14 resultados para West Land of Poland

em Universidade Metodista de São Paulo


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A pesquisa tem por objetivo trabalhar o evento da Revolta de Jeú, em conjunto com a Estela de Dã, tendo como ponto de partida para tal, a exegese da perícope de 2 Reis 10-28,36. A história Deuteronomista apresenta o ato da Revolta de Jeú como sendo um feito demasiadamente importante, na restauração do culto a Javé em Israel, a partir de um contexto onde o culto a outras divindades, em Israel Norte, estava em pleno curso. No entanto, a partir da análise conjunta da Estela de Dã, que tem como provável autor o rei Hazael de Damasco, somos desafiados a ler esta história pelas entrelinhas não contempladas pelo texto, que apontam para uma participação ativa de Hazael, nos desfechos referentes a Revolta de Jeú, como sendo o responsável direto que proporcionou a subida de Jeú ao trono em Israel, clarificando desta forma este importante período na história Bíblica. Para tal análise, observar-se-á três distintos tópicos, ligados diretamente ao tema proposto: (1) A Revolta de Jeú e a Redação Deuteronomista, a partir do estudo exegético da perícope de 2 Reis 10,28-36, onde estão descritas informações pontuais sobre período em que Jeú reinou em Israel; (2) Jeú e a Estela de Dã, a partir da apresentação e análise do conteúdo da Estela de Dã, tratando diretamente dos desdobramentos da guerra em Ramote de Gileade, de onde se dá o ponto de partida à Revolta de Jeú; e por fim (3) O Império da Síria, onde a partir da continuidade da análise do conteúdo da Estela de Dã, demonstraremos a significância deste reino, além de apontamentos diretamente ligados ao reinado de Hazael, personagem mui relevante no evento da Revolta de Jeú.

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Com esse trabalho, visamos discutir a tentativa de estabelecer um equilíbrio entre o ser humano e natureza na área rural de Judá, pouco antes do reinado de Josias (640-609 a.C.). Nesse caso, pode-se perguntar: seria o mandamento de Deuteronômio 5,12-15 um discurso ecológico? A partir dos estudos de Frank Crüsemann e Haroldo Reimer se admite que partes das leis veterotestamentárias eram destinadas ao assim chamado grupo povo da terra de Judá, visando à manutenção de seu poder. O grupo teria assumido a liderança em Judá mediante um golpe político e, articulando-se, desde então, numa política de aliança para se conservar no poder, mesmo não o assumindo diretamente. Nesse contexto de política de alianças deve-se procurar a implementação do mandamento de Deuteronômio 5,12-15. Ele teria sido escrito por anciãos, um grupo junto ao qual o povo da terra teria se aliado para que ordenassem sentenças jurídicas para a acomodação social. Nesse caso, inicialmente o portão da cidade, espaço oficial para discussões, reclamações e propostas de intermediações, deve ter sido o lugar de elaboração de sentenças jurídicas sobre a utilização de técnicas na agricultura. Sendo elas posteriormente levadas ao tribunal do templo para passar pelas mãos dos sacerdotes, outro braço da coalizão. O uso dos animais de porte, cujo peso prejudicava as pequenas propriedades de terra de Judá, deve ter sido um motivo de incessantes conflitos entre pequenos e grandes proprietários de terra. Ressaltamos assim que apenas os homens mais abastados de Judá tinham acesso a esses animais. Esta solução, segundo se entende, liga o rodízio de culturas ao descanso do campo pertencente ao povo da terra de Judá. Liga-se o termo sábado com a vida da elite rural judaíta do período do reinado de Josias. Uma saída encontrada pelas elites de Judá, a qual nos leva a ponderar uma situação similar que ocorre na América Latina, diante da globalização. Se o texto Deuteronômio 5,12-15 é uma ponderação das elites hegemônicas de Judá que buscam o equilíbrio entre ser o humano e a natureza (ecologia), o discurso ecológico contemporâneo poderá ter neste texto um importante interlocutor. Esse discurso pode ocultar interesses econômicos, completamente diferentes, pois se trata de uma estratégia dominadora e não libertadora, objetivando-se, sobretudo, a reprodução social. O Brasil e os demais países da América Latina vêm sofrendo, há algum tempo, com essa distância entre a elite e o resto da sociedade. Nossas elites utilizam-se, há tempos, do discurso ecológico para se manterem no poder dessas sociedades. Por exemplo, vemos nos noticiários uma quantidade de programas e manchetes ligadas à destruição da natureza. Isso é interessante porque, após terem eles mesmo destruído a natureza, passam agora a defendê-la; controlando as reservas naturais, garantindo sua produtividade e seu status quo no sistema econômico atual.(AU)

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Com esse trabalho, visamos discutir a tentativa de estabelecer um equilíbrio entre o ser humano e natureza na área rural de Judá, pouco antes do reinado de Josias (640-609 a.C.). Nesse caso, pode-se perguntar: seria o mandamento de Deuteronômio 5,12-15 um discurso ecológico? A partir dos estudos de Frank Crüsemann e Haroldo Reimer se admite que partes das leis veterotestamentárias eram destinadas ao assim chamado grupo povo da terra de Judá, visando à manutenção de seu poder. O grupo teria assumido a liderança em Judá mediante um golpe político e, articulando-se, desde então, numa política de aliança para se conservar no poder, mesmo não o assumindo diretamente. Nesse contexto de política de alianças deve-se procurar a implementação do mandamento de Deuteronômio 5,12-15. Ele teria sido escrito por anciãos, um grupo junto ao qual o povo da terra teria se aliado para que ordenassem sentenças jurídicas para a acomodação social. Nesse caso, inicialmente o portão da cidade, espaço oficial para discussões, reclamações e propostas de intermediações, deve ter sido o lugar de elaboração de sentenças jurídicas sobre a utilização de técnicas na agricultura. Sendo elas posteriormente levadas ao tribunal do templo para passar pelas mãos dos sacerdotes, outro braço da coalizão. O uso dos animais de porte, cujo peso prejudicava as pequenas propriedades de terra de Judá, deve ter sido um motivo de incessantes conflitos entre pequenos e grandes proprietários de terra. Ressaltamos assim que apenas os homens mais abastados de Judá tinham acesso a esses animais. Esta solução, segundo se entende, liga o rodízio de culturas ao descanso do campo pertencente ao povo da terra de Judá. Liga-se o termo sábado com a vida da elite rural judaíta do período do reinado de Josias. Uma saída encontrada pelas elites de Judá, a qual nos leva a ponderar uma situação similar que ocorre na América Latina, diante da globalização. Se o texto Deuteronômio 5,12-15 é uma ponderação das elites hegemônicas de Judá que buscam o equilíbrio entre ser o humano e a natureza (ecologia), o discurso ecológico contemporâneo poderá ter neste texto um importante interlocutor. Esse discurso pode ocultar interesses econômicos, completamente diferentes, pois se trata de uma estratégia dominadora e não libertadora, objetivando-se, sobretudo, a reprodução social. O Brasil e os demais países da América Latina vêm sofrendo, há algum tempo, com essa distância entre a elite e o resto da sociedade. Nossas elites utilizam-se, há tempos, do discurso ecológico para se manterem no poder dessas sociedades. Por exemplo, vemos nos noticiários uma quantidade de programas e manchetes ligadas à destruição da natureza. Isso é interessante porque, após terem eles mesmo destruído a natureza, passam agora a defendê-la; controlando as reservas naturais, garantindo sua produtividade e seu status quo no sistema econômico atual.(AU)

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Esta pesquisa procura examinar, à luz da metodologia exegética, a perícope de Miqueias 2,1-5, a fim de reconstruir o cenário no qual emergiu a dura crítica social do profeta. O texto apresenta, em sua análise literária, características de um dito profético coeso, em estilo poético. Sua estrutura encontra-se dividida em duas unidades (denúncia e castigo), sendo que cada uma das unidades possui outras duas subunidades (genérica e específica). O gênero literário harmoniza-se com um dito profético de julgamento geralmente conhecido como oráculo ai . A análise da dimensão histórica situa o acontecimento fundante em 701 a.C., na Sefelá judaíta. Numa análise investigativa do conteúdo da denúncia norteado pelo modelo teórico do modo de produção tributário, observa-se um conflito entre dois grupos. Nesse conflito, Miqueias faz uma acusação a um grupo de poder em Judá que planeja e executa ações criminosas contra a herança camponesa. O castigo descreve a conspiração e o plano divino contra esse grupo de poder. Javé havia planejado um mal idêntico ao que eles haviam cometido, desonra e privação de suas possessões. Os valores culturais de honra e vergonha subjazem a esse oráculo. Por descumprirem seus deveres junto a Javé e ao povo, os criminosos perderiam todos os seus direitos e, sobretudo, a honra perante a própria comunidade. Com base no modelo teórico do modo de produção tributário, constata-se que, na situação social em Judá no oitavo século, prevalecia um conflito entre campo e cidade. As comunidades aldeãs pagavam tributo à cidade em forma de produtos e serviços. A excessiva arrecadação de tributo e as falhas no sistema de ajuda mútua forçaram os indivíduos e famílias a contrair dívidas, a hipotecar suas terras herdadas dos pais e eventualmente perdê-las. O profeta Miqueias é o porta-voz do protesto da classe campesina que resolve reagir aos desmandos praticados pela elite citadina. Para ele, Javé escuta a queixa dos que estão sendo oprimidos e intervém na história tomando o partido do oprimido.(AU)

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Esta pesquisa procura examinar, à luz da metodologia exegética, a perícope de Miqueias 2,1-5, a fim de reconstruir o cenário no qual emergiu a dura crítica social do profeta. O texto apresenta, em sua análise literária, características de um dito profético coeso, em estilo poético. Sua estrutura encontra-se dividida em duas unidades (denúncia e castigo), sendo que cada uma das unidades possui outras duas subunidades (genérica e específica). O gênero literário harmoniza-se com um dito profético de julgamento geralmente conhecido como oráculo ai . A análise da dimensão histórica situa o acontecimento fundante em 701 a.C., na Sefelá judaíta. Numa análise investigativa do conteúdo da denúncia norteado pelo modelo teórico do modo de produção tributário, observa-se um conflito entre dois grupos. Nesse conflito, Miqueias faz uma acusação a um grupo de poder em Judá que planeja e executa ações criminosas contra a herança camponesa. O castigo descreve a conspiração e o plano divino contra esse grupo de poder. Javé havia planejado um mal idêntico ao que eles haviam cometido, desonra e privação de suas possessões. Os valores culturais de honra e vergonha subjazem a esse oráculo. Por descumprirem seus deveres junto a Javé e ao povo, os criminosos perderiam todos os seus direitos e, sobretudo, a honra perante a própria comunidade. Com base no modelo teórico do modo de produção tributário, constata-se que, na situação social em Judá no oitavo século, prevalecia um conflito entre campo e cidade. As comunidades aldeãs pagavam tributo à cidade em forma de produtos e serviços. A excessiva arrecadação de tributo e as falhas no sistema de ajuda mútua forçaram os indivíduos e famílias a contrair dívidas, a hipotecar suas terras herdadas dos pais e eventualmente perdê-las. O profeta Miqueias é o porta-voz do protesto da classe campesina que resolve reagir aos desmandos praticados pela elite citadina. Para ele, Javé escuta a queixa dos que estão sendo oprimidos e intervém na história tomando o partido do oprimido.(AU)

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O presente trabalho tem como objetivo geral investigar se um grupo de universitários da cidade de São Paulo tem comportamento sexual de risco em relação ao HIV, qual é o conhecimento que o grupo tem sobre HIV/AIDS e quais são as suas dúvidas mais freqüentes sobre o assunto. Além disso, tem como objetivo específico averiguar se o grupo usa a Internet para esclarecer suas dúvidas, quais as estratégias de busca utiliza e se considera que a informação obtida é confiável. Trata-se, portanto, de uma pesquisa exploratória e descritiva, de caráter qualitativo. Como instrumento de campo, construímos um questionário digital de coleta de dados, aplicado pela pesquisadora, usando um computador portátil tipo notebook a 400 estudantes na entrada de quatro unidades de ensino superior da cidade de São Paulo, sendo 100 informantes em cada uma e sendo cada unidade em uma região: Norte, Sul, Leste e Oeste. Além disso, temos ainda o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLEconforme determina a Resolução do Conselho Nacional de Saúde CNS 196/96. Para processar e analisar os dados e proceder ao cruzamento das variáveis foram usados procedimentos quantitativos. Para contextualizar nosso objeto, lançou-se um olhar sobre o panorama histórico da Comunicação e Saúde que se articula com a orientação metodológica da pesquisa bibliográfica e documental.

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O presente trabalho tem como objetivo geral investigar se um grupo de universitários da cidade de São Paulo tem comportamento sexual de risco em relação ao HIV, qual é o conhecimento que o grupo tem sobre HIV/AIDS e quais são as suas dúvidas mais freqüentes sobre o assunto. Além disso, tem como objetivo específico averiguar se o grupo usa a Internet para esclarecer suas dúvidas, quais as estratégias de busca utiliza e se considera que a informação obtida é confiável. Trata-se, portanto, de uma pesquisa exploratória e descritiva, de caráter qualitativo. Como instrumento de campo, construímos um questionário digital de coleta de dados, aplicado pela pesquisadora, usando um computador portátil tipo notebook a 400 estudantes na entrada de quatro unidades de ensino superior da cidade de São Paulo, sendo 100 informantes em cada uma e sendo cada unidade em uma região: Norte, Sul, Leste e Oeste. Além disso, temos ainda o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLEconforme determina a Resolução do Conselho Nacional de Saúde CNS 196/96. Para processar e analisar os dados e proceder ao cruzamento das variáveis foram usados procedimentos quantitativos. Para contextualizar nosso objeto, lançou-se um olhar sobre o panorama histórico da Comunicação e Saúde que se articula com a orientação metodológica da pesquisa bibliográfica e documental.

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A inauguração de um olhar humano do índio tupinambá, eis o que encontramos em Jean de Léry (1534-1611), um teólogo e missionário huguenote que aporta em terras brasileiras no século XVI com o propósito de auxiliar na implantação de uma colônia francesa e de pregar o evangelho, tanto aos franceses que aqui estavam, quanto aos índios tupinambás. O viajante em sua obra História de uma Viagem feita à Terra do Brasil, também chamada América apresenta um olhar humano do Outro que, além disto, também se apresenta como uma possibilidade de compreensão do mesmo. Os motivos que constroem esta perspectiva é o que analisamos neste trabalho, a partir do conceito de heterologia proposto por Michel de Certeau. Nossa tese afirma que esta hermenêutica do Outro em Jean de Léry é determinada pelo sistema de pensamento teológico calvinista. A circularidade hermenêutica do viajante francês está condicionada a Escritura Sagrada, dela parte, a ela retorna. A heterologia proposta por Jean de Léry se constitui em uma ciência do Outro construída a partir do sistema de pensamento teológico calvinista.

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Essa tese é um estudo sobre o problema do sincretismo religioso, quando pensado no diálogo entre a antropologia e a teologia. Para tanto, a pesquisa faz um exercício hermenêutico de ressignificação do conceito, a partir das diversas teorias sobre o sincretismo e seus usos antropológicos e teológicos, buscando subsídios no pensamento de Michel de Certeau e Paul Tillich para tal ressignificação. Assim, a perspectiva certeauniana de uma reflexão heterológica da cultura e a noção de demônico na teologia e filosofia do sentido de Tillich fundamentam a percepção do sincretismo como uma teoria da mediação entre religião e cultura. Isso significa que o sincretismo opera uma relação dialética com o seu pólo denominado, nessa tese, de diacretismo , tornando a dinâmica cultural e religiosa um espaço inventivo, posto que manifesta aspectos ambíguos de criações de sentido positivas (experiência de aproximação sincrética) e criações de sentido distorcidas (experiência de fragmentação diacrética ), essência da relação com o sagrado, vivida culturalmente. A cultura, entendida como espaço para a vivência do religioso, exprime-se em uma profunda relação entre táticas e estratégias, denotando a ambigüidade anteriormente afirmada, quando reconhece que os atores sociais em interação, mesmo que marcados por lugares próprios estrategicamente estabelecidos, enquanto lugares de poder, não inibem a formação de ações táticas que subervertem inventivamente esses mesmos lugares, dando a devida dinâmica cultural. A tese analisa, também, como estudo de caso, as implicações dessa compreensão de sincretismo para a interpretação da experiência religiosa de grupos de indígenas Guarani e Kaiowá, na Terra Indígena de Dourados /MS, na fronteira entre tradição e tradução operada pelos indígenas, a partir do Projeto da Igreja Indígena Presbiteriana (IIP), ressignificando sua alteridade religiosa na interface com os múltiplos cristianismos presentes nas aldeias, afirmando a possibilidade de um teko retã ( jeito de ser plural, múltiplo ) religioso, a partir das relações sincréticas e diacréticas propostas.

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A presente tese propõe uma interpretação exegética da profecia de Jr 30-31 na perspectiva social. Jr 30-31 forma uma unidade literária no livro de Jeremias, composta por subunidades que podem ser designadas de perícopes. Grande parte das expectativas salvíficas deste trecho literário devem ser atribuídas à literatura originária do livro, e provém das articulações sociais engendradas por Jeremias no fim do século 7 e início do século 6 a.C. em prol dos empobrecidos da antiga sociedade palestina Israel/Norte e de Judá/Sul. Os primeiros ditos salvíficos de Jr 30-31 surgiram na época de Josias (Jr 30,10-11.18-21; 31,2-5). Nessa época, originaram-se as expectativas de salvação dirigidas para as populações israelitas do Norte. Outro intenso surgimento das expectativas salvíficas aconteceu nos anos imediatamente posteriores à queda de Judá, em 587 a.C., quando Jeremias novamente direcionou uma palavra de esperança aos pobres do Israel/Norte, e incluiu também em sua mensagem aqueles que permaneceram na terra de Judá/Sul depois do saque babilônico. Nesse cenário podem ser localizadas as seguintes perícopes: 30,3.5-7.12-17; 31,15.16-20.21-22.27-28.31-34. A presente tese supõe que, de modo geral, Jr 30-31 seja uma reconfirmação da desmilitarização e da desurbanização de Jerusalém ocorridas naquele período, já que esse novo cenário político e econômico favoreceu os desprestigiados da Palestina. O tribalismo é o moto das expectativas salvíficas da literatura jeremiana original. No engendramento de uma nova sociedade, retribalizada, livre do jugo monárquico e dos imperialismos, Jr 30-31 defendem a posse da terra aos camponeses que sofreram espoliações do império assírio e dos reis judaítas. Com a queda do Estado de Judá, os empobrecidos poderiam retomar suas vidas e possuir a terra como meio de produção e subsistência. A relação entre as palavras de salvação e o tribalismo também pode ser notado em outros trechos do livro de Jeremias. A estruturação verbal proponente de destruição e reconstrução de 31,28 pode ser encontrada em Jr 1,10; 18,7.9; 24,6; 42,10 e 45,4. As promessas de salvação contidas em Jr 1,10, 31,27-28 e 42,10 anunciam a continuidade da vida na terra de Judá depois da catástrofe de 587 a.C. Essa ideia também pode ser percebida em Jr 23,5-6, 30,8-9. Em Jr 24,6, por sua vez, lê-se uma promessa para os exilados de Judá, que viviam na Babilônia sob o sistema tribal. Em Jr 3,6-13.19-25; 4,1-2, as expectativas salvíficas de Jeremias apresentam o caminho para a reorganização social através da conversão para Javé.

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Com esse trabalho, visamos discutir a tentativa de estabelecer um equilíbrio entre o ser humano e natureza na área rural de Judá, pouco antes do reinado de Josias (640-609 a.C.). Nesse caso, pode-se perguntar: seria o mandamento de Deuteronômio 5,12-15 um discurso ecológico? A partir dos estudos de Frank Crüsemann e Haroldo Reimer se admite que partes das leis veterotestamentárias eram destinadas ao assim chamado grupo povo da terra de Judá, visando à manutenção de seu poder. O grupo teria assumido a liderança em Judá mediante um golpe político e, articulando-se, desde então, numa política de aliança para se conservar no poder, mesmo não o assumindo diretamente. Nesse contexto de política de alianças deve-se procurar a implementação do mandamento de Deuteronômio 5,12-15. Ele teria sido escrito por anciãos, um grupo junto ao qual o povo da terra teria se aliado para que ordenassem sentenças jurídicas para a acomodação social. Nesse caso, inicialmente o portão da cidade, espaço oficial para discussões, reclamações e propostas de intermediações, deve ter sido o lugar de elaboração de sentenças jurídicas sobre a utilização de técnicas na agricultura. Sendo elas posteriormente levadas ao tribunal do templo para passar pelas mãos dos sacerdotes, outro braço da coalizão. O uso dos animais de porte, cujo peso prejudicava as pequenas propriedades de terra de Judá, deve ter sido um motivo de incessantes conflitos entre pequenos e grandes proprietários de terra. Ressaltamos assim que apenas os homens mais abastados de Judá tinham acesso a esses animais. Esta solução, segundo se entende, liga o rodízio de culturas ao descanso do campo pertencente ao povo da terra de Judá. Liga-se o termo sábado com a vida da elite rural judaíta do período do reinado de Josias. Uma saída encontrada pelas elites de Judá, a qual nos leva a ponderar uma situação similar que ocorre na América Latina, diante da globalização. Se o texto Deuteronômio 5,12-15 é uma ponderação das elites hegemônicas de Judá que buscam o equilíbrio entre ser o humano e a natureza (ecologia), o discurso ecológico contemporâneo poderá ter neste texto um importante interlocutor. Esse discurso pode ocultar interesses econômicos, completamente diferentes, pois se trata de uma estratégia dominadora e não libertadora, objetivando-se, sobretudo, a reprodução social. O Brasil e os demais países da América Latina vêm sofrendo, há algum tempo, com essa distância entre a elite e o resto da sociedade. Nossas elites utilizam-se, há tempos, do discurso ecológico para se manterem no poder dessas sociedades. Por exemplo, vemos nos noticiários uma quantidade de programas e manchetes ligadas à destruição da natureza. Isso é interessante porque, após terem eles mesmo destruído a natureza, passam agora a defendê-la; controlando as reservas naturais, garantindo sua produtividade e seu status quo no sistema econômico atual.(AU)

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Esta pesquisa procura examinar, à luz da metodologia exegética, a perícope de Miqueias 2,1-5, a fim de reconstruir o cenário no qual emergiu a dura crítica social do profeta. O texto apresenta, em sua análise literária, características de um dito profético coeso, em estilo poético. Sua estrutura encontra-se dividida em duas unidades (denúncia e castigo), sendo que cada uma das unidades possui outras duas subunidades (genérica e específica). O gênero literário harmoniza-se com um dito profético de julgamento geralmente conhecido como oráculo ai . A análise da dimensão histórica situa o acontecimento fundante em 701 a.C., na Sefelá judaíta. Numa análise investigativa do conteúdo da denúncia norteado pelo modelo teórico do modo de produção tributário, observa-se um conflito entre dois grupos. Nesse conflito, Miqueias faz uma acusação a um grupo de poder em Judá que planeja e executa ações criminosas contra a herança camponesa. O castigo descreve a conspiração e o plano divino contra esse grupo de poder. Javé havia planejado um mal idêntico ao que eles haviam cometido, desonra e privação de suas possessões. Os valores culturais de honra e vergonha subjazem a esse oráculo. Por descumprirem seus deveres junto a Javé e ao povo, os criminosos perderiam todos os seus direitos e, sobretudo, a honra perante a própria comunidade. Com base no modelo teórico do modo de produção tributário, constata-se que, na situação social em Judá no oitavo século, prevalecia um conflito entre campo e cidade. As comunidades aldeãs pagavam tributo à cidade em forma de produtos e serviços. A excessiva arrecadação de tributo e as falhas no sistema de ajuda mútua forçaram os indivíduos e famílias a contrair dívidas, a hipotecar suas terras herdadas dos pais e eventualmente perdê-las. O profeta Miqueias é o porta-voz do protesto da classe campesina que resolve reagir aos desmandos praticados pela elite citadina. Para ele, Javé escuta a queixa dos que estão sendo oprimidos e intervém na história tomando o partido do oprimido.(AU)

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O presente trabalho tem como objetivo geral investigar se um grupo de universitários da cidade de São Paulo tem comportamento sexual de risco em relação ao HIV, qual é o conhecimento que o grupo tem sobre HIV/AIDS e quais são as suas dúvidas mais freqüentes sobre o assunto. Além disso, tem como objetivo específico averiguar se o grupo usa a Internet para esclarecer suas dúvidas, quais as estratégias de busca utiliza e se considera que a informação obtida é confiável. Trata-se, portanto, de uma pesquisa exploratória e descritiva, de caráter qualitativo. Como instrumento de campo, construímos um questionário digital de coleta de dados, aplicado pela pesquisadora, usando um computador portátil tipo notebook a 400 estudantes na entrada de quatro unidades de ensino superior da cidade de São Paulo, sendo 100 informantes em cada uma e sendo cada unidade em uma região: Norte, Sul, Leste e Oeste. Além disso, temos ainda o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE- conforme determina a Resolução do Conselho Nacional de Saúde CNS 196/96. Para processar e analisar os dados e proceder ao cruzamento das variáveis foram usados procedimentos quantitativos. Para contextualizar nosso objeto, lançou-se um olhar sobre o panorama histórico da Comunicação e Saúde que se articula com a orientação metodológica da pesquisa bibliográfica e documental.

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O presente trabalho tem como objetivo geral investigar se um grupo de universitários da cidade de São Paulo tem comportamento sexual de risco em relação ao HIV, qual é o conhecimento que o grupo tem sobre HIV/AIDS e quais são as suas dúvidas mais freqüentes sobre o assunto. Além disso, tem como objetivo específico averiguar se o grupo usa a Internet para esclarecer suas dúvidas, quais as estratégias de busca utiliza e se considera que a informação obtida é confiável. Trata-se, portanto, de uma pesquisa exploratória e descritiva, de caráter qualitativo. Como instrumento de campo, construímos um questionário digital de coleta de dados, aplicado pela pesquisadora, usando um computador portátil tipo notebook a 400 estudantes na entrada de quatro unidades de ensino superior da cidade de São Paulo, sendo 100 informantes em cada uma e sendo cada unidade em uma região: Norte, Sul, Leste e Oeste. Além disso, temos ainda o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLEconforme determina a Resolução do Conselho Nacional de Saúde CNS 196/96. Para processar e analisar os dados e proceder ao cruzamento das variáveis foram usados procedimentos quantitativos. Para contextualizar nosso objeto, lançou-se um olhar sobre o panorama histórico da Comunicação e Saúde que se articula com a orientação metodológica da pesquisa bibliográfica e documental.