683 resultados para Leitores Reação crítica - Teses
Resumo:
Este trabalho se prope investigar o homem humano rosiano atravs do personagem figural Diadorim. Seguindo pelas veredas Bakhtinianas e Ricoeurianas chegaremos ao palco polifnico por excelncia, o grande serto. Nele, analisaremos as vozes da paixo em Diadorim: o corpo, a religio e a proclamao do homem humano rosiano no Grande Serto: Veredas. Investigaremos as travessias desde o menino, Reinaldo, Diadorim, Deodorina da f at o nascimento do homem humano: a efetiva travessia nonada. Logo, Diadorim coincidentia oppositorum, a reunio dos contrrios, que est determinada a eliminar aquele que no . Apresentaremos a sntese da modernidade rosiana: Nem Deus, nem demo: Diadorim - o homem humano no palco polifnico do grande serto, espao onde o diabo no h, existe homem humano
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Esta dissertao um estudo comparativo do legado vitoriano deixado para as escritoras do sculo XX, Virginia Woolf e Sylvia Plath. Primeiro discutem-se as agncias controladoras do corpo feminino na era vitoriana e a formao de um ideal de feminilidade que chamamos de Anjo do Lar. Em seguida, discute-se como Virginia Woolf apreende essa imagem e a subverte, criando seu duplo, que chamamos de Demnio do Lar. Por fim, promovemos o dilogo entre Sylvia Plath e Virginia Woolf. Plath parece escrever aos moldes de Woolf, criando uma literatura de morte, feita para assassinar o Anjo do Lar. Usamos para tal estudo o conceito de criture fminine, criado pelas francfonas Hlne Cixous, Luce Irigaray, e Julia Kristeva, entre outras, para traar os paralelos entre um lugar para o feminino na escrita e a busca de uma tradio por Woolf. A abjeo de Kristeva, a dinmica de poder entre alma e corpo de Foucault e o conceito de duplo de Otto Rank nos ajudaro, por fim, a entender como se d a morte do Anjo na literatura, especificamente no romance A redoma de vidro (1963) de Sylvia Plath
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Este trabalho, estruturado em trs captulos, uma anlise crítica da Grammatica Expositiva da Lngua Portuguesa de Mario Pereira de Souza Lima, publicada em 1937, pela Companhia Editora Nacional, em sua Bibliotheca Pedaggica Brasileira, Serie 2 Livros Didacticos Vol. 70, somente reeditada, em 1945, pela Livraria Jos Olympio Editora, sob o ttulo de Gramtica Portugusa. No primeiro captulo, faz-se a contextualizao histrica do surgimento da Grammatica Expositiva, com a apresentao de seus antecedentes e as correspondentes referncias s linhas do pensamento gramatical e do pensamento pedaggico que norteavam as publicaes dos compndios didticos de estudos gramaticais. Mostra-se a filiao terica da obra compulsada, no segundo captulo, no qual se examinam as influncias incidentes sobre os procedimentos de interpretao adotados por Mario Pereira. A anlise da estrutura da Grammatica Expositiva da Lngua Portuguesa feita, criticamente, no terceiro captulo, com o intuito de aferir o carter inovador da abordagem que efetua dos contedos gramaticais, explicitando-se as suas peculiaridades, quando confrontada com duas outras obras coexistentes: a Grammatica Expositiva (Curso Superior) de Eduardo Carlos Pereira e a Grammatica Secundaria de Manuel Said Ali, a partir dos critrios de conceituao dos fatos e categorias gramaticais, em especial as classes de palavras e as funes sintticas. Quanto aos fins pedaggicos e ao perfil do corpus, caracteriza-se a obra, atravs do exame do conceito de uso padro adotado, majoritariamente literrio, com indcios, entretanto, de preocupao com a variao da lngua, com alguns indicadores das diferenas entre o uso brasileiro e o portugus. Selecionam-se, tambm, temas acompanhados de comentrios, com destaque para o novo, para o descritivamente mais consistente. Em concluso, assinalada a singularidade da obra, no contexto dos estudos gramaticais realizados, na poca de sua publicao, tendo em vista a sua abordagem inovadora, particularmente, no que se refere perspectiva morfossinttica de exame pela qual se inicia
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A reação de transformao de MeOH em olefinas leves foi investigada sobre zelitas HZSM-5 com razes SiO2/Al2O3 (SAR) iguais a 30, 80 e 280. As propriedades cidas e texturais da amostra com SAR 30 foram modificadas por impregnao com cido fosfrico. A caracterizao fsico-qumica das amostras foi realizada empregando-se as tcnicas de FRX, fisissoro de N2, DRX, DTP de NH3 e IV com adsoro de piridina. O desempenho cataltico das mesmas foi comparado tanto em condies reacionais similares (mesma T, presso parcial de MeOH e WHSV) como em condies de isoconverso. Verificou-se, que quanto maior a SAR da zelita, menor a densidade total e a fora dos stios cidos presentes, sendo este efeito mais significativo para os stios de Brnsted. O efeito do aumento da SAR favoreceu a estabilidade cataltica e a formao de olefinas leves, principalmente propeno. No caso das amostras contendo fsforo, foi observada uma reduo linear na rea especfica BET e no volume de microporos com o aumento do teor de fsforo. Estes resultados, aliados aos obtidos por DRX, sugerem que a reduo mais significativa na rea especfica e no volume de microporos pode ser associada reduo na cristalinidade e formao de espcies amorfas contendo fsforo, que bloqueariam a estrutura porosa da zelita. No se observou alterao significativa na fora dos stios fracos, enquanto a fora dos stios fortes diminuiu significativamente. As amostras apresentando menor SAR e menor teor de fsforo foram mais ativas. Por outro lado, em condies de isoconverso de 916%, a amostra mais seletiva formao de olefinas foi aquela com maior SAR. Dentre as amostras impregnadas, aquela contendo 4% de fsforo foi a mais seletiva a propeno, enquanto a que continha 6% foi mais seletiva a eteno. A amostra com SAR igual a 280 foi investigada variando-se a temperatura de reação (400, 500 e 540C) e a presso parcial de metanol (0,038; 0,083 e 0,123 atm), atravs de um planejamento experimental do tipo Box-Benhnken (32). O rendimento otimizado em olefinas leves foi alcanado a 480C e 0,08 atm. O modelo proposto descreveu bem os dados experimentais e evidenciou a existncia de uma faixa tima de temperatura para maximizao do rendimento em propeno e eteno, o qual foi tambm afetado pela presso parcial de MeOH na faixa estudada. Palavras-chave: ZSM-5, olefinas, propeno, eteno, processo MTO, fsforo.
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Desde o Sculo passado, a figura feminina tem o seu papel e o seu comportamento social impostos pelo meio do qual ela faz parte. Atualmente, embora muitas mudanas tenham ocorrido, ainda h expectativa quanto s atitudes e aos padres femininos, sejam eles de forma fsica, de vesturio ou de comportamento. Na busca de tais modelos de sucesso, a mulher v como aliada a revista femininaNo podemos nos esquecer, a respeito das revistas femininas, que historicamente as mulheres tiveram acesso leitura e escrita bastante tempo depois dos homens. Por esse motivo, talvez, elas possam ser vistas como uma presa fcil aos olhos dos editores, uma vez que seu contato com a leitura recente e consequentemente sua anlise crítica menos desenvolvida. Um dos recursos utilizados pela mdia, entre elas as revistas femininas, explorar ao mximo o carter argumentativo dos termos. Uma vez que seu objetivo maior exercer influncia sobre a populao, ela utiliza o poder de persuaso das palavras para alcanar tal objetivo.A dissertao que ora apresento teve por objetivo no s a busca dos artifcios argumentativos utilizados nessas revistas, a fim de convencer a mulher do Sculo XXI de que seu papel permanece inalterado, mas tambm mostrar que esse tipo de manifestao escrita deve ser lido com maior cuidado e maior ateno diferentemente do que da atitude habitual de leitura de textos cujo nico objetivo apenas entreter
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Este trabalho tem como objetivo investigar pontos de convergncia nas obras de dois autores britnicos, Angela Carter (1940-1992) e China Miville (1972- ). Os romances a serem estudados so Nights at the circus (1984) e The infernal desire machines of Doctor Hoffman (1972), de Angela Carter, e Perdido Street Station (2000) e The city & the city (2009), de China Miville, e, como ponto de partida, ambos demonstram elos representativos com a fico de gnero, evidenciados pelas obras escolhidas. Ao esmiuar paralelos entre os romances, busca-se em especial dissecar as intersees temticas e estilsticas, bem como as divergncias e contradies que despertem interesse. Entre os temas investigados est a alteridade e o hibridismo ambos autores fazem uso de personagens ex-cntricos e usam o hibridismo de modo a acentuar a Alteridade reservada ao Outro. Tambm ser examinada a abordagem dos autores fico de gnero e o tratamento reservado aos tropos e clichs da Fico Cientfica e da Fantasia. Por fim, a pesquisa observar o conceito que ambos compartilham de que discursos podem no ser uma mera reflexo da realidade, mas tambm criar e moldar o que tomamos por real. A todos os temas so aplicadas a teoria e crítica do ps-modernismo, alm do material especfico que lida com a fico especulativa, Fantasia e Fico Cientfica
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A problemtica da autoria tem ganhado uma nova roupagem na contemporaneidade. No se pode mais reconhecer o poder e a influncia que o autor outrora exercia sobre suas produes artsticas, pois a sua identidade como tal se confunde com a da "pessoa real". Essa questo da identidade autoral ser discutida e problematizada atravs da figura do duplo. O tema do duplo, to caro histria da literatura ser ento empregado como elemento desconstrutor da figura do autor. Esse deixar de ser aquele que carrega consigo uma srie de expectativas e juzos de valor com relao ao conjunto de suas produes, dando lugar ao um outro - o duplo -, estranho ao leitor. Assim, cabe a questo do que restar quando a marca do autor for esvaziada, quantas sero as vozes que abriro caminho ao discurso narrativo e o que ir caracterizar a figura do autor contemporneo. So estas as questes que impulsionaram a redao da presente dissertao. Neste trabalho ser analisada a questo da autoria e da identidade a partir da figura do duplo em dois romances contemporneos, a saber: Budapeste de Chico Buarque de Hollanda e Vom Dorf de Antje Rvic Strubel. A escolha de um romance brasileiro e de outro alemo visa explicitar que a problemtica da autoria uma questo atual e que encontra expresso em diferentes contextos literrios, como o alemo e o brasileiro. A questo complexa e encontra desdobramentos nas novas formas de comunicao e tem relao direta com o processo de globalizao. Iremos fazer um recorte transversal abordando a histria do desenvolvimento do duplo na literatura, suas origens, os romances nos quais se manifestam suas diferentes expresses. Em seguida adentraremos o terreno movedio da problemtica da identidade sempre tendo como foco a viso diacrnica da questo e em por fim apresentaremos a constituio histrica da figura do autor e suas implicaes para a crítica literria. Num outro momento verificaremos como esses elementos so expressos nos romances em questo
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Estudo do texto teatral O Mambembe, a partir dos contextos em que foi criado, em 1904, e depois reabilitado, para o pblico e para a crítica, 55 anos depois. A tica da recepo destaca esta pea do conjunto da obra de Artur Azevedo, deixando entrever, principalmente a partir de uma possvel ideologia de um teatro educador dos sentidos, as contradies do texto com o mundo da diverso teatral na entrada do sculo XX carioca, sua tentativa de certa forma de escapar a sua massificao, apelando ao passado e promessa de um futuro mais artstico para o teatro. Na primeira parte se discutem as ideias inaugurais para o teatro de formao na modernidade, e como estas so catalisadas no Brasil em torno de um teatro que civiliza pela formao de almas, at a poca de Artur Azevedo. Depois de explorar alguns aspectos histricos da poca de O Mambembe, expe-se um pequeno painel e algumas consideraes tericas sobre a indstria e a estrutura do teatro ligeiro da entrada para o sculo XX.Na segunda parte do trabalho, ligadas s questes tericas sobre recepo teatral, so discutidas as noes de teatro e cultura de cada poca, atravs de comentrios e críticas de jornais. Depois de uma pequena exposio das mudanas ideolgicas e culturais que se passaram no intervalo dos 55 anos entre uma montagem e outra, o trabalho termina com uma proposta de metaforologia do texto a partir das informaes colhidas e resultados experimentados
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O objetivo do presente trabalho consiste na anlise crítica dos efeitos da poltica criminal fiscal brasileira sobre a proteo do bem jurdico protegido pelo Direito Penal Tributrio, investigando se instrumentos de poltica criminal fiscal auxiliam na proteo do bem jurdico tutelado pelo Direito Penal Tributrio. Para tanto, primeiramente, ser analisada a criminalidade econmica, bem como os institutos bsicos dos delitos tributrios. Posteriormente, estudar-se- o bem jurdico tutelado pelos delitos fiscais e de que forma os instrumentos de poltica criminal fiscal tem influenciado em sua proteo. O presente estudo dividido em quatro captulos. Os dois primeiros dedicados ao enquadramento metodolgico do tema, sendo que nos trs primeiros optou-se por pesquisar a viso de doutrinadores europeus, sobretudo espanhis e portugueses, pelo fato de o Direito Penal Econmico apresentar destacado desenvolvimento naqueles pases. J no ltimo captulo, preferiu-se dar destaque doutrina e jurisprudncia locais, em funo de os instrumentos de poltica criminal-fiscal estudados influenciar a realidade brasileira e no estrangeira. No primeiro captulo ser estudado o Direito Penal Econmico, ramo do Direito Penal que se ocupa da criminalidade econmica, apresentando as diversas teorias a respeito da conceituao dos delitos econmicos. Os delitos econmicos sero, ainda, contextualizados com o fenmeno da expanso/modernizao do Direito Penal, apurando-se os efeitos desta espcie de criminalidade dentro de uma sociedade de risco, com todos os novos bens jurdicos dela caractersticos e passveis de tutela por meio do Direito Penal. No segundo, analisado os contornos bsicos do Direito Penal Tributrio, diferenciando-o do Direito Tributrio Penal e trazendo as diversas conceituaes e classificaes dos crimes tributrios dentro do ordenamento jurdico brasileiro. Em seguida, buscar-se- responder questo de pertencerem, ou no, os crimes tributrios seara do Direito Penal Econmico, na qualidade de delitos econmicos. Mais frente, no terceiro captulo, ser investigado o bem jurdico penal protegido pelo Direito Penal Tributrio e sua relao com os direitos humanos fundamentais e ao custeio das polticas sociais que o Brasil, como Estado Social e Democrtico de Direito, se props a desenvolver. No captulo quatro, finalmente, sero estudados os instrumentos de poltica criminal-fiscal utilizados no Direito Brasileiro (extino da punibilidade pelo pagamento do tributo sonegado, critrios de aferio dos crimes fiscais de bagatela, natureza jurdica do encerramento do procedimento administrativo fiscal e a no escolha da sonegao fiscal como antecedente da lavagem de dinheiro) e os efeitos que engendram na proteo do bem jurdico penal tutelado pelo Direito Penal Tributrio, para, ento, concluir o trabalho.
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Nossa tese tem por objeto o percurso Da Sujeio Coragem da Verdade na obra de Michel Foucault, filsofo que, efetuando uma mudana radical do pensamento adotado pela tradio clssica, afasta-se da concepo cartesiana de sujeito como substncia - res cogitans-, suporte a partir do qual todo conhecimento possvel e o insere como um sujeito objetivado e subjetivado, um efeito da relao poder-saber, que se efetiva nas prticas sociais, a partir de sua aproximao com os pensamentos de Nietzsche e Canguilhem. Temos como objetivo investigar de que maneira Foucault, a partir deste sujeito, objetivado e subjetivado, encontra a possibilidade de constituio de um sujeito tico, que resistindo objetivao e subjetivao dadas, elabora uma esttica da existncia. Nossa hiptese de trabalho que Foucault, ao convergir suas pesquisas ao perodo helenstico-romano, identifica a possibilidade de um governo de si, que permite a elaborao de uma esttica da existncia, afirmada pela Coragem da Verdade, que tem no cinismo sua maior expresso. Utilizamos como metodologia, a leitura, interpretao e anlise crítica de textos de Foucault, bem como de textos de seus comentadores. Como resultado de nossa pesquisa foi possvel verificar que Foucault encontra a passagem de um sujeito assujeitado para um sujeito capaz de se subjetivar, atravs do exerccio de um governo de si, de um cuidado de si, calcado na Parrhesa, na Coragem da Verdade. Atravs do exemplo cnico, pode ser colocada em prtica, por um ato de escolha, uma filosofia militante, que faa da vida filosfica e da vida verdadeira uma vida outra: uma esttica da existncia.
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Atravs da anlise da revista Nao Armada, publicao de carter civil-militar dedicada a Segurana Nacional, publicada pelo Exrcito brasileiro entre 1939 e 1947, o presente trabalho tem como objetivo compreender o processo de construo de um pensamento autoritrio e anticomunista no Exrcito brasileiro neste perodo, e medir a contribuio do peridico Nao Armada neste processo. Utilizando a Nao Armada como fio condutor, procuramos remontar as formas de pensamento dos homens da poca, tendo o mesmo cuidado em analisar conceitos como o de autoritarismo. Metodologicamente, adotamos primeiramente uma abordagem hermenutica, quando todos os dados relacionados publicao da Nao Armada (editores, tiragem, formato, autores, artigos, etc.), foram exaustivamente levantados e organizados, e em seguida passamos a uma abordagem heurstica, quando passamos crítica interna do contedo da Nao Armada, analisando os conceitos e discursos mais recorrentes. Contextualizamos nossa circunscrio temporal e temtica Era Vargas, e ao momento internacional. Trouxemos discusso fatos histricos pontuais e locais, cronologicamente anteriores publicao de Nao Armada, como a Intentona Comunista de 1935, bem como processos mais abrangentes e internacionais como a crise do sistema poltico liberal, a Segunda Guerra Mundial e o comunismo. Autores como Azevedo Amaral, Francisco Campos e Oliveira Vianna nos forneceram um arcabouo primordial para o entendimento de uma ideologia autoritria no Brasil na primeira metade do sculo XX. Dentre as vrias ramificaes que o presente trabalho apresentou, em virtude de perodo to rico e transformador da histria nacional e mundial, adotamos uma hiptese principal, que vai ao sentido de um processo contnuo de elaborao de iderio anticomunista e autoritrio no Exrcito brasileiro atravs de construes simblicas, e de tradies inventadas.
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O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma leitura do romance A Costa dos Murmrios da autora Ldia Jorge, que aborda o lado oculto da guerra portuguesa em frica, denunciando os fatos ali ocorridos, destacando os aspectos da narrativa, o universo simblico e as caractersticas de alguns personagens, com finalidade de desconstruir, revelar, rasurar junto com Eva Lopo a Histria oficial, bem como ler as entrelinhas a fim de desvendar a barbrie da guerra colonial em frica por meio desse extraordinrio recuo temporal realizado por Ldia Jorge. Atravs de sua personagem principal, encontramos a metamorfose de uma frgil Evita, que ressurge, agora, na pele daquela que devora- Eva Lopo (lupus)
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A presente pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso com abordagem qualitativa de anlise, tem carter etnogrfico e props dar continuidade pesquisa de Guimares (2008). Analisamos, na prtica de sala de aula de um sujeito selecionado entre os participantes do estudo anterior, como ocorre o trabalho com leitura em E/LE em materiais retirados da Internet. Para isso, partimos dos seguintes questionamentos: (1) o que, para o professor, em sua prtica, representa desenvolver atividades de leitura; (2) que tratamento recebem os textos oriundos do meio virtual e (3) como a prtica, objetivos e base terica deste professor se relacionam com a sua auto-imagem que aparece no questionrio (Guimares, 2008).Selecionamos o sujeito em funo de sua alta adeso ao uso de recursos informticos e sua proposta de ensino-aprendizagem de espanhol como lngua estrangeira com base no desenvolvimento da compreenso leitora. Utilizamos como instrumentos de coleta de dados: o questionrio da pesquisa de Guimares (2008), os materiais utilizados pelo professor nas aulas observadas, as fontes originais virtuais dos textos presentes nesses materiais, o dirio de campo do pesquisador, as gravaes em udio das aulas analisadas e a entrevista realizada com o informante. Nossa base terica est fundamentada nos modelos de leitura, em especial o scio-interacional, na caracterizao da leitura em meio digital e no processo de transposio didtica. Verificamos que o sujeito, baseado na teoria scio-interacional, tem como foco de seu trabalho o desenvolvimento da habilidade leitora de seus alunos. Analisamos, tambm, as mudanas promovidas nos textos usados em sala de aula, em comparao s suas verses originais digitais. Discutimos que essas alteraes podem trazer as consequncias para o desenvolvimento da competncia leitora e compreenso do texto por parte dos leitores-alunos, tanto no que se refere, especificamente, ao seu letramento digital como no processo leitor como um todo. Sobre a auto-imagem que o professor constri atravs do questionrio de Guimares (2008), conclumos que, como apontado, o informante desenvolve um trabalho direcionado ao ensino de leitura em E/LE, assim como tem a internet como uma das principais fontes de materiais para suas aulas. Porm, a estrutura da instituio na qual atua o limita e altera as formas de trabalhar com textos e ferramentas virtuais, proporcionando uma mudana no perfil definido pelo questionrio
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da natureza do ser humano encantar-se, ao menos em determinada fase da vida, pela narrativa de um conto de fadas, deixando-se levar pela fantasia da Literatura, acreditando que nas pginas de um livro tudo possvel. Essa crena na fantasia, no entanto, pode no lhes acompanhar a vida toda, uma vez que a passagem da infncia para a adolescncia e a fase adulta, bem como as exigncias do mundo moderno, cerceiam essa capacidade de fantasiar, ao mesmo tempo inata e necessria ao homem. A escola, ento, teria o papel fundamental de preserv-la, perpetuando nos alunos o gosto pela fantasia, to essencial ao seu desenvolvimento cognitivo e psicolgico, alm da percepo esttica; afinal, Literatura arte. Nem sempre isso o que ocorre, e o ambiente escolar torna-se um espao de reproduo de conhecimentos, com o ensino focado na norma gramatical, na historiografia literria, sendo o texto relegado ao simples papel de pretexto para anlises dissociadas do que realmente importa: o texto e os recursos que o compem. No caso da Literatura, arte da palavra, parte-se do pressuposto de que um dos recursos essenciais para sua concepo sejam as metforas, instaurando a fantasia. Chega-se, ento, a um ponto crucial desse trabalho: as metforas so componentes essenciais da fantasia, mas ambas so relegadas pela escola, que no se pauta por um ensino produtivo. Ao invs de compreenderem o potencial metafrico, aos alunos cabe a simplria tarefa de reconhec-las e classific-las. Essas constataes despertaram o desejo de entender melhor a relao existente entre fantasia, metfora e literatura infantil, gerando alguns questionamentos: afinal, o que fantasia? o mesmo que fantstico? A fantasia caracteriza, apenas, a Literatura infantil? Essas indagaes propiciaram reflexes acerca da importncia do texto literrio na sala de aula e no trabalho feito com ele. Assim, lanando teoria um olhar docente, empreende-se uma anlise do livro A casa da madrinha, de Lygia Bojunga, verificando a fantasia presente na obra perfeita fuso entre o real e imaginrio e como ela se instaura: pelas metforas
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Esse trabalho tem por objetivo investigar os processos de normalizao e de gesto sociomdica da morte na sociedade contempornea, a partir da anlise de uma modalidade de assistncia em medicina proveniente do mundo anglo-saxo denominada cuidados paliativos, cujo processo de institucionalizao no Brasil est em pleno curso. Parte-se, inicialmente, da anlise das transformaes nas apreenses sociais da morte que ocorreram no curso do sculo XX, com destaque ao perodo de 1960-1970 que, em seu conjunto, criou as condies de possibilidade para a emergncia histrica dos cuidados paliativos como um modelo de gesto do fim vida. Em seguida, a partir da noo de normalizao das condutas de Michel Foucault, realiza-se uma anlise crítica da concepo de boa morte como um dos principais dispositivos que visam regulao dessa nova prtica mdica. Busca-se problematizar a constituio desse novo saber e nova disciplina atravs do questionamento do controle mdico de importantes setores da vida biolgica, como atualmente o processo do morrer, ancorado em grande medida nos processos de normalizao presentes na sociedade contempornea, que no campo da sade assume uma forma medicalizante e, mais recentemente, biomedicalizante. A pesquisa balizada pelos referenciais tericos da Sade Coletiva, com nfase na articulao crítica de uma leitura sobre a medicina ocidental, sua racionalidade e seus dispositivos, cujo monoplio incide sobre os corpos individuais e as populaes atravs dos processos de normalizao, como teorizada por Michel Foucault e Giorgio Agamben. Alm da pesquisa terica que visa o entendimento da posio assumida pela vida e pela morte no contexto biopoltico e no dispositivo da medicina, efetuou-se uma pesquisa de campo na Clnica da Dor e Cuidados Paliativos do Hospital Universitrio Clementino Fraga Filho HUCFFUFRJ. A partir da observao etnogrfica busca-se investigar a implementao de um servio de cuidados paliativos no sistema pblico brasileiro e avaliar como se materializa no cotidiano da assistncia a gesto normativa da morte. O estudo evidenciou que ao lado de uma gesto mais normativa, expressa na concepo da boa morte, coabitam modalidades de cuidado nessas prticas de sade, cuja nfase recai sobre os aspectos ticos de reconhecimento do outro como um legtimo outro e na considerao de sua capacidade de autodeterminao e de ascese. Foi possvel observar no trabalho clnico cotidiano um esforo dos profissionais para construir uma relao de cuidado aberta para a singularizao, o que aponta para os paradoxos do cuidado. A partir desses dados foram esboadas algumas concepes de cuidado que tm como referncia modos de subjetivao singulares, pautadas nas relaes alteritrias, as quais permitem a criao de um espao potencial para o viver e o morrer.