295 resultados para Intestinos Doenças inflamatórias Teses


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As mudanas nos hbitos alimentares tm causado efeitos impressionantes na sade pblica, diretamente relacionados ao aumento da ingesto de refeies ricas em gorduras, principalmente gorduras saturadas. A principal consequncia desse consumo o estado prolongado e excessivo da lipemia ps-prandial (LPP), considerada um dos fatores relacionados s anormalidades metablicas e aos danos vasculares. O objetivo do estudo foiavaliar o efeito da sobrecarga lipdica na reatividade microvascular em mulheres obesas. Das 41 participantes deste estudo, 21 apresentavam o diagnstico de obesidade, com IMC de 32,41,6 kg/m2 (mdia SD) e idade 31,65 anos e 20 mulheres saudveis, com IMC de 21,91,7 kg/m2 e idade 27,25,5 anos. Aps a avaliao clnica e laboratorial, as participantes tiveram a microcirculao examinada por dois mtodos: a dinmica do leito periungueal, para avaliao da densidade capilar funcional (DCF), velocidade de deslocamento das hemcias no basal (VDH) e aps uma isquemia de 1 min (VDHmax) e tempo de reperfuso (TVDHmax). A segunda tcnica foi a do dorso do dedo para avaliao da DCF no repouso, durante a hiperemia reativa e aps ocluso venosa. Foi feita a coleta de sangue para avaliao do colesterol total (CT), triglicerdeos (TG), HDL-c e cidos graxos livres (AGL), glicose, insulina e viscosidade plasmtica em 30 e 50 rotaes por minuto (rpm). Tambm foram medidas a presso arterial sistlica (PAS), diastlica (PAD) e frequncia cardaca (FC). Aps essas anlises no repouso, todas as participantes receberam uma refeio rica em lipdios, e aps 30, 60, 120 e 180 minutos da ingesto da refeio, os exames de videocapilaroscopia e a coleta de sangue foram novamente realizados.As participantes com obesidade apresentaram, aps a sobrecarga lipdica, valores significativamente menores do que no jejum para: DCF basal do dorso do dedo (p=0,02); DCF durante hiperemia reativa (p=0,02), DCF ps-ocluso venosa (p=0,02), HDL-c (p<0,0001), LDL-C (p<0,0001) e AGL (p<0,0001) e valores elevados para: VDH (p<0,0001), VDHmax(p=0,003), TVDHmax (p=0,004), glicose (p<0,0001), insulina (p<0,001), CT (p=0,03), TG (p<0,0001) e FC (p=0,03). Alteraes na viscosidade no foram observadas no grupo OB aps a refeio quando comparado aos seus valores basais em 30 e 50 rpm (p=0,87 e p=0,42, respectivamente). A PAS foi elevada nas participantes OB aps a sobrecarga quando comparada s saudveis em todo tempo de estudo. Conclumos que alimentos ricos em lipdios podem aumentar ainda mais a disfuno microcirculatria e as alteraes metablicas j presentes em mulheres obesas.

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Introduo - O exerccio aerbio considerado uma ferramenta eficaz na reduo de fatores de risco cardiometablico e na melhora da qualidade de vida em adolescentes obesos. No entanto, os benefcios de um programa exclusivo com exerccios resistidos (ER) ainda no foram estabelecidos nesta populao. Objetivo - Avaliar o efeito de um programa exclusivo com ER sobre a funo endotelial, parmetros hemodinmicos e metablicos, modulao autonmica, biomarcadores inflamatrios, composio corporal e condicionamento fsico de adolescentes obesos. Materiais e Mtodos - Quarenta adolescentes participaram do estudo e foram divididos em dois grupos de acordo com o nvel de adiposidade: grupo controle (C, n = 20; 13 meninos e 7 meninas) e grupo obeso (Ob; n=24; 7 meninos e 17 meninas). O grupo Ob foi submetido a um programa de ER, trs vezes por semana, durante trs meses. A funo endotelial, o perfil metablico e hemodinmico, a modulao autonmica, os biomarcadores inflamatrios, a composio corporal e o condicionamento fsico foram avaliados antes e ao final da interveno. Na investigao de nossa hiptese utilizamos: laser-Doppler fluxometria, anlises bioqumicas e de clulas endoteliais circulantes, monitorizao da presso arterial ambulatorial, variabilidade da frequncia cardaca (Polar), densitometria com dupla emisso de raios X, anlise de fora muscular em aparelho isocintico e teste cardiopulmonar de exerccio submximo em cicloergmetro. Resultados - Aps trs meses de interveno exclusiva com ER observamos uma melhora na vasodilatao endotlio-dependente (P<0,05) e uma reduo na presso arterial sistlica (P<0,01), diastlica (P<0,01) e mdia (P<0,01), independentes de alteraes no peso corporal. Adicionalmente, tambm observamos reduo na frequncia cardaca (FC) de repouso (P<0,01), aumento na variabilidade da FC (P<0,01) e na atividade parasimptica (P<0,05). Observamos tambm reduo na circunferncia da cintura (P<0,001), na relao cintura/quadril (P<0,001), no percentual de gordura total (P<0,01), troncular (P<0,01) e de distribuio andride (P<0,01). Os nveis de fibrinognio (P<0,05), endotelina-1(P<0,05) e de insulina (P<0,01), e o ndice HOMA-IR (P<0,05) foram menores aps interveno. Aps a interveno proposta houve reduo na incidncia de sndrome metablica (16,6 vs. 0%) nos adolescentes obesos. Alm disso, os estes adolescentes aumentaram a fora muscular (P<0,05) e reduziram o consumo de oxignio, a produo de gs carbnico, a ventilao e o dispndio energtico (P <0,01) durante o teste cardiopulmonar de exerccio submximo. Concluses - Um treinamento exclusivo com ER resultou em benefcios cardiovasculares, metablicos e na composio corporal e condicionamento fsico de adolescentes obesos, independente de alteraes no peso corporal. Nossos resultados sugerem que a prtica de ER foi capaz de reduzir fatores de risco cardiovascular em adolescentes com obesidade.

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As leishmanioses esto entre as mais importantes endemias brasileiras e encontram-se entre as doenças mais negligenciadas no mundo. O arsenal teraputico disponvel restrito, txico, caro e em algumas situaes ineficazes, devido ao surgimento de cepas resistentes do parasito. No Brasil so registrados anualmente mais de 20 mil casos de leishmaniose tegumentar e a Leishmania braziliensis a principal espcie causadora das formas clnicas cutnea e mucosa. Estudos prvios mostraram que o flavonide quercetina tem ao teraputica pela via oral em camundongos infectados com L. amazonensis. O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade do flavonide quercetina sobre Leishmania braziliensis in vitro e in vivo usando hamsters como modelo experimental. O efeito antiparasitrio da quercetina foi avaliado sobre o crescimento in vitro das formas promastigotas e sobre amastigotas intracelulares em macrfagos peritoneais de camundongos e hamsters. O efeito da quercetina sobre macrfagos foi avaliado pela dosagem de xido ntrico pelo mtodo de Griess nos sobrenadantes das culturas e espcies reativas de oxignio (EROs) intracelular atravs do H2DCFDA. In vivo a atividade teraputica da quercetina foi estudada em grupos de hamsters infectados com L.braziliensis na pata, tratados com quercetina pela via oral (2mg/ 5X / semana) aps 7 dias de infeco durante oito semanas.A ao teraputica foi analisada atravs do tamanho da leso. A resposta imune foi avaliada durante o tratamento, pela resposta de hipersensibilidade tardia (DTH) ao antgeno total de L. braziliensis. A quercetina no apresentou atividade sobre o crescimento de promastigotas em cultura em nenhuma das concentraes testadas. Em amastigotas intracelulares quercetina apresentou ao dose dependente em macrfagos de camundongos e hamsters inibindo 45% e 54% e 25% e 48 %, respectivamente nas concentraes de 50 e 100g/ml aps 48h de tratamento. O pr - tratamento dos macrfagos de camundongos e hamsters com quercetina foi capaz de inibir o crescimento de amastigotas intracelulares em 57, 58 e 74% e 49, 50, e 58% respectivamente, nas concentraes de 25, 50 e 100 g/ml, apresentado ao inibitria significativa em todas as concentraes testadas. No houve alterao na produo de NO pelos macrfagos, entretanto macrfagos pr tratados com a quercetina por 24 horas antes da infeco apresentaram um aumento significativo na produo de EROs, quando comparados aos controles. Macrfagos tratados antes e depois da infeco, apresentaram diminuio da produo de EROs. In vivo, a quercetina foi capaz de controlar o tamanho das leses a partir da terceira semana de tratamento em relao ao controle no tratado ( P< 0,05). Os animais tratados com quercetina apresentaram maior resposta intradrmica aos antgenos de L. braziliensis. Esses dados mostram que a quercetina tem atividade sobre L. braziliensis, inibindo amastigotas intracelulares in vitro e sendo capaz de controlar o tamanho das leses em hamsters infectados quando administrada pela via oral.

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O diabetes mellitus(DM) e as disfunes tireoidianas(DT) so as duas desordens endocrinolgicas mais comuns na prtica clnica. A DT no reconhecida pode interferir no controle metablico e adicionar mais risco a um cenrio predisponente doena cardiovascular. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalncia da DT em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 (DM1 e DM2) e avaliar o risco cardiovascular em pacientes com DM2 com e sem DT utilizando parmetros clnicos e laboratoriais. Trata-se de um estudo observacional de corte transversal. Foram avaliados 304 pacientes com DM2 e 82 pacientes com DM1. Os pacientes foram submetidos a um inqurito clnico-demogrfico e avaliao laboratorial para determinao do perfil lipdico, glicdico e da funo tireoidiana. Os pacientes com DM2 tiveram seus escores de risco cardiovascular em 10 anos determinados pelas equaes de Framingham e do UKPDS risk engine. A frequncia de disfuno tireoidiana entre os 386 pacientes foi de 14,7%, sendo de 13% nos que no possuam disfuno prvia. A disfuno mais frequente encontrada foi de hipotireoidismo subclnico, com 13% no DM1 e de 12% no DM2. A prevalncia de anticorpos anti-tireoperoxidase (TPO) positivos foi de 10,8%, sendo de14,6% em pacientes com DM1.Foram diagnosticados 44 (11,2%) novos casos de disfuno tireoidiana em pacientes que negavam ou desconheciam terem DT prvia.Destes novos casos, 12,8% em DM1 e 13,1% em DM2.Dos 49 pacientes com DT prvia, 50% dos DM1e 76% dos DM2 estavam compensados. No foi observada diferena entre as mdias do escore de risco de Framingham entre os pacientes DM2 com eutireoidismo e com hipotireoidismo subclnico. Observou-se uma associao entre o hipotireoidismo subclnico e risco cardiovascular nos pacientes com DM2 demonstrado pela diferena estatisticamente significativa entre as mdias do escore UKPDS para doena coronariana no-fatal e fatal, acidente vascular cerebral fatal entre os dois grupos (p=0,007; 0,005;0,027 respectivamente). As demais funes tireodianas (hipotireoidismo clnico, hipertireoidismo clnico e subclnico) encontradas no foram analisadas devido ao pequeno nmero de pacientes em cada grupo.Conclumos que o rastreio da doena tireoidiana entre os pacientes com diabetes mellitus deve ser realizado rotineiramente considerando-se a prevalncia de novos casos de DT diagnosticados e o fato de que os pacientes com DM2 e com hipotireoidismo subclnico avaliados possurem um risco cardiovascular maior. Todavia, conclumos que estudos prospectivos e com maior nmero de pacientes so necessrios para o esclarecimento do impacto da doena tireoidiana no risco cardiovascular do paciente com DM.

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A hipxia isquemia (HI) pr-natal uma das principais causas de mortalidade e doenças neurolgicas crnicas em neonatos, que podem apresentar dficits remanentes como: retardamento, paralisia cerebral, dificuldade de aprendizado ou epilepsia. Estes prejuzos, provavelmente, esto relacionados com o atraso no desenvolvimento neural, astrogliose e com a perda de neurnios e oligodendrcitos. Dficits funcionais e cognitivos esto associados degenerao de vias dopaminrgicas e de estruturas hipocampais. A enzima tirosina hidroxilase (TH) a enzima limitante na sntese de dopamina e seus nveis so alterados em eventos de HI. O xido ntrico (NO) um gs difusvel que atua modulando diferentes sistemas, participando de eventos como plasticidade sinptica e neuromodulao no sistema nervoso central e produzido em grandes quantidades em eventos de injria e inflamao, como o caso da HI. O presente estudo teve por objetivos avaliar, utilizando o modelo criado por Robinson e colaboradores em 2005, os efeitos da HI sobre o comportamento motor e avaliar o desenvolvimento de estruturas enceflicas relacionadas a este comportamento como a substncia negra (SN) e o complexo hipocampal. A HI foi induzida a partir do clampeamento das artrias uterinas da rata grvida, por 45 minutos no dcimo oitavo dia de gestao (grupo HI). Em um grupo de fmeas a cirurgia foi realizada, mas no houve clampeamento das artrias (grupo SHAM). A avaliao do comportamento motor foi realizada com os testes ROTAROD e de campo aberto em animais de 45 dias. Os encfalos foram processados histologicamente nas idades de P9, P16, P23 e P90, sendo ento realizada imunohistoqumica para TH e histoqumica para NADPH diaforase (NADPH-d), para avaliao do NO. Nossos resultados demonstraram reduo da imunorreatividade para a TH em corpos celulares na SN aos 16 dias no grupo HI e aumento na imunorreatividade das fibras na parte reticulada aos 23 dias, com a presena de corpos celulares imunorreativos nesta regio no grupo HI. Demonstramos tambm aumento do nmero de clulas marcadas para NADPH-d no giro dentado nos animais HI, nas idades analisadas, assim como aumento na intensidade de reao no corno de Ammon (CA1 e CA3) aos 9 dias no grupo HI, e posterior reduo nesta marcao aos 23 e 90dias neste mesmo grupo. Nos testes comportamentais, observamos diminuio da atividade motora no grupo HI com uma melhora do desempenho ao longo dos testes no ROTAROD, sem entretanto atingir o mesmo nvel do grupo SHAM. Os animais HI no apresentaram maior nvel de ansiedade em relao ao grupo SHAM, descartando a hiptese das alteraes observadas nos testes de motricidade estarem relacionadas a fatores ansiognicos. O modelo de clampeamento das artrias uterinas da fmea se mostrou uma ferramenta importante no estudo das alteraes decorrentes do evento de HI pr-natal, por produzir diversos resultados que so similares aos ocorridos em neonatos que passam por este evento.

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A sndrome dos ovrios policsticos uma desordem frequente e complexa, com grande variabilidade fenotpica, predominando os sinais de disfuno ovariana. Alteraes metablicas, inflamatórias e vasculares vinculadas resistncia insulina so muito prevalentes nessa desordem podendo manifestar-se precocemente. O objetivo principal deste estudo foi investigar a presena de alteraes microvasculares em mulheres jovens e no obesas portadoras da sndrome dos ovrios policsticos, atravs de videocapilaroscopia periungueal e dosagem dos nveis sricos de endotelina-1. O objetivo secundrio foi verificar a existncia de associaes entre os achados vasculares, nveis sricos de andrognios, parmetros clnicos, bioqumicos, metablicos e inflamatrios relacionados ao risco cardiovascular. Em estudo observacional, transverso e controlado avaliamos 12 mulheres com diagnstico de sndrome dos ovrios policsticos, segundo os critrios estabelecidos pelo consenso de Rotterdam e nove voluntrias saudveis. A idade (22,82,3 X 24,62,7), o ndice de massa corporal (22,53,4 X 23,73,1) e a circunferncia da cintura (7510,1 X 77,38,1) foram semelhantes nos dois grupos. As portadoras da sndrome apresentavam hiperandrogenismo clnico. No foram observadas diferenas significativas entre os grupos quando analisados os nveis sricos de estradiol, testosterona total, androstenediona ou o ndice de testosterona livre, entretanto a SHBG mostrou-se significativamente mais baixa no grupo de estudo (p=0,011). A glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR e o perfil lipdico foram normais e sem diferena entre os grupos. A amostra com sndrome dos ovrios policsticos no apresentava intolerncia glicose ou Diabetes Mellitus pelo teste oral de tolerncia glicose. Os nveis sricos dos marcadores inflamatrios (leuccitos, cido rico, adiponectina, leptina e protena c reativa) e do marcador de funo endotelial avaliado tambm foram similares nos dois grupos. A velocidade de deslocamento das hemcias no basal e aps ocluso foram significativamente menores nas pacientes de estudo (p=0,02), mas o tempo para atingir a VDHmax e os parmetros relativos morfologia e densidade capilar foram semelhantes. No observamos correlao entre a velocidade de deslocamento das hemcias e nveis plasmticos de endotelina-1, andrognios ou parmetros de resistncia insulnica. A velocidade de deslocamento das hemcias associou-se positivamente aos nveis plasmticos de estradiol (r= 0,45, p<0,05) e negativamente aos de colesterol total e LDL colesterol (r= -0,52, p<0,05; r=-0,47, p<0,05, respectivamente). Em concluso nossos resultados fornecem evidncia adicional de dano precoce funo microvascular em mulheres portadoras de sndrome dos ovrios policsticos. Atravs da capilaroscopia periungueal dinmica, demonstramos que mulheres jovens com moderado hiperandrogenismo, sem obesidade, RI, hipertenso ou dislipidemia, j apresentam disfuno microvascular nutritiva, caracterizada por reduo na velocidade de fluxo das hemcias no basal e aps ocluso. Estes achados micro-circulatrios no foram acompanhados de elevaes nos nveis plasmticos de endotelina-1.

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A presente dissertao analisa a possibilidade da prtica da eutansia ativa e voluntria em pacientes com doenças incurveis luz da biotica e do direito. O trabalho de natureza terica e foi realizado atravs de pesquisa bibliogrfica, que levantou publicaes, nacionais e internacionais, inclusive na imprensa, sobre os temas tratados na dissertao, a saber: eutansia, morte, vida, dignidade, autonomia, princpios bioticos, liberdade. O levantamento bibliogrfico compreendeu, preferencialmente, obras sobre filosofia, tica, biotica, medicina e direito, que permitiram a anlise das questes tericas envolvidas diretamente no estudo. Aborda-se o conceito de morte e suas transformaes ao longo dos anos e as distines necessrias entre os conceitos do fim da vida, que apesar de muito prximos tem suas especificidades. Apresenta-se os princpios bioticos da no maleficncia e da beneficncia, com a finalidade de discutir os limites da interveno mdica sobre o paciente, bem como o princpio da autonomia na viso da biotica e do direito, com o intuito de demonstrar que o doente incurvel um ser autnomo, com vontades e desejos que devem ser respeitados. Examinam-se os direitos vida e a liberdade para fins de ponderao em face do princpio da dignidade da pessoa humana. Diferenciam-se os princpios da sacralidade da vida e da qualidade da vida, na busca de uma integrao entre eles e faz-se uma anlise do Cdigo de tica Mdica e da Resoluo CFM n 1.805 de 2006, que autoriza a ortotansia, para confrontar os limites da prtica mdica e da autonomia do paciente. Pontua-se o estado atual da criminalizao da eutansia no ordenamento jurdico brasileiro apontando-se o quo perversa pode se tornar essa criminalizao para aquele que sofre e, que atravs da compaixo laica e da solidariedade deve-se buscar meios hbeis para se permitir a eutansia, sem deixar de proteger os vulnerados de eventuais abusos. Utilizam-se os casos de Ramn Sampedro e Vincent Humbert, pessoas que por causa de um acidente ficaram tetraplgicas e solicitaram na justia uma morte digna, para exemplificar os diversos conceitos utilizados nesse trabalho. Por fim, apresentam-se os requisitos pessoais e formais mnimos para que a declarao de vontade de um paciente incurvel, que pede uma morte digna, seja respeitada, quando essa vontade expressa de forma inequvoca por ele, tendo como exemplo, a legislao da Blgica e da Holanda, onde a eutansia permitida observando-se determinados requisitos.

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As leishmanioses so doenças consideradas antropozoonoses, ou seja, doenças primrias de animais que podem ser transmitidas ao homem. So causadas por microorganismos do gnero Leishmania e transmitidas atravs da picada de flebotomneos, que so insetos alados da ordem Diptera (mesmo grupo das moscas, mosquitos e borrachudos). Apresentam-se sob duas formas clnicas: Leishmaniose Visceral ou Calazar (LV) e Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). As leishmanioses apresentam distribuio geogrfica vasta pelo Velho e Novo Mundo, sendo estimado dessa maneira que aproximadamente 350 milhes de pessoas estejam sob iminente risco de contrair algum tipo de leishmaniose. No Brasil, as leishmanioses so encontradas em todas as unidades federadas, e o estado do Rio de Janeiro vem apresentando franca expanso dessas doenças em reas urbanas, devido principalmente ao desmatamento ocasionado pela expanso no planejada da malha urbana. Nesse contexto, faz-se necessrio desenvolver estudos sobre o espao e o processo sade-doena, relao estabelecida pela Geografia da Sade, a fim de que se compreenda a correlao entre o homem e o ambiente vivido.

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A testosterona tem sido cada vez mais usada em homens na fase do envelhecimento como preveno e tratamento de doenças metablicas, melhora do desempenho sexual, proteo cardiovascular e manuteno da cognio. Porm ainda h conflito sobre seus efeitos na prstata com relao s doenças benignas e malignas. O presente estudo avaliou o efeito do tratamento com duas formas de testosterona sobre carcinoma de prstata induzido por N-Metil-N-Nitrosureia (NMU) a partir de anlises histopatolgicas e sricas do antgeno prosttico especfico (PSA). Para tal foram utilizados 80 ratos Wistar jovens, sadios, divididos em dois grupos (40 animais cada) tratados ou no com NMU intraperitoneal. Cada grupo foi dividido em quatro subgrupos iguais e tratados durante 16 semanas: 1) tratado com cipionato de testosterona a cada sete dias via intramuscular; 2) tratado com cipionato de testosterona a cada 14 dias via intramuscular; 3) tratado com undecanoato de testosterona oral diariamente; 4) tratado com leo mineral. Aps 16 semnanas e tratamento, os nveis do PSA no alteraram em nenhum grupo ou subgrupo e no houve desenvolvimento de tumores em nenhum deles. Portanto, as duas formas distintas de testosterona associada ao uso de NMU em curto espao de tempo por via intraperitoneal no alteraram as dosagens sricas do PSA e no induziram a formao de tumores na prstata em ratos Wistar jovens e saudveis. As alteraes histopatolgicas acinares encontradas nas prstatas foram projeo, secreo, congesto e inflamao, e as epiteliais foram: epitlio normal, reduo do epitlio e reduo na altura do mesmo. Tais achados colaboram para que outros estudos sejam realizados de maneira a orientar o uso de testosterona na prtica clinica diria sem receio de induo do cncer na prstata.

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As doenças cardiovasculares permanecem como a principal causa de morte no mundo, e tm a hipertenso arterial sistmica (HAS) e o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) como uns dos seus principais fatores de risco. Sabidamente, a HAS e o DM2 so doenças frequentemente associadas. A escolha dos frmacos anti-hipertensivos a serem utilizados no tratamento de pacientes hipertensos diabticos tem como objetivo o controle da presso arterial, a reduo da morbimortalidade das complicaes macro e microvasculares. Alteraes na funo endotelial precedem as alteraes morfolgicas do vaso e contribuem para o desenvolvimento das complicaes macrovasculares. O objetivo deste estudo foi avaliar a associao de alteraes vasculares funcionais com o uso de losartana ou anlodipino em pacientes hipertensos e diabticos tipo 2. Foi realizado um estudo transversal com coleta de dados prospectiva. Os pacientes includos foram randomizados e divididos em dois grupos, sendo avaliados na sexta semana da utilizao de losartana 100 mg/dia ou anlodipino 5 mg/dia, com aferio da PA, realizao de monitorizao ambulatorial da presso arterial e testes para avaliao de parmetros vasculares como tonometria de aplanao, velocidade de onda de pulso (VOP) e dilatao mediada por fluxo (DMF) da artria braquial. Foram includos 42 pacientes, 21 em cada grupo. A distribuio da amostra demonstrou uma predominncia do sexo feminino (71%) nos dois grupos e uma semelhana na idade mdia dos pacientes (54,06,9 anos, no grupo losartana e 54,94,5 anos, no grupo anlodipino). A mdia dos valores de presso arterial na sexta semana foram 15319/909 mmHg no grupo losartana e 14514/848 mmHg no grupo anlodipino, no havendo diferena estatstica entre os grupos. O augmentation index (AIx; 309% vs. 368%, p=0,025), assim como a augmentation pressure (166 mmHg vs. 208 mmHg, p=0,045) foram menores no grupo anlodipino do que no grupo losartana. Os valores obtidos para VOP e DMF foram semelhantes nos dois grupos. Em pacientes hipertensos e diabticos tipo 2, o tratamento com anlodipino em dose mdia comparado com losartana em dose mxima associou-se a menores nveis de presso arterial casual. Menores valores de AIx foram observados no grupo anlodipino, com um padro de reflexo da onda de pulso mais favorvel neste grupo. Os valores da VOP e DMF encontrados foram semelhantes nos dois grupos podendo sugerir influncias da losartana sobre os parmetros vasculares independentes do efeito pressrico.

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A Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) pode ser definida como intolerncia a carboidrato durante a gravidez e estima-se que pode afetar 10-22% de todas as pacientes grvidas. Durante a gravidez podem surgir diversas complicaes para o feto como risco elevado de aborto espontneo, anormalidades congnitas e morbidade e mortalidade neonatal. Entretanto, podem surgir tambm alteraes morfofuncionais em diversos rgos da me diabtica, porm isso no bem estabelecido. Investigar se haver ou no alteraes bioqumicas e histopatolgicas em diversos rgos, como hipfise, tero, placenta e pncreas de ratas grvidas com diabetes mellitus durante e no final da gravidez e compar-las . Alm disso, investigar se h alterao na matriz extracelular (MEC) da hipfise desses animais. No 5 dia de vida, ratas Wistar foram divididas em dois grupos: um tratado com estreptozotocina (Grupo Diabtico / DIAB), na dose de 90 mg/kg, subcutneo e outro grupo, que foi tratado com veculo (tampo citrato/CTR). Aos 90 dias de vidas, foram submetidas ao cruzamento. Aps isso, foram sacrificadas no 11 e 21 dia de gravidez. Foram avaliados glicemia e bioqumica maternal e nmero de implantes .O pncreas, tero, placenta e hipfises foram coradas com Hematoxilina e Eosina e somente as hipfises foram coradas com Massom e Picrosirius, para avaliao da MEC.Os animais diabticos tanto do 11 quanto do 21 dia apresentaram uma reduo no nmero de implantes, menor peso e maior glicemia e colesterol total, em relao aos animais controle independente do dia da gravidez. No foi verificada diferena dos nveis de triglicerdeos entre os grupos no diabticos e diabticos, independente dos dias. Entretanto, os animais diabticos que finalizaram o perodo de gestao apresentaram uma maior glicemia maternal em relao ao grupo diabtico do 11 dia. Pncreas de ratas diabticas do 21 dia apresentaram vacuolizao intracitoplasmtica das ilhotas, insulite,migrao de clulas inflamatórias, espessamento da parede do vaso e fibrose periductal e vascular. Essas alteraes foram verificadas com bem menor intensidade nos animais diabticos do 11 dia. Foi verificado que a placenta de animais diabticos apresenta congesto na interface materno-fetal, migrao celular, maior concentrao de vasos maternos e fetais, mas em forma irregular , necrose e vacuolizao. A hipfise de animais diabticos mostraram clulas cromfobas agregadas, aumento da espessura de fibras de colgeno vermelhas da MEC, em contraste com o controle, que foi visualizado fibras em verde e em formato de feixe. A diabetes desempenhou um total remodelamento da hipfise. Gravidez de animais diabeticos mostraram maior dano ao pncreas e placenta, especialmente no final da gravidez. Em consequncia dessa alteraes, esses animais diabticos apresentaram hiperglicemia, maior colesterol total, porm menor peso materno, nmero de implantes e sem alteraes nos triglicerdeos. Esse o primeiro estudo a demonstrar remodelamento tecidual em alguns elementos da MEC na hipfise, como espessamento da camada da MEC e fibras de colgeno em verde. Alteraes da MEC da hipfise so provavelmente devido ao processo de diabetes na gestao.

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O retardo mental (RM) representa um problema de sade pblica mundial ainda negligenciado no Brasil e, em especial nas regies mais pobres como o Nordeste. A sndrome do X frgil (SXF) uma das formas mais estudadas de RM hereditrio em seres humanos. Esta doena monognica, de herana ligada ao X dominante, decorrente de uma mutao no exon 1 do gene FMR1, localizado na regio Xq27.3. A mutao no FMR1 se caracteriza pelo aumento de repeties de trinucleotdios CGG em tandem na regio 5 UTR desse gene, sendo a expanso dessas trincas o principal evento mutacional responsvel pela SXF. De maneira geral, os fentipos cognitivos de indivduos do sexo masculino com a sndrome incluem deficincia intelectual de moderada grave. No presente trabalho, realizamos um estudo transversal da SXF em indivduos portadores de retardo mental de causa desconhecida, engajados em Programas de Educao Especial e em instituies psiquitricas de So Lus-MA, rastreando amplificaes de sequncias trinucleotdicas no gene FMR1. A amostra foi composta por 238 indivduos do sexo masculino, no aparentados, na faixa etria de 4 a 60 anos (mdia = 21 9 anos). O DNA dos participantes foi obtido a partir de 5 mL de sangue coletados em tubos com anti-coagulante EDTA e a anlise molecular da regio gnica de interesse foi realizada atravs da reao em cadeia da polimerase, utilizando-se trs primers. Dentre os indivduos triados quanto presena de mutaes no gene FMR1, apenas um apresentou um resultado inconclusivo e 2 (0,84%) foram positivos para a SXF, sendo que um deles (3503) apresentou mais de 200 repeties CGG no locus FRAXA e o outro indivduo (3660) apresentou uma deleo de ~197 pb envolvendo parte das repeties CGG e uma regio proximal s repeties CGG. Ambos possuam histria familiar de RM ligado ao X. No indivduo 3503 observamos as seguintes caractersticas clnicas: temperamento dcil, orelhas grandes, mandbula proeminente e flacidez ligamentar. O indivduo 3660 apresentava hiperatividade, contato pobre com os olhos, orelhas grandes, mandbula proeminente, pectus excavatum, macroorquidismo e pouca comunicao. O esclarecimento sobre a doena oferecido s famlias de ambos contribuiu sobremaneira para o entendimento da condio, do prognstico e dos riscos de recorrncia. A prevalncia da SXF em nossa amostra, 0,84%, embora relativamente baixa, encontra-se na faixa de incidncia de casos diagnosticados em outras populaes que, em sua maioria, relatam incidncias variando de 0 a 3%. Em parte, atribumos o percentual encontrado aos critrios de incluso utilizados em nosso estudo. Conclumos que o protocolo de triagem molecular utilizado em nosso estudo se mostrou eficiente e adequado para a realidade do Maranho, podendo constituir uma ferramenta auxiliar a ser aplicada na avaliao de rotina dos portadores de RM, com grandes benefcios para o Estado.

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A Constituio Federal de 1988 garante o direito sade no Brasil a todos os brasileiros. Para assegurar esse direito constitucional foi institudo atravs das Leis ns 8080/90 e 8142/90, o Sistema nico de Sade (SUS), organizao de direito pblico que normatiza toda a prestao de assistncia sade da populao. O SUS, constitudo a partir de diretrizes filosficas, garante assistncia universal e gratuita em todas as reas do setor sade. Incorporado ao SUS atravs da Poltica Nacional de Medicamentos e depois pela Poltica Nacional de Assistncia Farmacutica, o acesso a medicamentos um setor estratgico da poltica pblica de sade. A judicializao do acesso sade e assistncia farmacutica, que se converteu em recurso necessrio para garantir o direito sade no Brasil, hoje um importante componente da gesto municipal de sade. Trata-se de um processo que se inicia com a aquisio de medicamentos para tratar o HIV/Aids na dcada de 1990. Este trabalho realizou uma pesquisa, de carter exploratrio, no municpio de Saquarema, que permitiu construir uma anlise (qualitativa e quantitativa) das ordens judiciais, procedentes da Defensoria Pblica da Comarca de Saquarema para aquisio de medicamentos, entre 01/01/2011 e 31/12/2012, totalizando 106 demandas, a partir de prescries mdicas individuais feitas por profissionais do SUS. A pesquisa constatou que a hipossuficincia de recursos e a urgncia dos autores das aes so os principais respaldos das decises judiciais. Ela tambm observou que a maioria dos requerentes do gnero feminino, com idade acima de 61 anos, com patologias crnicas e fazendo uso contnuo de medicamentos. Esses medicamentos foram prescritos por quatro profissionais mdicos oriundos de quatro especialidades (oftalmologia, cardiologia, endocrinologia e pediatria) e representam 60% das demandas judiciais. A situao de conflito pesquisada mostra que o direito sade est sendo exercido atravs do Poder Judicirio, com uma Defensoria Pblica relativamente eficiente, atendendo a uma populao com poucos recursos econmicos, que faz uso de medicamentos para tratamento de doenças crnicas e degenerativas. A prescrio mdica individual o documento necessrio para requisitar os medicamentos de uso contnuo. A pesquisa, aps analisar os principais resultados, aponta algumas alternativas, chamadas de aes defensivas, que as gestes municipais de sade em Saquarema e outras municipalidades podem adotar.

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Introduo. As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade na populao brasileira. Desta forma, o Ministrio da Sade apresentou o HiperDia, um sistema de cadastramento e acompanhamento de portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS. Objetivo. Descrever o perfil dos hipertensos e diabticos cadastrados no sistema HiperDia das oito unidades bsicas do municpio de Rio Claro/RJ, no perodo de janeiro a dezembro de 2012. Mtodos. Os dados de bitos foram obtidos a partir do Sistema de Informaes de Mortalidade (SIM), e as populaes estimadas pelo IBGE, foram tambm obtidas na pgina do MS. As demais informaes foram coletadas por meio de uma planilha de dados agregados, elaborada a partir da prpria ficha de cadastramento do HiperDia e distribudo s unidades. Resultados. Pde-se observar que a grande maioria dos pacientes cadastrados no HiperDia era portadora de hipertenso (95%) e que mais de 1/5 (21%) dos pacientes tinham as duas doenças concomitantemente. Alm disso, mais de 4/5 (82%) dos pacientes com DM tambm apresentou HAS. As mulheres cadastradas foram maioria em ambas as doenças, tendo sido 63,2% e 71%, para HAS e DM, respectivamente. No que diz respeito idade, ambas as doenças tiveram ocorrncia mais elevada em grupos etrios mais velhos, embora a prevalncia de DM parea ter se mantido constante para aqueles com 60 anos de idade ou mais. O fator de risco mais relevante para as duas doenças foi o sedentarismo, referido por 76% e 69% daqueles com HAS e DM, respectivamente. Concluso. Conclui-se sobre a necessidade de modificar a ficha de coleta de dados do HiperDia e de monitoramento mais assduo dos pacientes. Sugestes de Sade Pblica. Sugere-se incluso de informaes na ficha de coleta de dados do HiperDia sobre os nveis de glicemia e amputao de extremidades dos membros inferiores depois de trs anos matriculados no programa, no caso de DM, e informao sobre a manuteno de nveis de presso arterial sob controle, no caso de HAS, alm de informaes mais detalhadas sobre os fatores de risco referidos.

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Excesso de peso (sobrepeso e obesidade) e transtornos mentais comuns so importantes problemas de sade pblica no Brasil e no mundo. A associao entre ambos tem sido investigada por pesquisadores, porm os resultados ainda so conflitantes. Estudos realizados com nutricionistas tm dado maior nfase prtica de atuao, entretanto, poucos abordaram questes de sade desses profissionais, principalmente sobre o excesso de peso e sofrimento psquico. Objetivo - Analisar a associao entre sobrepeso, obesidade e transtornos mentais comuns nesses profissionais. Mtodos - Estudo seccional, realizado com 289 nutricionistas da rede pblica de hospitais do municpio do Rio de Janeiro, no perodo de outubro de 2011 a agosto de 2012. A avaliao do excesso de peso corporal foi realizada com base no ndice de Massa Corporal (kg/m2) atravs da aferio de peso e altura, e os transtornos mentais comuns atravs do General Health Questionarie (GHQ-12). Variveis scio-demogrficas, laborativas e de sade tambm foram includas no estudo. Resultados - A prevalncia de sobrepeso foi de 32,3% e de obesidade, 15,3%. A prevalncia de transtornos mentais comuns (TMC) foi de 37,7%. A anlise bruta demonstrou uma associao negativa entre transtornos mentais comuns e sobrepeso (OR 0,68; IC95% 0,39 1,20) e positiva para obesidade (OR 1,34; IC95% 0,65 2,75) que no se modificou quando ajustado pelas variveis socioeconmicas (SES), laborativas e de sade (OR= 0,60 IC95% 0.32 1,10) para sobrepeso e para a obesidade (OR= 1.09 IC95% 0,50 2,37). Concluso - Os resultados do estudo destacam as altas prevalncias de sobrepeso, obesidade e transtornos mentais comuns, bem como, a magnitude da associao entre os eventos, ambos sem significncia estatstica. Sugerimos novos estudos em que se possam identificar os mecanismos envolvidos nesta relao, bem como os fatores relacionados s condies de trabalho e de vida que possam estar afetando a sade do nutricionista que formado para cuidar da sade populao muitas vezes em detrimento da sua prpria sade.