285 resultados para Prado, Adélia, 1935- Crítica e interpretação


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A tese estuda a obra potica de Adlia Prado sob o ponto de vista da Estilstica. Mostra que a metfora o recurso mais afeito a construir a lngua literria e, no caso da poetisa, model-la em portugus. O estudo atesta que a linguagem conotativa da poetisa alcana os trs nveis da lngua e promove o inesperado e o distante da expresso comum. Afirma a importncia da polifonia e da intertextualidade , alm da excelncia do discurso indireto livre na criao literria, no s da poetisa, mas de todo uso da lngua portuguesa como ferramenta de expresso potica, principalmente se a inteno do autor criar o discurso surrealista. A pesquisa mostra que h, na obra, um grande nmero de poemas em que predomina a linguagem religiosa catlica. Ocorre a expresso da alma feminina , marcada com orgulho pela poetisa. A autora cria prosodemas, inaugura neologismos ,aproveitando todos os processos de criao vocabular. Assim, a obra se notabiliza pelo aproveitamento da sonoridade das palavras, pela escolha lexical indita, por uma estrutura frasal apositiva, evocativa, sucinta e nominal, no escravizada s regras do registro culto como padro literrio. A tese reconhece que a autora lida eficientemente com as classes de palavras, com a construo nominal e com uma estruturao sinttica peculiar, em que sobressai a orao adjetiva com funo de sujeito, apesar de conter verbo: a orao adjetiva subjetivada. A essncia da pesquisa so os conjuntos metafricos, verdadeiros modelos universais, que permitem reconhecer a possvel existncia de uma lngua literria em portugus. No mesmo contexto, focaliza um grupo de poemas chamados de telegrficos, curtos e de teor filosfico. Tal qualidade metafrica mostra a importncia da poetisa Adlia Prado para a articulao da lngua literria em lngua portuguesa

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Esta dissertao trata da potica de Adlia Prado. Procurei destacar, dentro da vasta obra da autora, sua ligao com o divino a partir da dessacralizao de uma linguagem que a este se atribui. A meu ver, a poeta transfere para o cotidiano toda a carga semntica relativa ao sagrado: espiritualiza o concreto e da constri sua abstrao, reformulando a escrita do corpo originalmente marcada pala imagem de pecado. O corpo representa a possibilidade de concretizao da experincia com o divino. Assim, surge uma linguagem que se dobra sobre si mesma e recompe seus significados para satisfazer as necessidades de um gnero hbrido evidenciado pelo trnsito entre o potico e o prosaico

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A partir da suspeita de que o pensamento e sua expresso no se limitam a uma nica forma, o presente trabalho investiga de que modo podemos pensar, a partir de Fernando Pessoa, uma relao possvel entre filosofia e literatura. Quais os pressupostos que permitem considerar o fenmeno heteronmico pessoano como um expediente trgico que diz respeito ao prprio pensamento, ou ainda, como entrever, no projeto pessoano, o lugar de embate trgico, por excelncia entre aquilo que somos, enquanto sujeitos, e os processos que franqueiam escrita a constituio de uma subjetividade outra? Desdobrada em heternimos, a obra de Pessoa comportaria em si a justaposio de formas diversas de ver e compreender o mundo, mas o processo pelo qual este desdobramento se d poderia ser tomado como anterior s formas constitudas das personalidades particulares, apresentando-se como uma disposio anti-dialtica do pensamento. Privilegiando como ponto de partida os escritos do heternimo louco e filsofo de Fernando Pessoa, Antnio Mora, nosso intuito analisar de que modo sua crítica tradio metafsica ocidental, em ressonncia com a filosofia francesa contempornea de inspirao nietzschiana, pode se constituir como um intercessor capaz de dar a ver uma potncia impessoal atuando entre a filosofia e a literatura, representada pelo verso de Alberto Caeiro: a natureza partes sem um todo"

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A presente tese tem como intuito investigar as relaes entre as narrativas de Machado de Assis e de Woody Allen, autores de pocas e culturas bastante distintas. No entanto, atravs da anlise do papel da ironia na obra de ambos tornou-se possvel aproximar Memrias pstumas de Brs Cubas, romance de 1881 de Machado, e Stardust Memories, filme lanado em 1980 pelo diretor Woody Allen. A investigao divide-se em trs etapas. No primeiro captulo, analisa-se a aproximao entre os dois autores atravs de uma mesma viso sobre a fico presente tanto na obra de Machado quanto na de Allen. Esta viso encontra-se fundamentada atravs de uma tradio literria burlesca que rompe com o primado realista na narrativa ficcional. No segundo captulo, procura-se demonstrar como a perspectiva no realista escapa a uma regra moralizante na fico, para valorizar uma postura tica, isto , para se definir o ethos da narrativa. A ironia, assim, ser a morada da fico de ambos os autores, que problematizam o mundo incluindo nele a prpria narrativa. E no terceiro e ltimo captulo, analisa-se a relao ficcional nas duas obras com a memria. A memria, elemento constituinte da identidade humana, revela-se uma linguagem prpria e opressora aos narradores memorialistas, impondo-lhes a inexorabilidade do tempo. Dessa forma, suas fices seriam uma luta incessante do homem contra o seu caminhar para a morte

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A presente dissertao toma como propsito as obras poticas de Ricardo Reis e de Paul Celan, acentuando a sua tarefa de originar uma poesia de risco, que experiencia a linguagem e a ameaa. Nesse sentido, a pesquisa desenvolvida reconhece a singularidade da leitura imposta pelos poemas. Tal fato estabelece algumas especificidades da leitura, sem pretender com elas decifrar qualquer contedo nos poemas escolhidos. Dessa maneira, esse trabalho recolhe, coleciona e elege premissas de compreenso derivadas de outros ambientes literrios. Assim, a hiptese fundamental sustentada ao longo da dissertao expe o prprio desempenho da leitura como exerccio de escrita, sem recorrncia a qualquer facilidade contextual, historicista ou formalista; ou melhor: o que ler Ricardo Reis ps Paul Celan, tomando como elemento bsico a prpria experincia de risco da leitura

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A presente tese de doutorado analisa, em perspectiva comparada, as convergncias e divergncias entre as dramaturgias do francs Jean Genet e do brasileiro Plnio Marcos, sob o prisma de trs tpicos inegavelmente presentes, nelas: a violncia, a revolta e a religiosidade. As questes de margem, borda, periferia, ex-centricidade, dissenso etc so abordadas neste trabalho para situar a ideia de outro como o referencial ontolgico que sustenta a obra teatral de ambos. As respectivas biografias dos autores em questo, direta ou indiretamente, tem relao com a aura de marginalidade artstica atribuda (e at assumida por eles prprios) a sua produo em geral (seus romances, poemas, ensaios e contos). Pode-se dizer que muito da persona que ambos assumiram correspondia s expectativas que os crculos intelectuais engajados tinham em adotar uma figura que viesse a encarnar o papel de autntico porta-voz do segmento marginalizado da sociedade na qual cada um deles se criou. Ambos gozam de certo status de vanguardistas no caso do metateatro de Genet, na sua atribuda vinculao ao Teatro do Absurdo, e, no caso do hipernaturalismo dramtico de Plnio, na sua atribuda (e mesmo confessa) descendncia da linhagem criativa de caracteres e motivos do teatro de Nelson Rodrigues. Outro aspecto comum dramaturgia de Genet e Plnio que abordamos a problematizao de dois espaos alegricos definidores por excelncia do ethos dos tipos humanos que o habitam: a priso e o prostbulo. Para tanto, ganham destaque, aqui, Alta vigilncia e O Balco, de Genet, e Barrela e O abajur lils, de Plnio. Nelas tambm se verifica a figurao de motivos de inspirao religiosa que, no autor francs, concorrem para uma espcie de sacralizao ritual do crime (o que ecoa o iderio de Antonin Artaud) e, no brasileiro, funcionam como um exerccio catrtico de compaixo sombra de uma cristandade de feio primitiva que se insinua no tratamento que d degradao dos prias sociais que compem seu universo dramtico. Por fim, analisamos comparativamente trs peas brasileiras (Pedro Mico, de Antonio Callado; Gimba, o presidente dos valentes, de Gianfrancesco Guarnieri; e Orao para um p de chinelo, de Plnio Marcos) tomando como ponto de partida uma situao dramtica comum a elas para traar, assim, as afinidades e distines de cada qual quanto abordagem da criminalidade. E, assim, tambm, poder apontar o tipo de projeto de teatro a que cada uma se vincula, trazendo tona questes caras ao momento histrico-cultural no qual foram compostas, como a figurao do negro e do favelado na sociedade brasileira

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A presente dissertao parte da leitura do Livro do Desassossego de Fernando Pessoa (composto por Bernardo Soares ou Vicente Guedes, dependendo da fase de escrita do Livro), estabelecendo com ele uma relao dialgica, buscando gerar um pensamento sobre o livro a partir dele prprio. A pesquisa realizada procurou, sobretudo, tratar da encenao da palavra Desassossego na obra e a sua importncia como elemento de coeso no ambiente partido que o Livro. Para isso, efetivou-se uma anlise da palavra desassossego e as suas diversas formas de escrita durante a interminvel feitura da obra. Este trabalho, no entanto, no pretende expor uma definio para o que seria desassossego. Laborando exatamente no vis oposto, visa-se encenao do desassossego atravs da aproximao, ou seja, da experincia do desassossego na prpria escrita sobre ele. O estudo aqui apresentado constri-se como uma forma de narrativa de pensamento, realizando-se como registro da reflexo sobre a palavra desassossego, sobre o livro e sobre questes a ele pertinentes e por ele levantadas, como a problematizao da heteronmia, do gnero autobiogrfico, da editorao e das ideias de vida e literatura

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A presente dissertao fruto da pesquisa de mestrado realizada sobre o poema Ode martima, de lvaro de Campos, heternimo do poeta portugus Fernando Pessoa. O poema foi estudado luz de consideraes tericas que pudessem sustentar o teor artstico do citado poema, para alm de um posicionamento estritamente analtico. Em outras palavras, as contribuies tericas de Walter Benjamin, Philippe Lacoue-Labarthe, Theodor W. Adorno, entre outros, visa propocionar um discurso de pesquisa que seja potico, respeitando a manifestao literria em questo o poema. Nesse sentido, Ode martima apresentou, ao longo da pesquisa, diferentes temas. Tais temas foram estudados, com o embasamento terico referido, separadamente. So eles: Imaginao, Cais Absoluto, Sonho, Fora e Infncia. Para cada tema, um captulo foi elaborado. Todos os temas pesquisados confluem para a apreenso da potica de lvaro de Campos uma vez que Ode martima um poema singular e fundamental da obra potica do citado heternimo. Desse modo, a pesquisa realizada no se limita abordagem do citado poema, mas alcana demais poemas de lvaro de Campos, de modo que se torna possvel conjeturar acerca da poesia deste heternimo. Partindo, portanto, de um poema, a pesquisa pretende poder dimensionar a obra de lvaro de Campos, pontuando suas particularidades trazidas pela Ode martima, mas tendo cincia de que trata-se de uma proposta entre tantas outras vlidas e enriquecedoras.

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O presente trabalho visa estabelecer uma reflexo sobre o conto e mais propriamente sobre a linguagem como aquilo que propicia e concede ao homem a sua essncia. Para isto, tem como proposta estabelecer uma leitura do livro Grande serto: veredas, de Guimares Rosa, luz de alguns versos de Fernando Pessoa, especialmente um verso do heternimo Ricardo Reis: somos contos contando contos, nada. Nesta esteira, o presente estudo procura estebelecer afinidades eletivas entre os textos pela via do tema proposto. Neste sentido, considera-se que Fernando Pessoa fez da sua vida uma grande obra literria, sendo ele prprio um conto a contar contos, sendo a experincia heteronmica a evidncia do poder de criao da lngua vivenciado pelo escritor. Considera-se tambm que a obra Grande serto: veredas de Guimares Rosa pode ser lida como um grande conto, tendo por base uma declarao feita pelo prprio autor em entrevista. Desta forma, o presente trabalho procura desenvolver o gesto de contar como a forma como o homem torna o mundo habitvel, abordvel, e tambm como a prova de sua prpria existncia, sendo o gesto de colocar as palavras a caminho a forma de realizar a travessia da vida atravs das palavras

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O presente trabalho objetiva o exerccio de criao em torno do dia 8 de maro de 1914, dito como triunfal pelo poeta Fernando Pessoa, nos momentos que antecedem a escrita do poema O guardador de rebanhos, de autoria do heternimo Alberto Caeiro. A partir de versos do poema intenta-se uma construo ficcional fincada em um estado onrico que canal para os fluxos de criao, preparao para o que vai eclodir: um poema potente que emerge do mistrio da heteronmia, renncia do poeta sua voz para dar lugar ao OUTRO que dele difere, porm dele surge, nele mora. H no espao ficcional a ideia de inscrever a data de 8 de maro de 1914 como um terceiro marco na biografia do poeta que negou ter biografia, apenas nascimento e morte como limites entre os quais a vida correu como obra, como fazer poesia. A data que d carne ao poema fico dentro da fico, contraponto de guerra em meio luz da poesia que nasce como tarefa heroica de enfrentamento diante dos perigos do mundo. O trabalho pretende chegar mais perto de uma verdade que s atravs da fico pode ser tocada: sentir o fluxo de um dia no processo de criao do poeta, ser livre como ele, na ousadia de recriar o momento da escrita do poema em 1914

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Desde que foi publicado, em 1975, Lavoura arcaica vem intrigando os leitores com a sua dessemelhana. Em meio a livros que absorviam a violncia do regime militar brasileiro, Raduan Nassar surgiu com uma obra estranha, que se nutria de uma linguagem potica profundamente ressonante, do pensamento monotesta mediterrneo, da herana cultural rabe, da subverso pela via da sexualidade. O tempo passou, o escritor abandonou a literatura, muita coisa interessante foi dita sobre o romance, mas seus enigmas so ainda sementes lanadas em solo frtil. Lavoura arcaica mais uma releitura da prolfica parbola do filho prdigo, presente no Evangelho de Lucas e reelaborada inmeras vezes ao longo dos seus dois mil anos de existncia. A histria do jovem rebelde que decide romper os laos com a famlia para se lanar no mundo tem se mostrado generosa para com a imaginao de muitos autores, que se dispuseram a reescrev-la com o filtro de suas ticas particulares. Alguns deles esto no presente trabalho: Gide, Kipling, Kafka, Rilke, Dalton Trevisan, Lcio Cardoso e tambm o telogo catlico Henri Nouwen. Apesar das variaes, a volta para casa ocupa em todas as narrativas um lugar privilegiado. Essa uma histria, afinal, sobre os motivos que levam o sujeito a ir embora e, mais ainda, sobre as razes que fazem com que regresse. Arrependimento, recomeo, fraqueza, derrota, amor? A despeito das muitas antteses que encontramos no texto de Raduan, elas no exigem que faamos uma escolha entre o arcaico e o moderno, entre ficar ou partir, entre o individual e o coletivo, entre a conteno e a entrega. Essa a questo: Lavoura arcaica no um livro sobre a luta do bem contra o mal, da liberdade contra a opresso, mas um painel que mostra como tudo isso se mistura na mesma paisagem ou, parafraseando o personagem Andr, como as coisas s se unem se desunindo

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O objetivo da presente pesquisa o de discutir a reescrita da histria da Irlanda, mais especificamente aspectos relacionados construo da identidade nacional e de marcas da tradio, a partir da leitura do romance Tipperary, de Frank Delaney. Publicada em 2007, essa obra aborda de forma singular as querelas sobre identidade nacional, nacionalismo, passado, memria, e seus personagens principais e a trama esto significativamente ligados ao contexto poltico-social da histria da Irlanda. Nessa reconstruo da histria, o passado revisitado atravs de diferentes pontos de vista. Nossa ateno estar voltada para a seleo de elementos/momentos da histria do pas que ganham foco na narrativa, e as possveis repercusses deste processo. Alm disso, nos concentraremos na questo das tnues fronteiras entre histria e fico, ou seja, as fronteiras pouco delimitadas entre o discurso histrico e o discurso ficcional. Na escrita da histria em Tipperary, Delaney aborda questes relativas a mitos, lendas e tradies como importantes fatores de identidade nacional em uma Irlanda que emerge como uma nao independente. No romance em questo, podemos observar como histria e memria se unem na jornada do protagonista, em sua empreitada de narrar a histria de sua vida e de seu pas

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A presente tese representa um esforo no sentido de contextualizar a caminhada do ensaio de interpretação do Brasil, durante o sculo XIX, com base em trs aspectos: a construo do tema nacional, em Varnhagen; a aquisio de uma linguagem de corte subjetivo, em Joaquim Nabuco; e o relacionamento entre cincia e literatura, em Euclides da Cunha. Na introduo, ocorrem aproximaes de natureza conceitual acerca das caractersticas mais salientes do ensaio como gnero na literatura e da noo de identidade nacional. No primeiro captulo, os objetivos se transferem para a investigao dos antecedentes da interpretação do Brasil, principalmente aqueles localizados nos textos de no fico, a exemplo da carta de Pero Vaz Caminha e dos relatos de viagem durante o perodo colonial. O segundo captulo descreve os esforos para a criao de uma lngua literria correspondente ao novo estatuto de independncia poltica, tendncias inventariadas pela prosa e poesia do perodo, em textos como a Histria Geral do Brasil, de Francisco Adolfo de Varnhagen. O influxo de uma nova subjetividade sobre a linguagem constitui o escopo do terceiro captulo que tambm reproduz parte da fortuna crítica do ensaio O Abolicionismo, de Joaquim Nabuco. Em quarto, o dilogo entre cincias sociais e a interpretação do Brasil servem de contraponto ao levantamento de obras que j aproximam a questo social (o caso de Os Sertes, de Euclides da Cunha). No quinto captulo, uma breve reconstituio da passagem do ensaio de interpretação do Brasil no sculo XX. Por ltimo, na coda, a trajetria do ensaio de interpretação do Brasil, at meados de 1900

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Esta tese visa a analisar trs perspectivas nacionalistas oferecidas pela obra crítica de Machado de Assis. Buscamos, inicialmente, a feio intelectual do jovem Machado no interior do projeto romntico-nacionalista, com o qual estava alinhado e do qual se afastaria paulatinamente. Para tanto, foi cotejado, inicialmente, com dois militantes daquele nacionalismo defensivo: Santiago Nunes Ribeiro e Joaquim Norberto de Sousa Silva. Esse lugar de onde falava Machado ganha em definio num segundo momento, quando empreendemos a anlise comparativa de seus textos com os de Macedo Soares e Jos de Alencar. Sobretudo entre 1859 e 1872, Machado de Assis construiria sua crítica teatral, tornando-se um paladino da comdia realista francesa. A primeira face nacionalista de sua crítica afirma-se nesse profundo envolvimento de Machado com o projeto de um teatro brasileiro pautado no potencial pedaggico da alta comdia. A segunda perspectiva nacionalista define-se medida que se define o classicismo moderno de Machado, uma articulao muito pessoal de sua viso universalista com a j instaurada modernidade literria. Para a anlise desse vis, usamos o corpus de sua crítica literria construda como gnero autnomo, oferecida convencionalmente ao pblico, por via da qual escritores e leitores se habilitariam a intervir na sociedade, cumprindo, patrioticamente, a misso para a qual a literatura os preparara. A partir de 1883, depois de quase cinco anos afastado da crnica, Machado a retoma, usando-a para exercitar, mais franca e assiduamente, uma particular teoria da cultura brasileira e, paralelamente, uma espcie de busca de nosso carter nacional. Dessa forma, seu nacionalismo, numa terceira angulao, orienta-se para a experincia humana, que, entre incorporar o fundamento externo e resistir a ele, acaba por formar algo irremediavelmente brasileiro; essa crnica, portanto, carrega uma crítica de feio cultural, no sentido de Machado ter-se comprometido com significaes e valores de nossa vida social. Ao examin-lo como escritor que, inicialmente, se postou contra o colonialismo cultural; que, a seguir, se engajou num projeto civilizatrio conduzido pelo teatro e pela literatura e que, por fim, investigou a sensibilidade coletiva brasileira a partir de suas representaes culturais, esta tese faculta uma apreenso mais criteriosa das intersees entre os temas nacionalismo e Machado de Assis

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A presente dissertao pretende analisar a viso do autor irlands Oscar Wilde sobre diferentes expresses artsticas, e discutir como ele relacionava tais formas de arte com a vida cotidiana. Para tanto, o primeiro captulo dedicado vida de Wilde por entendermos que a sua vida foi, igualmente com os seus textos, uma obra de arte. No segundo captulo, foram analisadas as conferncias proferidas pelo escritor em uma turn que ele fez pelos Estados Unidos e Canad no ano de 1882. No terceiro, e ltimo captulo, foram selecionados trs ensaios nos quais os temas debatidos sempre convergem para a discusso sobre a arte e sua relao com a vida