2 resultados para Vannozzi, Bonifazio, 1551-1627.

em Universidade Metodista de São Paulo


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O Episódio do Cego de Nascença (Jo 9,1-41; 10,19-21) é produto simbólico da concorrência pelo poder religioso entre comunidade joanina e fariseus da sinagoga, tendo sido elaborado para provocar em seus leitores o questionamento da legitimidade do poder religioso exercido pelos fariseus, configurado como monopólio do capital simbólico do judaísmo. O conflito se estabelece na medida em que a comunidade joanina passa a concorrer com os fariseus por este poder, em vista do atendimento de seus próprios interesses sócio-religiosos. A concorrência é particularmente palpável no confronto entre interpretações particulares de símbolos fundamentais da tradição judaica, como a retribuição, o sábado e a profecia. O enfrentamento dos fariseus por parte dos judeus leigos da comunidade joanina convida a uma revolução simbólica, a qual propõe que os leigos da comunidade joanina assumam a função profética de disputa pelos bens simbólicos do judaísmo(AU)

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presente pesquisa apresenta-se em uma perspectiva qualitativa, de cunho etnográfico. Analisa o movimento da prática avaliativa de professores que participaram do curso sobre Avaliação numa perspectiva construtivista. Inicialmente, discute a hipótese de não-mudança em relação à prática avaliativa. Em uma trajetória reflexiva, a análise passa a ser inspirada nos estudos de Michel de Certeau, ao não se render à supremacia de produtos culturais impostos por uma ordem social dominante; ao não se limitar à perspectiva das teorias sobre Avaliação da aprendizagem. O foco da pesquisa direcionou-se à ação dos consumidores desses produtos os professores que, ao se apropriarem de tais teorias, o fazem à sua maneira, redimensionando-as e as resignificando, com astúcia, criatividade, inventividade. Ao entender que tais profissionais, em situações menos privilegiadas nas estruturas sociais de poder constituído, possuem uma inteligência que engendra uma multiplicidade de interpretações, abrimos nosso olhar para surpresas, possibilitando a apreciação de variados caminhos que delineiam as práticas avaliativas dos professores. No entanto, se elegêssemos um único padrão de referência para a análise das ações cotidianas, poderíamos nos fechar em apenas duas conclusões: obediências ou resistências. Optamos, todavia, por aproximarmo-nos de Certeau, e acreditar, como ele, na inteligência e criatividade também presentes nas ações dos mais fracos nas organizações sociais, que são os consumidores dos produtos culturais. Criamos, destarte, nova oportunidade para que a multidão adquira vida, evidenciando a diversidade de práticas avaliativas de um grupo de professores, focalizando a análise em ações concretas, de professores reais.