2 resultados para victimization

em Universidade Metodista de São Paulo


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Em sua teoria mimética do desejo, René Girard apresenta Cristo como modelo ideal a ser seguido, uma vez que Jesus demonstrou como é possível resolver conflitos sem associá-los à vingança ou à violência. Através de sua vitimização na Cruz, Jesus revela toda a verdade de quem somos e quem Deus é, ao manifestar sua inocência, Ele reverte para si a acusação daqueles que se mantêm no círculo da auto justificação por transferência da culpa. Assim, o Cristo decide, por sua livre vontade, perdoar. Isto é, uma nova forma de perdão, que denominamos novum. Fundamentado no amor, ele vem de fora e fura o círculo da violência. O novum revela uma nova maneira de se relacionar com as pessoas que nos prejudicaram, de tentar compreender quem somos através do Outro. Essa nova mimesis valoriza a vida, a liberdade, o cuidado com o próximo, a reconciliação mais do que ofertas e sacrifícios. Trata-se de uma superação dialética, pois, apesar de nesse processo a decisão de perdoar estar de posse do sujeito sendo esta uma via de mão única , a decisão de reconciliação depende também do ofendido/ofensor, esta outra, via de mão dupla . Através do novum é possível mudar o sentido do passado, destruir a fatalidade e não ter necessidade de continuar como refém da culpa. Esta atitude possibilita o sujeito olhar o futuro com esperança. Ao focar a Paixão e a Ressurreição, o sujeito descobre quem ele realmente é e poderá decidir seguir o modelo Cristocêntrico. Essa decisão leva-o a sair da mimesis violenta e passar a elaborar a vontade, para então decidir perdoar àquele que o ofendeu. O sujeito, por fim, reconhece o perdão novum como modelo que ao ser imitado e doado é capaz de refazer a pessoa de seu doador, bem como àquele que é perdoado.

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A pesquisa apresenta uma análise das relações de poder, no espaço da Educação Infantil do Município de Ribeirão Pires, focada no trabalho das Educadoras não-docentes e das Professoras de Desenvolvimento Infantil de duas escolas, localizadas em duas regiões distintas: uma na região central, e a outra em um vilarejo afastado do centro. O foco principal é o conflito entre esses dois grupos de profissionais, um foco secundário e complementar são as deficiências de funcionamento, que contribuem para a existência de conflito entre os grupos. A hipótese que norteia a pesquisa é a de que, as educadoras não-docentes, enquanto grupo veterano, valem-se da antiguidade, afirmando-se por meio de seus saberes tácitos ou empíricos, e as PDI, por sua vez, valem-se da titulação/diploma. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas e da observação na unidade escolar, visou apreender as diferenças estabelecidas entre os grupos de educadoras e professoras, mas, sobretudo, entender a forma com que ambas expressam as relações de poder no espaço e no tempo escolar. A pesquisa requereu como base, três referenciais analíticos: Norbert Elias (2000), que aborda as relações de poder; o Estudo de Sociologia do Desvio de Becker (2008) e o Estigma de Erving Goffman (1891). Partindo do estudo dos três autores foi possível observar, dentro das relações de poder entre os grupos de educadoras e professoras, algumas tendências e disposições coletivas, como: afirmação de superioridade pela tradição, afirmação de superioridade por títulos, inclinações a estigmatização, sentimentos de vitimização e a baixa burocratização institucional, corretamente podemos constatar, no que diz respeito ao foco secundário da pesquisa, a apresença nas escolas estudadas, de um baixo nível de burocratização institucional, o que contribui para estimular conflitos entre grupos docentes analisados. A pesquisa poderá contribuir para o debate em torno de assuntos relacionados com a modalidade Educação Infantil e seus agentes, tal qual ela se configura no Brasil.