416 resultados para Rio de Janeiro Carnaval História 1930-1940


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Esta tese entrelaa o repertrio de marchinhas carnavalescas e os estudos de gnero, vislumbrando identificar, nas composies de Lamartine Babo, Joo de Barro e Ari Barroso, vises sociais sobre as mulheres do Rio de Janeiro no decurso dos anos de 1930 e 1940. Os debates sobre as relaes de gnero esto longe de serem esgotadas, sobretudo, quando se prope lanar um olhar psicossocial sobre tal temtica por meio da anlise de discurso das letras de msicas de Carnaval. O trabalho afasta-se da concepo da categoria mulher como um lugar comum e sinnimo de identidade feminina. Este posicionamento reflexivo entende o conceito de gnero como uma construo agenciada no mundo social. Concomitantemente ao processo de produo e circulao de diferentes discursos sobre os papis sociais de homens e mulheres, os compositores de marchinhas inseriram a linguagem carnavalesca como mais uma possibilidade de abordar o tema das relaes de gnero no contexto scio-histrico investigado. Nesses termos, este estudo explicita a pretenso de inserir as letras desse gnero musical como um lugar privilegiado para o entendimento de uma parcela de um pensamento social brasileiro referente ao estatuto de ser homem ou mulher no pas. A tese busca desvelar as vises sobre mulheres nas letras de marchinhas carnavalescas a partir de das reflexes bakhtinianas sobre a Psicologia, as quais, continuamente, permitiram estabelecer uma relao estreita entre o contexto scio-histrico do Rio de Janeiro nas dcadas de 1930 e 1940 e as mensagens sociais contidas nas marchinhas carnavalescas desse perodo.

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Esta dissertao versa sobre o carnaval das escolas de samba, em seu perodo de formao, na dcada de 1930. Apresentando a Vizinha Faladeira procura-se identificar suas transgresses no contexto da institucionalizao do chamado tradicional carnaval das escolas de samba da cidade. Busca-se compreender os motivos que levaram a Vizinha Faladeira a afastar-se das disputas carnavalescas e terminar suas atividades como escola de samba identificando assim as diversas tenses que circundavam o carnaval das escolas de samba. Verificando os desfiles da Vizinha Faladeira identificam-se formas estticas diversas que revelam os dilogos tensionados entre os diversos grupos da sociedade e o desejo de fazer um carnaval cada vez mais popular. Este trabalho busca lanar um novo olhar sobre a festa carnavalesca entendendo a cultura popular como o local de disputas de significados simblicos, rompendo-se com as vises folclricas e antropolgicas, privilegiando as disputas entre os grupos e as representaes nas formas artsticas das escolas de samba

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As cmaras municipais constituram-se em um dos mais notveis mecanismos de manuteno do vasto imprio ultramarino portugus. Originavam-se dos antigos conselhos medievais, aglutinavam os interesses das elites coloniais ao serem compostas pelos homens bons da colnia, detinham considervel poder sobre a sociedade local alm de terem a liberdade de representar ao rei de Portugal seus anseios ou dificuldades. Paralelo, ao poder do senado da cmara municipal, encontravam-se as autoridades nomeadas pelo rei de Portugal: governadores coloniais. Este compartilhamento do poder na colnia gerava, muitas vezes, conflitos entre a cmara municipal e os funcionrios rgios. No Rio de Janeiro, setecentista, vrios fatores internos e externos colnia deterioraram as relaes entre os governadores coloniais e os membros do senado.Tal situao agrava-se com as incurses corsrias francesas de 1710 e 1711 que demonstraram a fragilidade do imprio portugus que h muito deixara de ter um poder naval significativo, perdendo espaos para potncias como a Frana, Inglaterra e Holanda. Incapaz de conter os inimigos no vasto oceano, desprovido de meios navais capazes de patrulhar os litorais de suas colnias na frica, sia e Amrica, em especial o do Brasil, o imprio portugus dependia cada vez mais dos recursos humanos de suas colnias para a manuteno do seu territrio ultramarino. A corte portuguesa sofreu duro impacto com a conquista da cidade do Rio de Janeiro por Duguay-Trouin e, ao longo dos prximos anos, procurou fortalecer o sistema defensivo de sua colnia com o envio de tropas e navios alm da construo de novas fortalezas e o reaparelhamento do sistema defensivo j existente.Todo este esforo para a guerra era bancado, em sua maior parte, com recursos da prpria colnia do Rio de Janeiro. Obviamente este nus no agradava a incipiente elite mercantil que florescia na colnia resultando no fato de que a poltica de enclausurar o Rio de Janeiro entre muralhas e fortificaes, s custas da economia colonial, colocou em campos opostos os funcionrios do rei e os membros do senado por vrias vezes nas primeiras dcadas do sculo XVIII. Surgiram inevitveis conflitos pelo uso e posse do territrio urbano do Rio de Janeiro cada vez mais pontilhado por fortalezas, sulcado por extensas valas e trincheiras a impedir-lhe o crescimento urbano. Alm do conflito territorial, em funo da expanso da atividade mercantil desenvolvida pelos colonos, as disputas comerciais envolveram as elites locais, vidas por lucros e impulsionadas ao comrcio devido descoberta do ouro na regio das Minas, e as autoridades e comerciantes lusos, uns querendo controlar a atividade comercial que crescia em acelerado ritmo, outros querendo lucrar e disputar espaos com as elites coloniais locais. No meio destes embates encontrava-se a Cmara Municipal do Rio de Janeiro, objetivo maior desta pesquisa, a defender os interesses das elites da colnia, pois delas era representante. Era uma disputa em que, muitas vezes, seus membros pagaram com a perda da liberdade e dos seus bens frente a governadores coloniais mais intolerantes

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Este trabalho tem como objetivo principal apresentar uma história da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo compreendido entre as dcadas de 60 e 90. Iniciamos este trabalho discutindo a crise no campo da Psicologia Social que ocorreu na Europa e nos Estados Unidos a partir de meados dos anos 60. No Brasil, a crise comeou a ter desdobramentos apenas na dcada de 70. Iniciava-se a crtica a Psicologia Social cognitiva norte-americana e a busca de novas teorias, metodologias e interlocutores no campo da Psicologia Social. No Rio de Janeiro, o principal representante desta perspectiva foi Aroldo Rodrigues. Sua principal opositora foi Silvia Lane. Em Minas Gerais, O Setor de Psicologia Social foi outro importante eixo de oposio. Ao longo da tese, buscamos compreender como alguns enunciados presentes nos anos 60 e 70, entre os movimentos de resistncia como o CPC da UNE, o Tropicalismo e a Teologia da Libertao, como crtica e alternativa aos ditames positivistas. Era necessria uma Psicologia Social que permitisse pensar a realidade social brasileira. As categorias universalizantes da Psicologia Social norte-americana, que pensavam o homem fora da história e da cultura, passaram a ser objeto de crtica. Como afirmamos, buscamos apresentar uma história da Psicologia Social no Rio de Janeiro no perodo histrico j definido anteriormente. Para isso, alm do levantamento de referncias sobre o tema fizemos entrevistas com vrios dos personagens que participaram desta mesma história, como professores, pesquisadores e alunos.

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Este trabalho tem como objetivo interpretar o fenmeno poltico expressado por Tenrio Cavalcanti - poltico popular que atuou fundamentalmente em reas perifricas e pobres da cidade e do estado do Rio de Janeiro entre as dcadas de 1930 e 1960. Pretendo mostrar a narrativa, os smbolos e os cdigos culturais que construram a sua imagem pblica e como a sua atuao marcou a dinmica e a estruturao do campo poltico do Rio de Janeiro. A pesquisa baseia-se, fundamentalmente, no jornal Luta Democrtica, entre os anos de 1954 e 1964, e nos seus discursos pronunciados na Cmara dos Deputados, entre 1951 e 1964. A partir da anlise das fontes procuro mostrar de que maneira os elementos que constituem o fenmeno servem como ferramenta analtica para compreender melhor a construo de identidades sociais, os mecanismos de representao poltica, a forma como foram percebidos os processos de incluso e excluso social, assim como os conflitos sociais daquele perodo.

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O escritor, jornalista e literato Afonso Henriques de Lima Barreto deixou registrados, em praticamente todos os seus escritos, suas impresses sobre as mudanas sociais, polticas e urbanas, sofridas pela cidade do Rio, na Primeira Repblica. A partir de trechos de sua obra e de sua biografia, vo ser analisadas tais transformaes luz da prpria avaliao do autor. Sero abordadas as marcas deixadas por modificaes urbanas e topogrficas ocorridas na ento cidade-capital Rio de Janeiro, que se calcaram sobre o velho cenrio da cidade, afundando-o, a fim de apag-lo da memria dos habitantes, ao mesmo tempo em que se erigiam como metforas de suposto progresso e de modernidade. Metforas formam em ns, engramas, isto , marcas que podem ficar retidas em nossa memria pela ao da literariedade que possuem. Literariedade que tem sempre algum espao nos mais diversos tipos e gneros de narrativa. Estas marcas de transformaes urbanas atingiram de algum modo a rotina diria de parte considervel dos atores que viveram naquele perodo, entre eles o prprio Lima Barreto. Este trabalho se sustenta, ento, no trip biografia-literatura-metfora, alinhavado pelas marcas de remodelao da cidade do Rio. Cidade contada por Lima Barreto, durante a Primeira Repblica, numa narrativa que flerta com a etnografia.

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Este estudo investiga o status da produo acadmica sobre alfabetizao em 2 (dois) programas de Mestrado e Doutorado em Educao no Estado do Rio de Janeiro. Partiu-se da concepo de que a organizao e a sistematizao das contribuies originrias das pesquisas realizadas nesses programas permitiriam um olhar mais apurado sobre a alfabetizao enquanto objeto de estudo acadmico no contexto do Rio de Janeiro. Busca-se, assim, demarcar a trajetria dessa mesma produo, destacando os aspectos que foram privilegiados ao longo do tempo. Toma-se como referncia principal para a anlise e entendimento das especificidades do lugar da alfabetizao na produo acadmica no Rio de Janeiro, a história da alfabetizao no Brasil, demarcada em seus diferentes perodos. Em outras palavras, atravs da anlise da produo acadmica sobre o tema, buscou-se compreender a partir de que momento (quando) e de que modo (como) a alfabetizao se constitui objeto de estudo (acadmico) no contexto do Rio de Janeiro.

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O presente trabalho pretende analisar as representaes da cidade do Rio de Janeiro nas crnicas de Jos de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo, publicadas, respectivamente, sob os ttulos Ao Correr da Pena (1855-1856) e Labirinto (1860), tendo como objetivo mapear a cidade capital do imprio e as transformaes pelas quais passou entre as dcadas de 1850 e 1860. Tal proposta foi desenvolvida luz do mtodo cartogrfico apresentado por Franco Moretti, em suas obras Atlas do Romance Europeu 1800-1900 e A Literatura Vista de Longe, nas quais o autor trata a criao de mapas como um instrumento intelectual que abriria caminho para novos questionamentos e novas concluses no campo do imaginrio. Ademais, ao utilizar obras literrias como fontes primrias para a anlise da cidade do Rio de Janeiro do sculo XIX e suas especificidades no cenrio brasileiro imperial, o presente trabalho dialoga com uma história cultural do urbano.

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Esta tese examina a trajetria da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro entre 1910 e 1945, quando foi extinta para dar lugar a uma outra instituio, de mbito nacional, a Sociedade Brasileira de Geografia. Criada nos anos oitocentos, a associao foi um dos redutos culturais que desfrutaram do patrocnio do imperador D. Pedro II. Com o advento do regime republicano, a SGRJ sofreu contratempos polticos, mas continuou a desenvolver atividades e projetos pedaggicos, que buscavam descortinar o Brasil aos brasileiros, consoante o movimento nacionalista das primeiras dcadas do sculo XX. Em 1930, a Sociedade mostrou -se favorvel ao golpe de estado que alou Getlio Vargas ao poder. Durante a chamada era Vargas colaborou com o governo e foi integrada ao sistema geogrfico oficial do IBGE. Alm disso, foi pioneira n a promoo dos congressos brasileiros de geografia entre 1909 e 1940. A SGRJ desde a sua fundao at a sua extino atuou como um lugar privilegiado para o debate e a reunio de estudiosos da matria. Embora carecessem de sistematizao e de continuidade, inquestionvel que as prticas cientficas desenvolvidas pela SGRJ colaboraram para a formao do campo da disciplina.

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A presente dissertao tem por objeto elaborar um relato histrico da emergncia da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) no Brasil, com especial observncia ao eixo Rio-So Paulo nas dcadas de 1950, 1960 e 1970. A ACP faz parte da chamada Psicologia Humanista, um movimento inicialmente organizado pelo psiclogo norte-americano Abraham Maslow (1908-1970) na dcada de 1950, que contou com a forte participao de Carl Rogers (1902-1987), tambm psiclogo norte-americano, e fundador da atualmente denominada Abordagem Centrada na Pessoa. A trajetria profissional de Rogers foi marcada pelos acontecimentos de sua poca, como a crise econmica americana da dcada de 1930, a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria e os conflitos globais por questes tnicas, religiosas e raciais. Para uma melhor compreenso do desenvolvimento da ACP, este foi narrado em conjunto com a história dos principais acontecimentos polticos, econmicos e culturais dos EUA, buscando construir uma narrativa situada historicamente. O mesmo foi feito em relao história da ACP no Brasil, nas dcadas de 1950 a 1970, ressaltando-se o objetivo dos governantes nacionais de transformar o Brasil em uma grande nao em termos culturais e educacionais, para isso se valendo da criao de diversas instituies voltadas s crianas, adolescentes e jovens adultos, para seu atendimento psicolgico, educacional, orientao profissional e aprimoramento tcnico. A instaurao da ditadura civil-militar iniciada em 1964, o processo de regulamentao da profisso de psiclogo e a criao dos primeiros cursos de psicologia no Brasil so destaque. Registrar a história da ACP no Brasil uma tarefa que se justifica dado o contingente de profissionais que atuam neste referencial terico e para incentivar a pesquisa em história da psicologia. A metodologia de trabalho adotada foi a reviso bibliogrfica e o relato oral instrumentalizado por entrevistas com profissionais de destacada relevncia na história da ACP no Rio de Janeiro e em So Paulo. Este estudo tem como marco final a vinda de Carl Rogers e sua equipe em 1977 ao Brasil para a realizao do I Encontro Brasileiro Centrado na Pessoa (Arcozelo I), o que possibilitou a reunio, o reconhecimento mtuo e a troca de experincias entre os profissionais brasileiros, fechando desta forma o perodo da emergncia da ACP no Brasil e favoreceu uma nova fase de desenvolvimento por todo o pas.

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Esta tese tem por objetivo apontar como a psicologia se torna uma ferramenta importante na formao do clero, especificamente, seu ensino no seminrio de formao religiosa catlica do Mosteiro de So Bento do Rio de Janeiro, no perodo de 1930 a 1950. Os religiosos catlicos fizeram parte de muitos acontecimentos no s da história da Igreja, mas tambm da prpria história do Brasil. Comandaram a educao nos primrdios da colonizao, mantendo influncia na organizao educacional mesmo com a proclamao da Repblica como estado laico. Falar da formao do homem/sacerdote decorre do entendimento de que os religiosos catlicos foram um dos principais grupos disseminadores do saber psicolgico em nossa ptria. O perodo de nosso recorte marcado por transformaes na poltica, na economia e na educao nacional que afetaram a todos, inclusive ao clero. Entre as mudanas no seminrio de So Bento, encontramos a introduo da disciplina psicologia no currculo de formao dos monges, bem como a presena de uma crescente literatura psicolgica introduzida principalmente atravs de comentadores religiosos, demonstrando que as relaes entre Igreja e cincia assumem novo patamar no perodo estudado

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A dissertao visa analisar a condio feminina no Rio de Janeiro do sculo XIX a partir de documentos judiciais de divrcio, investigando as experincias que as mulheres oitocentistas experimentaram quando demandavam ou eram demandadas na justia. A documentao permite demonstrar o modo como elas vivenciaram as dificuldades sociais provenientes de sua condio jurdica e como estavam inseridas nos espaos institucionalizados de poder. Atravs das falas das prprias mulheres observamos como a Igreja e o Estado utilizaram-se da famlia e do matrimnio como instrumentos de manuteno da dominao sobre o universo feminino. A escolha do Rio de Janeiro como recorte geogrfico deu-se em funo da importncia econmica, poltica e social que, como capital, a cidade assumiu no sculo XIX. O recorte temporal 1832 a 1889 tomou por parmetros o surgimento de duas normas legais que vo trazer modificaes significativas para a organizao da Justia do Imprio e para o tema especfico do divrcio.

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Este estudo retrata a trajetria de duas lideranas fundamentais no s no plano da Escola de Samba GRES Portela como na trajetria em geral das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. A escolha dos dois personagens, alm da conhecida relevncia de ambos na história do carnaval carioca, se d pelo fato de que os dois aparecem como importantes referncias de suas agremiaes carnavalescas representando e organizando interesses coletivos. Pretendo comparar a trajetria desses dois personagens inserindo ambos em seus contextos histricos. Respectivamente as primeiras trs dcadas do sculo XX, e os anos de 1960 at 1980. Elaborando uma pesquisa que compe um balano acerca das transformaes nas Escolas de Samba do Rio de Janeiro, que ao longo do tempo se forjaram como representao mxima dos festejos carnavalescos da cidade. Analisar as Escolas de Samba pode ajudar a compreender o movimento da cultura popular na história recente da cidade, e como essa se articulou com sociedade e poltica.

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O trabalho aborda o baile dos Horrores, que acontecia no perodo pr-carnavalesco do Clube Magnatas de Futebol de Salo localizado na Rua General Belford no bairro do Rocha, subrbio do Rio de Janeiro, de 1960 a 1988. Sua caracterstica marcante foi o horror levado s ltimas conseqncias, chamando a ateno da imprensa e provocavam mal estar em pessoas mais sensveis. A dissertao busca discutir os motivos da presena desses elementos numa festa onde a alegria predomina. Procuramos, desse modo, associar o baile a um perodo do sculo XX em que as tenses ocasionadas por uma srie de fatores (como a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria e a Guerra do Vietn, por exemplo) causavam os mais diversos temores com elementos nunca antes visto, como a bomba atmica, iniciando assim novo perodo onde as metamorfoses seguiam o caminho do terror. A cincia, por sua vez, aceleraria processos que teriam influencia em todos os campos da produo humana, inclusive, ou principalmente, nas artes

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A presente dissertao tem como objetivo investigar a relao entre a disseminao de uma cultura carnavalesca de rua e sua articulao com conceitos relativos memria em um contexto descrito por diversos autores como sendo de crise. Para tanto, buscou-se uma historicidade acerca das manifestaes carnavalescas, sua relao com rgos de poder e Estado e os dinamismos que representam, frente a outras expresses do carnaval. Sabendo que a realizao do carnaval est diretamente relacionada a um dado contexto, buscamos, a partir do conceito de globalizao, compreender como esta impacta em uma festividade compreendida como uma cultura local e se firma como uma tradio da cidade do Rio de Janeiro. Para tanto, analisamos as diversas representaes desta festividade de rua a partir de uma anlise do jornal O Globo durante trs anos, isto , 1993, 2003 e 2013, tendo como hiptese que, o carnaval de rua, em suma, apresentado como uma expresso cultural oposta ao Desfile das Escola de Samba da Sapuca, legitimado historicamente como o maior carnaval do Brasil.