18 resultados para confrontation
em Universidade Metodista de São Paulo
Resumo:
O Episódio do Cego de Nascença (Jo 9,1-41; 10,19-21) é produto simbólico da concorrência pelo poder religioso entre comunidade joanina e fariseus da sinagoga, tendo sido elaborado para provocar em seus leitores o questionamento da legitimidade do poder religioso exercido pelos fariseus, configurado como monopólio do capital simbólico do judaísmo. O conflito se estabelece na medida em que a comunidade joanina passa a concorrer com os fariseus por este poder, em vista do atendimento de seus próprios interesses sócio-religiosos. A concorrência é particularmente palpável no confronto entre interpretações particulares de símbolos fundamentais da tradição judaica, como a retribuição, o sábado e a profecia. O enfrentamento dos fariseus por parte dos judeus leigos da comunidade joanina convida a uma revolução simbólica, a qual propõe que os leigos da comunidade joanina assumam a função profética de disputa pelos bens simbólicos do judaísmo(AU)
Resumo:
O Episódio do Cego de Nascença (Jo 9,1-41; 10,19-21) é produto simbólico da concorrência pelo poder religioso entre comunidade joanina e fariseus da sinagoga, tendo sido elaborado para provocar em seus leitores o questionamento da legitimidade do poder religioso exercido pelos fariseus, configurado como monopólio do capital simbólico do judaísmo. O conflito se estabelece na medida em que a comunidade joanina passa a concorrer com os fariseus por este poder, em vista do atendimento de seus próprios interesses sócio-religiosos. A concorrência é particularmente palpável no confronto entre interpretações particulares de símbolos fundamentais da tradição judaica, como a retribuição, o sábado e a profecia. O enfrentamento dos fariseus por parte dos judeus leigos da comunidade joanina convida a uma revolução simbólica, a qual propõe que os leigos da comunidade joanina assumam a função profética de disputa pelos bens simbólicos do judaísmo(AU)
Resumo:
O contexto atual das organizações é permeado por pressões, crises e incertezas, características da era da globalização, que requer capacidade humana para adaptações. O enfrentamento constante às situações instáveis necessita, em qualquer nível relacional, do que se tem nomeado resiliência. Atualmente, o uso deste termo vem se expandindo devido à sua aplicabilidade no estudo da capacidade humana de resistir à situação de intensa pressão. O termo resiliência foi desenvol vido a partir de estudos de população em estado de risco e vulnerabilidade, e atualmente tem pautado algumas discussões no campo organizacional. Com base neste conceito, objetiva -se, neste trabalho, estudar a resiliência em gestores de pessoas, em uma organização de grande porte com fins lucrativos, da área de Serviços em São Paulo, a partir da aplicação do Questionário do Índice de Resiliência: Adultos - Reivich-Shatté/Barbosa (2006). A metodologia de pesquisa adotada é de cunho exploratório e descritivo. O instrumento utilizado propiciou mensurar os sete fatores constitutivos da resiliência no comportamento humano, sendo eles: administração das emoções, controle de impulsos, otimismo com a vida, aná lise do ambiente, empatia, auto-eficácia e alcançar as pessoas. Os resultados obtidos demonstram que é possível estudar a resiliência em gestores de pessoas, a partir da utilização do instrumento proposto. Este trabalho permitiu também associar os fatores que constituem a resiliência a algumas competências essenciais necessárias para o gestor de pessoas realizar adequadamente suas atividades, sem negligenciar os aspectos de liderança associados à sua atuação.(AU)
Resumo:
O contexto atual das organizações é permeado por pressões, crises e incertezas, características da era da globalização, que requer capacidade humana para adaptações. O enfrentamento constante às situações instáveis necessita, em qualquer nível relacional, do que se tem nomeado resiliência. Atualmente, o uso deste termo vem se expandindo devido à sua aplicabilidade no estudo da capacidade humana de resistir à situação de intensa pressão. O termo resiliência foi desenvol vido a partir de estudos de população em estado de risco e vulnerabilidade, e atualmente tem pautado algumas discussões no campo organizacional. Com base neste conceito, objetiva -se, neste trabalho, estudar a resiliência em gestores de pessoas, em uma organização de grande porte com fins lucrativos, da área de Serviços em São Paulo, a partir da aplicação do Questionário do Índice de Resiliência: Adultos - Reivich-Shatté/Barbosa (2006). A metodologia de pesquisa adotada é de cunho exploratório e descritivo. O instrumento utilizado propiciou mensurar os sete fatores constitutivos da resiliência no comportamento humano, sendo eles: administração das emoções, controle de impulsos, otimismo com a vida, aná lise do ambiente, empatia, auto-eficácia e alcançar as pessoas. Os resultados obtidos demonstram que é possível estudar a resiliência em gestores de pessoas, a partir da utilização do instrumento proposto. Este trabalho permitiu também associar os fatores que constituem a resiliência a algumas competências essenciais necessárias para o gestor de pessoas realizar adequadamente suas atividades, sem negligenciar os aspectos de liderança associados à sua atuação.(AU)
Resumo:
Este estudo está circunscrito em Folkcomunicação, na área da Comunicação Social, e faz uma experiência de análise da obra literária de Luiz Beltrão, no sentido de verificar em que medida essa obra engendra elementos também constantes em seus estudos de Folkcomunicação, a saber, dentro de sua Teoria da Comunicação dos Excluídos (1967). Para este estudo foram selecionados contos e romances com o objetivo de se encontrar no texto literário marcas identificadoras da Folkcomunicação, já que a própria trama narrativa de Luiz Beltrão se dá, freqüentemente, na presença do embate político-ideológico entre cultura acadêmica e cultura popular, salientando ainda diferenças sociais extremadas. Em sua obra literária Beltrão tece narrativas com eventos que descrevem a realidade de indivíduos oprimidos, descortinando o quotidiano das gentes das classes desfavorecidas, sempre no confronto e em demanda com forças dos poderes políticos e sociais. Com apoio teórico de Bourdieu (2004), que postula a teoria dos campos e desenvolve o conceito de habitus, levanta-se um conjunto de crenças e práticas sociais que concretizam a identidade dos indivíduos em sociedade, particularmente no grupo dos excluídos. Assim, a pesquisa tem por objetivo verificar se na obra literária de LB elementos da Folkcomunicação já estavam presentes, conforme postulam as hipóteses aqui levantadas. Os resultados obtidos apontam que serão necessários outros estudos de análise para que se possam confirmar plenamente as hipóteses levantadas; no entanto, ficam evidentes as escolhas do autor sempre voltadas para os grupos sociais excluídos, sem voz social de relevo no universo comunicacional.(AU)
Resumo:
Este estudo está circunscrito em Folkcomunicação, na área da Comunicação Social, e faz uma experiência de análise da obra literária de Luiz Beltrão, no sentido de verificar em que medida essa obra engendra elementos também constantes em seus estudos de Folkcomunicação, a saber, dentro de sua Teoria da Comunicação dos Excluídos (1967). Para este estudo foram selecionados contos e romances com o objetivo de se encontrar no texto literário marcas identificadoras da Folkcomunicação, já que a própria trama narrativa de Luiz Beltrão se dá, freqüentemente, na presença do embate político-ideológico entre cultura acadêmica e cultura popular, salientando ainda diferenças sociais extremadas. Em sua obra literária Beltrão tece narrativas com eventos que descrevem a realidade de indivíduos oprimidos, descortinando o quotidiano das gentes das classes desfavorecidas, sempre no confronto e em demanda com forças dos poderes políticos e sociais. Com apoio teórico de Bourdieu (2004), que postula a teoria dos campos e desenvolve o conceito de habitus, levanta-se um conjunto de crenças e práticas sociais que concretizam a identidade dos indivíduos em sociedade, particularmente no grupo dos excluídos. Assim, a pesquisa tem por objetivo verificar se na obra literária de LB elementos da Folkcomunicação já estavam presentes, conforme postulam as hipóteses aqui levantadas. Os resultados obtidos apontam que serão necessários outros estudos de análise para que se possam confirmar plenamente as hipóteses levantadas; no entanto, ficam evidentes as escolhas do autor sempre voltadas para os grupos sociais excluídos, sem voz social de relevo no universo comunicacional.(AU)
Resumo:
Esta pesquisa busca uma aproximação ao capítulo 11 da profecia atribuída a Oséias. Dedica-se, em especial, ao resgate da memória histórica das mulheres. Por isso não se limita apenas à percepção da sua presença, mas também busca perceber sua participação ativa, criativa e decisiva na caminhada histórica e profética do povo de Israel, no final do século oitavo a.C. A proposição que reside na recuperação desta memória é de que se reconheça as mulheres como sujeito teológico, enquanto co-participantes da produção dos textos bíblicos e, como sujeito social, na resistência ativa às relações de dominação e subordinação das mulheres camponesas e demais minorias oprimidas. Em destaque no cap.11 está o projeto de reconstrução da casa. Esta não é concebida como espaço idealizado, mas como lugar propício para a retomada do projeto libertador do êxodo. Ela torna-se espaço social onde acontece a articulação da oposição ao projeto monárquico, e de construção de alternativas sociais que viabilizam a esperança firmada no valor da vida. É a partir deste espaço concreto viabilizado pela casa, de confronto e resistência, que a história do povo e, da própria monarquia é avaliada. A denúncia profética enfoca a religião colocada a serviço do projeto econômico da monarquia, através da prática do sacrifício, apontada pela profecia com responsável pela desestruturação da casa e por levar Israel à ruína. A profecia também enfoca a denúncia das violências praticadas pelas estruturas de poder monárquico, firmadas na religião. É também neste espaço social da casa que a perspectiva teológica é re-significada e que permite a reconstrução da imagem de Deus. De uma imagem patriarcal monárquica, ela se move em direção a uma imagem feminina maternal, que manifesta a dinâmica diária do cuidado da mãe pelo filho ou pela filha. Nesta representação de Deus está implícita a prática da misericórdia que se concretiza nas relações comunitárias, necessária para a efetivação do projeto de reconstrução que privilegia a casa como espaço concreto que viabiliza perspectivas de esperança.(AU)
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Esta pesquisa busca uma aproximação ao capítulo 11 da profecia atribuída a Oséias. Dedica-se, em especial, ao resgate da memória histórica das mulheres. Por isso não se limita apenas à percepção da sua presença, mas também busca perceber sua participação ativa, criativa e decisiva na caminhada histórica e profética do povo de Israel, no final do século oitavo a.C. A proposição que reside na recuperação desta memória é de que se reconheça as mulheres como sujeito teológico, enquanto co-participantes da produção dos textos bíblicos e, como sujeito social, na resistência ativa às relações de dominação e subordinação das mulheres camponesas e demais minorias oprimidas. Em destaque no cap.11 está o projeto de reconstrução da casa. Esta não é concebida como espaço idealizado, mas como lugar propício para a retomada do projeto libertador do êxodo. Ela torna-se espaço social onde acontece a articulação da oposição ao projeto monárquico, e de construção de alternativas sociais que viabilizam a esperança firmada no valor da vida. É a partir deste espaço concreto viabilizado pela casa, de confronto e resistência, que a história do povo e, da própria monarquia é avaliada. A denúncia profética enfoca a religião colocada a serviço do projeto econômico da monarquia, através da prática do sacrifício, apontada pela profecia com responsável pela desestruturação da casa e por levar Israel à ruína. A profecia também enfoca a denúncia das violências praticadas pelas estruturas de poder monárquico, firmadas na religião. É também neste espaço social da casa que a perspectiva teológica é re-significada e que permite a reconstrução da imagem de Deus. De uma imagem patriarcal monárquica, ela se move em direção a uma imagem feminina maternal, que manifesta a dinâmica diária do cuidado da mãe pelo filho ou pela filha. Nesta representação de Deus está implícita a prática da misericórdia que se concretiza nas relações comunitárias, necessária para a efetivação do projeto de reconstrução que privilegia a casa como espaço concreto que viabiliza perspectivas de esperança.(AU)
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Estudo sobre o Hip Hop como processo comunicacional e sociabilidade entre jovens indígenas de Dourados, Mato Grosso do Sul, para verificar quais os principais objetivos da prática do movimento Hip Hop, compreender se serve como comunicação, contribui para o fortalecimento da língua guarani ou gera novas tensões sociais na reserva. Para tanto, foi analisado aspectos históricos do movimento, passando pelos Estudos Culturais, e como Movimento Social, dando início à discussão de uma voz alternativa por meio do Hip Hop. Do ponto de vista metodológico, trata-se de um de estudo de caso, com representantes dos grupos de jovens Brô Mc's e Jovens Conscientes, das reservas Jaguapirú e Bororó, das etnias Guarani-Kaiowá de Dourados (MS). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas junto a jovens que participaram das oficinas de hip hop, das lideranças indígenas e professores. A investigação é complementada pela pesquisa bibliográfica, documental e análises das letras de rap em confrontação com as visões da imprensa, a partir da análise dos jornais Diário MS e O Progresso. Os resultados apontam que os jovens se apropriam de uma cultura global para transformar o ambiente local com objetivo de preservar a língua guarani, uma alternativa para o conhecimento, logo para não seguirem caminhos como o das drogas. Negociando falas sobre sua realidade, dentro e fora da reserva, já que nos meios de comunicação locais há pouco espaço para a voz dos indígenas e dentro da reserva ainda há contestação do movimento em um contexto político, na tentativa de atingir uma cultura “pura”, devido à preocupação dos mais velhos com a perda de território.
Resumo:
Esta dissertação apresenta os principais aspectos da Teoria dos Jogos, mostrando sua aplicação como instrumento analítico na Gestão de Pessoas no que diz respeito à variável salário. Considera a organização e o trabalhador como conceitos gerais, sem identificar o setor de atuação, ramo de atividade, classificação jurídica em função do seu faturamento, total de empregados ou participação de mercado dessa organização. Da mesma forma o conceito trabalhador não recebe qualquer identificação em relação ao setor de atividade onde trabalha, função, salário ou formação profissional. A organização é toda estrutura que gera bens e serviços para a sociedade e o trabalhador é todo elemento que emprega sua força de trabalho na produção de bens e serviços. Os objetivos estabelecidos para este estudo são: identificar as possibilidades de aplicação da Teoria dos Jogos na Gestão de Pessoas considerando a variável salário como elemento de conflito entre a organização e o trabalhador; mostrar se a forma de representação extensiva é mais apropriada ou não para analisar o cenário de embate na decisão de contratar ou não o trabalhador ou pagar mais ou menos salário e a existência do Equilíbrio de Nash. A metodologia qualitativa com apoio bibliográfico e documental caracteriza esta pesquisa qualitativa quanto a metodologia de pesquisa. Os métodos qualitativos contribuem para interpretar fenômenos do cotidiano, podendo ser composto por dados simbólicos situados em determinado contexto. A pesquisa documental é uma contribuição importante ao estudo do tema proposto, já que a pesquisa qualitativa não é uma proposta rigidamente estruturada e isto permite que o pesquisador use a imaginação e criatividade para atingir o objetivo. Os resultados obtidos pela pesquisa dão conta de que é possível a aplicação da Teoria dos Jogos na Gestão de Pessoas considerando o embate entre os jogadores (o trabalhador e a organização) em torno do salário, conforme pode ser visto no capítulo 4 nas representações da matriz de payoff de um jogo estratégico e nas figuras 9,10,11,e 16. A representação na forma extensiva, constitui outro objetivo, indicando os payoffs entre duas decisões centrais representadas por X = flexibilização com renúncia dos direitos pelos trabalhadores e Y = flexibilização/adaptação/negociação, conforme figura 16. Ao analisar a figura, o gestor de pessoas percebe as estratégias existentes para a organização e trabalhador para a tomada de decisão, ao mesmo tempo em que pode avaliar a situação que esteja vivendo e fazer simulações em busca de novas propostas. Por fim, o Equilíbrio de Nash para a aplicação na Gestão de Pessoas é discutido no item 4.1.3, sendo possível verificar que tanto o trabalhador como a organização podem chegar a uma decisão favorável para ambos e manter seus objetivos pretendidos inicialmente. Na figura 17, esse equilíbrio é apresentado depois da tomada de decisão do trabalhador pela proposta feita pela organização na sequência O2 e o trabalhador ficou com o ramo de sequência T2 com o valor de 20 moedas. A potencialidade da Teoria dos Jogos na Gestão de Pessoas surge do fato de que quem atua em uma organização compartilha resultados bons ou ruins obtidos pelas escolhas alheias, escolhas individuais e pelas escolhas construídas coletivamente. Quando o trabalhador resolve produzir menos, a empresa sofre com a perda do lucro gerado pelo ritmo mais lento de trabalho. Para mudar esse quadro, a empresa toma a decisão de aumentar o salário e o trabalhador por sua vez desenvolve a tarefa com maior velocidade e em maior quantidade e ela pode retomar o seu lucro. Nesses jogos há cobranças de desempenho, exigência para atingir metas, pressões, conflitos com clientes e lideranças. Logo, a Teoria dos Jogos pode ser aplicada como instrumento para o gestor de Pessoas avaliar a situação vivida para a tomada de decisão que resolva a situação de embate.
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O contexto atual das organizações é permeado por pressões, crises e incertezas, características da era da globalização, que requer capacidade humana para adaptações. O enfrentamento constante às situações instáveis necessita, em qualquer nível relacional, do que se tem nomeado resiliência. Atualmente, o uso deste termo vem se expandindo devido à sua aplicabilidade no estudo da capacidade humana de resistir à situação de intensa pressão. O termo resiliência foi desenvol vido a partir de estudos de população em estado de risco e vulnerabilidade, e atualmente tem pautado algumas discussões no campo organizacional. Com base neste conceito, objetiva -se, neste trabalho, estudar a resiliência em gestores de pessoas, em uma organização de grande porte com fins lucrativos, da área de Serviços em São Paulo, a partir da aplicação do Questionário do Índice de Resiliência: Adultos - Reivich-Shatté/Barbosa (2006). A metodologia de pesquisa adotada é de cunho exploratório e descritivo. O instrumento utilizado propiciou mensurar os sete fatores constitutivos da resiliência no comportamento humano, sendo eles: administração das emoções, controle de impulsos, otimismo com a vida, aná lise do ambiente, empatia, auto-eficácia e alcançar as pessoas. Os resultados obtidos demonstram que é possível estudar a resiliência em gestores de pessoas, a partir da utilização do instrumento proposto. Este trabalho permitiu também associar os fatores que constituem a resiliência a algumas competências essenciais necessárias para o gestor de pessoas realizar adequadamente suas atividades, sem negligenciar os aspectos de liderança associados à sua atuação.(AU)
Resumo:
O Episódio do Cego de Nascença (Jo 9,1-41; 10,19-21) é produto simbólico da concorrência pelo poder religioso entre comunidade joanina e fariseus da sinagoga, tendo sido elaborado para provocar em seus leitores o questionamento da legitimidade do poder religioso exercido pelos fariseus, configurado como monopólio do capital simbólico do judaísmo. O conflito se estabelece na medida em que a comunidade joanina passa a concorrer com os fariseus por este poder, em vista do atendimento de seus próprios interesses sócio-religiosos. A concorrência é particularmente palpável no confronto entre interpretações particulares de símbolos fundamentais da tradição judaica, como a retribuição, o sábado e a profecia. O enfrentamento dos fariseus por parte dos judeus leigos da comunidade joanina convida a uma revolução simbólica, a qual propõe que os leigos da comunidade joanina assumam a função profética de disputa pelos bens simbólicos do judaísmo(AU)
Resumo:
Esta pesquisa busca uma aproximação ao capítulo 11 da profecia atribuída a Oséias. Dedica-se, em especial, ao resgate da memória histórica das mulheres. Por isso não se limita apenas à percepção da sua presença, mas também busca perceber sua participação ativa, criativa e decisiva na caminhada histórica e profética do povo de Israel, no final do século oitavo a.C. A proposição que reside na recuperação desta memória é de que se reconheça as mulheres como sujeito teológico, enquanto co-participantes da produção dos textos bíblicos e, como sujeito social, na resistência ativa às relações de dominação e subordinação das mulheres camponesas e demais minorias oprimidas. Em destaque no cap.11 está o projeto de reconstrução da casa. Esta não é concebida como espaço idealizado, mas como lugar propício para a retomada do projeto libertador do êxodo. Ela torna-se espaço social onde acontece a articulação da oposição ao projeto monárquico, e de construção de alternativas sociais que viabilizam a esperança firmada no valor da vida. É a partir deste espaço concreto viabilizado pela casa, de confronto e resistência, que a história do povo e, da própria monarquia é avaliada. A denúncia profética enfoca a religião colocada a serviço do projeto econômico da monarquia, através da prática do sacrifício, apontada pela profecia com responsável pela desestruturação da casa e por levar Israel à ruína. A profecia também enfoca a denúncia das violências praticadas pelas estruturas de poder monárquico, firmadas na religião. É também neste espaço social da casa que a perspectiva teológica é re-significada e que permite a reconstrução da imagem de Deus. De uma imagem patriarcal monárquica, ela se move em direção a uma imagem feminina maternal, que manifesta a dinâmica diária do cuidado da mãe pelo filho ou pela filha. Nesta representação de Deus está implícita a prática da misericórdia que se concretiza nas relações comunitárias, necessária para a efetivação do projeto de reconstrução que privilegia a casa como espaço concreto que viabiliza perspectivas de esperança.(AU)
Resumo:
Estudo sobre a realização de documentários no contexto do movimento sindical brasileito dos anos 1970 e 1980. O objetivo é analisar os processos cinematográficos de realização, embates e jogos de representação nas narrativas sobre os trabalhadores industriais urbanos nos documentários realizados por cineastas que se propuseram a intervir e representar os novos movimentos sociais que ressurgem no contexto da abertura política brasileira. O recorte de análise é a imagem do trabalhador urbano dentro ou fora do contexto de greve, símbolo máximo da sua representação política, ressurgimento e impacto social. A metodologia consiste na codificação dos elementos narrativos visuais e na análise de conteúdo para, posteriormente, através do confronto entre as declarações colhidas em entrevistas com seus realizadores, verificar de que forma essas imagens construíram um discurso sobre o trabalhador que acabou sendo utilizado como instrumentos de comunicação alternativa e afirmação de identidade pelos próprios envolvidos.
Resumo:
Este trabalho busca identificar a maneira pela qual a cultura popular é (re)interpretada nos meios de comunicação de massa, a partir da análise dos filmes documentários produzidos pela Caravana Farkas, um projeto pioneiro de documentação de manifestações de cultura popular brasileira, realizado entre 1968 e 1970 no Nordeste. Para tanto, discute-se como os filmes se inserem no panorama político-cultural do Brasil da década de 60; quais as condições que permitiram a construção de seus discursos; que regras esses discursos estabeleceram; como e por que as manifestações culturais populares passaram a constituir objeto de estudo e de registro dos cineastas; e o que era definido por eles como cultura popular . O tema básico que perpassa os filmes é o da cultura de uma classe outra, que está no passado e não tem lugar no aqui e agora da modernidade. A alteridade e a representação do outro estão traspassadas pelas diferenças de classe, e o caráter de resistência cultural e política das manifestações de cultura popular, na visão dos cineastas, se perde na aparência de um mundo cujo destino já está traçado: é a extinção. Os filmes documentários, por outro lado, servem de lugar de confronto das diferentes culturas e de diálogo entre elas, gerando novos e múltiplos significados, que independem da vontade dos cineastas. É dessa maneira que constroem um novo discurso acerca de uma determinada realidade. Menos um reflexo, no sentido de espelhamento, mais uma referência de um tempo e um espaço que não se repetirão. Nas trilhas da cultura popular, a viagem da Caravana Farkas não chega a um termo nem a um final tranqüilo, pois é envolvida pelas contradições e incompatibilidades que as questões suscitadas pela discussão do real provocam. Mas deixa evidente que a sua importância para os estudos da Comunicação está na própria jornada e no diálogo permanente e infinito entre culturas que esse caminhar provoca.