33 resultados para Vieira, Antonio, 1608-1697 Crítica e interpretação

em Universidade Metodista de São Paulo


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A arte sempre esteve presente entre os humanos como um grande mistrio. Sua caracterstica polissmica nos desafia a pens-la como algo sempre aberto. Isto , livre para que os indivduos a experimentem de formas diversas. Nossa inteno, ao escolher a tela Menino morto do pintor Cndido Portinari, mostrar que o encontro com uma obra de arte forosamente atual, vivo, surpreendente, extraordinrio... No apenas como um mero objeto de prazer, mas, sobretudo, como possibilidades de desvelar experincias originrias, abrindo gamas de sentidos que ajudam os seres humanos a significar a prpria existncia. Para seguir na investigao, privilegiam-se, nesta dissertao, os estudos sobre as artes do telogo Paul Tillich e do filsofo Martin Heidegger. Para Tillich, numa obra de arte deve-se buscar o que se esconde no inaparente, pois a que reside a sua substncia. Assim, na arte, como em qualquer manifestao cultural, por mais secular que aparente ser, se expressa sempre uma preocupao ltima. Para Heidegger, a arte fonte de revelao da verdade. Todavia, essa revelao traz em si o ocultamento da mesma verdade, posto que a verdade e a no-verdade acontecem simultaneamente na obra de arte. Portanto, luz dos estudos feitos por esses dois autores, tentamos captar o desnudar de Menino morto .(AU)

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A arte sempre esteve presente entre os humanos como um grande mistrio. Sua caracterstica polissmica nos desafia a pens-la como algo sempre aberto. Isto , livre para que os indivduos a experimentem de formas diversas. Nossa inteno, ao escolher a tela Menino morto do pintor Cndido Portinari, mostrar que o encontro com uma obra de arte forosamente atual, vivo, surpreendente, extraordinrio... No apenas como um mero objeto de prazer, mas, sobretudo, como possibilidades de desvelar experincias originrias, abrindo gamas de sentidos que ajudam os seres humanos a significar a prpria existncia. Para seguir na investigao, privilegiam-se, nesta dissertao, os estudos sobre as artes do telogo Paul Tillich e do filsofo Martin Heidegger. Para Tillich, numa obra de arte deve-se buscar o que se esconde no inaparente, pois a que reside a sua substncia. Assim, na arte, como em qualquer manifestao cultural, por mais secular que aparente ser, se expressa sempre uma preocupao ltima. Para Heidegger, a arte fonte de revelao da verdade. Todavia, essa revelao traz em si o ocultamento da mesma verdade, posto que a verdade e a no-verdade acontecem simultaneamente na obra de arte. Portanto, luz dos estudos feitos por esses dois autores, tentamos captar o desnudar de Menino morto .(AU)

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O objetivo deste trabalho foi o de demonstrar a importncia e pertinncia do dilogo entre literatura e religio, concentrando o mbito de sua pesquisa a partir das relaes entre a escritura de Clarice Lispector e as ressonncias de uma tradio (judasmo), que embora no tenha sido assumida pela autora, persiste, encalacrada em toda a sua obra. Tendo, como objeto de pesquisa o romance A Hora da Estrela, esta dissertao procurou entender como o drama da narrativa, em seu jogo de tenses e identidades, em sua pluralidade de ttulos e referncias, sinaliza tambm um profundo problema com a religio. Focando, de forma especial a personagem Macaba, este estudo procurou compreender como as referencias da personagem, sua dificuldade com as palavras, seus desencontros do outro (tu) e sua rejeio social, revelam um grave problema de ordem teolgica, demonstrando os equvocos de uma sociedade, que fundada sobre o prisma da religio, massacra os mais fracos. O desfecho do livro sinaliza uma possvel epifania, mas, desvela-se num fracasso da religio e de seu poder salvfico. O trabalho procurou a partir dos principais temas do romance, perceber suas correspondncias com o tema da religio. Pode com isso, a partir das contribuies de Scholem, ver como dilema existencial e subjetivo da personagem possui proximidade com o drama mstico cabalstico, alm disso, perceber as correlaes entre a obra clariceana e textos da tradio judaca, quer na sua referncia explcita (nome da personagem), como tambm, em seu aspecto de busca, em sua forma de midrash e nas inmeras exegeses e comentrios que propicia. Finaliza seu esforo, levantando uma discusso tica sobre os valores teolgicos da sociedade e seus profundos equvocos, ante a vida e morte da pobre Macaba, uma mulher que viveu a religio nos limites da prpria existncia.

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O objetivo deste trabalho foi o de demonstrar a importncia e pertinncia do dilogo entre literatura e religio, concentrando o mbito de sua pesquisa a partir das relaes entre a escritura de Clarice Lispector e as ressonncias de uma tradio (judasmo), que embora no tenha sido assumida pela autora, persiste, encalacrada em toda a sua obra. Tendo, como objeto de pesquisa o romance A Hora da Estrela, esta dissertao procurou entender como o drama da narrativa, em seu jogo de tenses e identidades, em sua pluralidade de ttulos e referncias, sinaliza tambm um profundo problema com a religio. Focando, de forma especial a personagem Macaba, este estudo procurou compreender como as referencias da personagem, sua dificuldade com as palavras, seus desencontros do outro (tu) e sua rejeio social, revelam um grave problema de ordem teolgica, demonstrando os equvocos de uma sociedade, que fundada sobre o prisma da religio, massacra os mais fracos. O desfecho do livro sinaliza uma possvel epifania, mas, desvela-se num fracasso da religio e de seu poder salvfico. O trabalho procurou a partir dos principais temas do romance, perceber suas correspondncias com o tema da religio. Pode com isso, a partir das contribuies de Scholem, ver como dilema existencial e subjetivo da personagem possui proximidade com o drama mstico cabalstico, alm disso, perceber as correlaes entre a obra clariceana e textos da tradio judaca, quer na sua referncia explcita (nome da personagem), como tambm, em seu aspecto de busca, em sua forma de midrash e nas inmeras exegeses e comentrios que propicia. Finaliza seu esforo, levantando uma discusso tica sobre os valores teolgicos da sociedade e seus profundos equvocos, ante a vida e morte da pobre Macaba, uma mulher que viveu a religio nos limites da prpria existncia.

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A arte sempre esteve presente entre os humanos como um grande mistrio. Sua caracterstica polissmica nos desafia a pens-la como algo sempre aberto. Isto , livre para que os indivduos a experimentem de formas diversas. Nossa inteno, ao escolher a tela Menino morto do pintor Cndido Portinari, mostrar que o encontro com uma obra de arte forosamente atual, vivo, surpreendente, extraordinrio... No apenas como um mero objeto de prazer, mas, sobretudo, como possibilidades de desvelar experincias originrias, abrindo gamas de sentidos que ajudam os seres humanos a significar a prpria existncia. Para seguir na investigao, privilegiam-se, nesta dissertao, os estudos sobre as artes do telogo Paul Tillich e do filsofo Martin Heidegger. Para Tillich, numa obra de arte deve-se buscar o que se esconde no inaparente, pois a que reside a sua substncia. Assim, na arte, como em qualquer manifestao cultural, por mais secular que aparente ser, se expressa sempre uma preocupao ltima. Para Heidegger, a arte fonte de revelao da verdade. Todavia, essa revelao traz em si o ocultamento da mesma verdade, posto que a verdade e a no-verdade acontecem simultaneamente na obra de arte. Portanto, luz dos estudos feitos por esses dois autores, tentamos captar o desnudar de Menino morto .(AU)

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O objetivo deste trabalho foi o de demonstrar a importncia e pertinncia do dilogo entre literatura e religio, concentrando o mbito de sua pesquisa a partir das relaes entre a escritura de Clarice Lispector e as ressonncias de uma tradio (judasmo), que embora no tenha sido assumida pela autora, persiste, encalacrada em toda a sua obra. Tendo, como objeto de pesquisa o romance A Hora da Estrela, esta dissertao procurou entender como o drama da narrativa, em seu jogo de tenses e identidades, em sua pluralidade de ttulos e referncias, sinaliza tambm um profundo problema com a religio. Focando, de forma especial a personagem Macaba, este estudo procurou compreender como as referencias da personagem, sua dificuldade com as palavras, seus desencontros do outro (tu) e sua rejeio social, revelam um grave problema de ordem teolgica, demonstrando os equvocos de uma sociedade, que fundada sobre o prisma da religio, massacra os mais fracos. O desfecho do livro sinaliza uma possvel epifania, mas, desvela-se num fracasso da religio e de seu poder salvfico. O trabalho procurou a partir dos principais temas do romance, perceber suas correspondncias com o tema da religio. Pode com isso, a partir das contribuies de Scholem, ver como dilema existencial e subjetivo da personagem possui proximidade com o drama mstico cabalstico, alm disso, perceber as correlaes entre a obra clariceana e textos da tradio judaca, quer na sua referncia explcita (nome da personagem), como tambm, em seu aspecto de busca, em sua forma de midrash e nas inmeras exegeses e comentrios que propicia. Finaliza seu esforo, levantando uma discusso tica sobre os valores teolgicos da sociedade e seus profundos equvocos, ante a vida e morte da pobre Macaba, uma mulher que viveu a religio nos limites da prpria existncia.

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Esta tese se insere dentro da leitura bblica latino-americana trazendo, nessa tica, a riqueza e o desafio do que significa ler a Bblia a partir de um contexto de opresso como o nosso continente. Nos servimos do roteiro das cincias bblicas e dos mtodos exegticos modernos. uma pesquisa bibliogrfica onde, eventualmente, consideramos o nvel experincial, por exemplo quando trabalhamos o tema do derramamento do Esprito nos pentecostais chilenos. Esse captulo, IV, segue o roteiro da hiptese central de nossa tese na medida que firmamos o princpio de que os pentecostais fazem parte do amplo e diverso grupo dos enfraquecidos como produto de um sistema excludente, baseado na explorao social. Numa situao de crise, o anncio do derramamento do Esprito um sinal de salvao, de perspectivas futuras, de conservao e prolongao da vida. Esta tese rel o tema do derramamento do Esprito, a partir de Jl 3,1-5. O tema analisado num contexto social concreto, onde os enfraquecidos recebem o Esprito do Senhor. O eixo que nos permite fazer esta leitura encontra sua referencial nas pessoas setores sociais - mencionadas como beneficiadas diretas da ao do Esprito. So pessoas que representam setores diferentes; jovens, escravos e escravas, formam o grupo que sustenta e faz funcionar o sistema imperial persa grego - baseado na explorao e mo de obra barata. Eles, juntamente com os idosos que no produzem mais, so a base de sustentao da pirmide social. Como demostraremos no decorrer da tese, nossa hiptese somente possvel se duas conjunturas se cruzam. Para isso, em num primeiro momento, localizamos e demostramos que o livro de Joel deve ser situado no contexto da literatura apocalptica (nascimento). Em seguida, demonstramos que o livro de Joel, como produto literrio final, deve ser localizado no contexto histrico do ps-exlio, isto , no tempo dos imprios persa e grego. A confirmao destes dois aspectos desenvolvidos nos captulos I e II, nos permitem, na anlise literria, captulo III, aprofundar, mediante a anlise exegtica, e confirmar a nossa hiptese central. Com estes trs captulos demostramos que o derramamento do Esprito do Senhor tem como destinatrios preferenciais, seno exclusivos, os setores enfraquecidos pela poltica social, econmica e religiosa dos imprios persa e grego. Com estes trs captulos desenvolvidos, no quarto captulo analisamos uma experincia concreta, de um setor majoritariamente pobre que tem se apropriado do texto de Jl 3,1-5, e encontrado nele uma alternativa social, poltica e religiosa para se manter fiel ao Senhor e por quase um sculo recria e revive a experincia do derramamento do Esprito. Os velhos, os jovens, os escravos e as escravas, formam o setor dos enfraquecidos. o setor que nada espera, e que nada ter da parte dos imprios e que, como os pentecostais, pela sua situao de enfraquecimento, acredita que somente uma interveno externa pode mudar o seu futuro, pode trazer de volta a esperana. Essa interveno externa comea a ser possvel pelo derramamento do Esprito e se concretiza na chegada do dia de Jav, que ser grande e terrvel, onde o sol e a lua se unem para indicar o monte de Sio e a cidade de Jerusalm como lugar de adorao, refgio e salvao. Esta perspectiva da ao do Esprito possvel somente no perodo do ps-exlio. Nesse tempo o Esprito adquire uma dimenso ampla e inclusiva agindo sobre diversos setores sociais, independe de serem ou no judeus.(AU)

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As anlises desta tese, baseadas numa hermenutica feminista libertadora, tm como centro a figura de Inana, a deusa mais importante e mais popular da Sumria, que predominou, sob o nome de I tar, tambm nos pantees mesopotmicos posteriores. O Captulo 1 oferece uma reconstruo da vida na Sumria, desde os tempos neolticos at os incios do Perodo Babilnico Antigo (aproximadamente de 5000 a 2000 aEC), com especial ateno para dados sobre mulheres e para aspectos de gnero. O Captulo 2 apresenta documentos pr-sargnicos, iconogrficos e filolgicos, relacionados com a figura e o culto de Inana, oferecendo as primeiras reflexes sobre aspectos particulares e conflitos que mostram sua posio especial na religio na Sumria e na sua crescente patriarcalizao. No Captulo 3, esses aspectos e conflitos so discutidos enfocando tradies de Inana como Senhora da Eana, dos Me e de Kur, com especial ateno para os mitos Inana e a Eana , Inana e os Me e Inana e o Inframundo (ETCSL 1.3.5; 1.3.1; 1.4.1). mostrado que o mito Inana e a Eana o resultado de manipulaes para legitimar o culto de An nesse templo de Inana, que Inana e os Me reflete atitudes de resistncia contra tentativas de seu desapoderamento, e que Inana e o Inframundo composto de mitos diferentes que evidenciam vrios conflitos relacionados com funes e poderes de Inana. Desse modo mostra-se que os conflitos em torno de Inana refletem represses e resistncias humanas no mbito de uma sociedade quiriarcal e da crescente patriarcalizao de sua religio. Embora a atuao poltica e religiosa de mulheres em sociedades de hoje no necessite de legitimaes a partir de exemplos provenientes de religies antigas, a reconstruo e memria feministas de tais exemplos podem servir de estmulo para tal atuao quando busca construir uma outra imagem do divino e quando luta por um mundo de igualdade em direitos e dignidade para todas as pessoas.(AU)

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As anlises desta tese, baseadas numa hermenutica feminista libertadora, tm como centro a figura de Inana, a deusa mais importante e mais popular da Sumria, que predominou, sob o nome de I tar, tambm nos pantees mesopotmicos posteriores. O Captulo 1 oferece uma reconstruo da vida na Sumria, desde os tempos neolticos at os incios do Perodo Babilnico Antigo (aproximadamente de 5000 a 2000 aEC), com especial ateno para dados sobre mulheres e para aspectos de gnero. O Captulo 2 apresenta documentos pr-sargnicos, iconogrficos e filolgicos, relacionados com a figura e o culto de Inana, oferecendo as primeiras reflexes sobre aspectos particulares e conflitos que mostram sua posio especial na religio na Sumria e na sua crescente patriarcalizao. No Captulo 3, esses aspectos e conflitos so discutidos enfocando tradies de Inana como Senhora da Eana, dos Me e de Kur, com especial ateno para os mitos Inana e a Eana , Inana e os Me e Inana e o Inframundo (ETCSL 1.3.5; 1.3.1; 1.4.1). mostrado que o mito Inana e a Eana o resultado de manipulaes para legitimar o culto de An nesse templo de Inana, que Inana e os Me reflete atitudes de resistncia contra tentativas de seu desapoderamento, e que Inana e o Inframundo composto de mitos diferentes que evidenciam vrios conflitos relacionados com funes e poderes de Inana. Desse modo mostra-se que os conflitos em torno de Inana refletem represses e resistncias humanas no mbito de uma sociedade quiriarcal e da crescente patriarcalizao de sua religio. Embora a atuao poltica e religiosa de mulheres em sociedades de hoje no necessite de legitimaes a partir de exemplos provenientes de religies antigas, a reconstruo e memria feministas de tais exemplos podem servir de estmulo para tal atuao quando busca construir uma outra imagem do divino e quando luta por um mundo de igualdade em direitos e dignidade para todas as pessoas.(AU)

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Esta dissertao um estudo sobre o fenmeno da profecia e da glossolalia no cristianismo primitivo a partir da Primeira Carta aos Corntios. O movimento cristo emergiu como uma seita judaica, mas amadureceu em um contexto greco-romano, sendo profundamente alterado pela cultura e tradies ocidentais. Por um lado, sofreu as influncias das tradies israelitas antigas e do Judasmo do perodo do Segundo Templo, sendo herdeiro tanto das diversas manifestaes revelatrias extticas, apocalpticas, escatolgicas e sapienciais, quanto da inteligibilidade e da autoridade como critrios de verificao da profecia. Por outro, sofreu as influncias das tradies greco-romanas, embora em menor grau, visto que, no que diz respeito ao conceito e atuao do profeta e funo social da profecia, h diferenas fundamentais em relao ao mundo helenstico. Tais divergncias explicam, em parte, o conflito entre a compreenso de Paulo acerca da profecia e da glossolalia e a compreenso de certos grupos dentro da comunidade de Corinto que acentuavam a importncia do xtase como manifestao revelatria e, conseqentemente, de um status privilegiado. De acordo com 1Cor 14,1-19, o critrio distintivo para Paulo a edificao da assemblia . No se trata propriamente da superioridade de um dom sobre o outro, mas da sua utilidade no contexto cltico. Quem fala em lnguas ora a Deus e edifica a si mesmo, mas aquele que profetiza edifica, exorta e consola a assemblia. Neste sentido, prefervel profetizar a falar em lnguas, a menos que sejam interpretadas. Do ponto de vista da Antropologia, a glossolalia considerada, segundo alguns pesquisadores, um substrato de um estado alterado de conscincia, observado principalmente nas mulheres, o que sugere uma presena significativa das mesmas na composio da comunidade de Corinto, inclusive nas posies de liderana. Do ponto de vista dos estudos sociolgicos, os fenmenos extticos manifestam-se sobretudo em grupos marginalizados, dotando-os de um poder mstico que os fortalece em perodos de acentuada dilacerao do tecido social.(AU)

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Esta dissertao um estudo sobre o fenmeno da profecia e da glossolalia no cristianismo primitivo a partir da Primeira Carta aos Corntios. O movimento cristo emergiu como uma seita judaica, mas amadureceu em um contexto greco-romano, sendo profundamente alterado pela cultura e tradies ocidentais. Por um lado, sofreu as influncias das tradies israelitas antigas e do Judasmo do perodo do Segundo Templo, sendo herdeiro tanto das diversas manifestaes revelatrias extticas, apocalpticas, escatolgicas e sapienciais, quanto da inteligibilidade e da autoridade como critrios de verificao da profecia. Por outro, sofreu as influncias das tradies greco-romanas, embora em menor grau, visto que, no que diz respeito ao conceito e atuao do profeta e funo social da profecia, h diferenas fundamentais em relao ao mundo helenstico. Tais divergncias explicam, em parte, o conflito entre a compreenso de Paulo acerca da profecia e da glossolalia e a compreenso de certos grupos dentro da comunidade de Corinto que acentuavam a importncia do xtase como manifestao revelatria e, conseqentemente, de um status privilegiado. De acordo com 1Cor 14,1-19, o critrio distintivo para Paulo a edificao da assemblia . No se trata propriamente da superioridade de um dom sobre o outro, mas da sua utilidade no contexto cltico. Quem fala em lnguas ora a Deus e edifica a si mesmo, mas aquele que profetiza edifica, exorta e consola a assemblia. Neste sentido, prefervel profetizar a falar em lnguas, a menos que sejam interpretadas. Do ponto de vista da Antropologia, a glossolalia considerada, segundo alguns pesquisadores, um substrato de um estado alterado de conscincia, observado principalmente nas mulheres, o que sugere uma presena significativa das mesmas na composio da comunidade de Corinto, inclusive nas posies de liderana. Do ponto de vista dos estudos sociolgicos, os fenmenos extticos manifestam-se sobretudo em grupos marginalizados, dotando-os de um poder mstico que os fortalece em perodos de acentuada dilacerao do tecido social.(AU)

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A dissertao objetiva estudar o papel que o apocalipsismo, desempenhou na histria e no contexto da redao do orculo isaiano em Isaas 24,1-6. A proposta de que sua funo foi de grande importncia no processo de formao do judasmo ps-exlico, fomentando uma nova reidentificao e reetnizao dos israelitas-judatas num contexto de frustrao nacionalista e religiosa que gerou uma grande heterogeneidade teolgica. Identificamos este contexto como sendo o ambiente em que se deu um complexo processo de transio scio-teolgica na histria dos judaitas no perodo de dominao persa. O apocalipsismo, enquanto fenmeno religioso e scio-histrico, se mostrou como resultado de uma realidade hostil e desumanizadora na qual a identidade teolgico-cultural e os relacionamentos scioeconmicos das pessoas foram extremamente ameaados e violentados gerando uma contraposio aos desgnios de Yahweh expressos na aliana firmada por ele para com seu povo. Atravs da pesquisa e anlise exegtica de Isaas 24,1-6, a presente dissertao prope que, a partir dessa realidade conflituosa, a profecia apocalipsista isaiana se manifesta contra as estruturas e suas articulaes geradoras de segregao e desumanidade, lanando uma esperana no ato transformador por intermdio de Yahweh, o senhor da histria, que possibilita um reverso histrico, a partir do qual ser possvel reconstruir relacionamentos favorveis no mbito social e espiritual.(AU)

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A dissertao objetiva estudar o papel que o apocalipsismo, desempenhou na histria e no contexto da redao do orculo isaiano em Isaas 24,1-6. A proposta de que sua funo foi de grande importncia no processo de formao do judasmo ps-exlico, fomentando uma nova reidentificao e reetnizao dos israelitas-judatas num contexto de frustrao nacionalista e religiosa que gerou uma grande heterogeneidade teolgica. Identificamos este contexto como sendo o ambiente em que se deu um complexo processo de transio scio-teolgica na histria dos judaitas no perodo de dominao persa. O apocalipsismo, enquanto fenmeno religioso e scio-histrico, se mostrou como resultado de uma realidade hostil e desumanizadora na qual a identidade teolgico-cultural e os relacionamentos scioeconmicos das pessoas foram extremamente ameaados e violentados gerando uma contraposio aos desgnios de Yahweh expressos na aliana firmada por ele para com seu povo. Atravs da pesquisa e anlise exegtica de Isaas 24,1-6, a presente dissertao prope que, a partir dessa realidade conflituosa, a profecia apocalipsista isaiana se manifesta contra as estruturas e suas articulaes geradoras de segregao e desumanidade, lanando uma esperana no ato transformador por intermdio de Yahweh, o senhor da histria, que possibilita um reverso histrico, a partir do qual ser possvel reconstruir relacionamentos favorveis no mbito social e espiritual.(AU)

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Esta pesquisa prope um estudo do Evangelho produzido pela comunidade de Mateus, mais especificamente, o trabalho consiste em demonstrar a possibilidade de leitura desse evangelho a partir de implicaes econmicas no seio da comunidade que o produziu. Entendemos o Evangelho de Mateus como um dos diversos movimentos judaicos do perodo ps-destruio do templo em 70 d.C.. Por causa desse contexto percebemos que o Evangelho de Mateus, debate com uma realidade de disputas religiosas desse perodo. importante frisar que essas questes possuem vertentes e no terminam no mbito religioso. As disputas religiosas conseqentemente tm relaes com todas as dimenses da vida, entre elas a econmica. Mateus resignifica para seu grupo a questo das posses, das riquezas, em virtude de uma realidade de crise econmica. E em meio a essa crise o Evangelho de Mateus, a partir de um trabalho redacional, d novos significados vida de f da comunidade luz das histrias de Jesus recebidas das fontes Marcos e Lucas. Este estudo justifica-se pela lacuna existente no material produzido sobre o Evangelho de Mateus, uma vez que o que produzido a respeito dessas narrativas quase sempre se preocupa em analisar o conflito entre a comunidade de Mateus e os Fariseus somente no campo religioso deixando de lado as demais possibilidades, entre elas as relaes econmicas.(AU)

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Esta pesquisa prope um estudo do Evangelho produzido pela comunidade de Mateus, mais especificamente, o trabalho consiste em demonstrar a possibilidade de leitura desse evangelho a partir de implicaes econmicas no seio da comunidade que o produziu. Entendemos o Evangelho de Mateus como um dos diversos movimentos judaicos do perodo ps-destruio do templo em 70 d.C.. Por causa desse contexto percebemos que o Evangelho de Mateus, debate com uma realidade de disputas religiosas desse perodo. importante frisar que essas questes possuem vertentes e no terminam no mbito religioso. As disputas religiosas conseqentemente tm relaes com todas as dimenses da vida, entre elas a econmica. Mateus resignifica para seu grupo a questo das posses, das riquezas, em virtude de uma realidade de crise econmica. E em meio a essa crise o Evangelho de Mateus, a partir de um trabalho redacional, d novos significados vida de f da comunidade luz das histrias de Jesus recebidas das fontes Marcos e Lucas. Este estudo justifica-se pela lacuna existente no material produzido sobre o Evangelho de Mateus, uma vez que o que produzido a respeito dessas narrativas quase sempre se preocupa em analisar o conflito entre a comunidade de Mateus e os Fariseus somente no campo religioso deixando de lado as demais possibilidades, entre elas as relaes econmicas.(AU)