3 resultados para social theories

em Universidade Metodista de São Paulo


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A aceitação e o uso de Tecnologia da Informação (TI) pelo indivíduo têm sido estudadas por diferentes modelos conceituais que, em geral, derivaram de teorias da Psicologia como a TRA Theory of Reasoned Action e a TPB Theory of Planned Behavior, derivada da primeira. Um importante modelo de análise dai derivado, resultado da minuciosa análise de outros 8 modelos anteriores, o UTAUT - Unified Theory of Acceptance and Use of Technology de VENKATESH et. al. (2003) tem sido largamente analisado e validado em vários cenários de tecnologia e ambientes. Este trabalho visa compreender de uma maneira mais ampla dos fatores antecedentes da intenção de uso e comportamento de uso a partir do modelo UTAUT, bem como os fatores que melhores explicam a intenção e o comportamento de uso, assim como a análise de seus moderadores. Em seu desenvolvimento, Venkatesh et al. empreenderam comparações em três etapas de implantação e em dois cenários: na adoção mandatória, aquela em que se deu em ambiente empresarial onde o sistema é requerido para execução de processos e tomada de decisões, e na adoção voluntária, cenário em que a adoção se dá pelo indivíduo. No segundo caso, os autores concluíram que o fator influência social tem baixa magnitude e significância, não se revelando um fator importante na adoção da tecnologia. Este trabalho visa analisar também se o mesmo fenômeno ocorre para adoção que se dá de forma voluntária, mas passível de ser altamente influenciada pelos laços sociais, como o que ocorre entre usuários das redes sociais como Orkut, Facebook, Twitter e Linkedin, especialmente em tecnologias que habilitam ganhos associados ao exercício desses laços, como no caso do uso de sites de compras coletivas tais como Peixe Urbano, Groupon e Clickon. Com base no modelo UTAUT, foi aplicada uma pesquisa e posteriormente foram analisados os resultados de 292 respondentes validados que foram acessados por e-mails e redes sociais. A técnica de análise empregada consistiu do uso de modelagem por equações estruturais, com base no algoritmo PLS Partial Least Square, com bootstrap de 1000 reamostragens. Os resultados demonstraram alta magnitude e significância preditiva sobre a Intenção de uso da tecnologia pelos fatores de Expectativa de Desempenho (0,288@0,1%), Influência Social (0,176@0,1%). Os primeiro, compatível com estudos anteriores. Já a magnitude e significância do último fator resultou amplamente superior ao estudo original de Venkatesh et al. (2003) variando entre 0,02 a 0,04, não significante, dependendo dos dados estarem agrupados ou não (p.465). A principal conclusão deste estudo é que, ao considerarmos o fenômeno das compras coletivas, em um ambiente de adoção voluntária, portanto, o fator social é altamente influente na intenção de uso da tecnologia, o que contrasta fortemente com o estudo original do UTAUT (já que no estudo de Venkatesh et al. (2003) este fator não foi significante) e apresenta várias possibilidades de pesquisas futuras e possíveis implicações gerenciais.

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A pesquisa, em 5 capítulos, desenvolve o tema dos/as pobres como categoria social nos Sl 3-14, subunidade do primeiro livro do saltério (Sl 3-41). Os Sl 3-14 são atribuídos a Davi, o fato está relacionado com as escolas e suas teologias presentes na edição final do saltério. Esses salmos nasceram nas comunidades camponesas do antigo Israel, posteriormente, foram aperfeiçoados e adaptados por grupos de cantores oficiais no templo de Jerusalém. Os Sl 3-14 se destacam pelo lamento e pela súplica individual. Pertencem a uma coleção pré-exílica, mas concentra textos tardios, do pós-exílio. Os lugares que ocupam foram pensados estrategicamente. Os Sl 9; 10 apresentam conceitos hebraicos que identificam os/as pobres: dak, ani, ebyon. Estes/as designam pequenos/as camponeses/as livres, ainda com acesso à terra. Ao longo do antigo Israel não sofreram mudanças bruscas como categoria social, no entanto, podem assinalar-se algumas características que os/as distinguem nos períodos correspondentes ao primeiro e o segundo templo de Jerusalém. Ademais, os Sl 9; 10 apresentam palavras sinônimas que também os/as identificam: hellkah pobre/infeliz e naqi inocente . Apesar das pequenas variações dos conceitos, todos apontam à uma categoria social, com direito à apelação nos tribunais, embora com fraca influência jurídica. Essa comunidade tem identidade teológica. Javé é apresentado como o seu defensor. A espoliação no saltério é algo dramático, porque o rosto do/a pobre é o próprio rosto de Javé. A pobreza não é um assunto de espiritualidade nem de casualidade. É gerada por um sistema político-social, planejado de forma inteligente, que não permite ao povo da roça progredir como agricultor. Esse setor poderoso, nacional ou estrangeiro, é identificado nos textos, sob os conceitos: goyim nações , sorerim agressores , oyebim inimigos , raxa im injustos . O seu domínio é suportado pela violência e as armas. A ideologia dos sistemas dominantes é fundamental para a interpretação dos textos. A sociedade dos salmistas apresenta crises com relação à identidade humana. A violência e a paz se disputam os espaços. O Sl 8 mostra uma sociedade alternativa pensada a partir daquilo aparentemente fraco: as olelim crianças e os yanaqim lactantes (Sl 8,3). O grito das criancinhas, o grito dos/as oprimidos/as, unido ao grito da criação, se compara à dor de parto, com o qual inicia a vida. Trata-se de um grito que busca transformar os trajetos entortados da história. Esses são indícios da esperança que distingue a teologia dos/as pobres. Os Sl 3-7 e 11-14 continuam a apresentar a situação dos/as pobres. Às vezes, localizam-se os conceitos: ani oprimido e ebyon pobre , outras, recorre-se a novos sinônimos como has͇id fiel e sadiq justo . Esses salmos demonstram que os/as pobres estão presentes também nos textos onde tais conceitos não aparecem. As agrupações (Sl 3-7 e 11-14) são uma pausa na subunidade (Sl 3-14), não uma quebra de sentido com os Sl 8; 9 e 10. Finalmente, se localiza na sociedade dos Sl 3-14, o Modo de Produção Tributário. As teorias das ciências econômica, arqueológica, histórica, contribuem com a compreensão do universo sóciopolítico gerador de pobres.

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O trabalho desenvolvido analisa a Comunicação Social no contexto da internet e delineia novas metodologias de estudo para a área na filtragem de significados no âmbito científico dos fluxos de informação das redes sociais, mídias de notícias ou qualquer outro dispositivo que permita armazenamento e acesso a informação estruturada e não estruturada. No intento de uma reflexão sobre os caminhos, que estes fluxos de informação se desenvolvem e principalmente no volume produzido, o projeto dimensiona os campos de significados que tal relação se configura nas teorias e práticas de pesquisa. O objetivo geral deste trabalho é contextualizar a área da Comunicação Social dentro de uma realidade mutável e dinâmica que é o ambiente da internet e fazer paralelos perante as aplicações já sucedidas por outras áreas. Com o método de estudo de caso foram analisados três casos sob duas chaves conceituais a Web Sphere Analysis e a Web Science refletindo os sistemas de informação contrapostos no quesito discursivo e estrutural. Assim se busca observar qual ganho a Comunicação Social tem no modo de visualizar seus objetos de estudo no ambiente das internet por essas perspectivas. O resultado da pesquisa mostra que é um desafio para o pesquisador da Comunicação Social buscar novas aprendizagens, mas a retroalimentação de informação no ambiente colaborativo que a internet apresenta é um caminho fértil para pesquisa, pois a modelagem de dados ganha corpus analítico quando o conjunto de ferramentas promovido e impulsionado pela tecnologia permite isolar conteúdos e possibilita aprofundamento dos significados e suas relações.