, foram utilizados textos sobre a autofico, a performance e a autoria. Na comparao dos textos de ambos os suportes, foram evidenciadas semelhanas e diferenas nas problematizaes a respeito da formao do autor. Foi investigada a insero de trechos do blog no romance como estratgia que oferece complexidade nos espelhamentos das imagens e enriquece os efeitos de leitura do romance

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Este trabalho tem como objetivo criar um dilogo entre aspectos da cultura popular presentes no teatro de Plauto na pea Os Menecmos e no teatro de S de Miranda na pea Os Estrangeiros, estabelecendo uma abordagem comparativa entre as duas obras. Pensadores separados por sculos, mas ligados por caracterstica do teatro de natureza popular da Antiguidade, recriada no teatro renascentista portugus do sculo XVI. Plauto ser analisado em sua pea Os Menecmos atravs do texto e das representaes no teatro romano, dos personagens tipo da sociedade e das situaes de fundo cmico. S de Miranda, o verdadeiro mensageiro do renascimento em Portugal, um grande imitador do teatro romano, ser estudado comparativamente atravs de sua pea "Os estrangeiros". O teatro romano renasceu na imitao promovida pelo teatro renascentista portugus do qual S de Miranda o grande representante

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Leitura da narrativa O estrangeiro, de Albert Camus, e da narrativa flmica O homem que no estava l, dos irmos Ethan Coen e Joel Coen, com vistas a propor uma reflexo literria sobre o desconcerto do sujeito num mundo de solido, indiferena e nonsense existencial. Oriundas do esmaecimento de qualquer sentimento diante da inexorabilidade da conscincia da finitude, pelo comparatismo e com apoio no conceito de intertextualidade, so passadas em revista as trajetrias contingentes de Ed Crane − protagonista da obra cinematogrfica − e Meursault, personagem central do romance camusiano. Luz e sombra potencializam a aterradora atmosfera de absurdo na qual se desequilibra Ed Crane, em sua existncia obscura, em contraponto com a claridade reinante no percurso de Meursault. Ambos os personagens so condenados pela sociedade, de maneira inslita e definitiva, por intermdio de textos que denunciam, outrossim, a engrenagem trgica do sistema judicirio, permitindo-nos conectar os citados personagens, Plume Um certo Plume, de Henri Michaux e Joseph K. angstia errante engendrada por Franz Kafka em O processo

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A presente tese est calcada na anlise da obra de Ariano Suassuna, o Romance dA Pedra do Reino e o prncipe do sangue do vai-e-volta, considerado pelo autor como a sua obra maior e, a princpio, o primeiro volume da trilogia A maravilhosa desaventura de Quaderna, o decifrador, e no primeiro volume da segunda parte da trilogia, O rei degolado ao Sol da Ona Caetana. O trabalho consiste, fundamentalmente, em examinar o dilogo estabelecido entre a obra de Suassuna com textos representativos da tradio literria ocidental, mais propriamente com os que remontam ao medievo. Para isso, fez-se um recorte nas relaes que o romance trava com a matria cavaleiresca, principalmente com a Demanda do Santo Graal, na sua estrutura e no desenho psicolgico e moral dos personagens, notadamente de Sinsio, que encarna o mito do heri prometido, cujos paradigmas se assentam na figura lendria do Rei Artur, alm de Galaaz, e na histrica de D. Sebastio, o rei desaparecido de Portugal. Sabe-se que esses reis e heris mticos, considerados salvadores, uma vez que retornariam para restituir ao povo a dignidade e a liberdade perdidas, povoaram o imaginrio ibrico e chegaram ao Brasil trazidos pelos colonizadores europeus. Dessa forma, a cultura popular do Nordeste brasileiro povoada de histrias e lendas eternizadas e recriadas no folclore da regio e na literatura de Cordel. Mas, ao lado do messianismo, outro aspecto faz-se notrio nos personagens de Suassuna: a crueldade. E este tema, bem como o nome do personagem D. Pedro Dinis Quaderna, remete-nos para a histria de alguns reis ibricos da Idade Mdia: Pedro de Portugal e Pedro de Castela, que sero revisitados luz da Crnica de D. Pedro de Ferno Lopes, no intuito de observar-se o dilogo com esta estabelecido por Suassuna, direta ou indiretamente

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Representaes ps-coloniais em Ruy Duarte de Carvalho: uma leitura de Os papis do ingls investiga a narrativa ficcional do romancista e antroplogo angolano Ruy Duarte de Carvalho, partindo do pressuposto de que a obra contm uma intricada rede discursiva em que esto confrontados os discursos colonial, ps-colonial e a crítica do modelo utpico de nao que se buscou construir, e efetivamente se construiu, em Angola aps a independncia. Para-lelamente a essa rede discursiva, a narrativa tambm se constitui de um encontro de diversas formas literrias distintas a poesia, o dirio, a prosa e o ensaio etnogrfico, evidenciando a complexidade do romance em questo. Tendo como base o livro de Ruy Duarte de Carvalho, abordamos a histria literria e poltica de Angola, seu desenvolvimento, suas relaes e ten-ses principalmente com o colonizador europeu, com sua histria passada e, mais recente-mente, com seu perodo independentista, procurando evidenciar como as releituras dos discur-sos histricos e ideolgicos coloniais tornaram-se um campo profcuo para o desenvolvimento de narrativas literrias que ampliam os limites da escrita no mbito ficcional e poltico-ideolgico. Alm dos textos de Ruy Duarte de Carvalho, este trabalho foi desenvolvido utili-zando como eixo norteador textos de estudiosos da literatura angolana, como Laura Padilha, Rita Chaves e Jos Carlos Venncio; tericos que discutem a crítica ps-colonial, como An-tonio Negri, Edward Said, Stuart Hall, Russel Hamilton e Boaventura de Sousa Santos; textos histricos escritos pelo colonizador portugus em solo angolano, como Henrique Galvo, Ralph Delgado e Jos Ribeiro da Cruz; alm de textos escritos por intelectuais africanos, como Aim Csaire e Amadou Hampat-B, e tericos que analisam as relaes entre antropologia e literatura, como James Clifford

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Imagens de um corpo de mulher: (re)criaes na obra de arte de Clarice Lispector e Frida Kahlo uma pesquisa de ordem literria e filosfica, que tem como objetivo encontrar um corpo de mulher atravs da anlise de parte da produo literria de Clarice Lispector e plstica de Frida Kahlo, experimentada tambm pela pesquisadora no exerccio desta escrita acadmica. Com o mtodo comparativo, esta dissertao prope apresentar zonas fronteirias entre a plasticidade e a textualidade, tanto da palavra, quanto da imagem. Tendo como ponto de interseo o corpo, h uma escritora que pinta e uma pintora que escreve: neste duplo deslocamento, vislumbram-se cruzamentos das quais insurgem corporalidades cuja constncia estar em transformao. Nos processos criativos das duas artistas pesquisadas, so tnues os limiares entre vida e arte. Coloca-se em questo o conceito de representao, j h muito tempo em crise, e possibilita o uso do termo (re)criao. No livro gua Viva, de Clarice Lispector, uma personagem-pintora realiza uma metaescrita, discutindo as limitaes e os alcances do prprio ato de escrever. Nos quadros de Frida Kahlo, recorrente a presena de uma figura corprea marcada por procedimentos cirrgicos, fruto da condio enferma que acompanhou a artista por toda sua trajetria. Cada uma, a seu modo e a partir de seu prprio corpo vivente, produziu (re)criaes que implicam, em suas obras de arte, o leitor e o fruidor, inclusive a pesquisadora. Diante desse panorama, destacam-se os imbricamentos entre a Literatura e a Pintura, assim como entre a Arte e a Filosofia. Este trnsito no s aponta, mas tambm gera corpos potico-conceituais. A cintilao destes encontros, pois, o devir aqui estudado um corpo de mulher por vir

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O ano de 1924 torna-se significativo para Oswald de Andrade e, de um modo geral, para a histria da literatura brasileira. De um lado, publicava-se o livro Memrias sentimentais de Joo Miramar, romance que situaria o escritor, conforme declarara seu grande aliado no propsito de atualizao das artes nacionais, Mrio de Andrade, no seleto grupo dos autores modernistas. Ou, de acordo com uma fortuna crítica pouco mais recente, obra que o elevaria condio de um artista propriamente moderno, de extremada vanguarda. De outro, lanava-se o Manifesto da Poesia Pau Brasil, documento reconhecido como a primeira iniciativa mais definida de construo, no decorrer de uma fase destrutiva do primeiro tempo do modernismo, de um programa esttico para o meio artstico brasileiro. Um dos seus principais pontos, como se destaca nesta tese, corresponde discriminao de certos princpios que tornariam possvel o desenvolvimento de uma poesia de exportao. Estabeleciam-se determinados preceitos que possibilitariam, alm de uma valorizao de elementos representativos de uma brasilidade outrora esquecidos, uma condio de as iniciativas nacionais situarem-se, por meio de dilogos, intercmbios, em um plano igualitrio de contribuies junto a um segmento vanguardista de Paris. Ambos os textos representariam um avano to expressivo em relao s realizaes anteriores do escritor, que alguns crticos compreendem-nos como indicativos da existncia de dois Oswalds: um, o de antes, predominante convencional; outro, extremamente moderno. Investigar o percurso relacionado emergncia do segundo Oswald a partir do primeiro constitui-se como o objetivo da pesquisa. Trata-se de recuperar e demarcar, criticamente, certas origens e desenvolvimentos relativos a um autor, comumente reconhecido como pouco significativo, em seus itinerrios de constituio daquele que se tornou cannico na literatura brasileira. Para tanto, estabeleceu-se como corpus do desenvolvimento deste trabalho, uma produo que comporta, entre outros documentos, as suas primeiras contribuies no jornal Dirio Popular, os escritos para O Pirralho, as verses iniciais e manuscritas de Memrias Sentimentais de Joo Miramar, a conferncia pronunciada na Sorbonne, Leffort intellectuel du Brsil contemporain, e os artigos e crnicas que o escritor remete a seus amigos no Brasil e imprensa, por ocasio de sua permanncia na Europa em 1923

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A presente pesquisa objetiva ressaltar a valorizao da mulher na obra do autor portugus Jos Saramago. Buscou-se encontrar os argumentos que justificam esta proposta atravs da leitura sistemtica de dois de seus textos: Memorial do convento e Ensaio sobre a cegueira. Serviram de objeto de estudo as trajetrias percorridas pelas personagens Blimunda, do primeiro ttulo, e a mulher do mdico, do segundo e, assim, foi possvel destacar e analisar, com o auxlio de tericos da literatura e de especialistas na vida e na obra de Saramago, traos que comprovam a importncia das mulheres, de modo geral, em suas histrias. Alm disso, observou-se, nos excertos aqui contidos e retirados das obras estudadas, o modo como estas mulheres assumem o controle das narrativas das quais fazem parte, assumindo a funo de protagonistas. Insta registrar que, assim como elas passam a figurar como personagens principais, tambm foi importante constatar o olhar analtico lanado por Jos Saramago, atravs de suas criaes, sobre a condio humana na sociedade contempornea, apresentanto a mulher como sada para as crises que acometem o homem moderno

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A proposta deste trabalho analisar o romance On the Road, do escritor Beat Jack Kerouac em dilogo com a tradio da Literatura de Viagem. O estudo baseia-se em duas perspectivas em especial: a escrita de si e a escrita do outro. No que diz respeito a esta ltima, observamos os tons etnogrficos e historiogrficos que aparecem no romance e remetem tradio. No que tange a escrita de si, observamos como a obra se comporta em relao ao carter de Romance de Formao muito comum em relatos de viagem. Por concluso, sugerimos que a obra por vezes d continuidade, por vezes rompe com essas vertentes. On the Road e seu autor estariam, portanto, sempre em movimento

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A partir da anlise das diversas verses de Malhas da Liberdade (1976-2008), obra de Cildo Meireles, o ensaio Cama de gato traa um percurso rizomtico por entre as transformaes e inflexes das estratgias polticas e de alteridade da produo do artista e, de modo mais amplo, de parte da recente arte brasileira. Atravessando aspectos como a histria da arte, a subjetividade, a economia e a histria, o ensaio faz uma leitura sobre as metaformoses dos modos de participao ativados e propostos pela prtica artstica, atentando para suas implicaes polticas e ideolgicas. Por entre a cama de gato de ideias e interpretaes do ensaio esto, ainda, reflexes sobre a historiografia da arte brasileira e seu processo de internacionalizao, alm de uma preocupao com a relao entre arte, participao, alteridade, topologia, espao social e democracia