263 resultados para Rilke, Rainer Maria, 1875-1926 - Crítica e interpretação
Resumo:
Este estudo realiza uma leitura de obras de fico do escritor Silviano Santiago. Tal leitura aponta para as relaes que podem ser observadas entre sua fico e uma noo e uma prtica multiculturalistas na contemporaneidade. Para tanto, investigam-se as relaes entre os imaginrios do corpo e da cidade e suas possibilidades e condies de representao. Alm disso, verifica-se o impacto que as noes contemporneas de espao causam em tais obras ficcionais. A pesquisa toma como corpus de anlise literria as mais recentes obras publicadas pelo escritor em questo
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A dissertao analisa Daniel Deronda, de George Eliot, identificando o conceito de maleabilidade como idia chave para o entendimento dos ideais morais do romance. Discusso do papel desempenhado pelo conceito de maleabilidade no processo de transio da infncia para a idade adulta e na apreenso especifica da amizade apresentados no romance
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O maior diferencial entre o trabalho aqui proposto e outros j realizados por doutorandos em literatura brasileira o olhar voltado para os aspectos lingsticos. Em outros termos, esta tese visa provar que Mrio Quintana foi um poeta da lngua, pois soube, como poucos, manejar os recursos expressivos do nosso vernculo com a finalidade de transmitir sua mensagem potica. Outro objetivo desta pesquisa seria o resgate da obra de Quintana para as novas geraes. Assim, busco analisar de que forma a morfossintaxe, a semntica, a fontica e a estilstica em Mrio Quintana contribuem para a construo da sua potica. O corpus constitui-se de poemas, prosas poticas e epigramas pertencentes aos livros Apontamentos de histria sobrenatural e Caderno H (no exclusivamente) que so trabalhados estilisticamente nos aspectos lingstico-literrios essenciais. As caractersticas principais estudadas so: a intertextualidade, as marcas de oralidade, a potica e a linguagem em Mrio Quintana
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O trabalho tem por objetivo percorrer as principais linhas de fora discursivas que se articularam no processo de consagrao da poeta Ana Cristina Cesar, e que configuraram a sua imagem mais conhecida na mdia cultural e na academia. Na Introduo, define-se o conceito de autor que operou no desenvolvimento da pesquisa, e a sua relao com a assinatura Ana C.. No primeiro captulo, analisada a colocao de Ana Cristina no campo cultural e potico da dcada de 70; a sua posio dupla de convvio e diferenciao em relao aos poetas da chamada gerao marginal. Percorrem-se as leituras críticas que dessa colocao se fizeram, analisando como crítica e objeto de estudo foram se conformando simultaneamente. No segundo captulo, so definidas as narrativas dominantes que se fizeram dos textos de Ana C. depois da sua morte, contrapondo a imagem oficial que se desprende das edies pstumas, que criam uma imagem mtica de Ana C., a leituras contrrias. No terceiro captulo, percorre-se a fortuna crítica, geralmente ligada academia, e textos literrios que tomaram a figura de Ana C. como problemtica ou tema da escrita, tentando fazer uma avaliao em relao reafirmao ou a mobilizao da imagem consagrada que esses textos propem
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O presente trabalho se prope a investigar, por meio de uma reconstruo scio-histrica, a posio mpar de Cornlio Penna e sua obra-prima, A menina morta, no cenrio da literatura brasileira. O potencial de diferena deste romance ser verificado a partir da abordagem de elementos biogrficos, que nos oferecero valiosas pistas para a compreenso de autor e obra; da observao da configurao original alcanada pelo escritor para, ficcionalmente, refletir a sociedade patriarcal-escravocrata e, ainda, do estudo de sua recepo na dcada de 1950, o qual nos oferecer a compreenso do horizonte de expectativas de seus primeiros intrpretes, assim mostrando a dificuldade experimentada por esses crticos em estabelecerem um lugar para o romance corneliano no sistema literrio brasileiro
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Anlise do romance Onde andar Dulce Veiga?(1990), de Caio Fernando Abreu, com fundamento nas idias de Theodor Adorno, especificamente com base na Teoria Esttica. A crítica empreende-se sob trs diferentes vertentes: o cinema noir, a msica e a autobiografia, sendo essa ltima uma caracterstica ligada crítica cultural. Na primeira, detectam-se as influncias da linguagem do cinema, em que o lado sombrio da realidade forte aliado na composio do romance. Na segunda, observam-se os novos paradigmas culturais que emergiram nos anos de 1980 como ndices metaficcionais, na tica de Theresinha Barbieri (2003), de outros analistas, e que do forma variada mixagem do todo social. Na terceira vertente, cruzam-se os percursos da vida de Caio Fernando Abreu com a narrativa de fico Onde andar Dulce Veiga?, a partir da coletnea de cartas, publicadas por Italo Moriconi (2002), escritas em trs diferentes dcadas: a de 1960, a de 1970 e a de 1980. Pela correspondncia, verifica-se que o projeto do romance habitou o imaginrio do jornalista, desde 1970, especialmente quando Caio Fernando Abreu passou a trabalhar em redaes de jornais e revistas. Assim, os aspectos da vida convertem-se em experincia esttica
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In me tota ruens Venus Vnus derrubando-se inteira sobre mim, esse verso de Horcio representa claramente a posio dos personagens de Fedra e Hiplito na tragdia Hiplito de Eurpides. Em linhas gerais, Fedra, enfeitiada por Afrodite, sofre de amor pelo seu enteado Hiplito, que a rejeita veementemente. Enfurecida pelo tratamento dispensado por Hiplito no s a ela, mas s mulheres em geral, Fedra acusa Hiplito de estupro, atravs de um bilhete e suicida-se logo em seguida. Teseu, pai de Hiplito, ao encontrar a esposa morta, exila o filho e providencia que ele seja morto. As tenses criadas pelos discursos de Fedra e Hiplito tm sido material de inmeros debates crticos. A anlise da fortuna crítica levanta mais perguntas que fornece respostas. De todas as linhas críticas, duas linhas antagnicas merecem ser ressaltadas. A leitura crítica do discurso misgino que ir defender que Eurpides no pregava a misoginia atravs dos seus textos, mas, muito pelo contrrio, a combatia ao fazer mudanas no mito dando voz a personagens femininas to fortes quanto Fedra. E a leitura do discurso feminista que ir defender que h um discurso misgino presente no texto de Eurpides, fruto de uma imposio ideolgica vigente na Grcia do sculo V a.C.. O presente trabalho ir discutir ambos discursos e demonstrar, que a sua maneira, Eurpides no era misgino
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A proposta deste estudo confrontar a obra potica de Joo Cabral de Melo Neto pela perspectiva de uma anlise lingustico-discursiva. Procuramos de imediato estabelecer de que maneira um estudo do lxico, da sintaxe e dos aspectos discursivos pode contribuir para a compreenso e o desvendamento da obra desse poeta. Para tanto, concentramos nossas investigaes no mbito dos procedimentos lingusticos de Joo Cabral, buscando verificar os alcances de atuao da linguagem e do estilo como elementos de manifestao artstica da lngua, nos limites do lxico e da organizao sinttica. A partir da, tentamos entender como essas manifestaes produzem os efeitos de sentido na constituio potico-discursiva do texto
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Este trabalho se prope a analisar diferentes ocorrncias do fenmeno da metafico presentes nas obras da escritora Adriana Lisboa e estabelecer conexes existentes entre o fenmeno e o drama da conscincia humana, constatando que os impasses derivados da busca de uma identidade expe a arte a uma representao irnica da realidade. Nesse sentido, analisamos as obras Sinfonia em branco, romance publicado em 2001, Um beijo de colombina, de 2003 e Rakushisha de 2007, visando a interpretação e o estudo do processo de construo dos romances, sobretudo, na sua relao entre fico, realidade, identidade, dvida e silncio. A partir destas perspectivas, verificamos que todas as obras guardam em si uma multiplicidade de olhares e vozes a retratar, nas pequenas coisas do cotidiano, um universo de poesia a refletir tanto a escrita quanto a nossa condio humana
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Este trabalho se prope a analisar diferentes ocorrncias do fenmeno da metafico presentes nas obras da escritora Adriana Lisboa e estabelecer conexes existentes entre o fenmeno e o drama da conscincia humana, constatando que os impasses derivados da busca de uma identidade expe a arte a uma representao irnica da realidade. Nesse sentido, analisamos as obras Sinfonia em branco, romance publicado em 2001, Um beijo de colombina, de 2003 e Rakushisha de 2007, visando a interpretação e o estudo do processo de construo dos romances, sobretudo, na sua relao entre fico, realidade, identidade, dvida e silncio. A partir destas perspectivas, verificamos que todas as obras guardam em si uma multiplicidade de olhares e vozes a retratar, nas pequenas coisas do cotidiano, um universo de poesia a refletir tanto a escrita quanto a nossa condio humana
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Diversos crticos enfatizaram a vertente de Noite na taverna, de lvares de Azevedo, obra que se consagrou, portanto, como uma narrativa pertencente ao gnero fantstico, apesar de no corresponder plenamente concepo do gnero desenvolvida por Tzvetan Todorov, em Introduo literatura fantstica subsdio fundamental para os estudos da fico inslita. "Fantstica"!, "sobrenatural", "de horror", "ttrica", "sombria", "macabra", "monstruosa", "dantesca", "simbolista avant la lettre", "gtica", "satanista", "byroniana" so alguns dos termos empregados pela crítica nos principais estudos publicados acerca da obra. Trata-se de uma multiplicidade de classificaes que, no entanto, no a caracterizam adequadamente e s demonstram a dificuldade de definir-lhe o gnero. Refletindo sobre tais aspectos e partindo dos principais estudos crticos produzidos sobre a obra desde sua primeira edio, consideramos a pertinncia de a classificarmos como integrante do gnero fantstico. Procura-se ainda, aps minuciosa leitura destes estudos, identificar os momentos da histria e da crítica literria brasileira em que Noite na taverna foi classificada com termos que a associaram a uma forma de literatura incomum no Brasil nacionalista do sculo XIX.
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Este trabalho faz uma anlise comparativa de algumas das principais obras de histria literria do Brasil, publicadas no sculo XIX e incio do sculo XX, escritas, respectivamente, por Ferdinand Wolf, Slvio Romero e Jos Verssimo. So analisadas as concepes de nacionalismo, de histria e de literatura que veiculam, relacionando-as com as ideias que circulavam poca em que foram escritos Le Brsil Littraire, de Ferdinand Wolf, a Histria da Literatura Brasileira, de Slvio Romero, e a obra homnima de Jos Verssimo. Sendo assim, alm de analisar as obras comparativamente, o presente trabalho recupera o significado histrico que comportam, uma vez que as insere no quadro de referncias vigentes no momento em que apareceram. Partindo do pressuposto de que a caracterstica principal desses textos a ideia de nacionalismo, estudam-se os significados atribudos a este termo desde meados do sculo XIX at incios do sculo XX, momento em que foram escritas aquelas histrias literrias. Ademais, relacionam-se as narrativas s variadas formas de se pensar a histria, enquanto disciplina, nesse perodo, procurando identific-las pelo modo como constroem a explicao histrica. Por fim, as ideias que apresentam a respeito da literatura so articuladas no s s concepes de nacionalismo e de histria que aqueles textos veiculam, como tambm reflexo que ento se fazia
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O tema desta Dissertao de Mestrado a anlise dos conceitos de analogia e assurreio (objetos formais) na obra Soledades (objeto material) de Luis de Gngora, bem como suas implicaes filosficas e formais. Pretendi fazer uma anlise do poema, tendo em vista perseguir a seguinte hiptese: a desmesura e a desproporo que as Soledades apresentam no so fruto de um mero capricho estilstico. Elas nascem de uma interveno do furor potico, entendido como furor divino. Gngora teve acesso a essas concepes mediante o influxo de ideias hermticas e neoplatnicas na Pennsula Ibrica. Tais influxos so responsveis por uma amplificao especialmente aguda da doutrina da analogia. O desdobramento mximo dessa nfase no princpio da analogia propriamente a assurreio, tal como definida por Claude-Gilbert Dubois. A partir desses elementos, esta Dissertao de Mestrado pretendeu proceder a uma anlise de alguns motivos, cenas e trechos do poema narrativo Soledades, de Luis de Gngora y Argote, mostrando como ele elabora a doutrina da analogia de proporcionalidade e em que momento essa analogia aguda produz a assurreio, ou seja, o corte transversal na hierarquia dos corpos institucionais, movimento este em geral entendido em termos teolgicos e polticos como heresia. Por outro lado, h a importante relao entre hermetismo, neoplatonismo e literatura na Renascena, bem como a maneira pela qual a doutrina do furor potico se infiltrou nas artes e na poesia espanholas por via italiana nos sculos XVI e XVII. Concentrei-me no conceito de assurreio e na anlise do deslocamento metafsico-teolgico das analogias de proporcionalidade presentes nas Soledades, cotejando-as com a distribuio dos lugares naturais de cada elemento do cosmos, fixada sobretudo por Santo Toms de Aquino, a maior autoridade da teologia catlica na Pennsula Ibrica do sculo XVII
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A efervescncia cultural e poltica dos anos 20 contribuiu para o surgimento do romance nordestino de 30. Nesse momento, o engajamento do intelectual era uma necessidade e as produes artsticas foram mediadas por influncias polticas de esquerda ou de direita. Com isso, as obras literrias ganharam um tom de denncia, expondo nossos problemas sociais. O intelectual brasileiro se viu entre dvidas e tenses e destacamos, na primeira parte desse trabalho, as posturas dos seguintes escritores: Jos Amrico de Almeida (1887-1980), Rachel de Queiroz (1910-2003), Jorge Amado (1912-2001), Jos Lins do Rego (1901-1957) e Graciliano Ramos (1892-1953). Na segunda parte, tomamos as obras do escritor paraibano, Jos Lins do Rego, para analisar o posicionamento desse intelectual frente as questes de sua poca. Com base nas discusses que o escritor pe em relevo em seus romances, identificamos a abordagem da relao entre intelectual e operrio, os limites da figurao do outro o negro e a mulher pobre , a continuidade e a ampliao da escravido no sculo XX. Cotejando as respostas de Jos Lins com as dos demais romancistas nordestinos de 30, verificamos como se estabeleceu o dilogo entre esses escritores e quais so os limites de seus posicionamentos
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Atravs da viso multidimensional que a Literatura proporciona, acredita-se que a voz de Simone de Beauvoir desperta o pensamento crtico dos leitores sobre a condio da mulher, na segunda metade do sculo XX. A anlise se situa entre os odores que exalam do estudo de Walter Benjamin sobre o conceito de reflexo dos primeiros romnticos alemes e os sabores dos desencobrimentos presentes em A Mulher Desiludida, narrativa ficcional de Simone de Beauvoir. O que a literatura?, ingrediente adicionado por Jean-Paul Sartre, traz consistncia ao texto que, em sua finalizao, apimentado pela Teoria Esttica, de Theodor Adorno. O autor do Magnum opus a Dialtica do esclarecimento demonstra ainda a necessidade de se acrescentar o gosto que incomoda para que saibamos apreciar o alimento que nos oferecido. Todo o banquete servido sobre a base fundadora do feminismo: O Segundo Sexo. Agucem todos os sentidos, a iguaria ser servida